Amazônia, meio ambiente, ecologia, biodiversidade, desenvolvimento sustentável, ciência e tecnologia, incubadoras e parques tecnológicos, política nacional e internacional - Amazonia, the environment, ecology, biodiversity, sustainable development, science and technology, incubators and technology parks, national and international policy
domingo, 6 de novembro de 2011
Desenvolvimento
PAÍS TEM 22 CIDADES NA LANTERNA
Existem atualmente 22 cidades do país que estão na lanterna do desenvolvimento -ou seja, têm os piores indicadores de saúde, educação, emprego e renda.
Elas representam 0,4% dos 5.564 municípios brasileiros. Apesar do fosso que ainda as separa de regiões mais desenvolvidas, em 2000 a situação era pior: elas eram 18,3% das cidades.
Cientistas conseguem fórmula de rejuvenescimento celular
Cientistas franceses conseguiram recuperar a juventude de células de doadores centenários, ao reprogramá-las ao estágio de células-tronco, demonstrando assim que o processo de envelhecimento é reversível.
Trabalhos sobre a possibilidade de apagar as marcas do envelhecimento celular, publicados na edição desta terça-feira do periódico científico “Genes & Development”, marcam uma nova etapa na direção da medicina regenerativa com vistas a corrigir uma patologia, ressaltou Jean-Marc Lemaitre, do Instituto de Genômica Funcional (Inserm/CNRS/Université de Montpellier), encarregado destas pesquisas.
Segundo um cientista do Inserm, outro resultado importante destes trabalhos é compreender melhor o envelhecimento e corrigir seus aspectos patológicos.
As células idosas foram reprogramadas ‘in vitro’ em células-tronco pluripotentes iPSC (sigla em inglês para células-tronco pluripotentes induzidas) e, com isso, recuperaram a juventude e as características das células-tronco embrionárias (hESC).
Estas células podem se diferenciar dando origem a células de todos os tipos (neurônios, células cardíacas, da pele, do fígado…) após a terapia da “juventude” aplicada pelos cientistas.
Desde 2007 os cientistas demonstraram ser capazes de reprogramar as células adultas humanas em células-tronco pluripotentes (iPSC), cujas propriedades são semelhantes às das células-tronco embrionárias. Esta reprogramação a partir de células adultas evita as críticas ao uso de células-tronco extraídas de embriões.
Nova etapa – Até agora, a reprogramação de células adultas tinha um limite, a senescência, última etapa do envelhecimento celular. A equipe de Jean-Marc Lemaitre acaba de superar este limite.. A equipe de Jean-Marc Lemaitre acaba de superar este limite.
Os cientistas primeiro multiplicaram células da pele (fibroblastos) de um doador de 74 anos para alcançar a senescência, caracterizada pela suspensão da proliferação celular.
Em seguida, eles fizeram a reprogramação ‘in vitro‘ destas células. Como isto não foi possível com base em quatro fatores genéticos clássicos de transcrição (OCT4, SOX2, C MYC e KLF4), eles adicionaram outros dois (NANOG e LIN28).
Graças a este novo ‘coquetel’ de seis ingredientes genéticos, as células senescentes reprogramadas recuperaram as características das células-tronco pluripotentes de tipo embrionário, sem conservar vestígios de seu envelhecimento anterior.
“Os marcadores de idade das células foram apagados e as células-tronco iPSC que nós obtivemos podem produzir células funcionais, de todos os tipos, com capacidade de proliferação e longevidade aumentadas”, explicou Jean-Marc Lemaitre.
Os cientistas em seguida testaram com sucesso seu coquetel em células mais envelhecidas, de 92, 94, 96 até 101 anos.
“A idade das células não é definitivamente uma barreira para a reprogramação”, concluíram.
Estes trabalhos abrem o caminho para o uso de células reprogramadas iPS como fonte ideal de células adultas toleradas pelo sistema imunológico para reparar órgãos ou tecidos em pacientes idosos, acrescentou o cientista. (Fonte: Portal iG)
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Lula ficou 'iradíssimo' com posição do Brasil no ranking do IDH, diz ministro
Estudo divulgado pelas Nações Unidas pôs o País em 84º lugar entre 167 países, com avanço do Brasil em apenas uma posição no índice; ex-presidente critica método usado pela entidade
A queixa e o desabafo do ex-presidente e do governo foram transmitidos pelo ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, durante um seminário de cooperação entre Brasil e Itália, no anexo do Palácio do Planalto. Para Carvalho, a reclamação contundente do ex-presidente Lula é sinal de que ele continua acompanhando atentamente tudo que está acontecendo no País e "é uma prova de que ele está muito bem de saúde".
Depois de comentar que Lula falou que o governo "precisa reagir" aos números apresentados pelo PNUD, Gilberto Carvalho esclareceu que já havia uma reclamação da metodologia adotada desde os dados apresentados no ano passado. Carvalho queixou-se que "os números das instituições brasileiras (do governo brasileiro) não foram utilizados" para se chegar ao IDH apresentado no estudo. Ele ressalvou que entende que é preciso ter respeito e cautela nesta questão e que "tem uma questão de metodologia do PNUD", e defendeu que "vale a pena uma discussão em torno da metodologia que é usada".
"Nós temos consciência de que nossos indicadores sociais cresceram e seguem crescendo. Mas nós não queremos entrar em uma polêmica sobre isso", disse Carvalho, explicando que o ex-presidente ficou preocupado com a primeira visão que houve. "Estamos colocando ele a par de tudo que houve, de todo o processo. Para nós o importante é que o Brasil continua, em um ritmo mais lento, ou mais rápido, em uma linha de diminuir as suas diferenças sociais".
Questionado se a maior queixa de Lula em relação ao PNUD era o fato de o Brasil ter subido apenas um ponto no ranking de IDH, Carvalho respondeu: "É por todo o esforço que temos feito, e então ele questionou a metodologia". Gilberto Carvalho lembrou que "no ano passado já tinha havido uma contradição grande porque o PNUD havia mudado a metodologia sem nos avisar e aí houve uma queda em não sei quantos pontos". O ministro Carvalho se referia ao estudo de 2010 que dizia que, com desigualdade, o IDH do Brasil caiu 19%, de acordo com a nova metodologia do PNUD.
