O movimento lançado nesta quinta-feira (7) por Marina Silva e
dissidentes do PV ainda não tem nome nem estrutura definidos, mas já
elegeu sua primeira bandeira de luta: a exigência de que a presidente
Dilma Rousseff vete as mudanças no Código Florestal aprovadas na Câmara
dos Deputados. Hoje, Marina, Alfredo Sirkis, João Paulo Capobianco,
entre outros quadros, anunciaram o desligamento do PV.
Segundo os dissidentes, o novo movimento terá como objetivo pensar um
novo modelo de atuação política, que poderá resultar em um novo partido e
em futuras candidaturas. Para uma plateia de cerca de 400 militantes
--boa parte ambientalistas de vários Estados--, Marina afirmou que o
movimento é composto por um grupo de entidades da sociedade civil.
“Cada [entidade] pode ajudar com propostas para evitar o retrocesso que
foi aprovado na Câmara”, disse a ex-senadora. Marina também citou uma
equipe de dez ex-ministros que se mobilizam para barrar as mudanças no
código. A proposta ainda terá de ser aprovada no Senado, antes de chegar
ao gabinete da presidente.
“Esperamos que a presidente Dilma não tenha que vetar. Se vetasse,
ficaria contra o Congresso, onde a maioria é a favor de algo que anistia
desmatadores e também contra a população, cuja maioria, sabemos, é
contra o código votado. Queremos dar respaldo para a presidente”, disse.
A ex-senadora citou o colega de Estado Tião Viana (PT-AC) como um nos
nomes que deverão apoiar os ambientalistas no debate no Senado. "Quando
me perguntam se estou otimista ou pessimista [sobre o tema]? Nem uma
coisa nem outra: digo que estou persistente. E é essa persistência que
vai ajudar os senhores senadores a não permitir o equívoco que foi
cometido na Câmara dos Deputados".
Janaina Garcia
Do UOL Notícias
Em São Paulo
Janaina Garcia
Do UOL Notícias
Em São Paulo