quarta-feira, 3 de novembro de 2010

O Valor da Biodiversidade a ser descoberta

Nagoya, Japão, 3/11/2010 – Por Stephen Leahy, da IPS 

A comunidade internacional finalmente despertou para um dos grandes desafios contemporâneos e chegou a um novo acordo para deter o desaparecimento da natureza que sustenta a vida humana. 

O novo acordo, assinado pelos mais de 190 Estados-membros do Convênio sobre a Diversidade Biológica, inclui o compromisso de reduzir pela metade a proporção de perda de espécies até 2020, bem como o histórico Protocolo de Nagoya de Acesso e Participação nos Benefícios dos Recursos Genéticos. 

No entanto, este despertar só se aplica aos primeiros madrugadores. A vasta maioria continua dormindo, sem consciência de que os seres humanos dependem da variedade de formas de vida que integram o ecossistema e que nos fornecem oxigênio, água, alimentos e combustível. E também sem consciência diante do fato de que a natureza é nossa realidade, enquanto a economia é simplesmente um jogo complicado criado por nós mesmos. O Japão importa mais de 60% de seus alimentos e a maioria dos ecossistemas da Europa foi devastada, restando apenas 17% deles em estado razoável, segundo a primeira avaliação desse tipo. 

O único motivo pelo qual esses países não faliram é que são suficientemente ricos para se ajudarem em matéria de recursos ecológicos e serviços da natureza. “Exploramos os recursos biológicos no exterior, especialmente no Sul. Por isso nós, o povo de Aichi, Nagoya, devemos nos desculpar pela deterioração dos ecossistemas e da biodiversidade que causamos”, afirma um documento público divulgado pela sociedade civil de Nagoya, onde, de 18 a 29 de outubro, aconteceu a 10ª Conferência das Partes (COP 10) do Convênio sobre Diversidade Biológica. Embora o governo japonês não tenha se mostrado disposto a reconhecer publicamente, essa realidade pressionou para que os países participantes chegassem a um acordo apesar da habitual divisão entre o Norte industrializado e o Sul em desenvolvimento.

O conflito central é que as nações do Norte são como biopiratas desesperados, viciados em saquear os ecossistemas mais ricos do Sul em busca de alimentos, matéria-prima e mão-de-obra barata. Cada vez mais, o Sul resiste e busca compensações. E isto implica transformar a economia do crescimento para deter a perda de espécies. Estima-se que anualmente aconteçam entre cinco mil e 30 mil extinções. “O Japão teve um papel central na economia do crescimento. Precisamos passar para uma economia de subsistência”, disse à IPS o professor Kinhide Mushakoji, da Universidade de Economia e Direito de Osaka e um dos organizadores. A petição foi assinada por 156 organizações no Japão. 

Porém, nas negociações formais não se falou dessa virada para uma economia de subsistência. De modo perverso, a atual economia do crescimento levou países como o Japão e muitos europeus a subsidiarem a destruição da pesca marinha com a pesca excessiva, disse Achim Steiner, diretor-executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), que administra o Convênio. Promover uma economia verde exigiria investir “US$ 8 bilhões dos estimados US$ 27 bilhões a título de subsídios em zonas como as Áreas Marinhas Protegidas, e cotas de pesca comercial”, disse Steiner na abertura da Conferência. 

Estudos do Pnuma mostram que esse enfoque representa maiores capturas no futuro, elevando a renda das populações locais e garantindo que quase um bilhão de indigentes do mundo tenham acesso a mais proteínas derivadas do pescado. Acabar com esses subsídios é o terceiro dos 20 objetivos estratégicos para até 2020 do acordo, conhecidos coletivamente como Objetivos de Aichi. 

“É necessário frear a perda de biodiversidade até 2020. Isso não pode ser adiado”, disse Mario Tanao, um delegado juvenil e membro da organização japonesa Biodiversity on the Brink. Mario e outros criaram uma rede chamada Global Youth Biodiversity Organisation, que foi oficialmente reconhecida pela secretaria do Convênio ao final da reunião. “Esperamos ter jovens de mais de cem países na próxima COP”, disse Christian Schwarzer, representante juvenil do Fórum Alemão sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. 

O governo holandês divulgou na COP 10 uma análise científica segundo a qual frear a perda de biodiversidade mundial até 2050 será extremamente difícil, quando não impossível. E até 2020, absolutamente impossível, disse o diretor do estudo, Maarten Hajer, da Agência Holandesa de Avaliação Ambiental. 

O estudo de Maarten dá ênfase às principais causas da perda de biodiversidade: agricultura, desmatamento, pesca excessiva e mudança climática, e nas opções que podem ser usadas até 2050 em um mundo que – estima-se – nesse ano terá cerca de nove bilhões de habitantes. Apenas aumentar o tamanho das áreas protegidas para 20% de toda a área terrestre é altamente insuficiente, afirmou. A única esperança é uma combinação de grandes áreas protegidas e uma virada para uma produção e um consumo sustentáveis. 

