quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Belém, Pará - Os infra-humanos da exclusão

Maria Madalena, 73 anos, implorava por atendimento no PSM da 14


O drama de quem precisa de atendimento médico no Hospital Pronto-socorro Municipal Mário Pinotti, no bairro do Umarizal, não parece sensibilizar os responsáveis pela saúde em Belém.

Ontem pela manhã, o desespero de uma filha e os gritos de dor de uma senhora não foram suficientes para que a paciente fosse socorrida de imediato. Além disso, pelo menos três crianças tiveram que retornar para casa por causa da falta de pediatra.

Bastante debilitada e em meio a gritos de dor, Maria Madalena Fernandes, de 73 anos, permaneceu por pelo menos 15 minutos sentada no chão do PSM enquanto a filha, Maria de Nazaré Fernandes, tentava convencer os funcionários da recepção a liberarem uma ficha para que Madalena fosse avaliada por um médico. A informação dada foi de que a senhora estava com prisão de ventre e tinha que procurar um posto de saúde.

Revoltada e desesperada ao ver a mãe naquela situação, Maria de Nazaré contou que ela está a pelo menos duas semanas sem defecar e com muita dor na barriga. A paciente chegou a ser atendida na última terça-feira no Posto de Saúde da Marambaia, mas a medicação não fez efeito.

Ontem, Maria Madalena retornou ao posto, mas não havia médico. “Disseram para eu trazer ela para cá. Nós andamos muito e agora eles não querem atendê-la”.

Enquanto a equipe do DIÁRIO conversava com Maria de Nazaré, por várias vezes os funcionários tentaram retirá-la e, assim, impedir que as informações fossem repassadas, inclusive dizendo para que as duas aguardassem do lado de dentro do PSM a chegada do médico.

Leia a reportagem completa no Diário do Pará Aqui

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