Para a apresentação deste novo estudo, reconheceu, "houve um comportamento diferenciado" e houve diálogo com o PNUD anteriormente e o governo não quer criar "nenhuma confusão ou briga" com o órgão. Mas ressalvou: "Só temos ainda divergências quanto ao método, mas aí é uma questão técnica e que os nossos técnicos se sentarão com o PNUD para fazer a discussão adequada. Para nós, o importante é que nós continuaremos investindo para que a diminuição das desigualdades prossigam e que sejamos cada vez mais um país menos desigual".
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
De volta a questão nuclear?
Nesta quinta feira (03/11) o
abaixo assinado obtido pela Nesta quinta feira (03/11) o abaixo assinado obtido
pela CARAVANA ANTINUCLEAR nos municipios (Belém do São Francisco, Floresta,
Itacuruba e Jatobá) com mais de 1500 assinaturas juntamente com a CARTA DE
ITACURUBA assinada por mais de 50 entidades/organizações será entregue ao
Governador Eduardo Campos, em audiencia concedida ao Bispo da Diocese de
Floresta Dom Adriano.
Eis abaixo o teor da CARTA.
Cordialmente,
Heitor Scalambrini Costa
Movimento Ecossocialista de Pernambuco
Eis abaixo o teor da CARTA.
Cordialmente,
Heitor Scalambrini Costa
Movimento Ecossocialista de Pernambuco
CARTA
DE ITACURUBA
Nós, cidadãos,
cidadãs e entidades promotoras e participantes da Caravana Antinuclear que
percorreu, entre os dias 28 e 31 de outubro de 2011, as cidades de Belém do São
Francisco, Floresta, Itacuruba e Jatobá, em Pernambuco, ameaçadas pela possível
instalação de uma usina nuclear, ao concluir a Caravana, dirigimo-nos às
autoridades e a toda sociedade da região, do Nordeste e do Brasil.
Através
desta carta compartilhamos o resultado destes dias intensos de intercâmbio,
aprendizagem e compromisso. Música, poesia, teatro, feira de ciências, fotos,
cartazes, oficinas de desenho com crianças, palestras e debates foram
oportunidades de informação farta e segura, que o povo da região soube
aproveitar, já que não obtém das autoridades.
Uma conclusão cristalina
fica da Caravana: O POVO NÃO QUER USINA NUCLEAR! Suas razões, se já eram
suficientes após os desmantelos vividos com a megaobra da Barragem de
Itaparica, ficaram ainda mais claras com as informações disponibilizadas pela
Caravana. Não precisamos da energia termonuclear, porque ela é suja, perigosa e
cara. Sob qualquer ponto de vista – social, ambiental,
político, econômico e cultural – ela é insustentável e indefensável. Por
que retomá-la neste momento, após o acidente de Fukushima, quando a maioria dos
países dela desiste?
O Programa Nuclear Brasileiro, até hoje desconhecido da
sociedade, tem que ser imediatamente suspenso. Neste sentido, apoiamos a recém
lançada Proposta de Emenda Constitucional Antinuclear de Iniciativa Popular.
Temos, como nenhum outro
país, muitas e diversificadas fontes de energia: biomassa, solar, eólica, das
marés – a serem desenvolvidas com respeito às pessoas e ao meio ambiente. Suspeita-se que a motivação da construção das usinas
nucleares no Brasil é a produção bélica, nos levando a repudiá-las ainda mais.
O que a
nossa região precisa não é de mais uma megaobra problemática, reavaliada e
rejeitada pelas grandes potências mundiais, as mesmas que financiam o programa
nuclear no Brasil. Carecemos de investimentos públicos como: educação, saúde,
segurança, soberania alimentar e hídrica, economia popular e solidária,
convivência com o semiárido, agilidade no processo de identificação e
demarcação das terras tradicionais, revitalização do São Francisco, dentre
outros. Para isso, contem com nosso apoio e participação. USINA NUCLEAR NÃO!
A hora grave vivida
pela humanidade e pelo planeta exige de nós, mesmo ao revés de interesses
econômicos, posturas éticas, de responsabilidade mútua pelo Bem-Comum das
atuais e futuras gerações. A presença ainda numerosa de povos originários nesta
região nos possibilita o resgate de suas tradições culturais, junto com a
demarcação de seus territórios, para um diálogo intercultural e afirmação de
utopias de “um outro mundo possível”, sem a ameaça nuclear.
Itacuruba,
30 de outubro de 2011.
