Balé
Prêmios Novos Talentos e Secult firmam Eidap como referência artística
A capital
paraense recebe, a partir do próximo dia 1º de outubro, o XI Encontro
Internacional de Dança do Pará (Eidap), que traz na programação as mais
variadas modalidades da dança, levadas a três espaços distintos: Teatro
Margarida Schivasappa, Instituto de Artes do Pará (IAP) e Centro de
Dança Ana Unger. Em 2011, o evento se firma mais uma vez como referência
para a produção artística local - por meio do Prêmio Novos Talentos e
Prêmio Secult, única premiação deste segmento no Estado - e traz à
cidade alguns dos maiores nomes da dança nacional e internacional, numa
troca de experiências entre coreógrafos, professores e bailarinos, que
beneficia, em especial, artistas locais e o público.
Em
sua décima primeira edição, o evento conta mais uma vez com a
participação de um dos maiores nomes do balé nacional, Guivalde de
Almeida, diretor e principal professor da Especial Academia de Ballet,
uma das mais importantes instituições de ensino de dança clássica no
Brasil. Ele é ainda diretor artístico e fundador da Cia. Brasileira de
Danças Clássicas. Seus alunos já representaram o País por todo o mundo,
em concursos de ballet por lugares como Nova York, Lausanne, Nagoya,
Buenos Aires, Havana. Alguns se destacam como solistas de companhias
dentro e fora do Brasil.
Desta
vez, além de ministrar uma oficina de ballet clássico, o diretor vai
atuar como jurado. 'Participo ativamente do Eidap desde sua primeira
edição e tenho tido provas concretas do crescimento da dança em Belém',
diz. Para ele, um dos principais pontos do Encontro é justamente poder
proporcionar essa troca entre bailarinos e outros profissionais ligados à
dança de várias partes do País. 'Esse intercâmbio cultural é vital para
a sobrevivência de qualquer manifestação artística. Não consigo mais
ver o Pará tão distante dos grandes centros. Isso não é só o efeito da
globalização, mas o Eidap, nesses onze anos de vida, tem grande parte do
mérito desse desenvolvimento da dança no Norte do país', opina.
Outro
convidado de peso do Encontro é o bailarino Welton Nascimbene.
Habituado a percorrer o País com sua arte, ele virá a Belém marcar
presença no evento. 'Fico muito feliz a cada convite que recebo para
retornar a esta cidade. Participo do Eidap desde 2003, fiquei fora
poucas edições. Após tantos anos, já existe uma relação bem forte com
Belém e poder participar do principal evento de dança da Região Norte é
sempre uma felicidade e uma expectativa muito grande', assegura.
Nesta
edição, Welton se prepara para uma participação especial. 'Este ano vou
me apresentar com duas bailarinas fantásticas. Uma já é profissional,
com uma longa carreira artística. A outra, uma jovem revelação da dança
brasileira, premiada nos principais festivais do Brasil e com uma
medalha de prata em New York. Estarei dançando o pas de deux do ballet
'O Corsário', de Marius Petipa, ao lado da convidada Marilia
Guillarducci. Com a jovem convidada Paula Alves vou apresentar o grand
pas de deux de 'Diana et Acteon', de
Agripina Vaganova e o duo Devaneio,
de Guivalde de Almeida', detalha.
APRENDIZADO
O
bailarino ressalta ainda o fato de o evento possibilitar uma maior
integração entre o que é produzido nos principais centros de dança
brasileiros e a Região Norte. 'É de grande importância essa troca de
experiência. Temos sempre algo a aprender e sempre podemos colaborar em
algo. A dança é um eterno aprendizado. E uma maneira deliciosa de se
aprender é com esse modelo de intercâmbio. São duas regiões distantes,
culturas diferentes e um amor que une a todos nós', afirma.
Welton
também destaca a importância das oficinas oferecidas durante o evento.
'O Eidap sempre realiza espetáculos diversificados, com artistas
convidados em todas as modalidades da dança, do Ballet Clássico ao
Gyrokinesis Hip Hop. Os convidados realizam workshops para alunos e
profissionais colaborando, e muito, com essa troca de informação. Essa
experiência enriquece, engrandece e fortalece a dança na região. Esse
contato direto com os artistas é de uma importância ímpar. Todos ganham
com esse intercâmbio cultural', reforça.
'Participar do principal evento de dança do Norte é sempre uma felicidade'
Para
ele, uma das coisas mais gratificantes do evento é ver a participação
efetiva do público em cada apresentação. 'Os espetáculos são todos
lotados. O público é de uma gentileza incrível, uma hospitalidade e
tanto. É de fazer muita inveja a outros estados, e olha que participo
dos principais festivais de dança do País. A dança paraense, aos meus
olhos, é sempre muito bem representada pelo Centro de Dança Ana Unger',
diz.
O
Encontro Internacional de Dança do Pará é uma promoção das Organizações
Romulo Maiorana. Patrocínio: Formosa, Di Casa, através da Lei Semear de
Incentivo à Cultura - Fundação Tancredo Neves e Governo do Estado do
Pará. Apoio: Secult e IAP.
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