segunda-feira, 9 de março de 2009

BRASIL, MARANHÃO - Pecuária e fazendeiros destruem sustento de comunidades


No Estado do Maranhão quase 90% das mulheres trabalham como quebradeira de coco do babaçu. A presença delas é tão natural que era comum ver nos quadros, que retratavam as paisagens, uma mulher em baixo de uma palmeira retirando a semente do babaçu para seu sustento. Com a expansão da pecuária e outros interesses conflituosos pela terra na região, essas mulheres saíram dos quadros e passaram a ter uma postura ativa diante da sociedade.

Organizadas em um movimento social, essa mulheres passaram a ter como bandeira o "Babaçu Livre", que consiste em garantir por lei o livre acesso aos babaçuais e o uso comunitário, mesmo que dentro de propriedades privadas. O Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB) agrupa quatro Estados onde há ocorrência de palmeiras de babaçu: Maranhão, Tocantins, Pará e Piauí e hoje luta para evitar a derrubada da palmeira.

Em 2008, a Lei estadual foi aprovada e hoje é implementada em oito municípios do Maranhão. Zulmira de Jesus, coordenadora da Regional da Baixada do MIQCB, afirma que a luta do movimento é ampliar esse debate para que mais municípios sejam contemplados com a Lei do Babaçu Livre e que a Lei federal que está tramitando no Congresso desde 1995 seja aprovada.

Segundo ela, a luta é contra interesses de fazendeiros, pecuaristas e muitas vezes contra o próprio governo que entende como desenvolvimento o ato de colocar e apoiar grandes empresas na região sem avaliar os impactos sociais, econômicos ou ambientais.
Leia reportagem na integra: http://www.amazonia.org.br/noticias/noticia.cfm?id=302948

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