Articulação Antinuclear Brasileira -
Articulação Popular São Francisco Vivo (SFVivo) - Articulação e Organização dos
Povos Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (APOINME) –
Associação Ambientalista da Cidade de Camaragibe/PE - Associação
Brasileira dos Estudantes de Engenharia Florestal (ABEEF) - Associcação
Brasileira dos Expostos ao Amianto (ABREA) - Associação dos Beneficiários do
Projeto Miguel Arraes de Alencar/Petrolândia/PE - Associação dos Geógrafos
Brasileiros (AGB) – Associação Movimento Paulo Jackson - Ética,
Justiça, Cidadania/BA - Caritas NE2 – Centro das Mulheres do Cabo/PE -
Centro Cultural Comunitário Direito de Ser/Itacuruba/PE - Coalização Brasileira
Contra as Usinas Nucleares - Comissão Pastoral da Terra (CPT) - Comissão
Paroquial de Meio Ambiente de Caetité/BA -Comunidades e Povos Indígenas dos
Pankará, Pankararu, Tuxá, Pankararé, Atikum, Neopankararé – Comunidades
Quilombolas Negros de Gilú, Poço dos Cavalos e Ingazeira/Itacuruba – Comunidade
Quilombola Conceição das Crioulas/Salgueiro/PE - Confraria do Rosário
(Remanescentes de Quilombo)/Floresta/PE – Confraria dos Romeiros de Floresta/PE
- Conselho Indigenista Missionário (CIMI) - Conselho Municipal de Meio
Ambiente/Jatobá/PE - Diocese de Floresta – Eco Vida/Cabo/PE - Executiva
Nacional dos Estudantes de Veterinária (ENEV) – Executiva Nacional dos
Estudantes de Serviço Social (ENESSO) – Federação Nacional dos Estudantes
de Direito (FENED), Federação de Órgãos para a Assistência Social de Educação
(FASE) - Fórum de Reforma Urbana de Recife/PE (FERU) - Federação dos Estudantes
de Agronomia do Brasil (FEAB) - Fundação Heinrich Böell - Greenpeace - Grêmio
Estudantil Ação Jovem/Belém do São Francisco/PE – Igrejas Evangélicas de Jatobá/PE
– Instituto Bioeste/BA - Instituto Búzios/BA - Grupo Ambientalista da
Bahia (Gambá) - Instituto da Pequena Agropecuária Apropriada
(IRPAA)/Juazeiro/BA – Movimento Ecossocialista de Pernambuco (MESPE) -
Movimento Iniciativa Popular Contra Usinas Nucleares - Paróquias de Belém de
São Francisco, Floresta, Itacuruba e Jatobá/PE - Prefeitura de Jatobá/PE –
Projeto para o Semiárido Tacaratu (PROSA)/PE - Rede Virtual Cidadã pelo
Banimento do Amianto para a América Latina - Secretaria de Educação de Jatobá/PE
- Secretaria de Cultura de Itacuruba/PE – Secretaria de Educação de
Floresta/PE – Serviço Pastoral dos Migrantes no Nordeste (SPM_NE) -
Sindicato dos Professores de Floresta/PE – Sindicato dos Químicos de São
Paulo/SP - Cooperativa Agropecuária Familiar do Assentamento Angico II
(COOPAFITA) / Itacuruba/PE
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Produção de urânio do Brasil cresce seis vezes nesta década
Indústrias
Nucleares do Brasil (INB) pretende dobrar a produção em sua mina de
Caetité, no estado da Bahia no Nordeste nos próximos cinco anos, 800
toneladas, e começar a produzir 1.500 toneladas por ano em uma nova mina
mais norte do Estado do Ceará.
A empresa também descobriu recentemente novos depósitos promissores em torno de Caetité, a única mina de urânio na América do Sul, com sinais apontando para um mineral rico duas vezes.
A descoberta está aguardando os resultados do trabalho exploratório para confirmar a sua viabilidade.
"Estamos confiantes de que vamos aumentar significativamente nossas reservas", disse o diretor de recursos minerais no RNB, Otto Bittencourt, acrescentando que a maioria dos depósitos são espalhados pelo país, da Amazônia para o estado de mineração chave de Minas Gerais, no sul .
Bittencourt revelou que as reservas comprovadas do Brasil de 300.000 toneladas, o que é baseada em trabalhos de exploração realizados na década de 1980 poderia facilmente triplicar catapulta Brasil para as fileiras da Austrália e Cazaquistão, onde alguns dos maiores depósitos de urânio conhecidas
De urânio e fosfato
Brasil adere a seu programa de expansão nuclear, embora alguns países decidiram abandonar a energia nuclear após vazamentos de radiação da usina nuclear em Fukushima no Japão após um terremoto e tsunami em março deste ano.
No entanto, o consumo interno deverá crescer mais lentamente do que a produção. Brasil planeja construir 07:56 usinas nucleares adicionar aos três já existentes, mas apenas para 2030.
As três usinas nucleares no Brasil estão no Estado do Rio de Janeiro, embora não tenha terminado completamente construído.
"O governo vai decidir sobre o que fazer com esse excesso (de urânio)", disse Bittencourt, acrescentando que as três usinas do Rio, juntos, consomem 600 toneladas de urânio por ano, cerca de um quarto da produção anual estimada para 2017.
Apesar de um menor teor de urânio na mina de novo, Santa Quitéria, recursos medidos são associadas com fosfatos e deverá produzir 240 mil toneladas de componentes por ano de fertilizantes, o que tornaria a extração de urânio em uma atividade mais eficiente do custo ponto de vista.
Santa Quitéria abriu em 2014 e 2015 e será operada pelo grupo Galvani família industrial, que irá extrair o minério para a INB como parte de uma operação de mineração de fosfato.
Produção deve chegar a 1.500 toneladas por ano em 2017.
O minério a ser extraído em Caetité tem um teor de urânio de cerca de 3.000 partes por milhão, o que compara com cerca de 1.000 partes por milhão é de Santa Quitéria.
As reservas são exploradas novas potenciais perto Caetité poderia ser muito mais rica, com um teor de urânio de 6.000 partes por milhão.
Reuters - Esta publicação inclui informações e dados que são propriedade intelectual da Reuters. É expressamente proibida ou seu nome sem o consentimento prévio de Reuters. Todos os direitos reservados.
A empresa também descobriu recentemente novos depósitos promissores em torno de Caetité, a única mina de urânio na América do Sul, com sinais apontando para um mineral rico duas vezes.
A descoberta está aguardando os resultados do trabalho exploratório para confirmar a sua viabilidade.
"Estamos confiantes de que vamos aumentar significativamente nossas reservas", disse o diretor de recursos minerais no RNB, Otto Bittencourt, acrescentando que a maioria dos depósitos são espalhados pelo país, da Amazônia para o estado de mineração chave de Minas Gerais, no sul .
Bittencourt revelou que as reservas comprovadas do Brasil de 300.000 toneladas, o que é baseada em trabalhos de exploração realizados na década de 1980 poderia facilmente triplicar catapulta Brasil para as fileiras da Austrália e Cazaquistão, onde alguns dos maiores depósitos de urânio conhecidas
De urânio e fosfato
Brasil adere a seu programa de expansão nuclear, embora alguns países decidiram abandonar a energia nuclear após vazamentos de radiação da usina nuclear em Fukushima no Japão após um terremoto e tsunami em março deste ano.
No entanto, o consumo interno deverá crescer mais lentamente do que a produção. Brasil planeja construir 07:56 usinas nucleares adicionar aos três já existentes, mas apenas para 2030.
