terça-feira, 4 de outubro de 2011

Brasileiro produz abaixo da média mundial

A produtividade do trabalhador brasileiro está abaixo da média mundial e tem evoluído em ritmo bem menor do a que a dos trabalhadores de outros países emergentes.

Um brasileiro produziu no ano passado, em média, um quinto da riqueza gerada por um americano, um terço da de um sul-coreano e cerca da metade da de um argentino, calcula a consultoria americana Conference Board.

De 2005 a 2010, a produtividade do brasileiro cresceu em média 2,1% ao ano, taxa inferior as de China (9,8%), Índia (5,8%) e Rússia (3,2%).

Segundo economistas, isso ajuda a explicar a perda de competitividade do produto brasileiro e o aumento da inflação no país. Na medida em que a remuneração cresce mais rápido que a produtividade, produtos e serviços tendem a ficar mais caros.

Dados do departamento de estatísticas do trabalho dos EUA mostram que os salários na indústria cresceram, de 2002 a 2008, 174% no Brasil e 133% na China.

Mas lá isso foi compensado pelo aumento da produtividade, diz o economista da UNB (Universidade Nacional de Brasília) Jorge Arbache: "O aumento do salário não é uma coisa ruim, mas, se a produtividade não acompanha, vira um problema".

O ranking elaborado neste ano pelo Conference Board com 114 países mostra que o brasileiro está na 68ª posição em produtividade. Segundo o levantamento, o brasileiro produziu em 2010 20,6% da riqueza gerada por um americano, enquanto a média mundial foi de 26,1%.
A consultoria mede a produtividade do trabalhador dividindo o PIB (Produto Interno Bruto) de cada país por sua força de trabalho.

Para o professor do Insper Naercio Menezes, a precariedade do ensino é o principal fator que explica a baixa produtividade do brasileiro. Além disso, ele aponta a falta de inovação das empresas, que investem pouco na criação de novas tecnologias.

Entre os fatores que limitam a inovação, aponta, estão o excesso de burocracia e a precariedade da infraestrutura, que acabam sugando tempo e dinheiro que poderiam ser gastos em pesquisa.

"A inovação permite produzir mais com o mesmo número de trabalhadores. Enquanto a China solicitou 13.337 patentes em 2010, o Brasil pediu apenas 442. Isso mostra como inovamos pouco", observa Menezes.

Segundo o Conference Board, a produtividade do chinês é ainda menor que a do brasileiro. Isso ocorre porque metade dos chineses vive no campo, setor pouco produtivo no país, diz Arbache.

"A produtividade do trabalhador industrial chinês é maior que a do brasileiro. Isso porque nos últimos anos a indústria chinesa migrou de setores pouco produtivos, como têxtil, para a produção de automóveis e chips", disse.

MARIANA SCHREIBER
DE SÃO PAULO


Editoria de Arte/Folhapress

domingo, 2 de outubro de 2011

Google Chrome será o navegador mais usado da internet em 2012, indicam estatísticas de uso

RIO - Se o Chrome mantiver seu rápido ritmo de crescimento, o navegador da Google se tornará o mais usado do mundo em setembro de 2012, acabando com 15 anos de liderança do Internet Explorer, da Microsoft. Segundo dados da consultoria StatCounter, a participação de mercado do Chrome cresceu 50% só este ano, atingindo fatia de 23,6% da base de internautas. Os dados mostram que até dezembro deste ano o software da Google ultrapassará o segundo colocado, Firefox, que hoje tem 26.8%.

Enquanto o Chrome cresce, Firefox e IE perdem participação de mercado de acordo com os números da StatCounter. Ambos os programas perderam quatro pontos percentuais de participação no ano. O software da Microsoft, líder de mercado desde 1998, ainda detém 41,7% dos usuários.

Depois de ter matado o rival Netscape, o IE chegou a alcançar 98% do mercado. Mas hoje sua participação é a mais baixa desde 1997.

Roubar da Microsoft o posto de browser mais usado da internet tornou-se um desafio para a companhia de Larry Page e Sergey Brin. No Brasil, especificamente, a Google veiculou esta semana um comercial de televisão pela primeira vez - e para divulgar o Chrome.
Como disse ao GLOBO Esteban Walther, diretor de Marketing da Google para América Latina, o objetivo é mostrar que o Chrome é uma porta de entrada para a internet.
- Fizemos o comercial para atingir um público que não está on-line. O filme feito no Brasil mostra como uma menina contou com a ajuda da internet para achar o dono de um cachorro, que estava perdido. O outro comercial é uma versão americana (que mostra o pai registrando o crescimento da filha). Para 2012, vamos ter novidades - adiantou Walther.
O Chrome foi criado em setembro de 2007.

