Leia um trecho do artigo da Presidenta Dilma Rousseff, da Folha de São Paulo de hoje domingo. No artigo a Presidenta mostra a importância dos recursos naturais, como insumos ao processo de crescimento.
Enorme janela de oportunidade
se abre para o Brasil. Já não parece
uma meta tão distante tornar-se um
país economicamente rico e socialmente justo. Mas existem ainda gigantescos desafios pela frente. E o
principal, na sociedade moderna, é
o desafio da educação de qualidade, da democratização do conhecimento e do desenvolvimento com
respeito ao meio ambiente.
Ao longo do século 21, todas as
formas de distribuição do conhecimento serão ainda mais complexas
e rápidas do que hoje.
Como a tecnologia irá modificar
o espaço físico das escolas? Quais
serão as ferramentas à disposição
dos estudantes? Como será a relação professor-aluno? São questões
sem respostas claras.
Tenho certeza, no entanto, de
que a figura-chave será a do educador, o formador do cidadão da era
do conhecimento.
Priorizar a educação implica
consolidar valores universais de
democracia, de liberdade e de tolerância, garantindo oportunidade
para todos. Trata-se de uma construção social, de um pacto pelo futuro, em que o conhecimento é e será o fator decisivo.
Existe uma relação direta entre a
capacidade de uma sociedade processar informações complexas e
sua capacidade de produzir inovação e gerar riqueza, qualificando
sua relação com as demais nações.
No presente e no futuro, a geração de riqueza não poderá ser pautada
pela visão de curto prazo e pelo consumo desenfreado dos recursos
naturais. O uso inteligente da
água e das terras agriculturáveis, o
respeito ao meio ambiente e o investimento em fontes de energia
renováveis devem ser condições intrínsecas do nosso crescimento
econômico. O desenvolvimento
sustentável será um diferencial na
relação do Brasil com o mundo.
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domingo, 20 de fevereiro de 2011
Os cem dias de tregua para Dilma - do Blog O escrevinhador
O Brasil deve decidir qual será seu papel no futuro econômico e industrial do mundo neste século XXI.
Um dia participava de um seminário na Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e um empresário perguntou sobre esse papel do Brasil no contexto internacional, dizendo assim: a china está sendo a indústria, a India quer ser o escritório e o Brasil quer ser a fazenda?.
Por Rodrigo Vianna, do blog O Escrevinhador
Essa história de oferecer “Cem Dias” de trégua para o governo que se inicia é um modismo que vem dos EUA, mas faz algum sentido. É um tempo mínimo para que as equipes se (re) organizem e para que as primeiras diretrizes sejam tomadas, indicando os rumos da nova administração.
O governo Dilma não chegou nem à metade dos “Cem Dias”. Ainda assim, é possível já identificar algumas tendências – não só do governo que começa, mas também do quadro político brasileiro.
Nesse primeiro texto, do que pretende ser um modesto “balanço” do início de governo, vou-me concentrar mais na economia.
Os primeiros sinais do governo Dilma indicam reversão da política “expansionista” adotada no segundo governo Lula para enfrentar a crise. O ministro Mantega, da Fazenda, teve papel fundamental em 2009 e 2010, ao adotar um programa que – em tudo – contrariava a velha fórmula utilizada pelos tucanos em crise anteriores: quando o mundo entrou em recessão, com os EUA lançados à beira do precipício, o Estado brasileiro baixou impostos, gastou mais e botou os bancos estatais para emprestar (forçando, assim, o setor privado a também emprestar).
O Brasil saiu bem da crise – maior, gerando emprego, e ainda distribuindo renda. Lula, quando falou em “marolinha” naquela época, foi tratado como um néscio. E Mantega, ao abrir as torneiras do Estado, como um estúpido economista que se atrevia a rasgar a bíblia (neo) liberal. Lula pediu que o povo seguisse comprando. Os tucanos (e os colunistas e economistas a serviço do tucanato) diziam que era hora de “apertar os cintos”. Lula e Mantega não apertaram os cintos. Ao contrário: soltaram as amarras da economia, e evitaram o desastre.
As primeiras medidas adotadas por Dilma vão no sentido inverso: corte de despesas estatais, alta de juros, aumento moderado do salário mínimo. É fato que a inflação em alta impunha algum tipo de medida para frear a economia. Mas a fórmula adotada agora indica um “conservadorismo”, ou “tecnicismo”, a imperar nas primeiras decisões do governo Dilma. Não é à toa que a velha imprensa derrama-se em elogios à nova presidenta, tentando abrir entre Dilma e Lula uma “cunha”, como a dizer: Lula era o populismo “atrasado” e “irresponsável”, Dilma é a linha justa (discreta, moderada, a seguir a velha fórmula liberal de gestão).
Há alguns sinais – preocupantes, eu diria – de que Dilma estimula esse movimento de proximidade com os setores mais conservadores da velha imprensa. Mas voltarei a isso no texto seguinte, na segunda parte desse balanço…
Voltemos à economia: as centrais sindicais fazem grande barulho por conta do salário mínimo subir “apenas” para R$ 545. Acho positiva essa pressão. O movimento sindical pode – e deve – criar um espaço para mais autonomia em relação ao governo. E deve perguntar, sim: por que, na crise, o governo quebrou regras para favorecer as empresas (corte de impostos), e não pode quebrar a regra do reajuste do mínimo para dar um aumento maior? É preciso mesmo tensionar o governo, pela esquerda. Ok. Mas, modestamente, acho que a medida mais danosa adotada pela administração Dilma, nesse início, não é o freio no salário mínimo – até porque, pelas regras acertadas durante o governo Lula (o salário sobe sempre com base na inflação do ano anterior mais o PIB de dois anos antes), o mínimo deve ter em 2012 um crescimento robusto, passando dos R$ 610. O que preocupa mais é outra coisa: a alta dos juros.
Explico: o impacto de juros altos é devastador para a estrutura econômica brasileira. O aumento da taxa serve para frear um pouco a demanda (e, assim, segurar a inflação), mas tem o efeito colateral de atrair cada vez mais dólares para o Brasil. Isso é ruim? Em parte, é. Com os juros brasileiros em alta, investidores do mundo inteiro despejam aqui dinheiro que não vem pra investimento, mas pro cassino financeiro. E qual a consequência? O real fica cada vez mais forte em relação ao dólar. Já bate em R$ 1,65. Isso provoca um estrago sem precedentes na indústria nacional. Fica muito mais fácil importar do que produzir qualquer coisa aqui no Brasil.