As três usinas nucleares no Brasil estão no Estado do Rio de Janeiro, embora não tenha terminado completamente construído.
"O governo vai decidir sobre o que fazer com esse excesso (de urânio)", disse Bittencourt, acrescentando que as três usinas do Rio, juntos, consomem 600 toneladas de urânio por ano, cerca de um quarto da produção anual estimada para 2017.
Apesar de um menor teor de urânio na mina de novo, Santa Quitéria, recursos medidos são associadas com fosfatos e deverá produzir 240 mil toneladas de componentes por ano de fertilizantes, o que tornaria a extração de urânio em uma atividade mais eficiente do custo ponto de vista.
Santa Quitéria abriu em 2014 e 2015 e será operada pelo grupo Galvani família industrial, que irá extrair o minério para a INB como parte de uma operação de mineração de fosfato.
Produção deve chegar a 1.500 toneladas por ano em 2017.
O minério a ser extraído em Caetité tem um teor de urânio de cerca de 3.000 partes por milhão, o que compara com cerca de 1.000 partes por milhão é de Santa Quitéria.
As reservas são exploradas novas potenciais perto Caetité poderia ser muito mais rica, com um teor de urânio de 6.000 partes por milhão.
Reuters - Esta publicação inclui informações e dados que são propriedade intelectual da Reuters. É expressamente proibida ou seu nome sem o consentimento prévio de Reuters. Todos os direitos reservados.
Hildegardo Nunes se encontra com ministro em Brasília
O Secretário Estadual de
Agricultura, Hildegardo Nunes, teve audiência com o ministro do
Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, nesta terça feira (1), em
Brasília. A partir dos entendimentos preliminares que o ministro teve
com o governador Simão Jatene, quando lançou em Belém o Plano Safra
durante o Frutal e Flor Pará, Hildegardo Nunes vai saber quais as ações
que fecharão a parceria entre o MDA e o governo do Estado.
Hildegardo Nunes vai analisar que ações do MDA mais se moldam à
política agrícola proposta pelo governo do Estado, no sentido de apoiar o
fortalecimento da agricultura familiar no Pará. A atuação da parceria
será nas áreas da regulamentação fundiária, infraestrutura e fomento
para os agricultores dentro e fora das áreas de assentamento.
ENEM. Qual isonomia?
ENEM. Pode haver isonomia quando um vestibulando respondeu correta as 13 perguntas eliminadas e outros, que erraram, foram favorecidos?.
O ministro candidato, já começou errando no seu primeiro teste de campanha. Mas quando penso na Martha como "perfeita" "refeita" de São Paulo, me poupem de novo.
Veja materia do Diário do Pará.
A expressão da estudante do terceiro ano
do ensino médio, Natália Eugênio, ao falar sobre a decisão da Justiça
de anular em todo o Brasil 13 questões do Exame Nacional do Ensino Médio
(Enem) é de indignação. Cada vez que a vestibulanda se lembra que errou
apenas uma das 13 questões invalidada na prova, sua voz se eleva e as
mãos ficam inquietas. “Isso é um absurdo! Deixa qualquer pessoa
indignada”.
Anunciada na noite da última
segunda-feira, a decisão do juiz da 1ª Vara Federal, Luís Praxedes
Vieira da Silva, de invalidar 13 questões da prova foi motivada pelo
vazamento das perguntas para um colégio de Fortaleza antes da aplicação
da prova. Apesar do pedido do Ministério Público Federal no Ceará de
anulação total do exame e da sugestão do Ministério da Educação (MEC) de
que apenas os 639 alunos da escola refizessem a prova, a Justiça
definiu que as questões fossem anuladas em todo o Brasil.
Para quem se preparou o ano inteiro para
o exame, a decisão não foi a mais justa. “Isso vai diminuir a minha
pontuação”, acredita Natália. “É muito complicado porque o governo está
prestando um serviço sem credibilidade nenhuma. Desde 2009 vem
apresentando problemas, então você já espera os erros”.
A desmotivação presente na fala de
Natália também é percebida em outros alunos pelo professor Júlio Reis.
Desde que a decisão foi anunciada, vários deles o procuraram para saber
sua opinião. “Como explicar para um aluno que não se pode colar se ele
não tem referência nem do próprio MEC?”, questiona. “A educação é uma
processo que possibilita a mudança da sociedade, mas como dizer para o
aluno agüentar firme diante dessa situação?”.
Para ele, a discussão vai muito além da
decisão emergencial de se anular algumas questões e passa pelo próprio
processo de formação do aluno. “O que está em questão é a
confiabilidade. Quando o aluno se depara com essas coisas, ele avalia e
passa a perder o foco e interesse em fazer o Exame”, acredita. “Agora, o
Enem não mais apenas avaliativo, é seletivo. O prejuízo é maior”.
UFPA
Preocupada com a contagem da pontuação
da prova após a anulação das questões, a estudante Flávia Xavier também
se pergunta se ainda pode haver mudanças. “Aqui (na escola onde estuda)
nós já estamos focados no conteúdo de outras faculdades que é diferente.
E se ainda for anulado? Como vamos ficar?”.
Apesar de ainda incerta, a possibilidade
de mudanças sobre os rumos que o Enem 2011 deve tomar existe. No site
do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira (Inep), responsável pela organização da prova, uma nota informa
que o MEC irá recorrer da decisão de anulação das questões no Brasil,
por entenderem que resolução é desproporcional.
Independente da decisão definitiva, a
também estudante Luiza Viana já se diz frustrada com a situação. “A essa
altura, qualquer decisão é injusta. A anulação das questões em todo o
Brasil favorece uma parte e prejudicam outras”, acredita.
Diante da atual situação do Enem, a
Universidade Federal do Pará (UFPA) informou que pretende manter o Enem
como a primeira fase de seu Processo Seletivo 2012. Este ano as notas do
Enem, que equivalem à metade do valor total das notas dos candidatos,
serão entregues já padronizadas pelo Inep à UFPA.
