Pizzolato tem pedido de liberdade provisória negado
BOLONHA - A Justiça italiana negou nesta sexta-feira o pedido do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado a 12 anos e 7 meses de prisão no processo do mensalão, de aguardar em liberdade a decisão sobre a sua extradição para o Brasil.
Antes dessa decisão, em uma audiência realizada em Bolonha, Pizzolato informou ao juiz que não pretende voltar ao Brasil.
O fato de Pizzolato ter entrado em território italiano portando documentos falsos, o que pode lhe render uma pena de até três anos, pesou na decisão do juiz. A defesa do ex-diretor do Banco do Brasil tinha alegado que não havia risco de fuga.
Prisão
Foragido desde novembro do ano passado, Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil condenado no processo do mensalão, foi preso na manhã de quarta-feira no norte da Itália.
Numa ação das polícias italiana e brasileira, ele foi detido em Maranello, a 322 quilômetros de Roma, onde vivia na casa de um sobrinho, com passaporte falso em nome de Celso, irmão morto em 1978 em um acidente de carro.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que o governo pedirá à Itália a extradição de Pizzolato. No entanto, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) avaliam que a medida é "inócua".
Para Celso de Mello, o pedido é "juridicamente inviável" já que Pizzolato possui cidadania italiana e as leis locais proíbem a extradição de seus cidadãos. Já a Procuradoria-Geral da República considera que existem brechas legais.
A partir de informação da polícia italiana de pedido de cidadania de residente, a Polícia Federal descobriu que Pizzolato havia falsificado documentos. O planejamento da fuga começou em 2007, cinco anos antes dele ser condenado pelo STF a 12 anos e sete meses de prisão pelo envolvimento no esquema do mensalão.
No momento da prisão, o ex-diretor do BB estava com a mulher e tinha 15 mil euros. "Ele jogou o nome da família na lama", disse a tia de Pizzolato no Brasil.
Por Folhapress
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