Agentes da Delegacia Especial do Meio Ambiente (Dema) identificaram o responsável pelas pichações da fachada do Teatro Nacional Cláudio Santoro. O teatro, erguido em 1961, nunca tinha sido alvo de vândalos, mas amanheceu na segunda-feira (16/3) com a fachada pichada.
Tiago Marques Rodrigues, 20 anos, é morador de Valparaíso II e segundo o delegado da Dema, Antônio Anapolino, pertence à gangue Grafiteiros Sem Limites (GLS). Ele foi localizado após investigação e na delegacia confessou o delito. Tiago será indiciado pelo artigo 65 da Lei 9.605/08, que trata de pichação em monumentos tombados, com pena de seis meses a um ano de detenção, mais multa.
Segundo Anapolino o acusado não deu nenhum motivo especial para a escolha do teatro como alvo.
Essa é a triste realidade da juventude brasiliense e brasileira, sem nenhuma expectativa de um futuro descente, com falta absoluta de oportunidades de trabalho, de estudo, sem um lugar para passar os dias de ócio nos arredores de Brasília, descem para o Plano Piloto, que se transformou em uma área cercada e protegida pela policia, radares e barreiras eletrônicas que oferecem uma maior segurança (mesmo assim são cerca de 20 seqüestros relâmpagos por dia).
Brasília é, praticamente, uma cidade do império.
O rapaz preso por pichação é morador da chamada “Zona do Gaza”, terra sem lei, sem segurança, como qualquer bairro de Belém, no Pará, com um nível de vida, dos mais baixos do Brasil, encontra-se a menos de 5 minutos do último ponto do Plano Piloto.
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