terça-feira, 6 de agosto de 2013

Secretária Adjunda da SEICOM no Senado Federal



MARCO REGULATÓRIO DE MINERAÇÃO

Ciclo de Painéis no Senado Federal


A Profª da UFPA e Secretária de Estado Adjunta da SEICOM, Maria Amélia Enríquez,Participará de Debate no Senado Federal, dia 08/08/2013, Quarta Feira, no Canal do Senado, a partir das 07:30h.

Inicia-se no próximo dia 05 de agosto no Senado Federal um Ciclo de Painéis sobre o Novo Marco Regulatório de Mineração promovido pela Comissão de Serviços de Infraestrutura, com transmissão ao vivo pela TV Senado. A coordenação do ciclo foi feita pelo Prof. Valdecir de Assis Janasi, e terá a participação de Professores do Instituto de Geociências da USP:

05 de agosto de 2013, 18h00
O Marco Regulatório da Mineração
Palestra do Ministro de Minas e Energia, Dr. Edson Lobão

07 de agosto de 2013, 07h30

Painel 1 - Tema: Modernização da Legislação Mineral

Apresentação dos paineis pelo Prof. Valdecir de Assis Janasi, 
Palestrantes:  
Profª Dra. Maria Amélia Enríquez, Secretária de Estado Adjunta da SEICOM, Pará
José Fernando de Coura - IBRAM e Elmer Prata Salomão. 


12 de agosto de 2013, 18h00
Painel 2 - Tema: Caminhos para o Desenvolvimento do Potencial Mineral Brasileiro
Apresentação da palestra “O Potencial Mineral Brasileiro” pelo Prof. Caetano Juliani, seguida de palestras de Onildo João Marini, Mario Ernesto Giroldo Valério e Álvaro Toubes Prata

19 de agosto de 2013
Painel 3 – Tema: A Mineração no Brasil: Diretrizes gerais para Regulação e Fomento
Palestras de Paulo Guilherme Galvão, Manuel Barretto da Rocha Neto (a confirmar) e Carlos Vilhena.

Veja algumas das publicações da Maria Amélia.






 



segunda-feira, 5 de agosto de 2013

A lua de mel empresarial da Presidenta

Clima tenso abala lua de mel entre Dilma e empresários


A lua de mel entre a presidente Dilma Rousseff e o empresariado acabou. Preocupados com os rumos da economia e sentindo que suas reivindicações são ignoradas, empresários de diversos setores começaram, nos bastidores, a "discutir a relação".

Passaram a procurar interlocutores próximos à presidente para reverter o mal-estar. O ex-presidente Lula é o principal "terapeuta" do grupo. Por isso, especulou-se que o empresariado estaria costurando um "volta Lula". Não chega a tanto.

Passaram a procurar interlocutores próximos à presidente para reverter o mal-estar. O ex-presidente Lula é o principal "terapeuta" do grupo. Por isso, especulou-se que o empresariado estaria costurando um "volta Lula". Não chega a tanto.

Fazenda diz que Mantega é o interlocutor do governo com empresariado
Ao vivo: acompanhe os destaques do mercado financeiro no liveblog do Folhainvest

A Folha ouviu alguns dos principais empresários do país. Banqueiros, industriais e concessionários de serviços públicos, eles só aceitaram conversar sob anonimato.

Esse grupo acha que os investimentos estão travados, a inflação corre o risco de sair do controle, o consumo mostra sinais de arrefecimento e o PIB cresce pouco.




A relação com Dilma começou a se desgastar quando, em meados do ano passado, a presidente delegou ao secretário do Tesouro, Arno Augustin, a tarefa de definir as regras para os planos de concessão (aeroportos, rodovias, ferrovias e portos).

Sua missão era cumprir uma determinação legal: definir as taxas de retorno dos projetos. Mas a indicação de Arno foi proposital. Conhecido por defender com veemência suas posições, estressou as negociações ao máximo para que o governo cedesse o mínimo. Ganhou a antipatia dos empresários.