“Mesmo assim, só poderemos reduzir a proporção de perda de biodiversidade, não detê-la”, disse Maarten à IPS. Segundo Kinhide, “a economia verde é uma solução apenas para aqueles que atuam na economia monetária. Milhares de milhões de pessoas não o fazem”. 

Envolverde/IPS

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Pará - Jatene venceu nos maiores colégios eleitorais


O governador eleito Simão Jatene (PSDB) venceu em quatro dos cinco principais colégios eleitorais do Pará, incluindo os três maiores – Belém, Ananindeua e Santarém. Ana Júlia (PT) venceu apenas em Marabá, o quarto maior colégio eleitoral do Pará. Jatene também conquistou a maior votação em Castanhal, que tem o quinto maior eleitorado no Pará.

Em Belém, que representa 20,6% do eleitorado paraense, Jatene obteve 417.748 votos, contra os 334.650 de Ana Júlia. Em termos percentuais, a vitória do tucano foi de 55,52%, índice pouco abaixo da média no estado, de 55,75% (contra os 44,26% de Ana Júlia).

Em Ananindeua, que representa 5,32% do eleitorado paraense, Jatene conseguiu uma vantagem maior: foram 111.828 votos, contra os 84.901 de Ana Júlia. Em termos percentuais, a vitória foi de 56,84% (Ana Júlia recebeu 43,16%).

Em Santarém, o terceiro maior eleitorado do Pará (3,85% do total), o tucano conseguiu sua vitória mais arrasadora. Foram 90.613 votos contra 42.804, com índice de 67,91% da preferência (a candidata petista ficou com 32,09%).

Em Castanhal (2,15% do eleitorado), a vitória de Jatene também foi por ampla vantagem. Ele alcançou 54.089 votos, contra 25.631 de Ana Júlia. Isso representa 67,84% do eleitorado, contra os 32,16% da petista.
Em Marabá (que representa 2,71% do eleitorado paraense), a vitória de Ana Júlia foi um tanto quanto apertada: foram 48.407 votos da petista contra os 44.031 de Jatene. Em termos percentuais, Ana Júlia venceu no município com 52,36% da preferência, diante dos 47,74% de Jatene.

MUNICÍPIOS

Dos 144 municípios paraenses, Simão Jatene venceu em 94, o que representa 65% do total. Nos outros 50 municípios, a vitória foi de Ana Júlia. Em comparação com o primeiro turno das eleições, o resultado traz uma curiosidade: 17 municípios tiveram no segundo turno vencedor diferente do primeiro.

Em cinco municípios (Augusto Corrêa, Bom Jesus do Tocantins, Chaves, Faro e Oriximiná), Jatene venceu depois de ter perdido no primeiro turno. Já Ana Júlia venceu em 12 municípios onde havia perdido antes: Bujaru, Concórdia do Pará, Ipixuna do Pará, Irituia, Moju, Peixe-Boi, Ponta de Pedras, Santana de Araguaia, Santarém Novo, São Francisco do Pará, São João de Pirabas e Xinguara.

Fonte: (Carlos Gondim e Vinícius Passos/DOL)

Veja no infográfico onde foram as vitórias de Jatene e Ana Júlia:


Projetos de inovação tecnológica que podem ganhar dimensão estratégica no Governo Jatene

No que atinge diretamente a área de Ciência e Tecnologia e Inovação, existe uma enorme área que o novo governo pode explorar para contribuir com a verdadeira mudança da base produtiva do Estado, que é fundamental para alcançar uma economia sustentável e competitiva. 

Já existe um importante recurso para essa área, proveniente do BNDES. 

Os recursos estão focados na implantação de Parques tecnológicos e incubadoras de empresas de base tecnológica. Projetos que contribuem com essa mudança da base produtiva, a partir da agregação de valor aos produtos da abundante biodiversidade e os recursos naturais, existentes no Estado.

A UFPA foi pioneira nesse projeto, assumido, depois pelo governo do estado, que deu continuidade, mas o projeto tem história e não é possível negar sua origem. 

Cabe lembrar que esse projeto de implantação de parques tecnológicos não começou no Governo da Ana Julia e sim, em 1992, com a implantação da primeira incubadora de empresas de base tecnológica da região Amazônia. Não é, portanto, um projeto genuinamente petista, como se disse no governo. 

O Programa de Incubação de Empresas de Base Tecnológica (PIEBT/UFPA) nasceu na UFPA, junto com o projeto do primeiro parque tecnológico da Universidade, que foi funanciado pela FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos). 

Depois, a idéia foi replicada na maioria dos estados da Amazônia, através de Rede Amazônica de Incubadoras (RAMI), criada também, na UFPA. A incubadora e o parque tecnológico foi localizado, inicialmente, na UFPA e seu foco inicial, foi a área de biodiversidade, utilizando a biotecnologia como instrumento para transformar espécies da biodiversidade em produtos de alto valor agregado. 

