Produção no Estado registra 3% frente ao mês de junho
Em julho deste ano, a produção industrial do Pará registrou o avanço mais expressivo do País (3%), frente ao mês anterior. A variação é da série livre de influências sazonais e a terceira taxa positiva consecutiva nesse tipo de comparação, período em que acumulou ganho de 9,2%. Com esses resultados, o índice de média móvel trimestral mostrou expansão de 3,0% na passagem dos trimestres encerrados em junho e julho, acelerando o ritmo de crescimento frente ao mês anterior (1,6%). Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na Pesquisa Industrial Mensal, que avalia 14 estados brasileiros.Na comparação contra iguais períodos do ano passado, o setor industrial paraense mostrou variação positiva de 0,4% em julho de 2013, interrompendo uma sequência de cinco resultados negativos neste tipo de confronto, e queda de 8,6% no índice acumulado dos primeiros sete meses do ano. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, ao recuar 5,9% em julho de 2013, mostrou retração menos intensa do que a observada em junho último (-6,5%).
A indústria paraense avançou 0,4% em julho de 2013 na comparação com igual mês do ano anterior, sustentada pelo crescimento em apenas duas das seis atividades investigadas. O maior impacto positivo sobre a média global foi observado na indústria extrativa (4,6%), seguido por alimentos e bebidas (12,2%), impulsionados, especialmente, pela maior produção de minérios de ferro, no primeiro ramo, e refrigerantes, crustáceos congelados e farinha de trigo, no segundo. Por outro lado, o resultado negativo mais relevante veio da atividade de celulose, papel e produtos de papel (-42,9%), pressionada pela menor fabricação de celulose, decorrente sobretudo da paralisação técnica para reforma do parque industrial em importante empresa do setor.
No índice acumulado de janeiro-julho de 2013, o setor industrial paraense apontou recuo de 8,6% frente a igual período do ano anterior, com quatro dos seis ramos investigados assinalando queda na produção. As contribuições negativas mais relevantes foram observadas nos setores extrativo (-8,0%) e de metalurgia básica (-10,1%), pressionados especialmente pela redução na produção de minérios de ferro e de alumínio, no primeiro ramo, e de óxido de alumínio, no segundo. Vale citar ainda o impacto negativo vindo de celulose, papel e produtos de papel (-35,2%), influenciado em grande parte pela menor fabricação de celulose. Por outro lado, o resultado positivo mais importante foi registrado pelo setor de minerais não-metálicos (4,1%).
A produção industrial de julho apresentou queda em relação a junho em nove dos 14 locais pesquisados pelo IBGE. O recuo mais acentuado foi registrado em São Paulo, onde a produção teve recuo de 4,1%. A retração da indústria paulista foi a mais intensa desde setembro de 2011 (5,4%). Na comparação com o mesmo período do ano passado, no entanto, houve alta de 0,2%, contribuindo para o crescimento acumulado de 2,5% em 2013 sobre 2012. Nos últimos doze meses, a produção do setor subiu 1%.
O Liberal 07/09/2013
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