Nas rodovias, os empresários dizem que houve erro nos parâmetros dos projetos -prazo, investimento e tráfego. Resultado: a falta de interesse nas licitações da BR 040 e da BR 116, que deveriam ter ocorrido no início do ano.

O marco regulatório dos portos foi outro foco de controvérsias. Associações do setor definiram com Jorge Gerdau (Câmara de Política de Gestão da Presidência) pontos de consenso, que foram apresentados à ministra Gleise Hoffmann (Casa Civil). Mas, após uma reunião entre Dilma e Augustin, o projeto mudou, ignorando o que tinha sido acertado.

No setor aéreo, Augustin convocou os principais executivos para discutir a mudança na distribuição dos slots (direito de pouso e decolagem) no aeroporto de Congonhas (SP).

A ideia inicial era passar slots da TAM e da Gol para outras companhias. Descontentes, as empresas foram recebidas por Dilma. Saíram de lá com a promessa de um estudo, mas nada foi resolvido.

INFLAÇÃO

Os atritos com Augustin não foram a única fonte de insatisfação, que cresceu quando a inflação abalou o consumo e prejudicou até os setores de alimentos, bebidas, cosméticos e varejo.

Os empresários desses setores responsabilizam o governo pela alta da inflação, que corroeu os lucros, e pelo fraco crescimento do PIB.
No passado, a indústria aplaudia Dilma por apoiar o setor com uma política de desoneração, desvalorização do real e queda dos juros.

A presidente apostou que, com juros mais baixos, os financiamentos ficariam mais baratos para as empresas, estimulando os investimentos.

O problema é que as companhias obtinham enormes ganhos com as aplicações financeiras, justamente garantidas por juros mais elevados.

Só que, como a economia não cresceu, essa receita não foi substituída por vendas maiores. E o que era para ser um afago virou atrito.

Dilma está tentando reconquistar o setor privado. Só neste ano, recebeu cerca de 40 empresários em seu gabinete. Essa disposição é reflexo de orientações de Lula.

Três interlocutores ouvidos pela Folha relatam ter ouvido dele preocupação com a "intransigência" de Augustin, que acentuava o pessimismo com a economia.

Recentemente, Augustin saiu da linha de frente por ter cumprido sua "missão". O ministro Guido Mantega (Fazenda) ganhou a tarefa de implementar as concessões, refazendo os laços com o setor privado. Mas, por enquanto, a relação entre empresários e governo segue tensa.

