quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Ipea propõe uso da biodiversidade na região


Alavancar as cadeias produtivas na Amazônia e utilizar, de maneira consciente, a
biodiversidade em favor do desenvolvimento do país.

Estas são algumas sugestões apresentadas pelo coordenador do projeto “Brasil em Desenvolvimento”, do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), Aristides Monteiro Neto, para que a região amazônica deixe de ser encarada pelas demais unidades federativas brasileiras apenas como uma província mineral. De acordo com o pesquisador, em geral, ainda existe um grande desconhecimento do enorme potencial da Amazônia. “Algumas pessoas ainda enxergam a região Amazônica como um local distante, propício para a produção mineral.

Mas temos cadeias produtivas em vários setores, como o da, DERMOCOSMÉTICOS o da farmacêutica, entre outras”, avalia. Ele destaca que o ativo mais importante da floresta, e que pode ajudar no desenvolvimento do Brasil, é a biodiversidade. E foi justamente para defender esta teoria, que Monteiro veio à Belém. Ele, e outros pesquisadores do Brasil, vieram à capital paraense para participar do lançamento de mais uma edição do projeto “Brasil em
Desenvolvimento”, que anualmente é lançado em uma capital brasileira. O plano aborda
aspectos do desenvolvimento social, econômico e político do país, e visa debater estratégias que ajudem no crescimento do Pará, e consequentemente da Amazônia.

Conforme explica Aristides, o Ipea não tem a intenção de criar publicações que
proponham soluções, sem a participação dos pesquisadores locais. “O documento é
geral, sobre o Brasil. Porém, queremos com ele, ter o apoio das entidades regionais, como
é o caso do Instituto de Desenvolvimento Social, Econômico e Ambiental do Pará
(Idesp)”, pontua, enfatizando que a parceria vai possibilitar um estudo mais específico e
real sobre os locais pesquisados. “Não vamos fazer estudos sobre as regiões, e sim,
provocá-las”, antecipa. Muitos pontos relativos ao desenvolvimento do Pará, devem ser aprofundados a partir deste evento realizado em Belém, na opinião do diretor
de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural do IDESP, Cassiano
Ribeiro. “Temos a questão da regularização fundiária – que ainda é um tema central,
e que precisa ser amplamente debatido. Precisamos também avançar com a integração
do Estado em mercados internacionais, como o do Pacífico, além de muitas
outras temáticas que virão à tona com a realização deste projeto em Belém”, avalia.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Ainda não é o fim do capitalismo

Por Antonio Delfim Netto
É cada vez mais claro que os EUA não souberam lidar com os descalabros produzidos pelo seu setor financeiro com estímulos explícitos do governo e sob os olhos complacentes do Fed. Pior, agiram com inacreditável miopia na solução do Lehman Brothers.


Por outro lado, a "corrida" bancária iluminou o que estava escondido na Comunidade Econômica Europeia: os truques fiscais (feitos também com a conivência do setor financeiro e das agências de risco) para ilidir os compromissos assumidos pelos países-membros no acordo de Maastricht. Ninguém, nem o G-20, o Tesouro Americano, os governos da CEE, o Fed, o BCE e o FMI, e nem os mais sofisticados analistas econômicos que "surfaram" a grande onda da aparente "moderação" do ciclo econômico, entendeu o que estava se passando...

Talvez a prova mais irrecusável dessa absoluta inconsistência sobre o que estava ocorrendo no mundo, e o que se pensava dele, seja a frase pronunciada pelo Chanceller of the Exchequer britânico, Gordon Brown, ao apresentar o projeto de orçamento na Câmara dos Comuns, em 2007. Disse ele: "Estamos vivendo uma era de desenvolvimento econômico continuado e jamais retornaremos às velhas flutuações de expansão e retração do passado". Pois bem. Antes de terminar 2007, elas estavam de volta, fortes como raramente haviam sido.


