Da Folha
O Brasil registrou uma saída de US$ 7,159 bilhões no mês de novembro devido à piora na crise econômica internacional. O número, divulgado nesta quarta-feira pelo Banco Central, é a diferença entre os dólares que entraram e os que saíram do país no período.
Trata-se do pior resultado desde janeiro de 1999, mês da maxidesvalorização do real, quando o Brasil abandonou o sistema de câmbio fixo. Na época, o fluxo ficou negativo em US$ 8,587 bilhões.
O fluxo é dividido em duas partes. Na área comercial, houve uma entrada de US$ 3,139 bilhões (diferença entre exportações e importações). Na área financeira, saíram do país US$ 10,298 bilhões, o pior resultado desde a saída de US$ 11,265 bilhões registrada em dezembro de 2006.
No acumulado de 2008, o fluxo cambial está positivo em US$ 5,39 bilhões. O resultado comercial registra entrada líquida de dólares de US$ 48,02 bilhões, e o saldo da conta financeira aponta uma saída de US$ 42,63 bilhões.
No mesmo período do ano passado, o Brasil havia registrado uma entrada de US$ 82 bilhões por meio do fluxo cambial.
Os dados do BC também mostram que o crédito para exportadores por meio de ACC (Adiantamento de Contrato de Câmbio) ficou estável em relação ao mês anterior.
Os contratos de ACC somaram US$ 3,683 bilhões em novembro, ante um resultado de US$ 3,695 bilhões em outubro. Até setembro, a média mensal de contratos era de US$ 3,9 bilhões.
Na primeira quinzena do mês passado, os contratos tiveram uma média diária de US$ 137 milhões, ante US$ 232 milhões na segunda metade do mês.
Esse mecanismo permite que uma empresa possa receber adiantado o dinheiro de um contrato de exportação. Para isso, ela usa contrato para buscar o crédito em um banco. A crise internacional de crédito havia reduzido essas linhas, o que ajudou a pressionar a cotação da moeda no Brasil.
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