JULIO WIZIACK
RAQUEL LANDIM
DE SÃO PAULO
NATUZA NERY
DE BRASÍLIA

domingo, 4 de agosto de 2013

Abandonando o barco que faz água

PT adia reunião que decidiria sobre rompimento com Cabral

Partido procura consenso interno em torno da decisão de sair já do governo

Quando tudo era amor



RIO — O PT do Rio decidiu adiar a reunião que selaria hoje o destino da relação com o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB). A perspectiva de uma candidatura própria em 2014 e a rejeição popular que o governador vem enfrentando são os argumentos de parte majoritária do partido para defender o rompimento imediato, como informou ontem Ilimar Franco, na coluna Panorama Político. A decisão significaria a saída dos petistas da gestão de Cabral. A estimativa dos dirigentes é que dos 21 dirigentes da Executiva estadual, 14 já tenham decidido pela saída.
O adiamento do encontro foi proposto, segundo o presidente regional do PT, por representantes de todas as correntes do partido — incluindo o senador Lindberg Farias, pré-candidato do partido ao governo do estado. A ideia, discutida em conversas entre os petistas ontem e anteontem, seria criar uma unanimidade em torno da decisão, para evitar rachas em ano pré-eleitoral.
— Não vou fazer uma reunião pró-forma. Só farei o encontro para dar encaminhamento a essa questão. Todos querem discutir com profundidade a hora de deixar o governo. Vamos deixar, não tem jeito. O Cabral está deixando claro que tem candidato. E não há possibilidade de não termos — afirma o presidente estadual do PT, Jorge Florêncio.
A defesa pelo tempo a mais de discussão foi feita pelo próprio Lindbergh, que quer convencer os dirigentes ainda refratários ao rompimento, como a deputada federal Benedita da Silva, da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB). Os diversos grupos políticos dentro do partido farão reuniões separadas para tratar do tema.
Sérgio Cabral recorreu à sua base na Assembleia Legislativa, para tentar evitar os reflexos políticos da crise iniciada com os protestos. Na semana passada, reuniu quatro dos seis deputados estaduais petistas. O PMDB, que lançará o vice-governador Luiz Fernando Pezão ao governo, pressiona para que o PT retire a candidatura de Lindbergh.
A aliança entre PT e PMDB enfrenta dificuldades em 15 estados. Os que têm mais delegados com votos na convenção nacional petista são Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará e Paraná.
O grupo de Lindbergh (que não pertence a nenhuma corrente, mas está próximo da Socialismo e Luta) vai defender a saída do PT do governo Cabral em setembro. Hoje, o partido ocupa duas pastas na gestão peemedebista: a de Meio Ambiente (Carlos Minc) e a de Assistência Social e Direitos Humanos (Zaqueu Teixeira). A partir de outubro, seria lançada a pré-candidatura de Lindbergh.
— Fui um dos que defendi o adiamento da discussão sobre a saída do governo agora, porque queremos a maior unidade possível em torno da decisão. Temos uma campanha eleitoral pela frente — diz Antônio Neiva, integrante da Executiva e da corrente Socialismo e Luta.
Os petistas defensores do rompimento sustentam que “a base do partido está com pé do lado de fora do governo”. O grupo de Benedita, que apoiou Cabral desde a primeira hora, mantém a fidelidade ao aliado, mas ela vem sendo procurada pelo grupo de Lindbergh para mudar de posição. Dentro do partido, os petistas que estão no governo têm dito que respeitarão a decisão da maioria.
Na frente mais veemente contra a permanência no governo Cabral está o deputado federal Alessandro Molon (PT-RJ), opositor da aliança do PT com o PMDB no estado desde a sua formação. Ele sustenta que o PT está perdendo espaço nos movimentos sociais, ao se manter ao lado de um governo em crise de popularidade:
— Defendo que o PT saia imediatamente dos dois governos (do estado e da Prefeitura). Já está saindo atrasado. A participação nesses governos tem distanciado o PT de sua militância. Os movimentos sociais cresceram com as manifestações. E o PT está ficando fora dos movimentos sociais. Uma série de marcas desses governos são contrárias ao que o PT sempre defendeu — diz o deputado.

Maiá Menezes
O Globo

Futuros engenheiros de redes ou estupradores?

Postagem mais popular da semana.

Pode ser uma brincadeira, mas o que interessa é que essa infeliz ideia já caiu nas redes sociais. E ninguém perdoa nada, neste mundo politicamente correto.


O fato é que o curso de Engenharia de Redes da Universidade de Brasília está com a sua imagem arranhada perante a opinião pública, desde que essa foto foi publicada no Facebook. Internautas estão compatilhando a imagem e indagando se a UnB tem ciência disso e, se tem, tomará alguma providência para punir os responsáveis?

A foto está sendo propagada no Facebook pelo internauta Virgílio Soares, que conta que chegou a cobrar responsabilidade dos alunos. Mas recebeu como resposta dos alunos que “será só estuprinho” – caso alguma mulher passe no vestibular para o curso na UnB.

