segunda-feira, 26 de abril de 2010

Sucessão - PSB: "There's no such thing as a free lunch"


Com a saída de Ciro, legenda vai cobrar do PT acordos nos palanques regionais

De Cristiane Jungblut
O Globo

Depois de se reunir amanhã para sepultar, oficialmente, a candidatura à Presidência do deputado Ciro Gomes (PSB-CE), a cúpula do PSB vai cobrar do comando da campanha da candidata petista Dilma Rousseff a contrapartida para o desgaste, nas palavras de um dirigente do partido.
A cúpula do PSB espera a liberação para que aliados, como PCdoB e PR, façam coligações regionais com o partido, sob o argumento de que a reciprocidade é esperada depois da retirada da candidatura de Ciro — que atacou Dilma e afirmou que o tucano José Serra está mais bem preparado do que ela.
A interlocutores, Ciro disse que, com o fim de sua candidatura, vai viajar para o exterior. Alguns integrantes do PSB estão irritados com Ciro e esperam que ele "pare de surpreender", ou seja, de atacar Dilma e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ciro disse que deve ficar fora por um período de 30 dias. O deputado não irá amanhã ao encontro da Executiva do partido, no qual deverá ser formalizada a aliança em torno de Dilma. A ausência de Ciro, afirmam os aliados, foi acertada com os dirigentes do partido.
A "conta" do partido já foi apresentada ao coordenador da campanha de Dilma, Fernando Pimentel. O PSB tem candidatos em unidades da federação. Há problemas em estados como São Paulo e Rio Grande do Sul.
Na semana passada, dirigentes do PSB, entre eles Márcio França e o líder na Câmara, Rodrigo Rollemberg (DF), se encontraram em Brasília e aproveitaram para conversar sobre os palanques regionais.
O presidente do PSB, o governador pernambucano Eduardo Campos, tem dito que o partido está em primeiro e segundo lugares em pelo menos oito estados

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