sábado, 16 de novembro de 2013

BELÉM 400 AO ENCONTRO DE SEU FUTURO

Visa a elaboração de um Plano Estratégico para dinamizar as atividades produtivas de Belém. 

A partir da formulação de diretrizes, definição de estratégias, ações e metas pactuadas entre governo e sociedade, com vistas a contribuir para o desenvolvimento sustentável local 



O Liberal, 16/11/2013 

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Especialista em pesquisa eleitoral independente Sondagem aponta Aldo como novo reitor da UFOPA


Sondagem aponta Aldo como novo reitor da UFOPA

Liderando nas três categorias, candidato mantém dianteira com folga


Bilhetim, Edir Veiga. 







Marina Silva para jovens do Acre, A verdadeira cara do Brasil



“Minha presença na política não é apenas de uma pessoa, é de uma conexão de várias raízes históricas






“Minha presença na política não é apenas de uma pessoa, é de uma conexão de várias raízes históricas, culturais, sociais. Vem de um olhar que não é do fazer-pelo-fazer ou ter-pelo-ter. É mais identificável com a necessidade de coerência entre o que se diz e o que se vive, que é a tradição das comunidades portadoras do legado do socioambientalismo no Brasil. É em nome desse legado, é pela continuação dele que me disponho a estar nesse lugar, em busca desse encontro com tanta gente.”

Marina Silva para o jornal-manifesto Empate, feito por seis jovens do Acre. Leiam os trechos da entrevista no link

Marina acusa governo Dilma de conivência com desmatamento


Marina acusa governo Dilma de conivência com desmatamento


Rede Sustentabilidade, 14 de novembro de 2013

A ex-senadora Marina Silva acusou, nesta quarta-feira, 13, o governo Dilma Rousseff de ser conivente com o aumento do desmatamento no Brasil. Estimativas do próprio Ministério do Meio Ambiente apontam para um crescimento de 20% do problema, em 2013. “Mas Imazon [Instituto do Homem e do Meio Ambiente na Amazônia] está dizendo que é muito mais e dentro de terras públicas, que deveriam ser cuidadas pelo governo”, afirmou Marina, após conceder palestra na Universidade Presbiteriana Mackenzie, no campus de Campinas (SP).

Marina, que foi ministra do Meio Ambiente durante o governo do ex-presidente Lula, afirmou que o atual governo e o Legislativo são responsáveis pelo desmatamento, uma vez que, mesmo com alertas de ambientalistas, patrocinaram as mudanças no Código Florestal.

“Não é omissão. É conivência”, disse ela. “A grilagem voltou a acontecer pelo sinal trocado que foi dado pelo Congresso e o Executivo [na votação do projeto]. Não tinha aquele slogan ‘Planta que o João garante’? Então, agora é faça a invasão de terras que vão garantir a legalização dessas terras desmatadas ilegalmente”, declarou.

O novo Código Florestal, segundo Marina, representa mais “um dos retrocessos” da atual administração federal. Cotada como uma das presidenciáveis na eleição de 2014, a ex-senadora ironizou a declaração do ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, que acusou seu grupo político de praticar um ambientalismo conservador.

O “ambientalismo progressista” do governo federal, disse ela, fez o Brasil andar para trás em algo que já era celebrado como um grande ganho. “Antes da aprovação do projeto [do Código Florestal], tivemos o menor desmatamento da Amazônia”, lembrou.

Crise civilizatória


Durante a palestra, para cerca de 150 pessoas, a maioria estudantes, Marina ressaltou que, a exemplo do que ocorreu com gregos e romanos no passado, o mundo passa novamente por uma “crise civilizatória”, que seria composta por problemas sociais, econômicos, políticos, ambientais e de valores. A saída para essa situação, de acordo com ela, está na união e no envolvimento de toda a população.

“A crise civilizatória sequer tem um acervo de experiências sobre como enfrentá-la. A vantagem que temos em relação aos gregos e romanos é que temos consciência disso”.

Na palestra, a ex-senadora concentrou o discurso em questões ambientais. Afirmou que o mundo clama por mudanças urgentes no modelo de desenvolvimento, já que o Planeta está com 50% da capacidade de regeneração comprometida.

Eduardo Campos


Sobre a união com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e sua filiação ao PSB, repetiu que o correligionário continua como o nome do partido para concorrer à Presidência na eleição de 2014. Frisou, no entanto, que o próprio Campos deixou a escolha do nome em aberto para anúncio no próximo ano. Especula-se a hipótese de Marina assumir a cabeça da chapa caso o governador não decole nas pesquisas de intenção de voto. Ela aparece à frente dele nos últimos levantamentos.

Marina também reafirmou que a filiação ao PSB é transitória na medida em que continua militante e principal porta-voz do Rede Sustentabilidade, que ainda não conseguiu o registro na Justiça Eleitoral.