Meses atrás, entrevistei na “Record News” o professor Marcio Pochmann, presidente do IPEA. Ele é uma das melhores cabeças do governo – cabeça que, aliás, corre riscos, porque o IPEA foi colocado sob a guarda (guarda?) de Moreira Franco, que já andou espalhando pela imprensa o desejo de demitir Pochmann. Hum… Seria mais um sinal negativo. Mas, por enquanto, não se confirmou.
Na entrevista, o presidente do IPEA dizia-me que, por causa da equação econômica que expus dois parágrafos acima, o Brasil corre o risco de se perder na fórmula fácil da “fa-ma”.
Não se trata do Big Brother Brasil. Mas de algo mais sério. A “fa-ma”, diz Pochmann, é a mistura de fazenda com indústrias maquiladoras (como as existentes no México).
Ou seja: com câmbio desfavorável (por causa dos juros altíssimos que inundam o país com dólares), o Brasil só conseguiria manter competitividade na agricultura, contentando-se com o papel de grande fazenda do mundo, a fornecer grãos e carne para chineses e europeus. Do lado da indústria, aconteceria algo parecido ao que ocorreu no México, depois de assinar o Nafta, tratado de livre comércio com EUA e Canadá. A indústria mexicana foi dizimada. Quase tudo vem pronto de fora, e o México mantem apenas “maquiladoras” para fazer a “montagem” final dos produtos (aproveita-se, pra isso, a mão-de-obra barata do país).
O Brasil tem um parque industrial sofisticado – construído a duras penas, desde a era Vargas. Nossa indústria parece ter resistido às ondas de abertura recentes. Mas tudo tem limite.
Em artigo na “CartaCapital”, o ex-ministro Delfim Netto – a quem se pode criticar por ter servido à ditadura, mas que nunca desistiu de pensar no futuro do Brasil – tratou desse assunto de forma incisiva:
“Não é preciso ser economista para entender uma coisa simples: cinco anos atrás, quando não se falava de desindustrialização, as condições importantes para o trabalho das indústrias eram as mesmas que são hoje. Qual é a única grande diferença entre o que tínhamos naqueles anos e o que temos hoje? É um câmbio extremamente valorizado por uma política monetária que mantém a taxa de juros brasileira no maior nível do mundo. O Brasil continua sendo aquele pernil com farofa à disposição do sistema financeiro internacional, mesmo fora da época das festas.
Todas aquelas discussões não levaram a nada: só agora os mais sabichões começam a entender que a questão-chave que o Brasil tem de resolver não é um problema de câmbio; o que resolve é construir uma política monetária que, num prazo suportável, leve a taxa de juros interna ao nível da taxa de juros externa.”
As primeiras medidas econômicas tomadas pela equipe de Dilma podem indicar um caminho perigoso, na direção da “fama” do Pochmann e do “pernil com farofa” do Delfim.
Lula e Palocci, dirão alguns, começaram do mesmo jeito em 2003, lançando os juros na estratosfera. A diferença é que o Brasil vinha de uma campanha eleitoral, em 2002, em que se tinha vendido para o mercado (ou pelo mercado) o “risco Lula”. Era preciso evitar o “risco”. Agora, Dilma encontrou o país crescendo, bem arrumado.
Os economistas de linha liberal diriam que, para baixar os juros e fugir do estigma da fama e do pernil, é preciso “primeiro” cortar os gastos públicos. É a velha lenga-lenga: “precisamos fazer a lição de casa”. Dilma fez exatamente isso, com o corte recente de 50 bilhões no Orçamento. E elevou os juros ao mesmo tempo. Eles cairão mais à frente?
Na época de Malan/FHC, a gestão liberal ficava sempre pelo meio do caminho: corte de gasto, seguido de… mais cortes de gastos. Fora as privatizações. E a hora de baixar os juros? Não chegava nunca.
Não era à toa. Juros altos garantiam o real equiparado ao dólar (“moeda forte”, lembram? Foi assim que FHC se reelegeu em 98; depois, desandou tudo).
Mais que isso: juros altos fazem a alegria dos banqueiros e daqueles que vivem de aplicar dinheiro a taxas estratosféricas, “ajudando” assim a financiar a dívida pública (sempre crescente, por causa dos juros!). Malan, depois de deixar o Ministério da Fazenda, foi trabalhar num banco. Palocci teve sua campanha a deputado, dizem, financiada por banqueiros…
Palocci, agora, está na Casa Civil.
Hum…
O governo Dilma vai significar um movimento em direção ao centro, com a gestão “técnica” da economia – que tanto encanta colunistas e economistas tucanos?
A presença de Mantega na Fazenda parece indicar que não… Ou que “nem tanto”.
Dilma chegou a afirmar em entrevistas que uma das metas de seu governo – além de eliminar a pobreza extrema – seria trazer os juros reais do Brasil para patamares “civilizados”. Pode ser que a meta seja essa, a médio prazo.
Mas o risco é perder-se no meio do caminho.
Cinquenta dias são muito pouco para qualquer leitura definitiva sobre as escolhas de Dilma.
Mas é bom olhar com atenção para essas escolhas – especialmente na economia. E torcer para que a nova gestão não se deixe encantar pela “fama”, e nem sirva o Brasil na mesa da banca internacional – como se fosse um suculento “pernil com farofa”.
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
Oriundas do Sul do Pará 17 mil bois cruzam o mar com destino ao Oriente Meio,
A cena parecia extraída de um filme
épico. Quase 17 mil bois ou, em números mais precisos, 16.459 bois sendo
embarcados no navio Ocean Driver com destino ao Oriente Médio, numa
operação gigantesca efetuada no Porto de Vila do Conde, em Barcarena,
ontem pela manhã. Serão 12 dias de viagem até que o mercado do Líbano
receba as 6.200 toneladas bovinas oriundas do sul do Pará.
A empresa responsável pela proeza foi a
italiana Welard do Brasil Agronegócios, que há dois anos se instalou no
Brasil depois de meio século na Itália e trinta anos na Austrália. Foi o
maior transporte de gado vivo já feito no Estado. Uma estrutura
especial foi montada para que a operação fosse viabilizada.
“Estamos utilizando a maior embarcação
para transporte de bovinos e ovinos do mundo”, diz o diretor da Welard,
Henry Steingiesser. De fato, é um navio tão impressionante que foi tema
de um documentário do canal de TV Discovery Channel. O Ocean Driver
possui 10 andares, como se fosse um edifício, seis deles acima do nível
do mar. A capacidade de transporte pode chegar a 20 mil bovinos.