Os bancos continuam a desconfiar uns dos outros... e com razão!
Surpreendidos, todos agiram, mas a falta de coordenação desperdiçou os enormes esforços para debelá-la: o G-20 é apenas um parlatório sem consequência;  a disfuncionalidade da política dos EUA tornou seu Congresso um produtor de volatilidade, incapaz de dar confiança a produtores e consumidores; o Fed e o BEC, lidando com taxas de juros reais negativas, continuam tão perdidos como o cachorro que caiu do caminhão de mudança, e o FMI, com "cara de paisagem", assiste a tudo, produzindo "papers" que ninguém leva a sério...

O resultado final desse lamentável processo é que as custosas medidas não conseguiram cooptar a confiança dos agentes que movem o "circuito econômico" e, portanto, não conseguiram regularizá-lo: os consumidores, com medo do desemprego, aceleram a redução das suas dívidas; as empresas (com quase US$ 2 bilhões em caixa) preferem comprar papéis da dívida do governo a investir, porque não têm garantia que existirá demanda e, quando investem, o fazem em tecnologias poupadoras de mão de obra. Os bancos (com reservas gigantescas) continuam a desconfiar uns dos outros... e com razão!

O que ameaça a economia é a possibilidade de que a morna resposta do sistema econômico às políticas econômicas descoordenadas e sem eficiência (porque sem credibilidade!), acabará reduzindo o crescimento durante muitos anos, impedindo a solução do problema fiscal criado por elas mesmas. Hoje, o remédio tecnocrático (despesas públicas e juro real negativo) esgotou sua potencialidade. Os balanços do Fed e do BCE estão em limites preocupantes e os Tesouros dos EUA e dos países da CEE estão tão endividados que não se pode esperar deles muita coisa.
Essa visão pessimista da situação da economia mundial estimula alguns ingênuos, persistentes e generosos otimistas a acreditarem (pela décima vez, nos últimos 170 anos) que chegamos, enfim, ao fim do capitalismo e vamos entrar na era do solidarismo, onde o lucro será anátema e os mercados serão sociais.

A história mostra que talvez seja um pouco prematuro declarar tal morte. Capitalismo é o codinome da "economia de mercado", que foi lentamente construída ao longo da história, por uma seleção quase biológica na procura, pelo homem, de uma organização social que lhe desse, ao mesmo tempo, liberdade individual e eficiência produtiva. Ele nunca é o mesmo e modernamente tem evoluído num jogo dialético entre a escolha democrática nas urnas (onde cada cidadão tem um voto) e o mercado (onde cada um tem tantos votos quanto seja seu patrimônio).

Quando a urna erra, impondo restrições ao mercado que não cabem na contabilidade nacional, o sofrimento do eleitor leva-o a corrigir o poder incumbente; quando o mercado erra e impõe mais sofrimento do que benefícios, o eleitor é levado a corrigi-lo nas urnas.
É a urna, no fundo, que garante o aperfeiçoamento contínuo do processo de busca simultânea da liberdade de iniciativa individual e da eficiência produtiva. É a urna que vai restabelecer a "credibilidade" perdida que impediu o funcionamento da solução tecnocrática. A boa notícia é que, nos próximos 12 meses, teremos eleições livres em 24 países! O capitalismo não vai acabar. Vai dar mais um passo na mesma direção do lento processo civilizatório, como tem feito nos últimos 170 anos...

Antonio Delfim Netto é professor emérito da FEA-USP, ex-ministro da Fazenda, Agricultura e Planejamento. Escreve às terças-feiras
E-mail contatodelfimnetto@terra.com.br

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Pará lidera desmatamentos

Os dados do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (INPE) sobre os desmatamentos
na Amazônia do mês de julho de 2011 não
deixam dúvida: o Pará voltou à liderança dos
cortes rasos na maior floresta tropical úmida
do planeta. Segundo o sistema de Detecção
do Desmatamento em Tempo Real (Deter),
224,94 km2 de floresta sofreram corte raso
ou degradação progressiva.
No mês anterior o desmatamento foi de 313
km2. O Pará foi o Estado que mais desmatou no
mês de julho, perdendo 93,74 km2 de floresta,
seguido por Rondônia (52,42 km2), Mato Grosso
(51,43 km2), Amazonas (16,12 km2), Roraima
(5,54 km2), Maranhão (3,29 km2), Tocantins (2,07
km2) e Acre (0,33 km2).
O município de Porto Velho (RO), próximo as
usinas de Jirau e Santo Antônio, no rio Madeira,
foi o que mais desmatou. A capital de Rondônia foi
responsável por 40,66 km2 de desmatamento, seguida
por Itaituba (PA), que desmatou 27,53 km2.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Pequenas empresas terão apoio específico - Finep pode ser banco, programa para reciclagem de lixo,

