quarta-feira, 6 de abril de 2016

Cassado em 2005, Roberto Jefferson volta à Câmara para defender impeachment


Roberto Jefferson. Foto Arquivo / Marcello Casal Jr./ ABr


Onze anos depois de ter o mandato cassado, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) voltou nesta quarta-feira (6) à Câmara para defender a aprovação do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Delator do mensalão e condenado a mais de sete anos de prisão pelo STF (Supremo Tribunal Federal) após o julgamento da Ação Penal 470, Jefferson prometeu “trabalhar duro” para unir o PTB a favor do afastamento de Dilma.


Militante da chamada tropa de choque do ex-presidente Fernando Collor Mello, cassado em 1992, Jefferson disse hoje que Dilma não tem mais condições de se manter à frente do país. “O governo acabou politicamente e moralmente. Não há condições mais de ela [Dilma] continuar à frente do governo. Como não temos um regime parlamentarista, vamos para o impeachment”, argumentou.


Conhecido por suas frases de efeito, Jefferson disse que o colega de partido Jovair Arantes (GO), relator da Comissão Especial do Impeachment, fez “um golaço de rasgar a rede” ao defender o prosseguimento do processo de afastamento. “Ele merece um troféu”, disse.


Para o ex-deputado, a batalha pelo impeachment não será fácil. “É uma luta do dia a dia, tem que ser buscada, não é uma luta fácil.”
Eduardo Cunha


Na avaliação do Roberto Jefferson, as acusações contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o fato de o deputado ser réu em ação no STF não inviabilizam o trabalho do peemedebista à frente da sessão que votará o impeachment. “Ele conhece profundamente o regimento interno e tem dado um show de interpretação, de bom senso na aplicação. Está indo muito bem”.


Segundo Jefferson, Cunha trava uma batalha contra o PT, da qual vai sair vitorioso. “Ele vai vencer o duelo. O Lula [ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva] nunca esperou encontrar um pistoleiro tão bom quanto ele: rápido de gatilho, que atira pelas costas, atira na tocaia, rouba no jogo de pôquer, assalta o banco da cidade. O Lula nunca esperou encontrar um pistoleiro a altura dele. Ele [Cunha] é o meu herói”, ironizou.
Eleições Gerais


Em relação à proposta de realização de eleições gerais ainda este ano, defendida pela ex-senadora e ex-candidata à Presidência Marina Silva (Rede Sustentabilidade) e lideranças do PMDB, Jefferson disse acreditar que isso “enfraquece” o movimento pelo impeachment.


“Como ela [Marina Silva] é próxima ao PT e quer herdar parte dos eleitores do PT, está fazendo esse discurso, que é ruim e enfraquece essa decisão do Congresso, da sociedade de colocar um ponto final, um basta ao desgoverno do PT”.

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Duas instituições perdem a cabeça, para defender a Lula e Dilma



Sai um e entra outro. 


Na defesa do PT mudam os atores, Instituto Lula fica de escanteio e entra a AGU,
Advocacia-Geral da União, ou melhor, o Advogado Geral da Dilma, José Eduardo Cardozo. Ele assume por enquanto não encontrem seu nome arrolado no Lava Jato. 


Entretanto, cabe lembrar que as duas instituições não foram criadas para cumprir as desonrosas  missões que estão realizando. 

A conferir!


sábado, 2 de abril de 2016

Para Renan, Temer errou ao forçar rompimento do PMDB com governo





Michel Temer errou e passou a correr riscos desnecessários ao forçar a mão para que o PMDB rompesse com o governo, acelerando o processo de impeachment. A opinião é do presidente do Senado, Renan Calheiros, que chegou a dizer a outros parlamentares que o vice-presidente "foi muito burro".

RISCO
Calheiros diz que, ao se colocar como contraponto de Dilma Rousseff, o vice se posicionou na linha de tiro e atraiu para ele os ataques dos que são contrários ao impeachment. Disse Calheiros aos senadores que, em Alagoas, seu Estado natal, 80% eram a favor da saída da presidente. Mas, com Temer do outro lado da linha, o entusiasmo das pessoas esmoreceu.

RISCO 2
Michel Temer teria também "enchido a caneta" de Dilma de tinta, abrindo espaço para que ela fizesse centenas de nomeações para atrair aliados em cargos antes ocupados pelo grupo do vice no governo.

O MINEIRO
O presidente do Senado acha que Temer deveria ter agido como Itamar Franco, vice que assumiu a Presidência no lugar de Fernando Collor depois do impeachment, na década de 1990: o mineiro ficou nas sombras e esperou o governo cair no colo dele.

O BAIANO
Jaques Wagner, ministro-chefe do gabinete pessoal de Dilma, defende que o PMDB fique com apenas dois ministérios no governo, abrindo ainda mais espaço para partidos menores que se declarem fiéis ao governo. Kátia Abreu, da Agricultura, por exemplo, deixaria o cargo, já que não tem influência na Câmara dos Deputados, onde o impeachment da presidente será decidido.

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Os acovardados irão receber pagamento pela proteção ao Lula


Cláudio Humberto - Diário do Poder


01 DE ABRIL DE 2016
ACORDÃO QUER LIVRAR POLÍTICOS DE MORO, COMO LULA
A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de blindar Lula do rigoroso juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, criou o precedente que o governo queria. O Palácio do Planalto trabalha há semanas em um “acordão” com setores da Justiça, para que políticos sem mandato (e sem foro privilegiado), como o ex-presidente, flagrados na gatunagem da Petrobras, sejam julgados no STF e não por Moro.


‘CONCILIAÇÃO’, O PRETEXTO
Ministros do PT juram que o objetivo do acordão não seria livrar os políticos de condenações, mas abrir caminho à “conciliação nacional”.


MOTIVO REAL DO CONCHAVO
Como Lula, vários ex-deputados e ex-ministros, atualmente sem foro privilegiado, têm medo de ser julgados pelo juiz Sérgio Moro.


MÃO PESADA DE MORO
Como Lula, o Planalto acha que o juiz federal criminal Sergio Moro, ao contrário dos ministros do STF, condena à prisão sem hesitações.


MINISTRO FUX AVISOU
O risco de precedente, pelo qual o Planalto se empenhava, aberto ontem com a blindagem de Lula, foi citado no voto do ministro Luiz Fux.