“Até aqui não há nada que possa
comprometer, nem a manutenção do Enem como parte do processo seletivo da
UFPA, nem a validade do Exame”, informou Marlene Freitas, pró-reitora
de Ensino de Graduação. (Diário do Pará)
terça-feira, 1 de novembro de 2011
Aloysio Nunes acusa Haddad de cometer "trapalhadas" no Enem
BRASÍLIA
- O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) afirmou hoje que o
ministro da Educação, Fernando Haddad, é responsável pelas "trapalhadas"
em torno do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e questionou sua
capacidade de gerir São Paulo. O tucano criticou o fato de o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aliados quererem "impingir" à
população paulistana sua candidatura a prefeito.
"Tem nome e sobrenome quem fez essas trapalhadas: o responsável é o ministro da Educação. E o grave é que querem impingir o senhor Fernando Haddad à população paulistana como prefeito da cidade, justamente ele, que não dá conta de organizar o Enem. Se nesses quatro ou cinco anos seguidos ele conseguiu desmoralizar o Enem, como ele fará para gerir o sistema de transporte de São Paulo? A educação, em São Paulo? O problema do comércio clandestino? Enfim, os problemas das grandes cidades?"
Nunes disse que Haddad "provavelmente" será o candidato a prefeito pelo PT, já que "a senadora Marta Suplicy neste momento é vítima de uma operação de esquartejamento em praça pública".
As críticas contra Haddad aumentaram na última semana com o vazamento de questões do Enem. O problema, que já ocorreu em 2009, pode complicar o plano do ministro de concorrer à Prefeitura de São Paulo em 2012.
As afirmações foram feitas em aparte a discurso do presidente do DEM, senador José Agripino (RN), que reclamou dos "erros sucessivos" cometidos na realização do Enem. Agripino concordou que a "culpa é dele" [Haddad]. "O Ministério da Educação tem que entender que está prejudicando milhares de jovens brasileiros, com a sua incompetência repetida ano após ano."
(Raquel Ulhôa | Valor)
"Tem nome e sobrenome quem fez essas trapalhadas: o responsável é o ministro da Educação. E o grave é que querem impingir o senhor Fernando Haddad à população paulistana como prefeito da cidade, justamente ele, que não dá conta de organizar o Enem. Se nesses quatro ou cinco anos seguidos ele conseguiu desmoralizar o Enem, como ele fará para gerir o sistema de transporte de São Paulo? A educação, em São Paulo? O problema do comércio clandestino? Enfim, os problemas das grandes cidades?"
Nunes disse que Haddad "provavelmente" será o candidato a prefeito pelo PT, já que "a senadora Marta Suplicy neste momento é vítima de uma operação de esquartejamento em praça pública".
As críticas contra Haddad aumentaram na última semana com o vazamento de questões do Enem. O problema, que já ocorreu em 2009, pode complicar o plano do ministro de concorrer à Prefeitura de São Paulo em 2012.
As afirmações foram feitas em aparte a discurso do presidente do DEM, senador José Agripino (RN), que reclamou dos "erros sucessivos" cometidos na realização do Enem. Agripino concordou que a "culpa é dele" [Haddad]. "O Ministério da Educação tem que entender que está prejudicando milhares de jovens brasileiros, com a sua incompetência repetida ano após ano."
(Raquel Ulhôa | Valor)
ENEM. A pergunta que não quer calar.
Governo recua e decide recorrer de anulação de questões do Enem
A opção pelo recurso judicial - que pode virar uma batalha de tribunais - foi tomada por pressão do ministro da Educação, Fernando Haddad
No início da tarde, porém, devido às pressões políticas, a AGU anunciou que encaminhará um recurso para tentar derrubar a decisão que anulou questões do Enem. "Com o recurso, a AGU quer evitar que os mais de 4 milhões de estudantes que fizeram a prova e aguardam os resultados - inclusive para participarem de processos seletivos que utilizam a nota do Enem - sejam prejudicados", justificou o órgão encarregado da defesa.O governo deverá sustentar que o exame deve ser cancelado apenas para os alunos do Colégio Christus, de Fortaleza, no Ceará. Segundo o MEC, se a prova for cancelada apenas para os alunos do Christus, eles poderão fazer novamente o exame juntamente com presidiários, no final de novembro.
O MEC disse que, no exame destinado aos presos, existe uma cota extra de provas destinada a atender imprevistos. Essa cota foi usada, por exemplo, no passado, quando alunos do Espírito Santo não puderam fazer o Enem por causa do excesso de chuvas na região.
O MEC informou que os responsáveis pelo vazamento da prova poderão no futuro ser acionados para arcar com eventuais prejuízos.
Comentário do Blog.
O Ministro Fernando Haddad está em condições de afirmar que o vazamento foi só no Colégio Christus?.
Quem acredita é amador, como se não existissem e-mails, redes ou relação de mailing. Basta enviar para 20 amigos e pedir um depósito na conta bancária, para que a piramide começe a operar.
Depois de um trilhão de dólares (Delfim Neto). Mas o que faltou na análise do Economista?
Antonio Delfim Netto
A crise que o mundo está vivendo tem aspectos paradoxais. Presta-se a
múltiplas interpretações, cada uma delas colocando, segundo o viés
ideológico do analista, seu foco sobre os diferentes aspectos em que ela
se revela. Os economistas do "mainstream" estão na defensiva por terem
demonstrado "matematicamente" (e até conseguido prêmios Nobel) que os
mercados (em particular o financeiro) eram eficientes e
autoadministráveis. Dispensavam, portanto, a "mão visível" do governo.
Os economistas com viés marxista não deram um passo além da
constatação do velho Karl: os mercados financeiros são essencialmente
instáveis. Pela centésima vez proclamam o rápido fim do capitalismo,
como se ele fosse uma coisa e não um processo histórico com as
"contradições" que o dinamizam e o civilizam lentamente pelo sufrágio
universal.
