Não adianta os partidos políticos querer se passar por virgens ou juniores, todos são cobras vacinadas e têm uma vela nesse grande bolo que as empresas produzem para distribuir recursos entre os partidos, claro, os recursos saem do bolso dos contribuintes.
O relatório da Operação Castelo de Areia, da Polícia Federal, omitiu as doações da construtora Camargo Corrrêa a outros três partidos políticos: PT, PTB e PV, segundo o Jornal Nacional, da TV Globo.
Deflagrada na semana passada, a operação desarticulou uma quadrilha especializada em crimes financeiros e lavagem de dinheiro e também menciona sete partidos políticos que podem ter recebido doações ilegais da construtora nas eleições de 2008.
O relatório da PF cita PSDB, DEM, PPS, PSB, PDT, PMDB e PP, que negam caixa dois. A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) é apontada na investigação como intermediária das doações da empresa a políticos. A entidade nega as suspeitas.
Segundo a reportagem do Jornal Nacional, os nomes dos três partidos que ficaram de fora do primeiro relatório da PF estão em um e-mail enviado por um dos diretores da Camargo Corrêa em novembro do ano passado para um representante da Fiesp.
Na mensagem, o diretor cobra recibos pendentes de doações ao PT, PTB e PV, além do PSDB --já citado no relatório anterior. O PV e o PTB disseram que as doações da Camargo Corrêa foram registradas na Justiça Eleitoral. A Direção Nacional do PT afirmou que não responde pelos diretórios regionais --a doação foi para um diretório regional mas não cita qual.
A reportagem mostra ainda comentário do delegado Otávio Russo que diz no relatório que ser "impossível se afirmar, apenas com os dados atuais, a ilicitude de tais doações".
A Operação Castelo de Areia prendeu dez pessoas na última quarta-feira (25), entre elas quatro diretores e duas secretárias da Camargo Corrêa. Eles foram soltos no último sábado (28) mas foram indiciados pela PF por crimes de câmbio ilegal, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
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