Projetada para ser construída no Rio Xingú, na Região Amazônica, a Belo Monte será a maior hidrelétrica do Brasil e a terceira do mundo.
Com capacidade para gerar 11 mil 233 megawatts através de dois reservatórios de 516 quilômetros quadrados, tamanho semelhante ao do Canal do Panamá, e vai impactar toda a bacia do Xingu, além de quatro reservas extrativistas e oito unidades de conservação ambiental.
Será a terceira maior hidrelétrica do mundo – atrás apenas das usinas de Três Gargantas, na China, e da binacional Itaipu.
Estima-se que sua geração será suficiente para atender 26 milhões de brasileiros.
Para os defensores do projeto, uma das principais vantagens da nova usina será o preço. O custo não poderá ultrapassar R$ 83 por megawatt/hora (MWh). As obras deverão gerar ainda 18 mil empregos diretos e 23 mil indiretos.
O governo argumenta que uma das condicionantes impostas na licença prévia do Ibama para o empreendimento determina que seja mantida uma vazão mínima no rio.
Afirma também que há projetos de preservação ambiental e que as comunidades que forem afetadas serão transferidas para locais onde possam manter condições similares de vida.
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E as críticas?
Ecologistas, membros da Igreja Católica, representantes de povos indígenas e ribeirinhos e analistas independentes argumentam que o impacto ambiental e social da instalação da hidrelétrica foi subestimado.
A interrupção de um trecho de cerca de 100 quilômetros do rio Xingu poderia diminuir drasticamente sua vazão, afetando as populações ribeirinhas, além da fauna e da flora regional.
As críticas também se direcionam à alegada ineficiência da hidrelétrica, haja vista que sua produção cairá drasticamente nos meses de seca no Rio Xingu. Embora sua capacidade total instalada prevista seja de 11.233 Megawatts (MW), a energia assegurada será de 4.571 Megawatts (MW), em média.
O custo máximo de R$ 83 por megawatt/hora (MWh) parece não ser suficiente para remunerar adequadamente o investimento. E lá pela data de posta em operação os preços da energia vão ser totalmente diferentes. É segundo alguns, um preço político.
Os grupos Camargo Corrêa e Odebrecht, por exemplo, desistiram do leilão sob a alegação de ausência de condições econômico-financeiras que lhes permitissem participar. O governo, diante da necessidade de estimular a formação de consórcios para disputar a concessão, acena com desonerações e melhoria das condições de financiamento.
Questionam-se muito as empresas que constituíram o consorcio para o leilão. Sem experiência na área, sem um mínimo planejamento, O consorcio vencedor tinha-se constituído há apenas alguns dias, somente para preencher o requisito do leilão.
A empresa não pagará impostos por cerca de 10 anos e terá um pacote de vantagens fiscais e econômicas que o tesouro absorverá.
Quem vai pagar o custo da energia? Ela será repassada, segundo os críticos do projeto, para nós, para vc que é o consumidor.
Quanto da biodiversidade será perdida e qual o valor?
Como serão remuneradas as comunidades remanejadas e para onde serão remanejadas, para os suburvios das cidades do entorno?
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