Agropalma, uma das maiores empresas produtoras de óleo de palma do mundo, decidiu interromper as atividades de sua fábrica de biodiesel, em Belém.
Depois de não conseguir fechar contratos de venda no último leilão da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado em maio, a empresa não viu mais sentido em manter as atividades da planta. “Ficamos de fora no último leilão por causa do preço.
Ainda não sabemos se continuaremos ou não a produzir biodiesel. A chance de continuar é exatamente a mesma de parar”, afirma Marcello Brito, diretor comercial da Agropalma. No último leilão da ANP foram adquiridos 600 mil metros cúbicos do combustível, sendo que o preço médio pago pelo governo foi de R$ 2.105,58 por metro cúbico.
Segundo Brito, a produção do biodiesel da Agropalma era feita a partir do ácido graxo residual do processo de refino do óleo de palma. Apesar de ser uma fonte de renda, a comercialização do combustível representava menos de 1% do faturamento da empresa, que tem foco na venda do óleo, produto que está valorizado no mercado internacional.
A empresa alega que a oferta superior à demanda tem pressionado os valores do biodiesel. De fato, o preço médio pago pela ANP no último leilão é 6% inferior ao praticado em março deste ano, de R$ 2.237,05 por metros cúbico. A oferta, porém, já não supera mais a demanda pelo combustível. Dados da ANP mostram que a produção de biodiesel entre janeiro e julho de 2010 foi de 1,13 milhões de metros cúbicos para uma demanda do governo de 1,134 milhão. Essa relação já foi muito pior.
Em 2008, quando o Brasil passou a misturar o biodiesel ao diesel convencional, a produção do combustível de origem vegetal foi de 1,16 milhão de metros cúbicos para uma demanda de apenas 740,7 mil metros cúbicos.
Alexandre Inacio - Valor Econômico Nota BiodieselBR: O último trecho da reportagem acima equivocadamente analisa oferta e demanda com bases nos números da produção. No entanto é sabido que a compra de biodiesel acontece de acordo com a demanda. Portanto o correto seria analisar a oferta de acordo com a capacidade produtiva autorizada pela ANP.
Em relação a demanda em 2008, o texto deveria considerar o consumo de diesel, mas utilizou apenas as entregas nos leilões da ANP e deixou de lado os leilões da Petrobras. Assim, com base nos dados da ANP, é possível afirmar que nos últimos meses a capacidade de produção tem crescido enquanto a demanda se manteve fixa no B5.
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