A ideia é focar novos mercados para o
gado paraense. Atualmente as exportações de bovinos vivos representam a
quarta maior exportação do Pará, em um cenário brasileiro que cresceu
quase 30% nos primeiros sete meses de 2010, segundo o Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). “Estamos focando a
abertura de novos mercados, como o venezuelano e o do Líbano. Com o
desenvolvimento sanitário animal, outros mercados poderão ser abertos
para incrementar a exportação”, diz o diretor da Welard.
É um mercado onde o Pará tem voz ativa.
Nos últimos dois anos o estado foi o responsável pelo embarque de mais
de 95% do gado vivo exportado pelo Brasil, segundo o Ministério da
Agricultura, e cada vez mais esta atividade tem ganhado peso na economia
do estado. Pode-se dizer que, em faturamento, as exportações de bovinos
vivos do Pará já representam quase 7% da pauta de exportação do estado,
só ficando atrás do setor de minérios.
Não à toa os cuidados para o embarque
desses animais têm sido cada vez mais rigorosos. A carga embarcada ontem
para o Oriente Médio chegou a ser embargada, mas a empresa comprovou a
origem legal do gado e conseguiu a concordância do Ministério Público
Federal e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (Ibama) para exportar os bois.
“A Welard se instalou no Pará depois da
assinatura do Termo de Ajuste de Conduta entre o Ministério Público do
Pará e os produtores. Mas fez tudo de acordo com o que estabelece o TAC.
Posso dizer que nunca uma exportação foi tão fiscalizada”, diz o
veterinário Roberto Lima, 44 anos. O veterinário refere-se ao
compromisso assinado em 2009, com a exigência de que a carne, para ter a
comercialização liberada, seja proveniente de fazendas legalizadas do
ponto de vista ambiental, social, trabalhista e fundiário.
Esse será apenas o primeiro embarque. A
Welard possui uma frota com quatro navios, todos desenvolvidos para o
transporte de passageiros de quatro patas. Dois entraram em atividade em
2010 e dois estão sendo construídos na Coreia do Sul e devem entrar em
operação no final de 2012.
Brasil está perdendo biodiversidade que sequer conhece, alerta Ipea
Estudo divulgado nesta quinta-feira (17) pelo Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea) aponta que o Brasil deveria ter no
conhecimento e na conservação da biodiversidade uma de suas estratégias
para o desenvolvimento, para aproveitar seu privilegiado capital
natural. Mas o Ipea ressalta que, no que diz respeito à diversidade
genética, “o conhecimento é, certamente, o mais incipiente e a pesquisa
em exemplares da biodiversidade brasileira encontra-se no início”.
“Se a maioria das espécies nativas é desconhecida, menos ainda se sabe acerca de seus genomas”, diz o relatório. De acordo com o Ipea, grande parte da informação está sendo irremediavelmente perdida, à medida que espécies se extinguem ou variedade interna é reduzida.
“Entre essas perdas podem estar as chaves para a cura de doenças, o aumento da produção de alimentos e a resolução de muitos outros problemas que a humanidade já enfrenta ou enfrentará. Daí a necessidade de se estimular iniciativas de valorização, pesquisa e conservação desse patrimônio”.
Conservação – O instituto, ligado à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência, afirma que, em relação à conservação da diversidade de espécies, o Brasil apresenta um nível de conhecimento e estrutura de pesquisa acima de outros países megadiversos, mas ainda assim carece de mão-de-obra especializada, como de taxonomistas (especialistas em classificação de seres vivos), diz o Ipea.
O país tem significativo potencial para descoberta de novas espécies, seja por meio da revisão do material já depositado em coleções no Brasil e no exterior, seja pela realização de inventários em regiões pouco amostradas.
O instituto ressalta que a infraestrutura e a formação de pessoal para caracterização da diversidade da de microorganismos encontram-se em estágio embrionário, o que é um entrave à sua exploração tecnológica. “Isso torna-se particularmente relevante ante a crescente importância econômica da biotecnologia, inclusive sob o ponto de vista estratégico em ciência”, comenta o estudo.
Vantagem competitiva – Aproximadamente 75% das espécies da fauna e da flora ameaçadas de extinção não são objeto de quaisquer medidas de manejo, a despeito das exigências contidas em normas específicas. “Considerando-se o amplo desconhecimento sobre a biodiversidade brasileira e de seus benefícios para a humanidade, e ainda a larga taxa de alteração que os biomas vêm sofrendo ao longo dos últimos anos, é bastante provável que parte considerável do capital natural brasileiro esteja sendo eliminada antes mesmo de ser conhecida pela ciência. Isso pode representar o desperdício de uma grande vantagem competitiva de nosso país, que é o uso sustentável desse patrimônio”.
O estudo defende que o potencial de perda da biodiversidade seja considerado na tomada de decisões para implementação de políticas e ações, nas esferas públicas e privadas, de forma a evitá-lo. Em relação a isso, o Ipea destaca as obras de infraestrutura e o uso do solo para as chamadas atividades produtivas, por serem, de acordo com os autores, importantes vetores associados a essa perda.
(Fonte: Globo Natureza)
“Se a maioria das espécies nativas é desconhecida, menos ainda se sabe acerca de seus genomas”, diz o relatório. De acordo com o Ipea, grande parte da informação está sendo irremediavelmente perdida, à medida que espécies se extinguem ou variedade interna é reduzida.
“Entre essas perdas podem estar as chaves para a cura de doenças, o aumento da produção de alimentos e a resolução de muitos outros problemas que a humanidade já enfrenta ou enfrentará. Daí a necessidade de se estimular iniciativas de valorização, pesquisa e conservação desse patrimônio”.
Conservação – O instituto, ligado à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência, afirma que, em relação à conservação da diversidade de espécies, o Brasil apresenta um nível de conhecimento e estrutura de pesquisa acima de outros países megadiversos, mas ainda assim carece de mão-de-obra especializada, como de taxonomistas (especialistas em classificação de seres vivos), diz o Ipea.
O país tem significativo potencial para descoberta de novas espécies, seja por meio da revisão do material já depositado em coleções no Brasil e no exterior, seja pela realização de inventários em regiões pouco amostradas.