Do Blog Capital Digital





'Nem de esquerda nem de direita', PSD abriga campeões vira-casaca

João Lyra, Fábio Farias e Ademir Camilo foram fiéis em 2011, ano de fundação da sigla; agora votam contra o governo

O Estado de S. Paulo

Os três principais "desertores" do núcleo duro de apoio ao governo são do PSD, o partido que seu criador, Gilberto Kassab, definiu como "nem de esquerda, nem de direita, nem de centro".

Veja também:
Nove partidos deixam ‘núcleo duro’ do governo e expõem fragilidade da base
Estadão Dados


João Lyra (AL), Fábio Farias (RN) e Ademir Camilo (MG)se comportaram como aliados fidelíssimos em 2011, ano em que o PSD foi fundado, com taxas de apoio de 95%, 96% e 96%, respectivamente. Em 2013, os índices caíram para níveis próximos a 45% - menos da metade.

Lyra, usineiro em Alagoas com patrimônio declarado de R$ 240 milhões, participou de poucas votações neste ano, por motivos de saúde. Mas, quando teve oportunidade, contrariou o governo em nove ocasiões, e se alinhou ao Planalto em apenas sete.

Lyra não é volúvel apenas em relação ao governo Dilma Rousseff: desde 1985, já trocou de partido seis vezes e integrou as bases de apoio do tucano Fernando Henrique Cardoso e do petista Luiz Inácio Lula da Silva.

A atuação política nunca o afastou dos negócios. Produtor de etanol, ele tem interesse direto no setor de biocombustíveis, dominado pela Petrobrás. Já foi acusado de explorar trabalho escravo e até denunciado como mandante de assassinato. Nunca foi condenado.

O Estado procurou o deputado na quinta-feira para entrevistá-lo, mas sua assessoria informou que ele estava viajando. Fábio Farias não respondeu aos pedidos da reportagem, e Camilo não foi localizado - ninguém atendeu aos telefonemas a seus escritórios em Brasília e Belo Horizonte na sexta-feira.

Os três deputados já integravam a base governista antes de aderir ao PSD, no primeiro ano de mandato de Dilma. Outros parlamentares, porém, eram do oposicionista DEM. Ao trocar de legenda, deram uma guinada comportamental e passaram a votar a favor do governo.

Nos últimos meses, porém, o PSD vem se afastando de Dilma. Neste ano, foram 20 as ocasiões em que o partido votou em peso contra a orientação do Executivo. Sua taxa de governismo, segundo o Basômetro, é de 64% - uma queda de 10 pontos porcentuais em relação a 2012.

Desigualdade de renda cai em 80% dos municípios do Brasil em uma década


Entre 2000 e 2010, rendimento dos 20% mais pobres cresceu mais rapidamente do que o dos 10% mais ricos em quatro de cada cinco cidades do País; nos dez anos anteriores, a desigualdade medida pelo índice de Gini havia crescido em 58% das cidades

De 2000 a 2010 aconteceu algo inédito no Brasil: em 80% dos municípios, a desigualdade de renda entre seus habitantes diminuiu. O fato é ainda mais relevante porque reverteu uma tendência histórica. Na década anterior, a desigualdade medida pelo índice de Gini aumentara em 58% das cidades brasileiras.

A maior queda da desigualdade aconteceu numa cidadezinha do interior de São Paulo. No extremo oeste, perto de Presidente Prudente, Emilianópolis viu seu índice de Gini cair pela metade, de 0,76 para 0,38 em 2010. A escala varia de zero a 1. Se os 3 mil emilianopolenses ganhassem igual, o índice seria 0. Se um deles concentrasse toda a renda da cidade, o Gini seria 1.

Emilianópolis é um bom exemplo, uma vez que as condições em que se deu a redução da desigualdade são representativas do que aconteceu em outros 4.431 municípios brasileiros. O Gini da cidade crescera nos anos 1990, de 0,43 para 0,76. A reversão na década seguinte ocorreu com o enriquecimento da população em geral: a renda do emilianopolense foi de R$ 373 para R$ 585.

