Lobão: 7 das 12 maiores empresas do setor estão no leilão de Libra
BRASÍLIA - (Atualizada às 17h10) O ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, disse, nesta sexta-feira, 20, que a ausência de algumas grandes empresas petroleiras no leilão de Libra gerou “interpretações equivocadas”. Segundo ele, o governo está convencido do sucesso do leilão, que representa uma “grande oportunidade para as petroleiras”. O ministro comenta na tarde desta sexta o resultado das inscrições para o leilão do campo de Libra.
Onze empresas se inscreveram no leilão, mas o governo esperava uma participação de 40 companhias. As ausências da Exxon Mobil, BP, Chevron e BG, gigantes do setor, chamaram a atenção do mercado.
“Estamos vendo certo pessimismo porque duas ou quatro grandes empresas deixaram de se inscrever no leilão”, afirmou Lobão, lembrando que, das 12 maiores empresas do setor, sete companhias estão participando do leilão.
Sobre a participação da Petrobras no leilão, o ministro argumentou: “Não há mal em empresas estatais participarem”. Para ele, o leilão terá “êxito total”, frisando que as regras para a operação estão claras.
Lobão disse que o governo procurou defender o “interesse brasileiro, sem complicar a vida das empresas”. “O regime de partilha é bom para o Brasil.” Ele, no entanto, admitiu que houve atraso na elaboração da legislação do leilão.
Espionagem
O ministro de Minas e Energia disse, ainda, que as empresas inscritas no leilão são grandes e “tranquilizadoras com sua presença”. Assim, o leilão será bem sucedido e será “um dos mais importantes da história do petróleo do mundo”.
Questionado sobre um possível risco político no leilão e se algumas empresas deixaram de participar por causa das denúncias de espionagem feitas pelo governo americano contra a Petrobras, ele respondeu que, dizer isso, “seria especulação”. Lobão reiterou que não tem informações sobre a questão da espionagem à estatal.
O ministro vê “interesse legítimo das empresas” no leilão marcado para o dia 21 de outubro. Para ele, as empresas que não se inscreveram “tiveram suas razões”.
(Lucas Marchesini e Thiago Resende | Valor)
RIO - A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgou nesta quinta-feira a lista das 11 empresas cadastradas para participação no leilão do prospecto de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, na primeira licitação sob o regime de partilha de produção.
Gigantes
As petroleiras britânicas BP e BG e as norte-americanas ExxonMobil e Chevron não vão participar do leilão. A diretora-geral da ANP, Magda Chambriar, já havia informado sobre a negativa das três primeiras.
Ela contou ter recebido ligações de representantes das empresas informando que não participariam do leilão, marcado para 21 de outubro, por motivos específicos. A diretora informou que esperava todas as companhias, as chamadas "A" e as "B" para o leilão e previa participação de até 40 companhias.
As empresas classificadas como "A" são aquelas com experiência já comprovada em exploração e produção em águas profundas, ultra-profundas, águas rasas e terra. Já as empresas do tipo "B" são as que têm experiência apenas em águas rasas e terra.
Se inscreveram na ANP e pagaram a taxa de R$ 2 milhões as empresas chinesas CNOOC International Limited e China National Petroleum Corporation (CNPC); a japonesa Mitsui; a colombiana Ecopetrol; a indiana ONGC Videsh; a portuguesa Petrogal; a Petrobras; a malaia Petronas; a hispano-chinesa Repsol-Sinopec; a anglo-holandesa Shell; e a francesa Total.
Por Marta Nogueira, Rafael Rosas e Rodrigo Polito | Valor
“Estamos vendo certo pessimismo porque duas ou quatro grandes empresas deixaram de se inscrever no leilão”, afirmou Lobão, lembrando que, das 12 maiores empresas do setor, sete companhias estão participando do leilão.
Sobre a participação da Petrobras no leilão, o ministro argumentou: “Não há mal em empresas estatais participarem”. Para ele, o leilão terá “êxito total”, frisando que as regras para a operação estão claras.
Lobão disse que o governo procurou defender o “interesse brasileiro, sem complicar a vida das empresas”. “O regime de partilha é bom para o Brasil.” Ele, no entanto, admitiu que houve atraso na elaboração da legislação do leilão.
Espionagem
O ministro de Minas e Energia disse, ainda, que as empresas inscritas no leilão são grandes e “tranquilizadoras com sua presença”. Assim, o leilão será bem sucedido e será “um dos mais importantes da história do petróleo do mundo”.
Questionado sobre um possível risco político no leilão e se algumas empresas deixaram de participar por causa das denúncias de espionagem feitas pelo governo americano contra a Petrobras, ele respondeu que, dizer isso, “seria especulação”. Lobão reiterou que não tem informações sobre a questão da espionagem à estatal.
O ministro vê “interesse legítimo das empresas” no leilão marcado para o dia 21 de outubro. Para ele, as empresas que não se inscreveram “tiveram suas razões”.
(Lucas Marchesini e Thiago Resende | Valor)
ANP divulga empresas interessadas no pré-sal; gigantes estão fora
RIO - A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgou nesta quinta-feira a lista das 11 empresas cadastradas para participação no leilão do prospecto de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, na primeira licitação sob o regime de partilha de produção.
Gigantes
As petroleiras britânicas BP e BG e as norte-americanas ExxonMobil e Chevron não vão participar do leilão. A diretora-geral da ANP, Magda Chambriar, já havia informado sobre a negativa das três primeiras.
Ela contou ter recebido ligações de representantes das empresas informando que não participariam do leilão, marcado para 21 de outubro, por motivos específicos. A diretora informou que esperava todas as companhias, as chamadas "A" e as "B" para o leilão e previa participação de até 40 companhias.
As empresas classificadas como "A" são aquelas com experiência já comprovada em exploração e produção em águas profundas, ultra-profundas, águas rasas e terra. Já as empresas do tipo "B" são as que têm experiência apenas em águas rasas e terra.
Se inscreveram na ANP e pagaram a taxa de R$ 2 milhões as empresas chinesas CNOOC International Limited e China National Petroleum Corporation (CNPC); a japonesa Mitsui; a colombiana Ecopetrol; a indiana ONGC Videsh; a portuguesa Petrogal; a Petrobras; a malaia Petronas; a hispano-chinesa Repsol-Sinopec; a anglo-holandesa Shell; e a francesa Total.
Por Marta Nogueira, Rafael Rosas e Rodrigo Polito | Valor
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