Os economistas com viés keynesiano hidráulico (incorporado ao "mainstream") assistiram ao irremediável fracasso dos seus "multiplicadores". Mecanizaram as sofisticadas considerações psicológicas do papel das expectativas e a inevitabilidade da incerteza sobre o futuro opaco. Essas continuaram a ser cultivadas apenas por um pequeno grupo, expulso da profissão como "heterodoxo".
Americanos parecem ter consciência de quem é a "culpa"
Os economistas do "mainstream" foram, no máximo, apenas coadjuvantes da crise. Quatro anos depois de instalada, é evidente que sua "causa eficiente" foi a rendição dos governos à pressão econômica do único poder universal emergente: os mercados financeiros! Apenas teorizaram "a posteriori" a luta entre o poder incumbente e o mercado financeiro, que queria livrar-se do controle que lhe fora imposto nos anos 30 do século passado (exatamente por ter causado a crise de 1929).
Deram-lhe um suposto apoio científico. Papel coadjuvante, mas importante para a aceitação, pela sociedade desprevenida, da ideologia (vendida como ciência) que a desabrida liberdade das "inovações" do mercado financeiro e sua internacionalização eram fatores decisivos para o aumento da produtividade da economia real e para o desenvolvimento econômico dos países.
Hoje, os americanos parecem ter clara consciência de quem é a "culpa" pela tragédia que estão vivendo. Um levantamento da Gallup (15/16 outubro) mostrou que 2/3 das pessoas consultadas a atribuem ao governo federal e 1/3 às instituições financeiras. Mas o fato ainda mais grave (e que coloca em risco a reeleição do presidente Obama) é que a "qualidade" do programa posto em prática pelo governo de Washington para enfrentar a crise é considerada lamentável: mais de um US$ 1 trilhão de estímulos e quase quatro anos depois, o crescimento é pífio e o desemprego altíssimo. O verdadeiro conhecimento empírico e teórico da economia poderia ter sido melhor utilizado na formulação do programa, como mostraram em interessante artigo J.F.Cogan e J.B.Taylor ("Where Did the Stimulus Go?").
O US$ 1 trilhão de estímulo foi dividido em três programas de inspiração keynesiana-hidráulica: 1) colocar dinheiro diretamente nas mãos dos cidadãos (cheques do Tesouro) para que eles o gastassem em consumo (US$ 152 bilhões); 2) disponibilizar recursos para compras governamentais e infraestrutura (US$ 862 bilhões); e 3) transferir verba para Estados e governos locais, na esperança que ampliassem seus gastos com bens e serviços (US$ 173 bilhões).
Como se deveria esperar, em razão de experiências anteriores e desenvolvimentos teóricos, eles não produziram qualquer efeito "multiplicativo" importante, ao contrário do que haviam previsto os assessores econômicos de Bush e Obama.
A ineficiência do primeiro estímulo é consequência das pesquisas de Milton Friedman e Franco Modigliani, que mostraram que o consumo está ligado à renda "permanente" e não a um estímulo ocasional, frequentemente utilizado para "diminuir as dívidas" dos agentes, que foi o que aconteceu.
Quanto ao segundo, devido às dificuldades operacionais que sempre acompanham aumentos inusitados de disponibilidade de recursos no serviço público (a falta de bons projetos e a indisposição da burocracia, elementos amplamente conhecidos e empiricamente constatados), não se gastou até o terceiro trimestre de 2010 mais do que 5% do estimado!
Quanto aos estímulos transferidos para Estados e governos locais, eles tiveram o mesmo destino dos enviados diretamente aos consumidores: foram basicamente utilizados na redução de dívidas. De fato, dos US$ 173 bilhões transferidos, 4/5 foram utilizados no pagamento de dívidas acumuladas, o que praticamente anulou o efeito físico do "multiplicador". Aqui, também, já havia evidência empírica (Ned Gramlich, 1979) mostrando a ineficiência desse tipo de programa.
Esses fatos mostram o quanto de "ilusão" estatística está envolvida no cálculo descuidado e ingênuo dos "multiplicadores" ditos "keynesianos", quando se esquece o próprio Keynes. Se na prevenção da crise e na sua construção podemos criticar o "mainstream", parece que lhe devemos um crédito na crítica do horrível projeto de recuperação de inspiração do "keynesianismo-hidráulico" que desperdiçou US$ 1 trilhão...
Comentário do Blog.
O que está faltando na análise do Delfim Neto tem sido, sem dúvida, uma variável fundamental, quase sempre esquecida pelos economistas do Governo que pensavam que a questão da educação, a capacitação e o fortalecimento do capital social, seria uma consquencia, um resultado natural do crescimento econômnico e não ao contrário.
A educação, capacitação e desenvolvimento do capital social é fator fundamental para alcançar o crerscimento e o mais importante, o desenvolvimento. Mas se tratando do Delfim, economista cartesiano é difícil fazer ele entender como é importante a questão da educação no desenvolvimento econômico.
Os economistas com viés keynesiano hidráulico (incorporado ao "mainstream") assistiram ao irremediável fracasso dos seus "multiplicadores". Mecanizaram as sofisticadas considerações psicológicas do papel das expectativas e a inevitabilidade da incerteza sobre o futuro opaco. Essas continuaram a ser cultivadas apenas por um pequeno grupo, expulso da profissão como "heterodoxo".
Americanos parecem ter consciência de quem é a "culpa"
Os economistas do "mainstream" foram, no máximo, apenas coadjuvantes da crise. Quatro anos depois de instalada, é evidente que sua "causa eficiente" foi a rendição dos governos à pressão econômica do único poder universal emergente: os mercados financeiros! Apenas teorizaram "a posteriori" a luta entre o poder incumbente e o mercado financeiro, que queria livrar-se do controle que lhe fora imposto nos anos 30 do século passado (exatamente por ter causado a crise de 1929).
Deram-lhe um suposto apoio científico. Papel coadjuvante, mas importante para a aceitação, pela sociedade desprevenida, da ideologia (vendida como ciência) que a desabrida liberdade das "inovações" do mercado financeiro e sua internacionalização eram fatores decisivos para o aumento da produtividade da economia real e para o desenvolvimento econômico dos países.
