quarta-feira, 18 de maio de 2011

Para entender o PT


Alegação é que ex-senadora teria feito campanha para candidato de coligação rival

Fatima Lessa, O Estado de S. Paulo

A Comissão de Ética do diretório estadual do PT em Mato Grosso recomendou a expulsão da ex-senadora Serys Marli Slhessarenko por "infidelidade partidária". Inconformada com a decisão, que ainda precisa do crivo da executiva regional, a ex-parlamentar disse estar "incrédula" e promete recorrer à direção nacional da legenda.

A Comissão de Ética da executiva estadual decidiu recomendar a expulsão de Serys, sob a alegação de que ela teria feito campanha para um candidato de coligação rival à da legenda. A ex-senadora nega.

A expulsão é mais um capítulo do racha no PT de Mato Grosso, surgido na campanha da eleição passada. Serys queria ser candidata à reeleição, mas foi preterida na disputa interna e perdeu a vaga para o então deputado Carlos Abicalil.

Ao ser derrotada nas prévias do PT, Serys acusou o colega de partido de traição e não incluiu o nome nem o número de Abicalil em seu material de propaganda - ela tentou uma vaga na Câmara.

Passada a eleição, ambos ficaram sem mandato: Serys foi a sexta mais votada do PT, que conquistou quatro cadeiras, e Abicalil ficou em terceiro na corrida ao Senado.
"Minha história não condiz com essa decisão, afinal, são 23 anos de partido e 20 de mandatos sem nenhuma advertência", afirma Serys. Embora afirme que não abrirá mão de permanecer no PT, a ex-senadora reconhece que está difícil reverter a situação. "Vou lutar com todas as possibilidades para permanecer no PT."

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