Vinte das maiores empresas do País anunciaram, em São Paulo, um acordo de vanguarda para estimular a redução das emissões de carbono, um dos gases responsáveis pelas mudanças climáticas globais. Aracruz Celulose, Ligth Centrais Elétricas, Grupo Pão de Açúcar, Vale e Votorantim, entre outras, assinaram o documento.
A "Carta Aberta ao Brasil sobre Mudanças Climáticas", na qual se comprometem a implementar ações para reduzir as emissões de CO² em suas atividades será encaminhada ao presidente Lula. É a primeira vez que empresários, representando o setor produtivo, apresentam ao governo uma proposta de redução de emissões.
De acordo com a carta, as empresas pretendem publicar inventários trienais de emissões de gases estufa, incluir estratégias de escolha de produtos e serviços que promovam a redução de CO², buscar redução contínua de emissões e apoiar o mecanismo de Redução de Emissão por Desmatamento e Degradação (REDD). Prometem, ainda, empenho em ações de adaptações em regiões com altos níveis de emissões.
Para o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, "os setores mais dinâmicos estão mostrando a cara e assumindo responsabilidade, essa participação é fundamental". Segundo avaliou, "o Brasil vai chegar em Copenhague com os números de reduções de gases estufa em declínio". O ministro destacou que o "Brasil está pronto para assumir uma posição de protagonismo na Conferência de Copenhague".
Minc disse que é importante que as empresas tenham metas anuais e não só de longo prazo. Ele lembrou que agora o País tem um plano de redução, tem metas e Fundo Amazônia. Afirmou, ainda, que a redução de 45% do desmatamento registrada ocorreu graças ao reforço na fiscalização e maior rigor no combate aos crimes ambientais, além dos pactos com segmentos do agronegócio como o da soja e com o setor madeireiro e de minério.
Do Blog do Ari Cunha do Correio Braziliense Aqui
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