Categoria pede R$ 1.680 de piso e R$ 20 de vale-refeição; prefeitura oferece R$ 1.224 e R$ 16, respectivamente
Pela manhã, cerca de 20 grevistas tinham quebrado duas vassouras e dois ancinhos. A intenção era intimidar outros garis que limpavam o Aterro do Flamengo.
Após o incidente, a Guarda Municipal passou a acompanhar o grupo. Os grevistas têm feito rondas com motocicletas e carros a fim de mobilizar a categoria.
O prefeito Eduardo Paes chamou de "marginais e delinquentes" os que ameaçam os colegas. Ele anunciou que vai colocar seguranças para escoltar veículos e garis pelo tempo que durar a greve.
Paes disse ainda que é "inaceitável" e "criminosa" a coação contra garis.
Até agora, 300 deles foram demitidos. O prefeito, porém, aceitou proposta do Ministério Público do Trabalho para readmitir aqueles que voltarem hoje ao trabalho.
Em reunião na porta da Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana), cerca de 200 garis resolveram manter a greve.
A decisão foi tomada apesar da determinação da Justiça do Trabalho para que voltassem às suas funções, sob pena de uma multa diária no valor de R$ 50 mil.
LIXO NAS RUAS
Nas ruas da cidade, o lixo se acumula. A situação é pior nas áreas por onde passaram blocos carnavalescos, como na orla da zona sul, nas pistas do Aterro do Flamengo e na av. Rio Branco, no centro.
Caso se confirmem as previsões de chuva para hoje, o lixo pode entupir bueiros e agravar a situação.
Os grevistas pedem R$ 1.680 de piso salarial (R$ 1.200, mais 40% de insalubridade) e R$ 20 de vale-refeição. A prefeitura oferece piso de R$ 1.224 (R$ 874, mais 40% de insalubridade) e R$ 16 de vale-refeição.
De acordo com o presidente da Comlurb, Vinícius Roriz, a cidade só estará limpa novamente após três dias de trabalho --isso com todos os funcionários em atividade.
BRUNA FANTTICOLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO
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