sábado, 6 de setembro de 2014

Alguém duvidava? Vem mais por aí, trabalho dobrado para advogados do oficialismo

Ex-diretor da Petrobras entrega políticos em delação premiada  

Os políticos receberiam, segundo Costa, 3% 
do valor dos contratos da Petrobras

SÃO PAULO - O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, aceitou delatar esquema de corrupção que existiria na Petrobras envolvendo partidos políticos e empreiteiras, em troca do perdão judicial ou, ao menos, de uma redução expressiva de sua pena, no caso de ser condenado – Costa pode ter pena de até 30 anos de reclusão por delitos de corrupção envolvendo a petrolífera. Ele é réu na Justiça Federal e permanece em prisão preventiva.

Segundo Costa, que começou a indicar os nomes dos envolvidos no dia 29 de agosto, seriam 12 senadores e 50 deputados filiados principalmente a PT, PMDB e PP e que, de acordo com sua versão, receberam 3% de comissão sobre o valor de face de cada um dos contratos da Petrobras estabelecidos durante sua gestão na diretoria da empresa, de 2004 a 2012.

Outros dois partidos de menor representação também integrariam o suposto esquema de corrupção incrustrado na Petrobras, apontou Costa em depoimento ao Ministério Público Federal (MPF).

Segundo um investigador ligado ao caso, Costa também elencou diversas empreiteiras que obtiveram contratos para prestação de serviços e obras com a Petrobras. Dentre elas estariam nomes das maiores construtoras do país, que também doaram recursos para campanhas eleitorais dos partidos políticos com maiores representações no Congresso.

A Justiça do Paraná afirma que a delação ainda não foi oficialmente judicializada, que está na fase em que o MPF recebe as informações para, em momento posterior durante a instrução penal, propor a colaboração premiada ao juízo do caso, a 13ª vara criminal da Justiça Federal de Curitiba.

VALOR ECONÔMICO


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