“Estamos aprofundando essa aliança programática”, concluiu a ex-senadora, acrescentando que os dois partidos ainda farão mais quatro encontros regionais para afinar o discurso.


terça-feira, 12 de novembro de 2013

Impactos do novo Código da Mineração debatido em Brasília


Comissão da Amazônia

O novo Código Mineral foi debatido e criticado em audiência pública da Comissão da Amazônia, Integração Nacional e Desenvolvimento Regional, na terça-feira (5). O deputado Arnaldo Jordy, proponente da reunião, debateu a proposta de legislação com representantes do Instituto Brasileiro de Mineração - Ibram, da Secretária adjunta de Indústria, Comércio e Mineração do Pará – Seicom, da Associação Brasileira de Pesquisa Mineral – ABPM e do Movimento Consciência Mineral - Não ao Apagão Mineral da Universidade de Brasília (UnB).





Brasília/DF - A Frente Parlamentar Ambientalista da Câmara dos Deputados promoveu debate nesta quarta-feira (6) sobre os impactos do novo Código da Mineração (Projetos de Lei 37/11 e 5807/13) no meio ambiente. Ambientalistas convidados para a discussão reafirmaram que o projeto é um retrocesso do ponto de vista socioambiental. Eles disseram que o novo código se concentrou em questões econômicas da exploração mineral, embora admitam o papel economicamente estratégico da mineração, mas ressaltam que seu impacto socioambiental precisa ser efetivamente mitigado.


O representante do ISA - Instituto Socioambiental, Raul do Valle, defendeu que a proposta crie o zoneamento de áreas de mineração e a criação de um seguro ambiental. Ele afirmou que a proposta será votada sem o devido aprofundamento do debate. "O projeto foi feito durante quatro anos a portas fechadas no Executivo e agora veio para o Congresso com 90 dias para ser aprovado. Ele precisa ter debate aprofundado e, sobretudo, incluir a dimensão socioambiental, que é a grande ausente nesse projeto”, disse.

No novo código, as concessões de pesquisa e lavra terão um prazo de 40 anos, que poderá ser renovado a cada 20 anos. Para cada renovação, o detentor da concessão deverá provar um ritmo mínimo de exploração, o que pode significar ainda mais degradações ambientais.


O deputado Arnaldo Jordy (PPS/PA), membro da Frente Parlamentar e um dos propositores da reunião, afirmou que o código é feito sob medida para as grandes mineradoras, em detrimento das comunidades já impactadas pelo setor, que segundo ele “invariavelmente, causam um grande passivo ambiental sem a preocupação com o meio ambiente e com o ser humano”. O parlamentar chamou ainda a atenção para os cerca de 90 mil processos paralisados no DNPM – Departamento Nacional de Produção Mineral, à espera do novo código.

O relator do novo Código de Mineração, deputado Leonardo Quintão (PMDB/MG),que também participou do encontro, disse que projetos que representam investimentos de mais 70 bilhões de reais aguardam pela nova legislação. Quintão relatou que visitou vários estados e órgãos, como o DNPM, que afirmou estar sucateado. “Toda documentação relativa ao setor mineral do país pode ser perdida caso aconteça algo à sede do órgão”, alertou. O deputado mineiro também explanou sobre a nova agência regulamentadora que deverá ser criada com a aprovação do novo código.

Para ambientalistas, novo código de mineração significa retrocesso socioambiental




Terras indígenas


Levantamento da Rede Brasileira de Justiça Ambiental mostra que, em alguns casos, até 90% dos atuais territórios indígenas estariam em risco devido à exploração mineral. Segundo a Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (Fase), mais de cinco mil pedidos de lavra em terras indígenas já foram apresentados ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) por mineradoras que, para atuarem, precisam da regulamentação do PL 1.610/96, que dispõe sobre a exploração e o aproveitamento de recursos minerais em terras indígenas e está em análise no Congresso.

Com informações da Agência Câmara
Assessoria de Comunicação
Gabinete Dep. Arnaldo Jordy

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Conheça aqueles que fazem acontecer






Thomas L. Friedman
Em Tengchong (China)

Eu nunca imaginei que teria que vir à China para tomar um ar fresco.


Mas foi exatamente o que aconteceu na semana passada, ao viajar para a área de fronteira da China e Mianmar para visitar escolas de aldeias chinesas com os líderes da Teach for All (Ensine para Todos), a rede de 32 países que adotou o modelo da Ensine para a América de recrutamento de diplomados universitários altamente motivados para trabalhar nas escolas mais carentes do país. O que foi mais animador em passar quatro dias com os líderes da Ensine para o Líbano, Ensine para a China, Ensine para a Índia e de todas as outras foi o fato de que, desde o 11 de Setembro, eu passei tempo demais escrevendo sobre pessoas que estão destruindo coisas e muito pouco sobre pessoas que estão fazendo coisas. Essa foi uma semana com aqueles que fazem.

