segunda-feira, 18 de março de 2013

Operação identifica e embarga áreas de desmatamento ilegal no Pará


Ibama já identificou 2,5 mil hectares de áreas irregulares.
Operação "Onda Verde" já aplicou R$ 7 milhões em multas.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama/PA) divulgou nesta segunda-feira (18) o balanço parcial da operação “Onda Verde”. Os dados são referentes à região de Novo Progresso, no oeste do Pará. Desde que começou, em fevereiro deste ano, a operação identificou 2,5 mil hectares de áreas ilegalmente desmatadas para pecuária, e aplicou aproximadamente R$ 7 milhões em multas.
Operação "Onda Verde" já identificou 2,5 mil hectares de floresta desmatados de forma irregular (Foto: Nelson Feitosa/Ibama)
De acordo com o Ibama, apesar de identificados, muitas áreas desmatadas ainda não foram autuadas e foram embargadas por edital, já que os proprietários são desconhecidos. "Essa medida vai facilitar a aplicação futura da multa, além da apreensão e doação do gado que for encontrado nestas propriedades", explica o coordenador da Onda Verde em Novo Progresso, o analista ambiental Leonardo Tomaz.

Um dos pontos de desmatamento foi identificado próximo a Terra Indígena do Baú, no distrito de Castelo dos Sonhos. Segundo o Ibama, os desmatadores fugiram do local quando avistaram os fiscais. Duas motosserras foram abandonadas no terreno, onde já havia 400 hectares de florestas destruídas. A área não tem Cadastro Ambiental Rural (CAR) e foi embargada pelo Ibama.

Gado apreendido em Novo Progresso (Foto: Nelson Feitosa/Ibama)

Gado irregular
Nesta segunda (18) o Ibama também divulgou uma apreensão inédita no país: no final do ano passado, 500 cabeças de gado foram apreendidas em uma área desmatada e embargada em Novo Progresso. De acordo com o Instituto, foi a primeira vez que um rebanho de dono desconhecido foi apreendido pelo órgão. "Criar gado em área desmatada e embargada por edital, deixar de marcar o animal, não se inscrever no CAR, não vai impedir a apreensão do Ibama. Este ano mais rebanhos nesta mesma situação serão apreendidos na região", afirma o superintendente do Ibama no Pará, Hugo Américo.

Depois de ter o gado apreendido, o proprietário se apresentou e reclamou a posse dos animais. Porém, segundo o Ibama, todo o rebanho foi doado a uma associação beneficente da região. "Foram apenas dez dias entre a apreensão na área embargada sem posseiro conhecido e a doação sumária. Ou seja, foi pior negócio para o pecuarista não buscar a legalidade ambiental", diz o superintendente.


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