Hoje, os americanos parecem ter clara consciência de quem é a "culpa" pela tragédia que estão vivendo. Um levantamento da Gallup (15/16 outubro) mostrou que 2/3 das pessoas consultadas a atribuem ao governo federal e 1/3 às instituições financeiras. Mas o fato ainda mais grave (e que coloca em risco a reeleição do presidente Obama) é que a "qualidade" do programa posto em prática pelo governo de Washington para enfrentar a crise é considerada lamentável: mais de um US$ 1 trilhão de estímulos e quase quatro anos depois, o crescimento é pífio e o desemprego altíssimo. O verdadeiro conhecimento empírico e teórico da economia poderia ter sido melhor utilizado na formulação do programa, como mostraram em interessante artigo J.F.Cogan e J.B.Taylor ("Where Did the Stimulus Go?").
O US$ 1 trilhão de estímulo foi dividido em três programas de inspiração keynesiana-hidráulica: 1) colocar dinheiro diretamente nas mãos dos cidadãos (cheques do Tesouro) para que eles o gastassem em consumo (US$ 152 bilhões); 2) disponibilizar recursos para compras governamentais e infraestrutura (US$ 862 bilhões); e 3) transferir verba para Estados e governos locais, na esperança que ampliassem seus gastos com bens e serviços (US$ 173 bilhões).
Como se deveria esperar, em razão de experiências anteriores e desenvolvimentos teóricos, eles não produziram qualquer efeito "multiplicativo" importante, ao contrário do que haviam previsto os assessores econômicos de Bush e Obama.
A ineficiência do primeiro estímulo é consequência das pesquisas de Milton Friedman e Franco Modigliani, que mostraram que o consumo está ligado à renda "permanente" e não a um estímulo ocasional, frequentemente utilizado para "diminuir as dívidas" dos agentes, que foi o que aconteceu.
Quanto ao segundo, devido às dificuldades operacionais que sempre acompanham aumentos inusitados de disponibilidade de recursos no serviço público (a falta de bons projetos e a indisposição da burocracia, elementos amplamente conhecidos e empiricamente constatados), não se gastou até o terceiro trimestre de 2010 mais do que 5% do estimado!
Quanto aos estímulos transferidos para Estados e governos locais, eles tiveram o mesmo destino dos enviados diretamente aos consumidores: foram basicamente utilizados na redução de dívidas. De fato, dos US$ 173 bilhões transferidos, 4/5 foram utilizados no pagamento de dívidas acumuladas, o que praticamente anulou o efeito físico do "multiplicador". Aqui, também, já havia evidência empírica (Ned Gramlich, 1979) mostrando a ineficiência desse tipo de programa.
Esses fatos mostram o quanto de "ilusão" estatística está envolvida no cálculo descuidado e ingênuo dos "multiplicadores" ditos "keynesianos", quando se esquece o próprio Keynes. Se na prevenção da crise e na sua construção podemos criticar o "mainstream", parece que lhe devemos um crédito na crítica do horrível projeto de recuperação de inspiração do "keynesianismo-hidráulico" que desperdiçou US$ 1 trilhão...
Comentário do Blog.
O que está faltando na análise do Delfim Neto tem sido, sem dúvida, uma variável fundamental, quase sempre esquecida pelos economistas do Governo que pensavam que a questão da educação, a capacitação e o fortalecimento do capital social, seria uma consquencia, um resultado natural do crescimento econômnico e não ao contrário.
A educação, capacitação e desenvolvimento do capital social é fator fundamental para alcançar o crerscimento e o mais importante, o desenvolvimento. Mas se tratando do Delfim, economista cartesiano é difícil fazer ele entender como é importante a questão da educação no desenvolvimento econômico.
Irmão de Lula sofreu com tratamento, mas venceu tumor
MÔNICA BERGAMO
COLUNISTA DA FOLHA
Submetido a um tratamento semelhante ao que Lula vai agora enfrentar, seu irmão mais velho, Jaime Inácio da Silva, 74, "sofreu muito, mas está curado", diz José Ferreira de Melo, o Frei Chico, irmão mais conhecido do ex-presidente e espécie de porta-voz da família.
Marceneiro aposentado, Jaime descobriu que estava com câncer na região do pescoço, perto das amígdalas, há cinco anos, quando fazia um tratamento dentário.
"Ele reclamava muito de dor de garganta. A dentista aconselhou que procurasse um médico."
Jaime foi então ao Hospital Heliópolis, em São Paulo. E recebeu o diagnóstico de um tumor "pequeno, acho que do mesmo tamanho do que encontraram no Lula", diz Frei Chico. "Ele teve sorte."
"Queriam começar logo o tratamento, mas nós procuramos o hospital A.C. Camargo, que faz um mapeamento mais completo do corpo do paciente", conta o irmão.
Jaime foi tratado por Luiz Paulo Kowalski, médico que, por coincidência, integra a equipe que cuidará de Lula.
Foi submetido a tratamento parecido ao indicado agora ao ex-presidente: quimioterapia. Ele não foi operado.
"O tratamento foi doído. Jaime sofreu bastante. Mas valeu a pena. Está curado", diz Frei Chico. Hoje, enfrenta problemas de saúde de outra natureza, como uma infecção recente no pulmão e problemas na tireoide.
Ele conta que o irmão mais velho foi fumante por muito tempo, mas largou o vício "há mais de 20 anos".
Frei Chico diz estar confiante na cura de Lula.
"Se você pega uma equipe médica séria, não tem como dar errado. Ele vai sair dessa, vai superar", afirma.
Lula teve 18 irmãos -sete deles do casamento do pai, Aristides Inácio da Silva, com a mãe dele, dona Lindu, e outros dez do relacionamento do pai com Valdomira.
Cinco irmãos já morreram. José, o mais velho de dona Lindu, morreu há dez anos de doença de Chagas. Marinete, também de dona Lindu, morreu há seis meses, de câncer no pulmão. Rubens, filho de Valdomira, morreu de infarto. Odair, da mesma mãe, teve um AVC. E João Inácio, de Valdomira, morreu aos 41 anos, de câncer no cérebro.
