No que atinge diretamente a área de Ciência e Tecnologia e Inovação, existe uma enorme área que o novo governo pode explorar para contribuir com a verdadeira mudança da base produtiva do Estado, que é fundamental para alcançar uma economia sustentável e competitiva.
Já existe um importante recurso para essa área, proveniente do BNDES.
Os recursos estão focados na implantação de Parques tecnológicos e incubadoras de empresas de base tecnológica. Projetos que contribuem com essa mudança da base produtiva, a partir da agregação de valor aos produtos da abundante biodiversidade e os recursos naturais, existentes no Estado.
A UFPA foi pioneira nesse projeto, assumido, depois pelo governo do estado, que deu continuidade, mas o projeto tem história e não é possível negar sua origem.
Cabe lembrar que esse projeto de implantação de parques tecnológicos não começou no Governo da Ana Julia e sim, em 1992, com a implantação da primeira incubadora de empresas de base tecnológica da região Amazônia. Não é, portanto, um projeto genuinamente petista, como se disse no governo.
O Programa de Incubação de Empresas de Base Tecnológica (PIEBT/UFPA) nasceu na UFPA, junto com o projeto do primeiro parque tecnológico da Universidade, que foi funanciado pela FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos).
Depois, a idéia foi replicada na maioria dos estados da Amazônia, através de Rede Amazônica de Incubadoras (RAMI), criada também, na UFPA. A incubadora e o parque tecnológico foi localizado, inicialmente, na UFPA e seu foco inicial, foi a área de biodiversidade, utilizando a biotecnologia como instrumento para transformar espécies da biodiversidade em produtos de alto valor agregado.
Hoje, com a construção de três parques tecnológicos e incubadoras de empresas, em três pontos ou regiões importantes do Estado.
Na região metropolitana (UFPA), em Marabá e Santarém, se inicia uma fase importante na nova economia sustentável e mais competitiva no estado.
A partir desses projetos a idéia consiste em agregar valor local aos abundantes recursos naturais (biodiversidade, mineiros, madeira, frutas, peixes, etc.), fortalecendo as cadeias produtivas do estado. Produzir com inovação tecnológica, esse deve ser o foco do modelo.
Transferir tecnologia para o setor produtivo.
Esse é um dos programas que o governo do Jatene deverá aprofundar.
Ouvi, pessoalmente, do governador eleito que assim seria. Falou que hoje, a questão da inovação tecnológica era fundamental para que os produtos da biodiversidade da Amazônia alcancem presença e maior valor nos mercados internacionais.
E para isso, as cadeias produtivas da biodiversidade seriam fortalecidas.
Está tudo para ser feito e o governo, esta vez, pode fazer a diferença.
Ampliar os recursos para essa área está sendo cada vez mais possível, pela importância da Amazônia, no contexto da nova economia mundial.
Sabemos como obter esses recursos e conhecemos as entidades que os disponibilizam, bem como, os mecanismos e o passo a passo do caminho a seguir.
Não podemos esquecer que os recursos existentes no Estado são para a obra civil e implantação dos projetos, falta o mais importante, que não é obra civil, é conhecimento, é capital humano capacitado e sobre tudo, gestão competente para articular o conhecimento da UFPA com a competência instalada na região amazônica e fora da região.
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