No segundo semestre de 2009, começará a funcionar, em Foz do Iguaçu (PR), na fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai, a Universidade Federal de Integração Latino-Americana (Unila).
O projeto arquitetônico do campus é de Oscar Niemeyer e se concretizará em uma área de 40 hectares cedida pela empresa Itaipu Binacional.
“A Unila é a realização de um antigo sonho”, disse o historiador Carlos Roberto dos Santos, membro da comissão de implantação da nova universidade. Além de oferecer formação científica e profissionalizante de qualidade, ela deverá contribuir para integrar os países latino-americanos por meio do desenvolvimento científico e tecnológico regional.
Segundo Santos, o projeto político-pedagógico da Unila é inovador. Os cursos vão se voltar preferencialmente para áreas de interesse comum dos países da América Latina. “Serão marcados pela interdisciplinaridade e visarão à integração”, informou Santos. Entre os cursos a serem ofertados, estão relações internacionais, direito da integração, história da América Latina, gestão das águas, literatura latino-americana e biologia interdisciplinar. A universidade será bilíngue (português-espanhol), e metade dos estudantes e professores será de brasileiros; a outra metade, de latino-americanos.
A Unila deverá estar em pleno funcionamento dentro de 10 anos, com cerca de 10 mil alunos e 500 docentes. A previsão é de que o campus esteja concluído em 20 meses. Até lá, a universidade funcionará provisoriamente no Parque Tecnológico de Itaipu, em Foz do Iguaçu. Para viabilizar a criação da Unila, a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a Itaipu Binacional assinaram um termo de cooperação técnica, no qual a primeira figura como entidade tutora.
“Isso significa que, enquanto a nova universidade não for formalizada pelo Congresso Nacional, o Ministério da Educação encaminhará recursos para a UFPR, que então os repassará à Unila”, disse Paulo Yamamoto, pró-reitor de orçamento e finanças da UFPR. O orçamento anual estimado é de R$ 135 milhões. A UFPR está encarregada também de gerir as questões administrativas e acadêmicas até a implantação definitiva da Unila.
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