sexta-feira, 16 de novembro de 2012

A contribuição teórica do PT/MEC para ENEM. Imigrações do Século XXI para o Brasil

Haitianos em Brasileia serão transferidos para novo espaço até a próxima segunda-feira

Quem iria a pensar que para o ENEM o tema da redação poderia estar relacionada com as imigrações para o Brasil no século XXI. 

Visto de outra forma. Quem, no seu pleno equilíbrio físico, mental e emocional iria a submeter aos alunos a desenvolver um tema tão absurdamente irrelevante, como o formulado pelo MEC o dia da realização do ENEM. Quem? somente poderia ser o Mercadante cada dia menos identificado com a educação e mais preocupado com sua possibilidade em disputar o governo de São Paulo. 


O dia do ENEM procurei e não encontrei informação consistente e argumentos teóricos para realizar uma redação sobre o tema. Podemos até aceitar que redação pode ser feita sobre qualquer tema, entretanto, o MEC teria a obrigação de selecionar um tema que conta-se com fundamentos, referências históricas e informação apropriada à população alvo, alunos do ENEM. 


Quem se sairá melhor serão obviamente os que tenham ouvido alguma declaração ou notícias da imprensa sobre um grupo de bolivianos ou haitianos que vieram ao Brasil na procura de trabalho. 


Não pode se falar, de forma nenhuma de correntes migratórias, conhecidas em outras regiões do planeta. Menos ainda, nada teria a ver com alguma tendência que seja a característica do Século XXI no Brasil. 


Isso é infantilismo político do PT e nada mais. Não existe teoria sobre o assunto e menos referências históricas. 


Veja a matéria sobre "imigrações" de haitianos.   



Com aluguel atrasado e ordem de despejo decretada, os haitianos que ainda dependem de vistos da Polícia Federal para regularizarem a situação no país vão se mudar para um clube abandonado até segunda-feira (19). Atualmente eles estão alojados em uma casa particular e se espalham pelos cinco quartos, varanda e um galpão nos fundos do terreno, no bairro Ferreira da Silva.

O Esporte Clube Brasileia, para onde serão levados, tem cerca de mil metros quadrados de área coberta, sem paredes laterais. Na verdade, é um galpão aberto. Ontem (13), o representante do governo do estado, Damião Borges, levará alguns haitianos para fazer a primeira limpeza do lugar.

No início da manhã, a Agência Brasil esteve no local. O mato alto cobre os 5 mil metros quadrados de terreno. O clube está em condições precárias, com as paredes rachadas, algumas sem reboco, lixo – garrafas, folhas, pneus, papel – jogado no chão e o piso quebrado.

Os quatro banheiros, dois coletivos e dois com vasos sanitários quebrados, não dispõem de chuveiros nem de pias. A ampla cozinha só dispõe de uma pequena bancada com pia, sem torneira.

Em outro cômodo interligado com a cozinha a situação é a mesma de todos os demais: muito lixo e sujeira. O desafio do representante do governo do estado na cidade, Damião Borges, é tornar o lugar habitável em cinco dias.



“Não tem mais jeito de ficar aqui [no atual alojamento], tenho até segunda-feira para mudá-los daqui. É o que temos”, disse Damião à Agência Brasil. O funcionário do governo do Acre destacou que ainda nesta semana o fornecimento de água e luz, cortado por atraso nas contas, será restabelecido.

Borges reconheceu que, pelo prazo de que dispõe para mudar os haitianos, as reformas serão “básicas”. Ele disse que o piso e as paredes receberão uma camada de cimento, os banheiros serão consertados e, para garantir o abastecimento de água, serão instaladas cinco caixas d’água de 2 mil litros cada.

Nesse período de pouca chuva é comum o racionamento de água no local. Borges ressaltou que o antigo clube era uma empresa composta por 100 pessoas que desativaram o local.

De acordo com o servidor, o governo estadual comprou o local, assumiu as dívidas e depositou R$ 380 mil para os atuais proprietários. Estes, por sua vez, questionaram o valor e pedem R$ 700 mil pelo terreno e o clube. A demanda está na Justiça.

Na expectativa de uma nova chegada de haitianos ilegais a Brasileia, a reportagem permaneceu durante parte da madrugada em frente ao atual alojamento e constatou a desenvoltura com que os imigrantes ilegais transitam no bairro.



Sem energia na casa, eles permaneceram até a madrugada nas calçadas bebendo cerveja e refrigerantes. Integrados à comunidade local, os haitianos não causam qualquer problema, segundo relatos de moradores.

A pedido de um dos imigrantes, o vizinho Jamisclei Ferreira Campelo, de 33 anos, comprou um celular, aparelho de uso comum deles. Como não tem a entrada no país legalizada, eles estão impossibilitados de ter aparelhos de telefonia móvel e outros eletrodomésticos, mesmo dispondo do dinheiro para a compra.

“Eles são tranquilos, não incomodam ninguém. Nós temos dó deles porque não têm nada”, frisou Filomena Maria César, 66 anos, também moradora do bairro Ferreira da Silva.

Por: Marcos Chagas Enviado
Fonte: Agência Brasil – EBC
Edição: Tereza Barbosa

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