Como diversificar e aumentar a pauta de
exportação no Pará, levando em consideração a diversidade de produtos
regionais? Essa e outras questões são objeto do projeto Caravana do
Comércio Exterior, realizado em parceria pela Federação das Indústrias
do Pará (Fiepa), governo estadual, Sebrae/PA, além de diversas entidades
empresariais locais.
A finalidade é fomentar, através da
informação, a inclusão de novos produtos na pauta de exportação
paraense, que se mantém em sua maioria voltada para produtos minerais,
madeira, peixes, pimenta-do-reino e poucas frutas regionais, apesar da
diversidade de sabores. O primeiro município visitado pela caravana será
Santarém, polo de desenvolvimento da região do Baixo-Amazonas e um dos
principais produtores do Estado.
O potencial econômico dos municípios
paraenses é algo latente, mas que precisa ser estimulado com foco na
diversificação da pauta de exportação. Os produtos tradicionais como a
madeira, sucos de frutas, peixes, e a pimenta do reino, mesmo
apresentando bons resultados no primeiro semestre de 2010, tiveram uma
significativa redução na participação da pauta de exportação.
De janeiro a junho de 2007, a madeira,
por exemplo, tinha uma participação de 11,16% na pauta. No ano passado, a
importância deste produto para as exportações paraenses ficou em 4,41%,
e, nos seis primeiros meses de 2011, caiu para 2,48%.
SANTARÉM
No primeiro semestre deste ano, Santarém
ficou na 13ª posição entre aqueles que contribuíram para o saldo da
balança comercial paraense. Nesse mesmo período, o valor exportado de
Santarém ficou em US$ 30.434 milhões e as importações foram de US$ 138
mil. Madeira e soja foram os dois principais produtos que apresentaram
os melhores resultados.
SETORES
Em 2010, Santarém exportou US$ 83
milhões, dos quais cerca de 50% foram referentes às vendas de soja e a
outra metade do setor madeireiro. Constatou-se que é preciso fortalecer
estes dois setores na pauta de exportação. No entanto, também é
necessário estimular outras cadeias produtivas no município, para que a
economia não fique concentrada e nem vulnerável aos impactos que estas
duas atividades possam vir a sofrer.
A expectativa da Fiepa é que a caravana,
ao disseminar a promoção da cultura exportadora, estimule a produção
nas diversas regiões do Estado, diversificando e fortalecendo a economia
paraense.
De uma forma objetiva, a caravana
promoverá acesso às informações acerca das políticas, das ações e da
estrutura do comércio exterior, além de disseminar o conhecimento dos
instrumentos de apoio e estímulo, dos mecanismos de financiamento do
intercâmbio comercial brasileiro e da realidade paraense.
(Diário do Pará)
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