O instituto ressalta que a infraestrutura e a formação de pessoal para caracterização da diversidade da de microorganismos encontram-se em estágio embrionário, o que é um entrave à sua exploração tecnológica. “Isso torna-se particularmente relevante ante a crescente importância econômica da biotecnologia, inclusive sob o ponto de vista estratégico em ciência”, comenta o estudo.
Vantagem competitiva – Aproximadamente 75% das espécies da fauna e da flora ameaçadas de extinção não são objeto de quaisquer medidas de manejo, a despeito das exigências contidas em normas específicas. “Considerando-se o amplo desconhecimento sobre a biodiversidade brasileira e de seus benefícios para a humanidade, e ainda a larga taxa de alteração que os biomas vêm sofrendo ao longo dos últimos anos, é bastante provável que parte considerável do capital natural brasileiro esteja sendo eliminada antes mesmo de ser conhecida pela ciência. Isso pode representar o desperdício de uma grande vantagem competitiva de nosso país, que é o uso sustentável desse patrimônio”.
O estudo defende que o potencial de perda da biodiversidade seja considerado na tomada de decisões para implementação de políticas e ações, nas esferas públicas e privadas, de forma a evitá-lo. Em relação a isso, o Ipea destaca as obras de infraestrutura e o uso do solo para as chamadas atividades produtivas, por serem, de acordo com os autores, importantes vetores associados a essa perda.
(Fonte: Globo Natureza)
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
FAO anuncia os 6 candidatos a dirigir o organismo, um brasileiro está na luta
Roma, 1 fev (EFE.- Os nomes dos seis candidatos ao posto de
diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e a
Alimentação das Nações Unidas (FAO) foram anunciados nesta terça-feira,
segundo uma nota da organização.
Os 191 países-membros da FAO
apresentaram os candidatos para direção-geral dessa agência da ONU, que
será eleito em junho de 2011, anunciou nesta terça a organização.
A eleição do novo diretor-geral será feita por voto secreto no
início do 37º período de sessões da Conferência da FAO, que será
realizada em Roma de 25 de junho a 2 de julho, acrescenta a nota.
Os eleitores são os 191 países-membros da organização e o dia 31 de
janeiro foi a data limite para registro das candidaturas.
Os
seis candidatos, designados por seus Governos, são: Franz Fischler
(Áustria), José Graziano da Silva (Brasil), Indroyono Soesilo
(Indonésia), Mohammad Saeid Noori Naeini (República Islâmica do Irã),
Abdul Latif Rashid (Iraque), e Miguel Ángel Moratinos Cuyaubé (Espanha).
O próximo diretor-geral da organização da ONU será designado para
cumprir o período de 1º de janeiro de 2012 a 31 de julho de 2015.
Pelas regras do organismo, o diretor-geral da FAO poderá ser eleito para cumprir um único mandato adicional de quatro anos.
As regras sobre a duração dos mandatos e a reeleição foram alteradas
na 36ª período de sessões da Conferência da FAO, em novembro de 2009,
no processo de renovação da agência das Nações Unidas.
O novo
chefe da FAO será eleito por maioria de votos. Cada país terá um voto e a
votação é secreta. O novo diretor-geral seguirá a Jacques Diouf, do
Senegal, que está interino desde 1994.
EFE cps/dm
Mineração - Pará deve ganhar mais com novo modelo de exploração mineral
Vice-governador foi a Brasília, onde se reuniu com
técnicos do Ministério das Minas e Energia e disse que relação entre
Estado e mineradoras deve mudar a partir do novo Marco Regulatório de
Mineração. O Pará é o segundo estado em produção
mineral do país, perdendo apenas para Minas Gerais.
Ferro, bauxita, cobre, manganês, ouro, caulim e, em
breve, até níquel. Não são poucos os produtos minerais extraídos do
solo paraense, como não são poucas, também, as reclamações do Governo do
Estado, Prefeituras e da população em geral
quanto ao que sobra para o Estado com a exploração. Além dos royalties
pagos pela extração, o Pará quer mais. Quer, por exemplo, mais geração
de trabalho e renda através da instalação de indústrias de
beneficiamento. O Governo Federal, através do Ministério
das Minas e Energia, vai enviar ao Congresso um novo código de
mineração e o Governo do Pará tem propostas para esse novo código, agora
chamado de Marco Regulatório de Mineração, com projeções do setor para
os próximos 20 anos.
Nesta segunda-feira, 14, o vice-governador
Helenilson Pontes esteve no Ministério das Minas e Energia para uma
reunião com técnicos do Ministério. Em pauta, as mudanças que a nova
política de produção mineral deve trazer, beneficiando o
Pará e os paraenses.
Na reunião, o vice-governador enfatizou o apoio do
Governo do Pará ao Marco Regulatório, mas deixou claro que o Pará quer
uma intensa reformulação, não só quanto à política de pagamento de
royalties, mas também quanto à agregação de valor
industrial e verticalização da produção do minério extraído do solo
paraense. Segundo Helenilson, agregação de valor sobre o minério
extraído, sustentabilidade ambiental e o controle do Estado sobre as
atividades de exploração mineral são pontos fundamentais
que devem ser incluídos no novo Marco Regulatório, que vai substituir o
Código de Mineração criado pelo Decreto-Lei Nº 227, de 27 de fevereiro
de 1967.
Cláudio Scliar, secretário geral de mineração e
transformação mineral do MME, disse que o Pará tem papel fundamental na
elaboração do novo Marco Regulatório da Mineração. Um modelo que,
segundo ele, terá como base um sistema regulatório
mais eficaz para a indústria mineral brasileira, removendo os
obstáculos que dificultam o desenvolvimento das atividades produtivas e
garantindo um melhor aproveitamento dos recursos minerais do país.
Dentre as propostas incluídas no Novo Marco Regulatório
estão: a criação do Conselho Nacional de Política Mineral e uma Agência
Reguladora de Mineração. Serão incluídas ainda mudanças na Outorga de
Título Mineral, garantindo melhor acompanhamento, fiscalização e gestão
pelo órgão gestor.
Outra importante decisão é a participação
federativa na fiscalização e gestão dos recursos minerais que constam no
artigo 23 da Constituição Federal. O objetivo dessa reformulação é
fortalecer a ação do estado, além de estimular a maximização
do aproveitamento de jazidas, o controle ambiental e atrair
investimentos para o setor mineral, contribuindo para a elevação da
competitividade das empresas de mineração.
