terça-feira, 7 de maio de 2013

O PT abre as portas do Planalto para a entrada do neoliberalismo

Dilma anuncia Guilherme Afif Domingos (PSD-ex DEM) no ministério e busca apoio do varejo

Depois de tanta crítica e combate ao neoliberalismo e à direita do Brasil, o Partido dos Trabalhadores (PT) envereda pelo caminho de uma aliança estratégica com o neoliberalismo. Um dos seus principais expoentes, Afif, já foi membro do Governo Militar e sempre defendeu a teoria de diminuição do estado, dos impostos, de um estado pequeno e de uma iniciativa forte e de uma economia de livre mercado.

Eu já disse, o PT não tem fundamentos nem princípios ou se teve, já foram embora. Hoje esta-se transformando em um verdadeiro PRI mexicano, Partido Revolucionário Institucional, que assumiu o poder na década de 1920, com princípios revolucionários e fundamentos sociais e se manteve no poder por mais de 60 anos. Como o PRI se manteve no poder? abandonando todos seus princípios e fundamentos sociais e integrando-se com a direita mexicana, com uma proposta populista, mas defendendo o regime dos grandes empresários, comandando um modelo de governo onde a corrupção se instalou no executivo, perpassou os partidos, o parlamento, sindicatos (todos foram comprados pelo PRI). 

O passo seguinte da corrupção no México foi o acerto com o narcotráfico mexicano e internacional que também, passou a formar parte, de forma indireta, dos diversos governos da "Revolução Mexicana". 

Qualquer parecido com a trajetória que seguida pelo nosso PT, é apenas uma ilusão de ótica do blog.        
Fique com a matéria do Valor.



Afif, em evento da Associação Comercial, da qual foi presidente: nomeação aproxima PSD do PT, com vistas a 2014

Em aceno ao presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, a presidente Dilma Rousseff anunciou ontem o empresário e vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos (PSD), para chefiar a Secretaria da Micro e Pequena Empresa, com status de ministério. A posse será na quinta-feira. A entrada de Afif no governo petista aproxima o PSD do PT, com vistas às eleições de 2014.

Em nota, o Palácio do Planalto afirmou que o vice-governador de São Paulo tem tido "papel relevante em todos os processos que, nos últimos anos, resultaram no estímulo e na valorização das micro e pequenas empresas".

A nomeação foi feita em uma reunião entre Dilma, Afif, Kassab e o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB). Todos se encontraram pela manhã, na cerimônia de posse de diretores e conselheiros da Associação Comercial de São Paulo e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo, na capital paulista.

Vice do governador Geraldo Alckmin (PSDB), Afif cogitou acumular os dois cargos, constrangendo o tucano. Em nota, Afif não deixou claro se deixará a gestão estadual. "Quero agradecer o governador pela compreensão com minha nova incumbência e pela missão que muito me honrou, que foi presidir o Conselho Gestor das Parcerias Público-Privadas". Em nota, Alckmin evitou transparecer o mal-estar e parabenizou Dilma pela escolha. "Com o convite, São Paulo dá mais uma contribuição para o Brasil. E, a serviço do Brasil, haverá de fazer ainda mais por São Paulo", afirmou o governador, no texto (leia mais nesta página).

A nomeação aumenta o distanciamento do PSD em relação ao PSDB para a próxima eleição. Em São Paulo, o partido apoiou o tucano José Serra na disputa pela Prefeitura de São Paulo em 2012, mas depois da eleição começou a articular a adesão ao governo federal.

Ontem, horas antes de o governo federal divulgar oficialmente a nomeação do novo ministro, Dilma fez vários elogios públicos a Afif em evento da Associação Comercial de São Paulo - entidade presidida pelo vice-governador por duas vezes. "Queria aproveitar esta cerimônia para homenagear um brasileiro que colocou na pauta do país, na nossa pauta, o apoio às pequenas e micro empresas, fazendo com que reconhecêssemos que esta é uma questão estratégica", disse.

Dilma destacou a atuação de Afif na defesa dos micro e pequeno empresários, como na articulação do Simples e na criação da lei do microempreendedor individual. "A questão dos pequenos negócios é uma estratégica e imprescindível para o presente e o futuro do país".

A empresários, a presidente afirmou que a Secretaria da Micro e Pequena Empresa é "essencial". "Haverá um ministro olhando só para a questão dos pequenos negócios", reforçou. "[A secretaria] é um elemento fundamental para que nós tenhamos colocado em definitivo na pauta em todas as esferas do governo a preocupação com o pequeno negócio", disse Dilma.

A presidente afirmou que não há uma tradição de cuidar desses empresários e disse que pretende mudar isso. "O governo deve dar suporte, apoiar e estimular. Não pode e não deve jamais se constituir uma barreira para eles". Segundo Dilma, houve uma "explosão" de micro e pequenas empresas nos últimos anos, que passaram de 2 milhões em 2007 para 4,4 milhões, que "agregaram 11 milhões de postos de trabalho".

Durante o discurso, Dilma fez acenos a outro dirigente do PSD: Paulo Safady Simão, presidente do diretório estadual de Minas e presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil. O dirigente é cotado para disputar o governo mineiro, em 2014.

Na cerimônia concorrida, na qual o empresário Rogério Amato foi reconduzido à presidência das duas entidades, Dilma anunciou a redução da taxa de juros para microempresas de 8% para 5% ao ano. A presidente afirmou que tem reduzido os impostos no país e que afirmou que diminuirá a burocracia para as empresas.

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