Na maior parte do Brasil foi igual. De 2000 a 2010, o rendimento domiciliar per capita cresceu 63% acima da inflação, na média dos 5.565 municípios. Foi um enriquecimento mais intenso do que nos dez anos anteriores, quando o ganho havia sido de 51%.

Isso é importante porque uma forma perversa de reduzir a desigualdade é via empobrecimento geral. Se os ricos perdem mais do que os pobres, a desigualdade também cai. Foi o que aconteceu em grande parte do Brasil nos anos 1980, por causa da recessão.

Nos dez anos seguintes, o alto desemprego comprometeu o salário dos trabalhadores e a renda voltou a se concentrar no topo da pirâmide. O índice de Gini do País cresceu, e a desigualdade aumentou em 58% dos municípios brasileiros.

 José Roberto de Toledo e Amanda Rossi - O Estado de S. Paulo

Educação do Pará no 26º dos Estados do Brasil - África é aquí

Verba para educação é desviada no Pará






A Secretaria de Estado de Educação do Pará, a Seduc, já recebeu desde o início de 2011 R$ 3.249.406.341,66 (três bilhões e 249 milhões de reais) em recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). O Fundo vem sendo alvo de uma série de investigações por parte da Controladoria Geral da União (CGU) e do Tribunal de Contas da União (TCU) por envolver todo tipo de irregularidades quando chega nas pontas, ou seja, nos estados e municípios. Para se ter uma ideia do volume de recursos, juntos a Seduc e as prefeituras paraenses receberam mais de R$ 5 bilhões para investir na Educação por meio do Fundeb.

No mesmo ano, em 2012 o Governo federal complementou esse recurso, repassando para a Seduc e para os municípios mais R$ 2.305.641.835,92. para execução do Fundeb.

Um relatório elaborado pela Controladoria Geral da União mostra que o governo Federal vem complementando, desde 2007, as parcelas de repasse para a execução do Fundeb nos municípios do Pará e na rede estadual de ensino. O salto, quando comparado o aumento no valor do repasse para as escolas da rede pública estadual, ou seja, o dinheiro do Fundeb que é repassado para a Seduc, entre os anos de 2009 e 2011 é de 57,30%,o maior percentual no Brasil. Passou de R$ 927.211.260,61, no penúltimo ano do governo Ana Júlia, para R$ 1.458.482.930,77, já no primeiro ano do governo Jatene.

Mas nem esse esforço parece ter ajudado a melhorar a qualidade da Educação no Pará. Na semana passada o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), divulgou o “Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013”, apresentando os dados do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), que engloba a avaliação de três itens prioritários na vida do ser humano: a expectativa de vida, o aumento da renda e a Educação.

Na última avaliação do Pnud o Pará estava em 19º lugar no ranking entre as 27 unidades federadas. Agora caiu para o 24º, com um IDHM de 0,646, com indicador de Educação em 0,528 em uma tabela que vai até 1,0, ou seja, considerado Baixo para os parâmetros internacionais. Pior que o Pará somete os estados de Alagoas e do Maranhão.

Para completar a divulgação dos dados do Pnud, a Controladoria Geral da União decidiu divulgar, no dia seguinte, um relatório apresentando o resultado de fiscalizações feitas em 120 municípios dos estados que recebem complementação do governo federal para execução do Fundeb e nas quatro secretarias estaduais de Educação que também recebem esta complementação, entre elas a Seduc.

Fizeram parte da amostragem: secretarias estaduais dos estados do Pará, Alagoas, Pernambuco e Piauí e de municípios destes estados e também da, Bahia, Ceará, Paraíba e Maranhão. Estes estados receberam recursos complementares da União para execução do Fundeb no exercício de 2007 a 2012. Do Pará, além da Seduc, foram fiscalizadas 19 prefeituras.