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sábado, 1 de outubro de 2011

Tucanos no Jejum

Painel

RENATA LO PRETE

 Sem-tela 1 Enquanto Aloysio Nunes, excluído das inserções de TV do PSDB paulista, protestou no Twitter, José Serra, outro omitido, queixou-se à direção estadual. Para atendê-los, o partido propôs gravar material a ser veiculado nos próximos meses.

Sem-tela 2 Correligionários de Geraldo Alckmin lembravam ontem: quando ele estava sem mandato (e Serra no governo), também foi submetido a um longo jejum de propaganda partidária.

Pontes Ideli Salvatti (Relações Institucionais) articula encontro entre Dilma Rousseff, cuja relação com o alckmismo já está bem encaminhada, e o serrista Aloysio Nunes. O motivo alegado é o fato de o tucano ter assumido a relatoria da Comissão da Verdade no Senado. 

Pobre Belém, tão longe de Deus e tão perto da miséria e abandono



A foto acima, no município de Belém-PA, é o retrato perfeito e acabado da ironia eventual: o mais completo desleixo urbano e a placa dizendo que “Tem Prefeitura aqui no bairro”. (do Blog do Parsifal5.0)

Foto: Adauto Rodrigues em o “Diário do Pará”

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

GOVERNADORES TUCANOS


Reunidos em Goiânia nesta sexta (30), os oito governadores do PSDB divulgaram uma nota na qual se queixam da concrentração de poderes na União.

Empilham uma série de reivindicações –do pagamento de compensações tributárias a redução da taxa de juros que incide sobre a dívida dos Estados.

Pregam a “restauração da federação” e pedem a Dilma Rousseff a definição de uma “agenda” que liste os “temas relevantes” para uma negociação com os governadores.

Batizado de “Carta de Goiânia”, o documento se limita a expor as preocupações administrativas dos gestores tucanos. 

Os governadores se abstiveram de tratar em público do debate político que consumiu boa parte do debate travado a portas fechadas.

Assinam a “carta”: Geraldo Alckmin (SP), Antônio Anastasia (MG), Beto Richa (PR), Marconi Perillo (GO)…
…Simão Jatene (PA), Teotônio Vilela (AL), Siqueira Campos (TO) e José de Anchieta (RR). Abaixo, a íntegra:

"Os governadores de São Paulo, Minas Gerais, Tocantins, Paraná, Alagoas, Roraima, Goiás e, por delegação, do Pará, reunidos em Goiânia, divulgam e reiteram seus compromissos com o País, com os Estados e, sobretudo, com a sociedade brasileira, propondo conjuntamente:

1. Defesa intransigente da restauração da Federação, cujo Pacto Federativo vem sofrendo insuportáveis e progressivas ameaças em face do aumento de demandas e despesas, ao tempo em que vê suas receitas cada vez menores com forte concentração em poder da União;
2. Reiteração dos princípios da democracia social, legalidade, transparência, combate sistemático à corrupção a partir de seus próprios exemplos, segurança jurídica, inclusão social, inovação e pesquisa, sustentabilidade ambiental, energia limpa, democratização de oportunidades, inclusão econômica (microcrédito, qualificação profissional, formação tecnológica e emprego);
3. Foco na melhoria das ações de saúde e cobrança permanente em relação aos reduzidos repasses e valores praticados pelo SUS;

4. Repasse de valores de compensação da Lei Kandir, referentes a 2011 (R$ 1.95 bilhão) e alocação no orçamento de 2012 de valores para ressarcimento - aos estados, no montante de R$ 11,5 bilhões, correspondente à metade das perdas decorrentes da desoneração de ICMS sobre as exportações;

5. Repactuação do endividamento dos Estados com a União, com redução do comprometimento da dívida intralimite, adoção do IPCA como índice de correção e redução dos juros contratuais;

6. Solicitação à Presidente da República de agenda para discussão destes e outros temas relevantes com os governadores dos estados brasileiros.

Alimentados por grande esperança no Brasil, manifestamos nossa confiança no amadurecimento da Democracia, na geração de oportunidades para todos os brasileiros e na perpetuação de valores e princípios que promovam a eficiência e a justiça social."

Baixo desemprego melhora avaliação popular sobre a economia, diz CNI


BRASÍLIA – A pesquisa CNI/Ibope sobre a avaliação do governo Dilma Rousseff apresenta melhora na avaliação dos indicadores relacionados à política de juros (aprovação de 29% em julho ante 32% em setembro) e  à política tributária (25% a favor em julho e 27% neste mês) e estabilidade em relação à condução do governo no combate à inflação (38% nas duas sondagens).