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
ANÁLISE A DOENÇA DO EX-PRESIDENTE
Descoberta de tumor deve influenciar montagem de palanques para 2012
Tendência é que Lula reduza agenda pública, mas continue atuando na costura nos bastidores
VERA MAGALHÃES
DE SÃO PAULO
Ainda é cedo para estimar de que forma o recém-descoberto tumor na laringe afastará Lula das múltiplas atividades com as quais se comprometeu desde que deixou a Presidência.
Num primeiro momento, porém, a tendência é que o ex-presidente deixe a linha de frente da articulação política para se recolher e se dedicar ao tratamento médico.
O ex-presidente comanda a montagem da estratégia eleitoral do PT para as eleições municipais de 2012 em várias praças importantes, notadamente em São Paulo.
Concebeu, tirou do papel e teve êxito em tornar viável a pré-candidatura do ministro Fernando Haddad (Educacação), um neófito na política que, a princípio, provocava ceticismo e desconfiança nas hostes petistas.
Em poucos meses, graças a doses generosas de vitamina L, de Lula, não só se tornou viável como passou à condição de favorito na disputa interna petista.
Ontem, ainda perplexos com a notícia sobre a saúde de seu líder maior, os petistas começavam a questionar se Haddad já tem força suficiente para levar o projeto político até as prévias, marcadas para o fim de novembro, sem contar com essa presença constante de Lula.
Sim, porque ninguém imagina, diante das primeiras informações divulgadas sobre o tumor -que dão conta de boas chances de cura total e um tratamento ambulatorial, segundo os médicos-, que o ex-presidente vá se recolher completamente.
Atingido naquilo que os próprios médicos e seus amigos chamavam ontem de sua ferramenta principal de fazer política -a voz-, Lula pode até reduzir sua exposição pública, mas continuará ativo nos bastidores, na costura.
No caso de Haddad, ainda estava no roteiro traçado pelo próprio Lula uma rodada de aparições conjuntas até as prévias de novembro.
O ministro foi um dos poucos convidados para a festa de 66 anos do ex-presidente na última quinta-feira, num sinal da proximidade que estabeleceram.
A depender das condições impostas pela equipe médica para o tratamento, talvez essa agenda pública tenha de ser reduzida.
UNANIMIDADE
Por outro lado, alguns analisavam que, com a saúde fragilizada, Lula, que já era quase à prova de questionamentos no PT, agora se tornará uma unanimidade.
Isso poderia levar a que os petistas que insistem na tese das prévias, a despeito da discordância do ex-presidente, recuassem e aceitassem o seu desígnio.
Além de afetar a montagem dos palanques municipais, a necessidade de se dedicar à sua saúde deve frear também a intensa agenda de viagens internacionais para palestras e homenagens que Lula vinha cumprindo.
Por fim, a doença recém-descoberta terá o condão de aproximar ainda mais Lula e a presidente Dilma Rousseff -que já na primeira manifestação a respeito, na nota emitida ontem, lembrou o fato de já ter enfrentado um tumor e ter obtido sucesso na cura plena da da doença.
Tendência é que Lula reduza agenda pública, mas continue atuando na costura nos bastidores
DOENÇA APROXIMARÁ AINDA MAIS LULA E DILMA, QUE JÁ ENFRENTOU TUMOR |
VERA MAGALHÃES
DE SÃO PAULO
Ainda é cedo para estimar de que forma o recém-descoberto tumor na laringe afastará Lula das múltiplas atividades com as quais se comprometeu desde que deixou a Presidência.
Num primeiro momento, porém, a tendência é que o ex-presidente deixe a linha de frente da articulação política para se recolher e se dedicar ao tratamento médico.
O ex-presidente comanda a montagem da estratégia eleitoral do PT para as eleições municipais de 2012 em várias praças importantes, notadamente em São Paulo.
Concebeu, tirou do papel e teve êxito em tornar viável a pré-candidatura do ministro Fernando Haddad (Educacação), um neófito na política que, a princípio, provocava ceticismo e desconfiança nas hostes petistas.
Em poucos meses, graças a doses generosas de vitamina L, de Lula, não só se tornou viável como passou à condição de favorito na disputa interna petista.
Ontem, ainda perplexos com a notícia sobre a saúde de seu líder maior, os petistas começavam a questionar se Haddad já tem força suficiente para levar o projeto político até as prévias, marcadas para o fim de novembro, sem contar com essa presença constante de Lula.
Sim, porque ninguém imagina, diante das primeiras informações divulgadas sobre o tumor -que dão conta de boas chances de cura total e um tratamento ambulatorial, segundo os médicos-, que o ex-presidente vá se recolher completamente.
Atingido naquilo que os próprios médicos e seus amigos chamavam ontem de sua ferramenta principal de fazer política -a voz-, Lula pode até reduzir sua exposição pública, mas continuará ativo nos bastidores, na costura.
No caso de Haddad, ainda estava no roteiro traçado pelo próprio Lula uma rodada de aparições conjuntas até as prévias de novembro.
O ministro foi um dos poucos convidados para a festa de 66 anos do ex-presidente na última quinta-feira, num sinal da proximidade que estabeleceram.
A depender das condições impostas pela equipe médica para o tratamento, talvez essa agenda pública tenha de ser reduzida.
UNANIMIDADE
Por outro lado, alguns analisavam que, com a saúde fragilizada, Lula, que já era quase à prova de questionamentos no PT, agora se tornará uma unanimidade.
Isso poderia levar a que os petistas que insistem na tese das prévias, a despeito da discordância do ex-presidente, recuassem e aceitassem o seu desígnio.
Além de afetar a montagem dos palanques municipais, a necessidade de se dedicar à sua saúde deve frear também a intensa agenda de viagens internacionais para palestras e homenagens que Lula vinha cumprindo.
Por fim, a doença recém-descoberta terá o condão de aproximar ainda mais Lula e a presidente Dilma Rousseff -que já na primeira manifestação a respeito, na nota emitida ontem, lembrou o fato de já ter enfrentado um tumor e ter obtido sucesso na cura plena da da doença.
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