A fiscalização descobriu que nesta pequena amostra, feita nos repasses de 2011 e 2012, teve erros grotescos como montagem, direcionamento e simulação de processos licitatórios; compras feitas em descordo com o objeto do Fundeb, saques na “boca do caixa”, pagamentos ilegais e muitos outros absurdos.

Graves cocorrências

As fiscalizações apontaram que os processos de aquisições feitos pelas secretarias estaduais dos quatro estados e pelas 120 prefeituras, de uma forma generalizada - já que a CGU não divulgou detalhes individualizados sobre cada um dos entes fiscalizados - apresentaram graves ocorrências de diversas irregularidades.

“Na realização das licitações, das 124 unidades fiscalizadas, 49 incorreram em falhas como montagem, direcionamento e simulação de processos licitatórios, e em 28 ocorreram falhas diversas na execução dos contratos. Apontaram, também, a realização de despesas com preços acima da média de mercado em 12 unidades. Dessa forma, pode-se concluir que as Unidades Executoras não estão observando a legislação quanto aos procedimentos relativos às contratações realizadas” diz o relatório na página 8.

“Foram constatadas inconsistências na realização de despesas, como movimentação dos recursos fora da conta específica (também chamados de saques na boca do caixa) em 21 unidades fiscalizadas e falta de aplicação financeira dos recursos em 17. Em 52 das analisadas, foram efetuados pagamentos em desconformidade com a legislação; e em 73 unidades fiscalizadas, a realização de despesas incompatíveis com o objeto do Fundo.”

A CGU fez recomendações ao órgão gestor dos recursos do Fundeb, o Fundo Nacional de Educação Básica, FNDE, órgão vinculado ao Ministério da Educação:

“Tendo em vista os graves desvios encontrados, foi recomendado ao gestor: Disponibilização, na página do FNDE/MEC de um “Portal da Transparência” do Fundeb, em cooperação com os Tribunais de Contas dos Estados/Municípios.”

Mas a própria Controladoria Geral da União, responsável pela implementação da Lei nº 12.527, a chamada “Lei da Transparência”, resolveu manter o sigilo dos relatórios individuais que deram origem ao “Relatório de Avaliação da Execução de Programas de Governo (AEPG) do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb)”.

Apesar dos insistentes pedidos do DIÁRIO, a Assessoria de Comunicação da CGU não prestou nenhuma informação referente à fiscalização feita na Secretaria de Estado de Educação do Pará, Seduc nem nos 19 municípios paraenses listados.

DE ONDE VEM

O Ministério da Educação explicou que os recursos do Fundeb não são oriundos do Ministério da Educação. “São de um fundo com transferência constitucionalmente definida como obrigatória e automática para estados e municípios.”

Para esses recursos, segundo o Ministério, a fiscalização é feita pela Controladoria Geral da União e pelos Tribunais de contas municipais, estaduais e da União, com a atuação complementar dos respectivos ministérios públicos.

Daniel Cara, coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, acredita que o MEC poderia ter uma postura mais “proativa” na fiscalização do uso do dinheiro. “Há dois problemas: os conselhos de acompanhamento [do Fundeb] são muito desestruturados e o papel que deveriam fazer, não fazem a contento; além disso, a LDB [Lei de Diretrizes e Bases da Educação] determina que o gestor da educação tem que ser o gestor do recurso, e isso não acontece”, afirma.

Mas no relatório a própria CGU aponta os problemas de fiscalização, alertando para a falta de um órgão responsável por fiscalizar o Fundeb. “Faz-se necessário o aperfeiçoamento da legislação com vistas à definição de um órgão ou entidade federal que desempenhe as funções (de fiscalização)”, diz o texto. A Controladoria garantiu que continuará realizando a tarefa, “diante do aumento do percentual de irregularidades detectadas”. Na quinta-feira à noite a Seduc foi procurada para se manifestar.

SEM RESPOSTA

A Assessoria de Comunicação informou que ainda não tinha conhecimento sobre o teor do relatório com desvios do Fundeb e não encaminhou nenhuma nota sobre o caso até o fechamento desta edição.