1 - Pequenas empresas terão programa específico de apoio à inovação

     A Finep e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) lançarão ainda neste ano uma reformulação do Programa Primeira Empresa Inovadora (Prime), voltado para empreendimentos de médio e pequeno portes que queiram inovar. O investimento somará R$ 270 milhões, recursos que serão disponibilizados na modalidade de subvenção econômica.

     Trata-se do Programa de Apoio à Inovação em Micro e Pequenas Empresas, cuja as diretrizes foram antecipadas pelo presidente da Finep, Glauco Arbix, na última terça-feira (16), no seminário “A extensão tecnológica no Brasil”, realizado na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF).

     De acordo com ele, as bases da iniciativa são descentralização, desburocratização e garantia de recursos e o desenho do programa envolve diversos atores do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCTI). O programa será realizado por meio de agentes operacionais, que poderão ser, por exemplo, fundações de amparo à pesquisa, incubadoras ou agências de desenvolvimento, definidos localmente e credenciados pela financiadora.

     “Queremos aumentar a capilaridade da Finep e alcançar todos os pequenos empreendimentos. Em cada Estado essas entidades variam na sua força, dinâmica e capacidade de implementação de políticas de transferência de recursos”, destacou Arbix. A seleção dos projetos será via chamada pública, que contemplará uma empresa por unidade da federação. Cada instituição contará, no máximo, com R$ 400 mil de apoio, repassados pelos agentes operacionais.

     Segundo Glauco Arbix, a proposta do programa é diminuir a distância entre as pequenas empresas e a inovação. Dados apresentados por ele mostram que a procura pelo setor privado por crédito para inovar tem crescido muito nos últimos anos, mas os médios e pequenos empreendimentos não têm acompanhado esse ritmo.

     Para ser ter uma ideia, a demanda por recursos para inovação passou de R$ 300 milhões em 2003, para R$ 4 bilhões em 2010, alta de 1233%. Somente nos oito primeiros meses de 2011, o volume alcançou a marca de R$ 5 bilhões, um crescimento de 1566% se comparado ao valor desembolsado há oito anos.

     “As micro empresas têm uma dificuldade muito grande de utilizar o crédito, por ter muito pouco a oferecer em garantia”, avaliou. “Não há outra maneira de atingir estes empreendimentos e de aumentar a capilaridade para que a gente irrigue o processo de inovação no Brasil”, completou.

     Do total de recursos do novo programa, R$ 220 milhões serão aportados pela Finep e R$ 50 milhões pelo Sebrae. O presidente da agência disse, ainda, que a cifra poderá alcançar R$ 300 milhões “dependendo da generosidade do MCTI”. As empresas terão que apresentar uma contrapartida.

     O período de execução financeira dos recursos é de 18 a 24 meses e serão priorizadas as áreas de tecnologias da informação e comunicação (TICs), energia, saúde, biotecnologia, desenvolvimento social, defesa, entre outras. Pela parceria, a Finep atuará na produção e geração de tecnologias e inovação. Caberá ao Sebrae trabalhar na área de gestão e comercialização.

     O programa será desenhado com o apoio da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), do Conselho Nacional das Fundações de Amparo à Pesquisa (Confap), entre outros atores.

     Para saber mais sobre a Finep acesse o site www.finep.gov.br.

 

2 - Fundos apoiados pela Finep têm rendimento superior a média do mercado

     O presidente da Finep, Glauco Arbix, apresentou nesta semana, em Brasília (DF), um breve balanço da atuação da agência em fundos de investimento. De acordo com ele, a financiadora tem registrado um bom desempenho no Programa Inovar Semente, que é a atuação da instituição em fundos de venture capital e capital semente.