De fato, eu não pude deixar de comentar para Wendy Kopp, a fundadora da Ensine para a América e presidente-executiva da Ensine para Todos, que sua rede é "a anti-Al-Qaeda". Trata-se de uma rede global livre de equipes de professores dirigidas localmente, que compartilham as melhores práticas e se concentram nos jovens em apoio a uma única meta. Mas enquanto a Al Qaeda e suas afiliadas tentam inspirar e capacitar os jovens a serem destruidores, a Ensine para Todos tenta inspirá-los e capacitá-los a serem pessoas que fazem. Sim, muitos terroristas também contam com ensino superior, mas a capacidade deles de afetar e alistar seguidores diminui quanto mais as pessoas ao redor deles contam com as ferramentas para atingir seu pleno potencial.

Grupos como o Ensine para a China, que recebeu a rede Ensine para Todos nas escolas das aldeias daqui, são novos demais para saber se conseguirão fazer a diferença na ajuda para que suas escolas com pior desempenho consigam ser bem-sucedidas. Mas se idealismo e disposição para encarar os desafios mais difíceis tiverem algum peso, é possível ser esperançoso. Viajar para cá na semana passada foi como passar quatro dias com 32 Malalas Yousafzais de 32 países.

Lu Li, 23, que se formou pela Universidade da Carolina do Sul em maio, voltou para casa para lecionar matemática como integrante da Ensine para a China aqui. Não foi fácil, ela disse: "Meus pais não conseguiram entender a escolha que fiz" após receber o diploma. "Eles nunca foram expostos a esse tipo de serviço comunitário. Eles são pessoas gentis, mas eles não consideram necessário ir à China rural para lecionar por dois anos e, especialmente por ser uma garota, meu pai espera que eu me case (...) Meu pai ainda tem dificuldade para entender minha escolha. Eu quero trabalhar duro e mostrar a ele que minha escolha foi acertada."

Sandeep Rai, 28, é um indiano-americano que participou da Ensine para a América em Washington, D.C., e então se tornou um líder da Ensine para a Índia. "Na Índia, nós tivemos 750 pessoas se inscrevendo para lecionar neste ano, e quando começamos em 2009, as pessoas diziam que ninguém se candidataria. Isso é prova do poder de construir coisas. Eu acho que as pessoas aguardam para ser inspiradas. Os governos nacionais não descobriram como explorar o idealismo dos jovens. Eu achei que depois de dois anos eu estaria fora, mas oito anos depois ainda estou aqui."

Mohammed Fakhroo, 28, da Ensine para o Qatar, disse que iniciou sua organização porque, em média, os alunos do Qatar estão três anos atrasados em comparação aos seus pares nos países industrializados. Com tanto dinheiro do gás e petróleo em seu país, muitos qatarianos acreditam que não precisam de educação para serem prósperos. "Os professores no mundo árabe vêm do terço inferior de suas turmas", ele explicou. "Se você não for inteligente, você se torna professor (...) Nossa teoria de mudança é que, ao atrairmos os mais inteligentes de nossa sociedade --que normalmente iriam para o setor de petróleo e gás-- para serem professores, eles serão os novos modelos e os defensores da mudança das normas": o Qatar futuramente precisará de uma "sociedade baseada no conhecimento".

Franco Mosso, 27, fundador da Ensine para o Peru (EnseñaPerú), me disse: "O que vejo no meu país é uma descrença" no potencial das pessoas em desvantagem. Seu grupo, ele explicou, se baseia no princípio de "sempre elevar o padrão na crença nas pessoas, de que todas têm potencial".

Alden Dilanni-Morton, 24, formada em Dartmouth, está trabalhando como administradora do programa da Ensine para a China. Ela cresceu em Chinatown, em Boston. "Eu poderia ter permanecido nos Estados Unidos", ela disse, "mas eu acho que há um enorme interesse em tornar a igualdade na educação uma questão global". Questões como meio ambiente, pobreza e igualdade na educação precisam ser pensadas como problemas globais, "porque todo mundo em toda parte" será impactado por eles "se não forem resolvidos".

Ninguém precisa dizer isso para Khalil Youssef, um dos fundadores da Ensine para o Líbano: "Não é coincidência que as regiões mais carentes e marginalizadas no Líbano --e no mundo-- se mostrem propensas a adotar políticas rejeicionistas, politicamente dogmáticas, violentas", ele disse. "A boa educação e a formação de um capital humano de alta qualidade são fundamentais para boa integração na sociedade e acesso a uma vida respeitável."

Esse é o motivo, conclui Kopp, pelo qual investir em escolas inteligentes e em crianças rende muito mais dividendos do que bombas inteligentes. A educação, ela nota, é a única força construtiva que é universal e poderosa o suficiente para fazer a diferença na reversão das maiores ameaças globais.

Tradutor: George El Khouri Andolfato