MADRI (Reuters) - Um mês depois de um dos
resgates mais espetaculares da história da mineração, uma produtora
espanhola anunciou nesta quarta-feira que está próxima de concluir a
montagem do que seria o primeiro filme sobre a experiência dos 33
trabalhadores que passaram 69 dias presos na mina San José, no deserto
de Atacama, no norte do Chile.
O filme estreará na televisão espanhola, mas sua carreira no resto do mundo ainda não está definida, e pode ser que seja exibido em cinemas. A obra está sendo concluída em um prazo recorde -- tanto que começou a ser rodada antes mesmo de os mineiros serem resgatados, em 13 de outubro, segundo seu diretor.
"Principalmente, o que é preciso dizer desse filme é que se baseia em fatos reais. Não procurem em momento algum que haja um personagem que seja cópia exata de uma pessoa que esteve lá embaixo, não", afirmou o cineasta Antonio Recio à TV Reuters.
"O que há são estereótipos de pessoas que têm as mesmas emoções que podem ter os protagonistas", disse ele na sede da Dynamo Factory, que produz o longa metragem junto com a Antena 3 Films.
Recio e os roteiristas J.J. Barrios e Jacobo Bergareche começaram a criar o enredo durante um voo entre Espanha e Chile, poucos dias depois da descoberta de que os 33 mineiros estavam vivos a quase 700 metros de profundidade, e deveriam passar várias semanas à espera do resgate.
"Para mim o mais importante, e acho que para todos os que formávamos parte da equipe, era o lado emocional. Havia 33 pessoas que estavam presas lá embaixo, que no princípio sabiam que estavam vivas, mas em cima ninguém sabia se estavam vivas ou mortas, não sabiam nada de nada."
"E o que isso gera é um monte de sentimentos e emoções, a desesperança e a esperança ao mesmo tempo, a angústia. São emoções tão fortes que acho que mereciam ser contadas", afirmou.
Ele buscou uma equipe fundamentalmente chilena e filmou durante 18 dias numa mina próxima a Santiago, a cerca de 100 metros de profundidade.
"Rodei cronologicamente a história, e já estava gravando fazia cinco dias (quando foram resgatados). Eu havia chegado ao princípio da história, ao desabamento."
Um dos mineiros até se interessou pelo projeto, mas a produção não contou com nenhuma assessoria -- baseou-se nas notícias da imprensa. Um suposto motim entre os mineiros, por exemplo, "nos deu muitas ideias", afirmou Recio, mesmo que o caso não tenha sido confirmado.
O drama dos mineiros chilenos é um prato cheio para o cinema, e este será o primeiro de vários filmes sobre o tema -- inclusive em Hollywood.
"Gosto de dizer que fui o primeiro a contar esta história, e acho que de uma forma diferente de como Hollywood teria contado", disse Recio.
(Por Emma Pinedo e Reuters TV)
O filme estreará na televisão espanhola, mas sua carreira no resto do mundo ainda não está definida, e pode ser que seja exibido em cinemas. A obra está sendo concluída em um prazo recorde -- tanto que começou a ser rodada antes mesmo de os mineiros serem resgatados, em 13 de outubro, segundo seu diretor.
"Principalmente, o que é preciso dizer desse filme é que se baseia em fatos reais. Não procurem em momento algum que haja um personagem que seja cópia exata de uma pessoa que esteve lá embaixo, não", afirmou o cineasta Antonio Recio à TV Reuters.
"O que há são estereótipos de pessoas que têm as mesmas emoções que podem ter os protagonistas", disse ele na sede da Dynamo Factory, que produz o longa metragem junto com a Antena 3 Films.
Recio e os roteiristas J.J. Barrios e Jacobo Bergareche começaram a criar o enredo durante um voo entre Espanha e Chile, poucos dias depois da descoberta de que os 33 mineiros estavam vivos a quase 700 metros de profundidade, e deveriam passar várias semanas à espera do resgate.
"Para mim o mais importante, e acho que para todos os que formávamos parte da equipe, era o lado emocional. Havia 33 pessoas que estavam presas lá embaixo, que no princípio sabiam que estavam vivas, mas em cima ninguém sabia se estavam vivas ou mortas, não sabiam nada de nada."
"E o que isso gera é um monte de sentimentos e emoções, a desesperança e a esperança ao mesmo tempo, a angústia. São emoções tão fortes que acho que mereciam ser contadas", afirmou.
Ele buscou uma equipe fundamentalmente chilena e filmou durante 18 dias numa mina próxima a Santiago, a cerca de 100 metros de profundidade.
"Rodei cronologicamente a história, e já estava gravando fazia cinco dias (quando foram resgatados). Eu havia chegado ao princípio da história, ao desabamento."
Um dos mineiros até se interessou pelo projeto, mas a produção não contou com nenhuma assessoria -- baseou-se nas notícias da imprensa. Um suposto motim entre os mineiros, por exemplo, "nos deu muitas ideias", afirmou Recio, mesmo que o caso não tenha sido confirmado.
O drama dos mineiros chilenos é um prato cheio para o cinema, e este será o primeiro de vários filmes sobre o tema -- inclusive em Hollywood.
"Gosto de dizer que fui o primeiro a contar esta história, e acho que de uma forma diferente de como Hollywood teria contado", disse Recio.
(Por Emma Pinedo e Reuters TV)
Reuters
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