     Hoje, a instituição investe cerca de R$ 450 milhões em 28 fundos e de acordo com Arbix, a rentabilidade deles é aproximadamente 12% maior, se comparado a média do mercado, o que os torna uma espécie de farol no ambiente financeiro. “As atividades que nós promovemos são acompanhadas e seguidas com muito interesse por dezenas de outros fundos nacionais e internacionais que trabalham com tecnologia”, disse na terça-feira (16), na Câmara dos Deputados.

     Embora ainda incipiente no Brasil, os fundos de investimento na área tecnológica são um dos mercados mais promissores, na avaliação do presidente da Finep, visto que em países desenvolvidos já são considerados elementos-chave. Vale lembrar, ainda, que esta modalidade é decisiva para a implantação e fixação de pequenas empresas no mercado.

     A iniciativa apoia os chamados start ups, empreendimentos promissores que estão em fase inicial de implementação e organização de operações, alguns ainda em incubadoras de empresas. Nesse estágio, esta modalidade de investimento pode ajudar na capacitação gerencial e financeira do negócio.

     “O pouco dinamismo do país nesta modalidade faz com que as nossas pequenas empresas não contem com essa aposta que é feita por investidores de tal forma que elas possam se beneficiar do investimento e se expandir como devem”, concluiu.

 


3 - Plano Nacional da Educação contemplará extensão tecnológica

     A extensão tecnológica está entre as 10 diretrizes e 20 metas estabelecidas no Plano Nacional da Educação (PNE). O tema foi destaque na Câmara dos Deputados nesta semana, em seminário que discutiu a assistência tecnológica às micro e pequenas empresas e capacitação da população.

     De acordo com o deputado Ariosto Holanda (PSB-CE), que propôs a realização do evento, dos 130 milhões de brasileiros na faixa etária entre 15 e 64 anos, 50 milhões são analfabetos funcionais e uma boa forma de qualificá-los é via extensão tecnológica. “Esse tema foi destaque na Comissão Especial de Educação, que trata do PNE. Foi consenso na comissão que este é o caminho mais ágil e flexível para levar o saber para esses cidadãos”, afirmou.

     O deputado sugeriu a criação de uma ampla rede de extensão tecnológica no país, que envolva, por exemplo, arranjos produtivos locais (APLs), centros vocacionais tecnológicos (CVTs) e incubadoras. Desde 2003, mais de 200 CVTs foram criados no país com o apoio do MCTI, por meio de emendas parlamentares, mas o objetivo da pasta é criar novas unidades nos próximos anos por meio de parcerias com instituições públicas federais, estaduais e municipais.

     Para tanto, o ministério lançará, em parceria com o Ministério da Educação, um programa para ampliar o número de centros. Pela nova proposta, as unidades serão classificadas em quatro categorias: para cidades com menos de 10 mil habitantes; de 10 mil até 20 mil; de 20 mil a 50 mil; e com mais de 50 mil habitantes. A vocação local também será avaliada.

     “Os CVTs são fortes instrumentos de transformação social. O programa está sendo reformulado e vamos mudar a gestão. Eles serão ligados a um instituto federal e vinculados a universidade”, disse o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, que participou do seminário realizado na terça-feira (16). Já no próximo mês, o órgão começará a receber propostas de novos centros por meio do Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse do Governo Federal (Siconv).

     Ariosto Holanda também recomendou a discussão na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) da Câmara dos Deputados de uma ação política que garanta recursos orçamentários para o MCTI voltados para extensão. De acordo com ele, um programa apoiado em emendas não tem sustentabilidade.

     “Sugiro uma emenda a LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias]. Vamos trabalhar nesta emenda para que o ministro tenha condição de tocar esse programa”, disse. "Queremos ir além das emendas e que esse programa seja prioritário do governo federal, com políticas e recursos alocados", completou Mercadante.

     Empresas
     Ainda para o parlamentar, a transferência de conhecimento tecnológico além de ser uma forma de inserir trabalhadores no mercado, também pode evitar o fechamento de empresas. Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontam que nascem no país 720 mil empresas de pequeno e médio porte por ano, mas a mortalidade atinge 90,2% delas, ou seja, 650 mil.

     “Elas morrem porque não conseguem inovar. Não inovam porque estão distantes de quem tem o conhecimento”, disse Holanda. Para resolver este gargalo, ele aposta na assistência tecnológica, que proporciona às empresas serviços de metrologia, melhoria de processos e produtos, propriedade industrial, análises laboratoriais e capacitação tecnológicas dos colaboradores.

