São Paulo, O fechamento do negócio entre a suíça Roche e a norte-americana Genentech ontem, por US$ 46,8 bilhões, após oito meses de negociação intensa, é um bom indicador da importância que os medicamentos biotecnológicos recebem hoje por parte da indústria farmacêutica.
O sequenciamento genético e as numerosas possibilidades oferecidas pela biotecnologia abriram as portas para que os laboratórios encontrassem uma boa saída para as dificuldades de criar novas patentes na mesma velocidade da perda dos direitos das que expiram. Além disso, garantem mais receita, já que a complexidade da nova forma de obtenção dos remédios reduz bastante a possibilidade de desenvolvimento de genéricos.
O que pouco se fala, no entanto, é sobre as diferenças entre um medicamento sintético e um biotecnológico. Enquanto no primeiro os efeitos colaterais incluem desde alergias até um choque anafilático, ainda há poucas referências sobre o segundo. Por lidar com células vivas, um remédio biotecnológico pode causar até uma reação autoimune, segundo pesquisadores.
Deborah Crespo, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Hepatologia, diz que esta é uma grande evolução, mas exige dos países organização maior na regulação e controle, em função da responsabilidade com a saúde pública. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também está preocupada com a mudança na indústria, mas informa que o Brasil já possui testes de imunogenicidade para esse tipo de produto. Leia mais aqui: www.gazetamercantil.com.br
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