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domingo, 5 de agosto de 2012

O Brasil do futuro

Resposta à fome do mundo

Semana passada, ratifiquei a opinião de Dani Rodrik, professor na Universidade Harvard (EUA) e respeitado economista, quanto às boas perspectivas de o Brasil continuar crescendo, do nosso mercado interno, do equilíbrio das contas públicas e da democracia consolidada. Acrescentei à análise o nosso diferencial competitivo referente à imensa reserva hídrica.

Mas, há outros fatores significativos favoráveis ao país, entre eles, a disponibilidade superior a 300 milhões de hectares de terras agriculturáveis.

São mais de 100 milhões de pastagens, dando sustentabilidade à criação de gado de corte e, parte das quais, se necessário, pode ser adequada à cultura de outros alimentos.

São poucas as nações com áreas disponíveis à agropecuária que não impliquem desmatamento. Somos, de longe, os campeões no quesito, em plenas condições de conciliar produção/segurança alimentar com a preservação ambiental.

Temos clima diversificado, chuvas regulares, energia solar abundante e mais de 12% de toda a água doce do planeta: tudo o que a natureza precisa para fertilizar a terra e prover abundância.

O melhor é que sabemos aproveitar esse potencial, agregando tecnologia de ponta ao agronegócio, onde a Embrapa e outros institutos de pesquisas têm sido fundamentais. Nossa produção de alimentos cresceu 120% nos últimos 15 anos.

Tais números e dados brasileiros são a melhor resposta às inquietações da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) quanto à necessidade de se aumentar em 70% a produção mundial de comida até o ano 2050, quando a população da Terra superará nove bilhões de pessoas.

Os técnicos do organismo multilateral acreditam que 80% dos alimentos necessários ao atendimento dessa grande demanda virão do aumento da produtividade (temos tecnologia para isso!) e 20%, de novas áreas agricultáveis (temos disponibilidade para isso!).

O Brasil é uma ilha de fertilidade, pois há países nos quais já falta espaço para plantar e criar rebanhos e onde a água, elemento essencial à vida, é extremamente escassa e a pouca que se tem disponível está poluída, portanto imprestável.

E somos potência agrícola, ainda que nos falte logística eficiente e competitiva, o que reduz muito a renda do produtor. Mas há obras de infraestrutura em andamento e, quando prontas, irão contribuir muito.

O Brasil tem, portanto, a faca e o queijo (...o leite, a carne, a soja, o café, os grãos, as frutas...) para se tornar a grande referência e protagonista da segurança alimentar.

Não há dúvida de que esse potencial pode ser cada vez mais convertido em vantagem competitiva, crescimento econômico e desenvolvimento.

JOSUÉ GOMES DA SILVA escreve aos domingos nesta coluna. Opinião da Folha.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

FAO anuncia os 6 candidatos a dirigir o organismo, um brasileiro está na luta


Roma, 1 fev (EFE.- Os nomes dos seis candidatos ao posto de diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e a Alimentação das Nações Unidas (FAO) foram anunciados nesta terça-feira, segundo uma nota da organização.

Os 191 países-membros da FAO apresentaram os candidatos para direção-geral dessa agência da ONU, que será eleito em junho de 2011, anunciou nesta terça a organização.

A eleição do novo diretor-geral será feita por voto secreto no início do 37º período de sessões da Conferência da FAO, que será realizada em Roma de 25 de junho a 2 de julho, acrescenta a nota.
Os eleitores são os 191 países-membros da organização e o dia 31 de janeiro foi a data limite para registro das candidaturas.

Os seis candidatos, designados por seus Governos, são: Franz Fischler (Áustria), José Graziano da Silva (Brasil), Indroyono Soesilo (Indonésia), Mohammad Saeid Noori Naeini (República Islâmica do Irã), Abdul Latif Rashid (Iraque), e Miguel Ángel Moratinos Cuyaubé (Espanha).

O próximo diretor-geral da organização da ONU será designado para cumprir o período de 1º de janeiro de 2012 a 31 de julho de 2015.

Pelas regras do organismo, o diretor-geral da FAO poderá ser eleito para cumprir um único mandato adicional de quatro anos.

As regras sobre a duração dos mandatos e a reeleição foram alteradas na 36ª período de sessões da Conferência da FAO, em novembro de 2009, no processo de renovação da agência das Nações Unidas.
O novo chefe da FAO será eleito por maioria de votos. Cada país terá um voto e a votação é secreta. O novo diretor-geral seguirá a Jacques Diouf, do Senegal, que está interino desde 1994.

EFE cps/dm