- A não ser que me arrastem com violência ou que me tirem a vida, permanecerei no palácio até que o Supremo Tribunal Federal dê a última palavra sobre o caso - acaba de me dizer por telefone o ex-governador Jackson Lago (PDT), do Maranhão.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou o mandato de Lago e do seu vice por "abuso de poder econônico" nas eleições de 2006, quando ele derrotou Roseana Sarney (PMDB-MA). E mandou que a Assembléia Legislativa desse posse a Roseana no lugar de Lago. Foi o que aconteceu há pouco.
Contra a decisão do TSE ainda cabe recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF).
- Se a Justiça Eleitoral não levou em conta a opinião dos maranhenses que me elegeram para governar durante quatro anos, é minha obrigação levá-la em conta, sim, respeitá-la, sim - argumenta Lago.
Diplomada mais cedo pelo Tribunal Regional Eleitoral e empossada pela Assembléia Legislativa, Roseana se manterá distante do Palácio dos Leões, sede do governo do Maranhão. Espera que Lago saia dali mais dia, menos dia.
- É preciso que a mídia nacional tome conhecimento do que se passa no Maranhão, do ato de violência de que estou sendo vítima. As informações do Maranhão são transmitidas para fora do Estado via meios de comunicação da família Sarney. Ela é dona de jornais, emissoras de rádio e da TV Globo local - lamenta Lago.
- Os Sarney nunca haviam sido derrotados antes. Eu os derrotei. Eles mandaram neste Estado por mais de 30 anos - e o que deixaram como herança? Um Estado com alguns dos piores indicadores sociais do país. Eles pretendem voltar a mandar. Mas confio na força do povo para impedir que isso ocorra.
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