Em 2007 o mundo tinha uma capacidade de armazenamento de informação de
295 exabytes, ou seja, 295 mil milhões de gigabytes. A grande maioria em
formato digital. O cálculo foi feito por dois cientistas que publicaram
os resultados na revista Science.
Martin Hilbert, da Universidade da Califórnia e Priscila López, da
Universidade Aberta da Catalunha analisaram a evolução da capacidade de
armazenamento, de computação e de difusão de informação entre 1986 e
2007.
Há 25 anos, a informação armazenada no mundo era de 2,6
exabytes. Passou para 15,8 em 1993, para 54,5 em 2000 e alcançou os 295
exabytes em 2007. Ou seja, 295 milhões de milhões de milhões de bytes. O
equivalente a uma coluna de CD-ROM (cada um com 1,2 milímetros de
grossura) tão alta que chega à Lua e faz mais um quarto do caminho. Ou a
mesma quantidade de informação que cobriria toda a superfície da China
por uma camada de três livros de grossura. Estes números mostram porque é
que estamos a atravessar uma revolução.
“O carro mudou a
sociedade completamente, ou a electricidade. A cada 40, 50 ou 60 anos,
existe algo que cresce mais rápido do que o resto, e neste momento é a
informação”, disse Hilbert, à BBC News.
Em 2002 o mundo entrou na
era digital: nesse ano passou a haver mais capacidade de armazenamento
em formato digital do que analógico. Entre 2000 e 2007 a informação
guardada analogicamente, em cassetes de vídeo, fotografia, vinis, passou
de 75 por cento para seis por cento em 2007.
Em 2007, os discos
rígidos perfaziam 52 por cento da capacidade de armazenamento e a
informação armazenável em dispositivos ópticos era de 28 por cento. Ao
pé deste volume, o que se guarda nos livros é mínimo. Entre 1986 e 2007 a
percentagem de informação guardada em papel desceu de 0,33 para 0,007
por cento. Mesmo assim o papel não é menos raro em termos absolutos. A
informação em papel passou de 8,7 para 19,4 milhões de gigabytes nestes
21 anos.
Para chegarem a estes resultados os dois cientistas
tiveram em conta a quantidade de informação guardada em 60 tecnologias
analógicas e digitais durante os 21 anos. Consideraram vinis,
microchips, discos rígidos, chapas de raio-x, cartões de crédito.
“Basicamente,
o que se pode fazer com informação é transmitir através do espaço, e
chamamos a isso comunicação. Pode-se transmitir através do tempo, e
chamamos isso armazenamento. Ou pode-se transformá-la, manipulá-la e
mudar o seu significado e a isso chama-se computação”, disse o
investigador.
Durante estas duas décadas a capacidade
computacional aumentou 58 por cento por ano. Por outro lado, a difusão
de informação alcançou em 2007 quase dois zetabytes de informação ou
seja, quase 2000 exabytes.
“Estes números são impressionantes,
mas ainda assim minúsculos comparados com a ordem de magnitude da
informação tratada pela natureza”, comparou Hilbert, num comunicado. O
ser humano guarda na sua molécula de ADN cerca de 100 zetabytes de
informação e o universo observável guarda o número impressionante de um
10 com 90 zeros atrás.
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