RECOMPENSAS À POPULAÇÃO
Dados do Departamento Nacional de Produção Mineral
(DNPM), apontam Minas Gerais como o Estado responsável por mais da
metade dos royalties pagos pela exploração mineral do país, com R$ 534
milhões arrecadados em 2010. Em seguida, vem o
Pará, com R$ 314,8 milhões. O Brasil paga às regiões produtoras de
minério compensações na casa dos 2% do valor da produção, alíquota
considerada inconsistente pelo próprio governo.
Para Helenilson Pontes, um estado que contribui com
mais de 30% do PIB mineral no Brasil precisa ser protagonista na
reformulação da política mineral brasileira. O vice-governador revelou
que nos próximos quatro anos, o Pará deve receber
R$ 50 bi em investimentos na área da exploração mineral. "A sociedade
deve ser recompensada pela exploração. As riquezas minerais são públicas
e o povo deve receber a devida e justa compensação", disse o
vice-governador.
Agência Pará de Notícias
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Governo federal libera contratação de professores
O governo autorizou ontem a contratação
emergencial de professores substitutos para instituições federais de
ensino superior. Uma medida provisória publicada na edição de ontem do
Diário Oficial União altera a lei de contratação para essas
instituições.
Com a medida, o governo quer suprir a
demanda criada com a ampliação de universidades e de institutos federais
tecnológicos (Ifets). A MP prevê a contratação de professores por um ou
dois anos para ocupar vagas não preenchidas. (Diário do Pará)
O corpo do chefe da FARC 'Mono Jojoy' será sepultado em Bogotá
Não deve ser fácil passar 6 anos sequestrado (a) em meio da selva colombiana. Essa é a história de Ingrid Betancourt, que foi candidata a presidenta de Colômbia pelo Partido Oxigêneo Verde e que foi sequestrada pelas FARC.
Durante alguns anos permaneceu em campos de concentração das FARC, ao mando do chamado "Mono Jojoy" Na realidade Ingrid Betancourt não era prisioneira, era uma sequestrada do grupo terrorista.
Diversas vezes Ingid fez referência a seu sequestrador e carrasco "Mono Jojoy" no seu livro "Não há silêncio que não termine" . Ele vivia rodeado de mulheres, um verdadeiro harem na sua barraca instalada próxima da nossa prisão, dizia Ingrid, Bebia e consumia das melhores comidas, negadas para os prisioneiros. se passava o dia na sua barraca deitados com mulheres "guerrilheiras" que o acompanhavam nas suas visitas. Consumia coca, que era processada na própria selva. Agora seu corpo será enterrado em Bogotá, conforme relata a fonte: Radio Caracol.
El Juzgado 10 de Conocimiento confirmó la decisión del Juzgado 34 de Garantías, de entregar el cadáver del 'Mono Jojoy' para que sea inhumado en un cementerio de Bogotá y no en el municipio de Cabrera como lo solicitó su familia. La Fiscalía se basó en un informe de inteligencia policial y militar, el cual consideró que el cuerpo del abatido cabecilla guerrillero no podía ser trasladado a dicho municipio, como lo solicitó la familia, porque esto podría generar un ataque a la población por parte del grupo insurgente.
Durante alguns anos permaneceu em campos de concentração das FARC, ao mando do chamado "Mono Jojoy" Na realidade Ingrid Betancourt não era prisioneira, era uma sequestrada do grupo terrorista.
Diversas vezes Ingid fez referência a seu sequestrador e carrasco "Mono Jojoy" no seu livro "Não há silêncio que não termine" . Ele vivia rodeado de mulheres, um verdadeiro harem na sua barraca instalada próxima da nossa prisão, dizia Ingrid, Bebia e consumia das melhores comidas, negadas para os prisioneiros. se passava o dia na sua barraca deitados com mulheres "guerrilheiras" que o acompanhavam nas suas visitas. Consumia coca, que era processada na própria selva. Agora seu corpo será enterrado em Bogotá, conforme relata a fonte: Radio Caracol.
El Juzgado 10 de Conocimiento confirmó la decisión del Juzgado 34 de Garantías, de entregar el cadáver del 'Mono Jojoy' para que sea inhumado en un cementerio de Bogotá y no en el municipio de Cabrera como lo solicitó su familia. La Fiscalía se basó en un informe de inteligencia policial y militar, el cual consideró que el cuerpo del abatido cabecilla guerrillero no podía ser trasladado a dicho municipio, como lo solicitó la familia, porque esto podría generar un ataque a la población por parte del grupo insurgente.
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Empresa francesa de cosméticos estuda fazer aquisição no Brasil
O plano de expansão da francesa L'Oréal, que está praticamente sem dívidas e tem um caixa disponível de € 1,9 bilhão, está carimbado com o termo "aquisições" em letras maiúsculas e o Brasil, um dos maiores mercados de cosméticos do mundo, faz parte dele.
"Seria interessante comprar uma marca no Brasil ou na Índia", disse Jean-Paul Agon, diretor-geral da L'Oréal, ao jornal "Le Figaro", em entrevista publicada na sexta-feira. "O Brasil é extremamente estratégico para a L'Oréal. É o terceiro maior mercado mundial de cosméticos, juntamente com a China, e, rapidamente, com esse ritmo de crescimento, estará entre os primeiros países em termos de faturamento do grupo", disse Agon ao Valor na sexta-feira, durante a apresentação dos resultados do grupo em 2010, na sede do grupo, em Clichy, nos arredores de Paris.
As vendas da L'Oréal no Brasil, sétimo maior mercado da empresa, cresceram 20,9% em 2010 em relação a 2009, para € 705 milhões (expansão maior do que o da América Latina, que foi de 17,5%).
A valorização do real permitiu que o Brasil passasse a pesar 3,8% nas vendas do grupo francês, o que representa um aumento de 18,4% sobre 2009.
"Temos grandes ambições em relação ao Brasil. Vamos ampliar nossa presença nas áreas de produtos capilares e solares e vamos desenvolver, progressivamente, nossas atividades nas linhas de produtos de cuidados com a pele e de maquiagem", diz Agon, que não deu mais detalhes sobre eventuais aquisições no Brasil.
"Nos mercados emergentes, muitos novos consumidores são novos compradores de cosméticos. Cabe a nós fazer com que eles prefiram imediatamente nossas marcas", diz Agon, que a partir de 17 de março será o novo presidente diretor-geral da L'Oréal, com a reunificação dos dois cargos. Lindsay Owen Jones, o atual presidente, deixa o cargo depois de 23 anos.