Segundo o gerente-executivo de pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Renato da Fonseca, a população não avalia as ações de corte de juros ou desoneração, mas os impactos dessas medidas. “Vai depender muito do efeito na economia. O eleitor sente muito mais a questão do desemprego e do crescimento da economia”, disse. Segundo Fonseca, as taxas de desemprego neste ano estão entre as menores da série histórica e muitas pessoas tem entrado no mercado. “O índice de satisfação da população é muito alto”, disse.
(Daniela Martins / Valor)

CNI/Ibope: popularidade de Dilma supera a de Lula e FHC



BRASÍLIA – A avaliação positiva da presidente Dilma Rousseff é maior do que as dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB) nas terceiras pesquisas de popularidade CNI/Ibope. Enquanto 71% aprovaram Dilma Rousseff à frente do governo neste mês, 69% aprovaram a maneira de governar de Lula na terceira pesquisa do seu primeiro mandato. Em relação a FHC, 57% o aprovaram como presidente em setembro de 1995.

A avaliação do governo Dilma também supera a das gestões dos  ex-presidentes. Enquanto a governo da presidente Dilma foi avaliado como ótimo ou bom por 51% dos entrevistados em setembro, em setembro do primeiro ano do governo Lula, o percentual foi de 43%. No mesmo período do primeiro ano de FHC, sua gestão recebeu aprovação de 40%.

O gerente-executivo de pesquisa da Confederação Nacional da Indústria, Renato da Fonseca, destacou que a presidente Dilma herdou a popularidade de Lula. Na última pesquisa de popularide do seu governo, em dezembro de 2010, Lula atingiu 87% de aprovação pessoal.
(Daniela Martins / Valor)

UFPA abre novas vagas para o cargo de professor



Estão abertas as inscrições para o concurso de professores efetivos da Universidade Federal do Pará, que disponibiliza 29 vagas em 26 áreas do conhecimento. Os editais estão publicados no site do Centro de Processos Seletivos da UFPA (CEPS) por meio do banner Concurso para Docentes. As vagas ofertadas são para a capital, Belém, e para os campi de Altamira, Breves, Bragança, Castanhal, Marabá, Soure e Tucuruí. As inscrições iniciaram no último dia 29 e prosseguem até 13 de outubro.

Todas as vagas abrem inicialmente para professores no nível de adjunto, ou seja, que possuem o título de doutorado. Se dentro do prazo proposto não houver doutores inscritos, os editais reabrem as inscrições para a classe de professores assistentes, ou seja, para candidatos com o título de mestre. Novamente, se, em 15 dias não houver mestres inscritos, alguns editais reabrem para a classe de auxiliares, ou seja, candidatos que possuem apenas a graduação.

Ao todo, são três editais: o edital 227/2011, que se refere a cinco institutos da capital, dez áreas do conhecimento e onze vagas; o edital 244/2011, que se refere aos sete campi do interior, dez áreas do conhecimento e doze vagas; e o edital 247/2011, referente a dois institutos e um núcleo da capital, sendo seis áreas do conhecimento e seis vagas. Na capital, os institutos com vagas abertas são: Instituto de Ciências Biológicas (ICB); Instituto de Ciências da Saúde (ICS); Instituto de Tecnologia (ITEC); Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (ICSA); Instituto de Ciências Exatas e Naturais (ICEN), Instituto de Geociências (IG); Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), além do Núcleo de Medicina Tropical (NMT).

Taxas - A taxa de inscrição para os que disputarão o certame como adjuntos é no valor de R$ 100 e poderá ser paga até o dia 14 de outubro, via boleto bancário. Caso os concursos reabram para assistentes, a taxa será de R$ 85 e, para auxiliar, de R$ 65.

Remuneração - O vencimento básico também alterna de acordo com a classe: adjuntos recebem pela Instituição R$ 7.333,67; assistentes, R$ 4.651,59; e auxiliares, R$ 2.762,36. Todos os vencimentos são acrescidos de vale alimentação ao valor de R$ 304,00.

