O
Partido Revolucionário Institucional (PRI) do México apresenta uma ideologia e
fundamentos teóricos parecidos à ideologia do PT Brasileiro. O PRI governou por
mais de 70 anos no México e hoje pode retornar ao poder, se confirmados os
resultados das pesquisas eleitorais, que o colocam 10% na frente do Partido da Revolução Democrárica (PRD).
O
PRI nasceu inspirado na revolução bolchevique e nas revoluções e experiências socialistas
da Europa, só que quando assumiu o poder pouco a pouco foi mudando de ideologia
e perdendo seus fundamentos. Inspirados nas políticas pragmáticas para conduzir
os diversos governos da “Revolução Mexicana” fizeram pactos até com o diabo e
foram entregando recursos naturais e a própria economia ao sistema financeiro
internacional e ao grande capital.
Foram
administrando a economia com taxas de câmbio, taxas de juro, pequenos
incentivos aos segmentos econômicos, diminuindo a dívida externa, aumentando a
dívida externa, etc.
Qualquer
parecido com Brasil é só coincidência.Até a proposta de Bolsa Família é parecida. Na realidade a Bolsa Família Brasileira foi uma cópia mal feita da do México.
Veja matéria sobre a experiência mexicana da Bolsa Família Aqui
Veja aqui a Editorial da Folha de São Paulo.
Editoriais
Folha de São Paulo
O PRI (Partido Revolucionário Institucional) deve voltar ao poder nas eleições presidenciais de hoje no México. Hegemônica no país de 1929 a 2000, a agremiação populista cedeu a Presidência, nos últimos 12 anos, ao conservador PAN (Partido Ação Nacional).
O candidato do PRI, Enrique Peña Nieto, aparece com vantagem suficiente nas pouco confiáveis pesquisas eleitorais para manter o favoritismo. É a grande esperança da legenda para voltar a dominar o segundo país mais rico e populoso da América Latina, o que antes fazia com recurso a fraudes eleitorais, benesses clientelistas e política econômica estatizante.
A dominação do PRI foi interrompida em 2000 com a eleição de Vicente Fox (PAN). Em 2006, o PAN obteve vitória apertada, com Felipe Calderón, sobre o esquerdista Andrés Manuel López Obrador, candidato do PRD (Partido da Revolução Democrática).
As três forças principais voltam a se enfrentar hoje. Peña Nieto, do PRI, tem 40% a 45% das intenções de voto. López Obrador aparece em segundo, com 25% a 30%, seguido pela candidata da situação, Josefina Vázquez Mota (23% a 27%).
Sob o PAN, a economia mexicana teve desempenho razoável. Atrelado ao gigante norte-americano, o PIB do México recuou mais de 6% em 2009, mas se recuperou no ano seguinte, com 5,5% positivos.
Para este ano, o banco central projeta avanço entre 3% e 4%. Há sinais de que o México se adianta ao Brasil, entre países da América Latina, na preferência de investidores estrangeiros.
O calcanhar de aquiles do atual mandatário e de sua candidata é a violência derivada do tráfico de drogas. Desde que Calderón declarou guerra contra o crime organizado, em 2006, mais de 50 mil pessoas foram assassinadas. Estima-se que metade dessas mortes tenha relação com o crescente enfrentamento entre cartéis que disputam o controle do tráfico para os EUA.
Apesar dos problemas de segurança pública, a sociedade mexicana segue trilha similar à brasileira, com acelerado crescimento da classe média. Os índices de mortalidade infantil e de escolaridade são parecidos nos dois países -com vantagem para o México.
Nessa sociedade mais complexa e diversificada, o eventual retorno do PRI ao poder não deve reeditar o populismo nacionalista que praticou na maior parte do século 20. Uma das bandeiras de Peña Nieto, o jovem e pragmático candidato, é flexibilizar o monopólio estatal do petróleo exercido pela Pemex e dar menos ênfase à guerra contra os cartéis de drogas.
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