Praticamente sem dívidas e com um caixa de quase € 1,9 bilhão, além de um "tesouro de guerra" - a participação de cerca de 8% no capital da Sanofi-Aventis, considerada uma "reserva" que pode ser utilizada em grandes aquisições -, não faltariam recursos para a líder mundial entrar em ação.
"O dinheiro em caixa continua tendo como prioridade as aquisições", diz Agon. Mas, ao mesmo tempo, ele afirma que elas "não são indispensáveis". Nos países emergentes, diz, a L'Oréal não precisa comprar marcas locais para acelerar sua expansão. "Podemos conquistá-los com nossas marcas. Se houver aquisições, será com um objetivo muito específico, mas não precisamos disso para nos desenvolvermos nesses países".
O grupo procura, em geral, dar novo fôlego às marcas de cosméticos compradas e mudar sua estratégia de marketing antes de lançá-las no mundo inteiro, como fez com a Maybelline, criada nos Estados Unidos. É o que deve ser feito com a marca de esmaltes americana Essie, que a L'Oréal comprou em 2010. A L'Oréal tem a "ambição de transformá-la na líder mundial de esmaltes, levando o tempo que for necessário", diz Agon.
Ele diz que as marcas internacionais são, às vezes, mais apreciadas nos mercados emergentes do que as nacionais. No caso do Brasil, no entanto, isso deve ser visto com reservas, já que a líder do setor é a brasileira Natura.
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Daniela Fernandes | Para o Valor, de Clichy
14/02/2011
Natura e Jequiti - metade do mercado de cosméticos no país
Há quem diga que a L'Oréal tem uma espécie de secreta lista de empresas,
uma pequena "wish list" como se referem os analistas estrangeiros aos
maiores desejos de consumo da companhia; marcas que o tradicional grupo
francês adoraria ver em seu portfólio. Mas para que consiga trazê-las
para perto, a L'Oréal pode precisar, além de caixa, de alguma dose de
paciência e persistência - pelo menos em negociações que envolvam ativos
no mercado brasileiro.
A L'Oréal não está sozinha em seu interesse por marcas brasileiras. Na semana passada o CEO mundial da Estée Lauder, Fabrizio Freda, disse ao Valor que estuda a possibilidade de comprar uma empresa no Brasil e esta não precisaria ser de grande porte.
No Brasil, segundo especialistas ouvidos pelo Valor, não há, aparentemente, grande companhias do setor de cosméticos à venda. E alguns desses negócios, com expansão anual na faixa dos 15% a 20% ao ano há meia década, andam valendo uma respeitável soma de recursos.
No segmento de vendas diretas, responsável por metade do mercado de cosméticos no país, as fabricantes Natura e Jequiti não buscam parcerias ou compradores. A primeira descarta a hipótese e, ainda que aceitasse conversar, não sairia barato e envolveria minoritários no processo, visto que ela é de capital pulverizado.
A Jequiti, do grupo Silvio Santos, quer crescer mais antes de pensar em qualquer outra coisa. Algumas companhias e fundos de investimentos sondaram a Jequiti nos últimos meses. "Ninguém da L'Oréal fez proposta para nós. E mesmo que fizessem, não vamos vender", diz Lásaro do Carmo Júnior, presidente da Jequiti, que cresceu acima de 100% em 2010.
O empresário Miguel Krigsner, fundador do O Boticário, também não dá sinais, nem aos mais próximos, de que desejaria se afastar do negócio. O grupo criou há um ano uma holding que pode negociar compra de empresas e criar novas marcas em novas áreas.
Especialistas acreditam num interesse maior da L'Oréal em negócios de venda direta (três meses atrás surgiram rumores do interesse dela em adquirir a Avon no mundo), assim como em marcas focadas nas classes C e D em países como Índia e Brasil - e não necessariamente em empresas líderes do setor. Aí, a cesta de marcas com negócios interessantes se amplia um pouco. E o sonho pode ficar mais fácil de ser realizado.
A L'Oréal não está sozinha em seu interesse por marcas brasileiras. Na semana passada o CEO mundial da Estée Lauder, Fabrizio Freda, disse ao Valor que estuda a possibilidade de comprar uma empresa no Brasil e esta não precisaria ser de grande porte.
No Brasil, segundo especialistas ouvidos pelo Valor, não há, aparentemente, grande companhias do setor de cosméticos à venda. E alguns desses negócios, com expansão anual na faixa dos 15% a 20% ao ano há meia década, andam valendo uma respeitável soma de recursos.
No segmento de vendas diretas, responsável por metade do mercado de cosméticos no país, as fabricantes Natura e Jequiti não buscam parcerias ou compradores. A primeira descarta a hipótese e, ainda que aceitasse conversar, não sairia barato e envolveria minoritários no processo, visto que ela é de capital pulverizado.
A Jequiti, do grupo Silvio Santos, quer crescer mais antes de pensar em qualquer outra coisa. Algumas companhias e fundos de investimentos sondaram a Jequiti nos últimos meses. "Ninguém da L'Oréal fez proposta para nós. E mesmo que fizessem, não vamos vender", diz Lásaro do Carmo Júnior, presidente da Jequiti, que cresceu acima de 100% em 2010.
O empresário Miguel Krigsner, fundador do O Boticário, também não dá sinais, nem aos mais próximos, de que desejaria se afastar do negócio. O grupo criou há um ano uma holding que pode negociar compra de empresas e criar novas marcas em novas áreas.
Especialistas acreditam num interesse maior da L'Oréal em negócios de venda direta (três meses atrás surgiram rumores do interesse dela em adquirir a Avon no mundo), assim como em marcas focadas nas classes C e D em países como Índia e Brasil - e não necessariamente em empresas líderes do setor. Aí, a cesta de marcas com negócios interessantes se amplia um pouco. E o sonho pode ficar mais fácil de ser realizado.
Pedir desculpas ao Sarney?
SÃO PAULO - A secretaria de comunicação social
do Supremo Tribunal Federal (STF) divulgou nota para se desculpar do
comentário feito hoje por uma funcionária terceirizada da Corte na rede
de microblogs Twitter.
Na conta oficial do STF no site, a funcionária lembrou da aposentadoria do jogador de futebol Ronaldo, anunciada ontem, e questionou quando o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), “penduraria as chuteiras”.