TCU investiga desvios em prefeituras do Pará

E enquanto eles brigam, o dinheiro - um montante que chegou a mais de 106 bilhões no ano passado - vai pelo ralo. Ou pelo Curralinho, como aconteceu no município paraense, onde o prefeito abusou de todos os órgãos de controle, fazendo despesas com recursos do Fundeb sem comprovação que chegaram a R$ 9,7 milhões. Ao todo, Miguel Pedro Pureza Santa Maria foi condenado pelo Tribunal de Contas dos Municípios a recolher aos cofres públicos R$ 39,9 milhões (R$ 39.953.333,26) referentes a recursos dos quais não prestou contas.

Obviamente ele não está mais morando no município. O Índice de Desenvolvimento Humano de Curralinho é de 0,502, em uma escala que vai até 1,0. É considerado de baixo desenvolvimento. Mas no quesito Educação, do qual Miguel Pureza tirou nove milhões e 700 mil reais, ou um prêmio que todos sonham ganhar na Mega-Sena, Curralinho ficou muito, muito abaixo do limite, com 0,323.




Ao fiscalizar as contas do município de Cachoeira do Piriá, a equipe da CGU constatou que, do total de R$ 10,8 milhões repassados pelo Fundeb ao município entre janeiro de 2009 e julho de 2010, a prefeitura não comprovou documentalmente a aplicação de R$ 7,8 milhões. A irregularidade foi constatada no confronto dos documentos de suporte dos pagamentos apresentados pela prefeitura. IDH de Cachoeira do Piriá: 0,473, ou Muito Baixo. IDH Educação: 0,303, Muito Baixo, pior do que de muitos países de miséria e pobreza absoluta.

O Tribunal de Contas da União (TCU) condenou Gerson Salviano Campos, ex-prefeito de Porto de Moz a devolver R$ 4.065.820,89, valor atualizado, por falsificação de folhas de pagamento, fraudes, saques e pagamentos indevidos. Os recursos federais foram repassados ao município, por convênio, pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais de Educação (Fundeb). As folhas de pagamento foram falsificadas, alguns casos com a utilização de nomes falsos e em outros com salários superiores aos efetivamente pagos aos professores. Além de saques diretamente da conta corrente do Fundeb, sem a comprovação das despesas, o ex-prefeito realizou despesas incompatíveis com a finalidade do Fundo. IDH de Porto de Moz: 0,503 Baixo. IDH Educação: 0,322: Muito baixo.

No Tribunal de Contas da União tramitam processos referentes ao Fundeb contra quase a metade dos municípios paraenses. Alguns já foram encerrados, Outros continuam em andamento. A maioria, de acordo com a área técnica, chega ao Tribunal por meio de denúncias.

(Diário do Pará)

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Angelina Jolie é a atriz mais bem paga de Hollywood, diz ranking da Forbes


A atriz americana ganhou cerca de 33 milhões de dólares desde junho de 2012







Nova York - Angelina Jolie é a atriz mais bem paga de Hollywood e ganhou cerca de 33 milhões de dólares desde junho de 2012, segundo ranking anual divulgado pela revista Forbes. Atrás da companheira de Brad Pitt, está Jennifer Lawrence, vencedora do Oscar de melhor atriz por "O lado bom da vida", que embolsou 26 milhões de dólares no mesmo período.


    
Completam a lista, respectivamente, Jennifer Lawrence, Kristen Stewart e Jennifer Aniston


Em terceiro lugar, aparece Kristen Stewart, a Bela de "Crepúsculo" (22 milhões) e, em quarto, Jennifer Aniston (20 milhões). Sobre Angelina Jolie, Forbes afirma que a atriz "é uma das poucas que pode pedir mais de 15 milhões de dólares por um filme", como é o caso de "Malévola", a nova versão da Disney para "A bela adormecida".