Promover o uso sustentável da biodiversidade amazônica é o foco da organização social Biotec-Amazônia, criada na última quinta-feira (4), em Belém. O núcleo objetiva difundir o conhecimento e prestar informações e serviços nas áreas de biodiversidade, biotecnologia e bionegócios no estado do Pará, para fins de desenvolvimento econômico e social. O próximo passo do grupo é receber a qualificação do Governo do Estado.
Entidades que são referências no tema estão reunidas na organização. Compõem o Conselho Administrativo da instituição o presidente da Empresa Brasileira de Pesquisas Industriais (Embrapii), Jorge Almeida Guimarães e o diretor executivo do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), Márcio de Miranda Santos. Além disso, o professor Seixas Lourenço foi eleito para o cargo de diretor-presidente.
A Universidade Federal do Pará se faz presente na organização da Biotec-Amazônia com a participação dos professores e pesquisadores Paula Schneider, do Instituto de ciências biológicas, Arthur Silva, coordenador da pós-graduação em genética; Sidney Santos, diretor do núcleo de pesquisa em oncologia; e Gonzalo Enríquez, diretor da Universitec e que também foi o diretor provisório da instituição, mas agora integra o Conselho de Administração.
“Todas essas entidades de grande expertise em pensar a Amazônia com responsabilidade socioambiental estão reunidas na Biotec a fim de potencializar os resultados em função dos objetivos de constituição e consolidação de um modelo econômico autossustentado, baseado no conhecimento e voltado à diversificação das cadeias produtivas regionais”, frisa Gonzalo Enríquez, diretor da Universitec, a Agência de Inovação Tecnológica da UFPA.
O encontro contou com as participações de vários parceiros, entre eles o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Técnica e Tecnológica (SECTET), Alex Fiúza, e o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (SEMED), Adnan Demachki, que já sinalizaram o apoio do governo do Pará à iniciativa da Biotec–Amazônia.
Ciência e sustentabilidade
Entre as prioridades traçadas pela organização, está a indução da parceria entre a academia e o setor produtivo, possibilitando a pesquisa de novos produtos, processos para a redução dos custos de transação, além da superação dos entraves de fornecimento às indústrias, entre empresas e órgãos públicos.
A promoção do crescimento das cadeias industriais - particularmente da bioindústria-, também é um dos focos da Biotec-Amazônia. Para tanto, o grupo irá utilizar, entre outras estratégias, da infraestrutura dos Parques Tecnológicos e das incubadoras, de novas empresas de base tecnológica, voltadas, prioritariamente, aos produtos da biodiversidade.
“Precisamos de uma instituição que desenvolva o crescimento integrado da biotecnologia na Amazônia para que preenchamos determinadas lacunas com uma gestão tecnológica integrada, com prospecção de negócios, além de uma articulação efetiva e permanente com diversos setores, e neste caso a Biotec – Amazônia vem para cumprir bem este papel”, destaca o Diretor-presidente Seixas Lourenço.
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