“Agora que o Ronaldo se aposentou, quando será que o Sarney vai resolver pendurar as chuteiras?”, indagou. A secretaria de comunicação social do STF pediu desculpas para Sarney e classificou o comentário como um ato impensado e impróprio
“A secretaria também pede desculpas aos seguidores da página do Supremo no Twitter, pois os comentários em nada, direta ou indiretamente, refletem os pensamentos desta Corte Suprema e informa que já foram tomadas as medidas administrativas cabíveis”.
(Fernando Taquari | Valor)
Na conta oficial do STF no site, a funcionária lembrou da aposentadoria do jogador de futebol Ronaldo, anunciada ontem, e questionou quando o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), “penduraria as chuteiras”.
“Agora que o Ronaldo se aposentou, quando será que o Sarney vai resolver pendurar as chuteiras?”, indagou. A secretaria de comunicação social do STF pediu desculpas para Sarney e classificou o comentário como um ato impensado e impróprio
“A secretaria também pede desculpas aos seguidores da página do Supremo no Twitter, pois os comentários em nada, direta ou indiretamente, refletem os pensamentos desta Corte Suprema e informa que já foram tomadas as medidas administrativas cabíveis”.
(Fernando Taquari | Valor)
Mínimo de R$ 580 eleva gasto federal em R$ 10,5 bi, diz Barbosa
BRASÍLIA – O salário mínimo de R$ 580, como
querem as centrais sindicais, aumentaria as despesas do governo federal em 2011
em R$ 10,5 bilhões. Segundo explicou o secretário-executivo da Fazenda, Nelson
Barbosa, no Congresso, “isso implicaria um corte adicional de gastos”, além dos
R$ 50 bilhões já anunciados.
Em segunda investida como parte da força-tarefa do governo para convencer os parlamentares a aprovarem o salário mínimo de R$ 545, em votação prevista para amanhã, Barbosa falou há pouco para a bancada do PSB na Câmara dos Deputados.
Pela política atual, o mínimo de R$ 545 subiria a R$ 616 em 1º de janeiro de 2012, prevendo-se a correção por uma inflação ao redor de 5% e variação do PIB de 2010 em 7,5%.
Ele explicou que cada R$ 1 adicional no mínimo, aumenta a despesa líquida anual do governo federal em cerca de R$ 300 milhões.
Barbosa disse aos parlamentares que, nas negociações em torno do mínimo, os sindicalistas alegam que o aumento deve ser maior este ano, porque os trabalhadores teriam sido “desfavorecidos” durante a crise iniciada ao fim de 2008, enquanto os empresários ganharam desonerações tributárias.
“Essa interpretação é um equívoco”, disse Barbosa. Na defesa do governo, ele disse que os trabalhadores foram beneficiados, direta e indiretamente, com aumento do emprego e da renda, por exemplo.
Barbosa mostrou números apontando que o salário mínimo teve ganho real de 7,2% em 2009 e 5,3% em 2010. Em 2011, continuou, o governo está apenas repondo a inflação porque o PIB de dois anos anteriores (2009) foi negativo.
Ele apelou à bancada do PSB, aliada ao governo, que aprove a proposta do governo de continuidade da política atual, que prevê ajuste do mínimo pela variação do PIB dos últimos dois anos e a inflação do ano anterior. Tal regra valeria, inclusive, para a correção do mínimo em 1º de janeiro de 2015. “A cada início do governo se discutiria, de novo”, explicou.
(Azelma Rodrigues | Valor)
Em segunda investida como parte da força-tarefa do governo para convencer os parlamentares a aprovarem o salário mínimo de R$ 545, em votação prevista para amanhã, Barbosa falou há pouco para a bancada do PSB na Câmara dos Deputados.
Pela política atual, o mínimo de R$ 545 subiria a R$ 616 em 1º de janeiro de 2012, prevendo-se a correção por uma inflação ao redor de 5% e variação do PIB de 2010 em 7,5%.
Ele explicou que cada R$ 1 adicional no mínimo, aumenta a despesa líquida anual do governo federal em cerca de R$ 300 milhões.
Barbosa disse aos parlamentares que, nas negociações em torno do mínimo, os sindicalistas alegam que o aumento deve ser maior este ano, porque os trabalhadores teriam sido “desfavorecidos” durante a crise iniciada ao fim de 2008, enquanto os empresários ganharam desonerações tributárias.
“Essa interpretação é um equívoco”, disse Barbosa. Na defesa do governo, ele disse que os trabalhadores foram beneficiados, direta e indiretamente, com aumento do emprego e da renda, por exemplo.
Barbosa mostrou números apontando que o salário mínimo teve ganho real de 7,2% em 2009 e 5,3% em 2010. Em 2011, continuou, o governo está apenas repondo a inflação porque o PIB de dois anos anteriores (2009) foi negativo.
Ele apelou à bancada do PSB, aliada ao governo, que aprove a proposta do governo de continuidade da política atual, que prevê ajuste do mínimo pela variação do PIB dos últimos dois anos e a inflação do ano anterior. Tal regra valeria, inclusive, para a correção do mínimo em 1º de janeiro de 2015. “A cada início do governo se discutiria, de novo”, explicou.
(Azelma Rodrigues | Valor)
Economia brasileira está desacelerando, nota Mantega
BRASÍLIA - A economia brasileira está desacelerando "consideravelmente" este ano após avançar 7,5% em 2010, afirmou o ministro da Economia, Guido Mantega, em teleconferência.
Ele notou ainda que o afrouxamento monetário em nações mais ricas está influenciando os preços internacionais das commodities. Segundo o ministro, o Brasil vai expor a preocupação com o aumento nos preços no encontro do G-20, em Paris, nesta semana.
A demanda por commodities nos mercados emergentes é a principal razão por trás dos aumentos de preços, afirmou.
Mantega observou ainda que a recuperação dos Estados Unidos vai ajudar a aliviar os fluxo de capitais que estão puxando as moedas de mercados emergentes.
O ministro disse que o Brasil e os EUA não estão considerando nenhuma ação conjunta para pressionar a China para que permita um fortalecimento ainda maior do yuan.
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Transferência de renda. Aumentam recursos para extrema pobreza
Uma das mudanças mais significativas que experiementarão os programas sociais do Governo Dilma, está a realização de um programa de copmbate à pobreza extrema. Nessa direção apontam os diversos programas de transferência de renda do novo governo.
Veja as notícias da imprensa.
O Globo destacou no sábado que já está nos planos do
governo ampliar a transferência de renda através do programa Bolsa Família.
