Reunidos
em Goiânia nesta sexta (30), os oito governadores do PSDB divulgaram
uma nota na qual se queixam da concrentração de poderes na União.
Empilham
uma série de reivindicações –do pagamento de compensações tributárias a
redução da taxa de juros que incide sobre a dívida dos Estados.
Pregam a “restauração da federação” e pedem a Dilma Rousseff a definição de uma “agenda” que liste os “temas relevantes” para uma negociação com os governadores.
Batizado de “Carta de Goiânia”, o documento se limita a expor as preocupações administrativas dos gestores tucanos.
Os
governadores se abstiveram de tratar em público do debate político que
consumiu boa parte do debate travado a portas fechadas.
Assinam a “carta”: Geraldo Alckmin (SP), Antônio Anastasia (MG), Beto Richa (PR), Marconi Perillo (GO)…
…Simão Jatene (PA), Teotônio Vilela (AL), Siqueira Campos (TO) e José de Anchieta (RR). Abaixo, a íntegra:
"Os
governadores de São Paulo, Minas Gerais, Tocantins, Paraná, Alagoas,
Roraima, Goiás e, por delegação, do Pará, reunidos em Goiânia, divulgam e
reiteram seus compromissos com o País, com os Estados e, sobretudo, com
a sociedade brasileira, propondo conjuntamente:
1.
Defesa intransigente da restauração da Federação, cujo Pacto Federativo
vem sofrendo insuportáveis e progressivas ameaças em face do aumento de
demandas e despesas, ao tempo em que vê suas receitas cada vez menores
com forte concentração em poder da União;
2.
Reiteração dos princípios da democracia social, legalidade,
transparência, combate sistemático à corrupção a partir de seus próprios
exemplos, segurança jurídica, inclusão social, inovação e pesquisa,
sustentabilidade ambiental, energia limpa, democratização de
oportunidades, inclusão econômica (microcrédito, qualificação
profissional, formação tecnológica e emprego);
3. Foco na melhoria das ações de saúde e cobrança permanente em relação aos reduzidos repasses e valores praticados pelo SUS;
4.
Repasse de valores de compensação da Lei Kandir, referentes a 2011 (R$
1.95 bilhão) e alocação no orçamento de 2012 de valores para
ressarcimento - aos estados, no montante de R$ 11,5 bilhões,
correspondente à metade das perdas decorrentes da desoneração de ICMS
sobre as exportações;
5.
Repactuação do endividamento dos Estados com a União, com redução do
comprometimento da dívida intralimite, adoção do IPCA como índice de
correção e redução dos juros contratuais;
6.
Solicitação à Presidente da República de agenda para discussão destes e
outros temas relevantes com os governadores dos estados brasileiros.
Alimentados
por grande esperança no Brasil, manifestamos nossa confiança no
amadurecimento da Democracia, na geração de oportunidades para todos os
brasileiros e na perpetuação de valores e princípios que promovam a
eficiência e a justiça social."
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