 


4 - MCTI anuncia programas de apoio a tecnologias assistivas e de reciclagem de lixo eletrônico

     O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, anunciou na terça-feira (16), que será lançado no próximo mês um programa voltado para tecnologias assistivas. A iniciativa contemplará um contingente de 24,5 milhões de brasileiros que têm alguma deficiência, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

     Para desenhar o programa, o órgão mapeou e cadastrou o que há de mais moderno no mundo voltado para esses cidadãos. De acordo com o ministro, a Finep terá uma linha de crédito para financiar a produção desses equipamentos no Brasil e os bancos públicos disponibilizarão crédito para as pessoas de baixa renda adquirirem os produtos, que vão desde réguas para leitura de textos em braile a carros adaptados.

     “Será um programa bastante amplo. É impossível o Brasil não atender esse tipo de demanda. São mais de 20 milhões de brasileiros e nós podemos fazer a inclusão produtiva e mudar a qualidade de vida desses cidadãos”, disse na abertura do seminário “A extensão tecnológica no Brasil”, realizado na Câmara dos Deputados. Ainda segundo ele, deverá ser criado no país um centro de tecnologia assistiva.

     Lixo eletrônico
     O ministro também adiantou que está sendo formatado um programa nacional para reciclagem e recuperação de lixo eletrônico. A ideia é desenvolver um trabalho semelhante ao realizado pelo Centro de Recondicionamento de Computadores do Recife, que além da recuperação dos microcomputadores, também destina os produtos para pessoas de baixa renda. “A reciclagem de lixo eletrônico está tendo destaque nas ações do MCTI”, garantiu.

     (Cynthia Ribeiro para o Gestão C&T online)

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5 - Brasil terá feirão nacional da inovação

     O MCTI está articulando com a Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) da Câmara dos Deputados a realização de uma feira nacional de inovação. A ideia é reunir empresários das cadeias produtivas do país e as principais instituições financeiras para agilizar a concessão de crédito para projetos inovadores.

     A informação foi antecipada nesta semana pelo ministro da CT&I, Aloizio Mercadante, na Câmara dos Deputados. De acordo com ele, a feira será realizada nas cinco regiões do país e contemplará, principalmente, os empreendimentos de médio e pequenos portes.

     De acordo com Mercadante, o evento poderá ter a participação de bancos como Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Finep, além das instituições privadas que financiam capital semente.

     “Todo empresário que tiver um projeto de inovação poderá apresentá-lo no feirão. Se a proposta for boa, será encaminhada, assinada e resolvida”, simplificou na terça-feira (16), durante evento realizado naquela Casa. O objetivo da iniciativa é democratizar o acesso ao crédito para os pequenos empresários.

 

6 - MCTI receberá em 60 dias estudo para transformação da Finep em banco

     Em até dois meses o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, receberá o resultado do estudo para a transformação da Finep em um banco dentro das normas de Basileia, que regem as instituições financeiras em todo o mundo. A pesquisa, encomendada pela pasta, foi realizada pela consultoria internacional Ernest & Young.

     A ideia é tornar a financiadora um banco de fomento à inovação, nos moldes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). De acordo com o presidente da Finep, Glauco Arbix, até o final de 2011 deverá ser decidido o modelo de formação institucional para o órgão.

     Espera-se com essa modificação ampliar a escala de investimento em inovação no país. Somente nos primeiros oito meses deste ano, a agência contabiliza uma demanda por recursos para inovação da ordem de R$ 5 bilhões. Em 2003, o volume foi de R$ 300 milhões. Trata-se de um crescimento de 1566%.

     “Nós vamos aumentar o volume de crédito e não vai faltar apoio do governo para inovação”, disse Mercadante na última sexta-feira (12), na cerimônia de posse dos novos conselheiros de Administração da financiadora, instância em que ocupa a presidência. “Tem muita coisa chegando de demanda. A gente está querendo isso mesmo. Que o empresariado venha disputar e que a gente possa escolher os melhores projetos”, completou.

     (Com informações da Agência Brasil)