Num dos cenários em estudo pelo MDS está sendo analisado o aumento do repasse
do Bolsa Família em R$14 bilhões por ano. O jornal informou que na última
sexta-feira, a ministra Tereza Campello, reuniu-se com a presidenta Dilma
Rousseff, que disse querer o plano de erradicação da pobreza pronto até o fim
do mês. Revistas noticiaram a redução de R$ 50 bilhões no Orçamento
2011 e dizem que das despesas passíveis de corte, escaparam apenas os
programas sociais, como o Bolsa Família, e os investimentos do PAC. E mais:
desigualdade social, redução da pobreza, violência sexual, agricultura
familiar, merenda escolar, qualificação profissional, distribuição de renda e
Bolsa Família.
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[Ministra] Bolsa Família – O Globo destacou no sábado que depois da
promessa de cortar R$50 bilhões do Orçamento de 2011, já está nos planos do
governo ampliar a transferência de renda através do programa Bolsa Família. Num
dos cenários em estudo pelo MDS como parte do plano de combate à miséria, está
sendo analisado o aumento do repasse do Bolsa Família em R$14 bilhões por ano.
Segundo O Globo, o MDS divulga que o plano vem sendo concebido para funcionar
como um tripé: além da transferência de renda, inclusão produtiva e maior
acesso a serviços, como educação, saúde, energia elétrica e saneamento básico.
O governo também não abre mão de abrir portas de saída para quem já é beneficiário
do Bolsa Família.
O jornal registrou que a equipe do governo que discute o
assunto está inclinada a adotar o critério de renda familiar. Assim, ganha
força a ideia de estabelecer como linha de corte o valor de R$70 mensais por
pessoa. O Globo informou que na última sexta-feira, a ministra Tereza Campello,
reuniu-se com Dilma Rousseff.
A presidenta quer o plano pronto até o fim do
mês. A ideia é divulgá-lo em março. Em janeiro, Tereza tomou conhecimento de um
estudo elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O texto
dizia ser possível erradicar a miséria por meio do Bolsa Família, com o aumento
dos benefícios pagos por família e a inclusão de miseráveis que hoje estão de
fora. Após conhecer os dados, a ministra e a secretária de Articulação para a
Inclusão Produtiva, Ana Fonseca, solicitaram o aprofundamento da pesquisa.
Programas sociais – Revistas noticiaram a redução de R$ 50 bilhões no
Orçamento 2011 e dizem que das despesas passíveis de corte, escaparam apenas os
programas sociais, como o Bolsa Família, e os investimentos do Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC).
Desigualdade social – A revista Época publica entrevista com o
pesquisador Richard Wilkinson que diz que a desigualdade social se tornou o
foco de seus estudos e tema de vários de seus livros. Em seu último livro,
Wilkinson afirma que a desigualdade é o principal problema do mundo e que ela
está associada a problemas tão diversos quanto uso de drogas, obesidade e
números de presos, homicídios e gravidez na adolescência.
Redução da pobreza – A Folha de S. Paulo publicou, no domingo,
artigo de opinião do economista-chefe do Centro de Políticas Sociais e
professor da FGV, Marcelo Neri, que diz que nos últimos 17 anos o Brasil passou
por sucessivas e cumulativas transformações.
De acordo com o economista, esse
período de desenvolvimento corresponde ao final do governo Itamar e aos dois
mandatos de Fernando Henrique e aos dois de Lula. Segundo dados da Pnad, “a
pobreza sobe 6,6% entre 1993 e 1994 e cai 16,9% de 1994 a 1995. A maior queda
de pobreza ocorrida entre 1993 e 1995, 13,9%, foi sob FHC. A queda de pobreza
entre setembro de 2009 e setembro de 2010 foi de 11,82%.
De dezembro de 2009 a
dezembro de 2010, a pobreza caiu 16,3%”. Neri informa que pelo cômputo só da
Pesquisa Mensal do Emprego (PME), a pobreza cai 50,64% entre dezembro de 2002 e
dezembro de 2009. Já na combinação PME/Pnad, a pobreza cai 51,9% na era Lula.
“Esse ponto merece ser ressaltado, pois a primeira Meta do Milênio da ONU é
reduzir a pobreza 50% em 25 anos (de 1990 a 2015). Ou seja, na métrica da ONU,
o Brasil fez 25 anos em oito. Isso já incluindo o aumento de pobreza durante a
recessão de 2003, quando resultados mais auspiciosos estavam sendo plantados”,
destaca Neri.
Bolsa Família – Na edição de sábado o Correio Braziliense falou
que o corte de R$50 bilhões do Orçamento de 2011, anunciado para reverter
a aceleração da inflação este ano, colocou projetos das Forças Armadas sob
ameaça. O Correio lembra que o Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC) e as ações sociais estão preservados. Jornal reforça que o
governo vai conceder o reajuste dos benefícios do Bolsa Família de acordo
com a inflação do ano passado – sobram R$ 37 bilhões de investimentos passíveis
de serem excluídos do Orçamento.
O Estado de S. Paulo registrou no
domingo que o governo brasileiro ainda não conseguiu se livrar da indexação, a
correção automática dos preços pela inflação passada. Segundo cálculo do
economista Heron do Carmo, presidente do Conselho Regional de Economia
(Corecon) de São Paulo, a indexação é responsável por cerca de 15% da inflação
dos últimos meses. Jornal esclarece que o governo estuda também uma forma de
preservar o poder de compra dos beneficiários do Bolsa Família, pois hoje o
valor do reajuste do programa depende de decisão do governo. Também nesse caso,
explica o jornal, há risco de se criar uma regra de reajuste pela inflação
passada. De acordo com o Estadão, valor das bolsas já foi corrigido, em
ocasiões passadas, pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor
(INPC), o mesmo utilizado para o salário mínimo e para aposentadorias acima do
mínimo.
O Jornal da Câmara (DF) informa que os programas do governo Lula
Luz para Todos, Minha Casa, Minha Vida e o Bolsa Família foram elogiados em
Plenário pelo deputado Heleno Silva (PRB-SE). "Nós, os 55 milhões de
nordestinos, assistimos em oito anos ao que não vimos em décadas",
destacou. De acordo com dados do MDS, citados pelo deputado, 6,5 milhões de
famílias nordestinas de um total de 12,8 milhões em todo o país recebem o Bolsa
Família. Segundo ele, o programa de transferência de renda enfrenta "a
fome, a miséria e o baixíssimo nível de vida das famílias mais pobres de
Brasil”.
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