As provas serão compostas de avaliação escrita, didática, de memorial e de títulos. Para as vagas do ICS e do IFCH também haverá prova prática. O calendário e os locais de realização das provas serão disponibilizados no endereço eletrônico http://www.ceps.ufpa.br, onde também estão as informações sobre o conteúdo programático para cada área do conhecimento de acordo com os editais. (ascom UFPA)

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Brasil se destacou por iniciativas sustentáveis, diz estudo do Pnud


Brasil, Colômbia e Peru são países da América Latina que se destacam por suas iniciativas para agregar valor econômico aos seus ecossistemas, considerados entre os mais ricos em biodiversidade do mundo, apontou um relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

O Brasil diminuiu em 70% o desmatamento na Região Amazônica em um período de cinco anos. Já a Colômbia tem 40% de seu território composto por áreas de proteção ambiental, destacou nesta segunda-feira, na capital do Peru, Lima, a conselheira do Pnud, Emma Torres.
Outro ponto positivo, apontou Emma, foi o manejo sustentável da pesca da anchova do Peru, onde cada embarcação tem uma cota de captura do pescado, o principal produto de pesca do país.

“A região precisa crescer, como vem fazendo, mas isso precisa acontecer com práticas mais sustentáveis em suas atividades econômicas”, disse a conselheira durante a apresentação do relatório “América Latina e Caribe: Uma Superpotência da Biodiversidade”.

O documento assinalou que os principais custos de práticas não-sustentáveis são uma menor produtividade, subsídios perversos, perda de receita para o setor público e aumento de gastos futuros para remediar o colapso da biodiversidade.

Entre os benefícios do desenvolvimento sustentável, estão a rentabilidade financeira por maior produtividade e o pagamento de serviços ambientais, além da expansão do emprego, oportunidades em novos mercados verdes e a diminuição de danos causados por desastres ambientais.

A América Latina e o Caribe abrigam seis dos países com maior diversidade do mundo: Brasil, Colômbia, Equador, México, Peru e Venezuela, e conta com a área de maior diversidade natural do planeta, a Floresta Amazônica.

O documento destacou ainda as vantagens da agricultura orgânica: a produção de café na Nicarágua elevou a receita dos plantadores em 40%; em Honduras, a produção de milho aumentou 1,9 toneladas ao ano; e no México, a produtividade do milho cresceu 47%.
Durante a apresentação, o ministro de Produção do Peru, Kurt Borneo, afirmou que é preciso buscar o desenvolvimento social e que é preferível ter um ritmo de crescimento mais moderado e com sustentabilidade dos recursos.
(Fonte: Portal iG)

Sustentável 2011 vai construir o documento que definirá as metas brasileiras para a sustentabilidade


O 4º Congresso Internacional sobre Desenvolvimento Sustentável (Sustentável 2011), aberto nesta terça-feira (27), no Rio de Janeiro, vai promover, entre outras iniciativas, a “tropicalização” do documento Visão 2050, lançado no ano passado pelo Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (WBCSD, sigla em inglês). O documento estabelece uma nova agenda para os negócios, que incorpora valores como a biodiversidade e o bem-estar das pessoas.

Durante o Sustentável 2011, a ideia é construir uma agenda brasileira para a sustentabilidade (Visão 2050 Brasil), que será levada à presidenta Dilma Rousseff. O documento será apresentado na Conferência das Nações Unidas sobre Sustentabilidade (Rio+20), em 2012, pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), promotor do congresso. A agenda Visão 2050 Brasil objetiva fazer com que o país atinja metas de desenvolvimento sustentável em um prazo de 40 anos.

O presidente executivo do CEBDS, Marcos Bicudo, ressaltou que as crises econômicas ficaram mais curtas e mais próximas, o que gerou a criação de um novo paradigma no mundo, chamado economia verde. Na opinião de Bicudo, para que o planeta não fique insustentável, as mudanças precisam ser feitas com senso de urgência.

O secretário geral assistente da Organização das Nações Unidas (ONU) e coordenador executivo para a Rio+20, Brice Lalonde, destacou a necessidade de serem encontradas lideranças brasileiras, aproveitando o momento histórico de mudança política em termos globais. Segundo ele, toda a sociedade deve se envolver na preocupação em relação ao futuro. “Não só o governo federal, mas os governos locais, as pessoas, as empresas”.

Um dos responsáveis pelo documento Visão 2050, Mohammad Zaidi, ex-presidente da Alcoa, disse que o Brasil pode exercer uma posição de liderança na construção de um mundo sustentável, em especial na questão de florestas e de energias renováveis. Disse que o cenário em que 9 bilhões de pessoas vivam bem em 2050 requer melhorias importantes e colaboração global dos governos, das empresas, da sociedade em geral. Ele manifestou-se otimista no sentido de que o mundo vai encontrar as soluções para que isso ocorra. “Os desafios que a sociedade encara vão ser solucionados com solidariedade e cooperação global”. 
(Fonte: Alana Gandra/ Agência Brasil)