Hoje, com a construção de três parques tecnológicos e incubadoras de empresas, em três pontos ou regiões importantes do Estado. 

Na região metropolitana (UFPA), em Marabá e Santarém, se inicia uma fase importante na nova economia sustentável e mais competitiva no estado. 

A partir desses projetos a idéia consiste em agregar valor local aos abundantes recursos naturais (biodiversidade, mineiros, madeira, frutas, peixes, etc.), fortalecendo as cadeias produtivas do estado. Produzir com inovação tecnológica, esse deve ser o foco do modelo. 

Transferir tecnologia para o setor produtivo. Esse é um dos programas que o governo do Jatene deverá aprofundar. 

Ouvi, pessoalmente,  do governador eleito que assim seria. Falou que hoje, a questão da inovação tecnológica era fundamental para que os produtos da biodiversidade da Amazônia alcancem presença e maior valor nos mercados internacionais. 

E para isso, as cadeias produtivas da biodiversidade seriam fortalecidas. Está tudo para ser feito e o governo, esta vez, pode fazer a diferença. 

Ampliar os recursos para essa área está sendo cada vez mais possível, pela importância da Amazônia, no contexto da nova economia mundial. 

Sabemos como obter esses recursos e conhecemos as entidades que os disponibilizam, bem como, os mecanismos e o passo a passo do caminho a seguir. 

Não podemos esquecer que os recursos existentes no Estado são para a obra civil e implantação dos projetos, falta o mais importante, que não é obra civil, é conhecimento, é capital humano capacitado e sobre tudo, gestão competente para articular o conhecimento da UFPA com a competência instalada na região amazônica e fora da região.

Pergunta para Ana Julia

A pergunta que não quere calar: 

 Ana Julia tu estas trabalhando, no teu governo, para te reeleger ou para eleger um deputado? 

Se for para o segundo, tu não serás reeleita maninha. 

Pergunta feita por alguém muito próximo da Ana Julia. 

Dito e feito, Ana Julia não foi reeleita. 

Nunca antes na história do Pará, foram destinados tantos recursos públicos para a campanha de reeleição de uma candidata ao governo do estado e veja no que deu. Disse-se que o Mercadante, em São Paulo investiu cerca de 40 Milhões de reais na campanha. Mas São Paulo é o Estado mais rico do Brasil, é 40% do PIB e um dos que conta com maior índice de educação do Brasil. A campanha da Ana Julia (a conferir) teria contado com um orçamento parecido e não conseguiu 44% dos votos. 

Quem sabe de outros casos no Brasil que candidatos à reeleição ao governo não tenham conseguido se reeleger? Só a Yeda Crusius (PSDB) do RS. 

E quais as causas pelas que Ana Julia não foi reeleita? 

Muitas explicações e abundantes interpretações. De tudo quanto lado chegam argumentos. 

Dos amigos, aliados de ontem e adversários de hoje. Todos querem falar e se vestem de analistas. Mas, avaliação séria do PT, ainda não teve. 

Só ouvi por aí uma do PT Nacional, que disse que no Pará não perdeu o PT e sim a isolada corrente da DS (Democracia Socialista). 

Ainda mais, segundo essa fonte, A DS, aquela que pensa como Troskysta e atua como direitista, fez muito pouco para mudar na direção aos mais necessitados e, aquilo que fez, não conseguiu difundir, dar a conhecer ao povo das suas ações. 

Ora bolas, uma das grandes virtudes da esquerda revolucionária daqueles tempos, eram as brigadas de AGP (Agitação e Propaganda), copiadas dos partidos de esquerda do mundo tudo. Regra Nº um: saber dizer o que você faz se não, você não fez. 

Nem isso a DS teria apreendido. 

Se a DS era meio troskysta deveria ter absorvido o princípio da descentralização das ações e a centralização do pensamento teórico. Aqui foi ao contrário, centralizaram, nos amigos da corte (o Núcleo Duro), todas as ações e o orçamento e, em contraste, descentralizaram o pensamento. A discussão rolou solta, assim as divergências aumentaram. A mágoa contra Ana Julia se instalou na porta do “Palácio de Inverno” da DS. 

Recentemente ouvi Ana Julia, dizer que o Estado tinha mudado, durante sua gestão, 1000 vezes ou 1000%. Vontade dela, menos, menos. Vamos começar a nivelar as informações, pouco a pouco. Por enquanto o PT não da conta do que fez e não fez, nós vamos falando.

domingo, 31 de outubro de 2010

Os novos governadores do Brasil. A Presidenta já disse que governará com todos e para todos.




O PSDB governará oito estados do país a partir de 2011. É o partido com o maior número de eleitos para os Executivos estaduais. Com isso, o partido volta a liderar o ranking de representantes, passando o PMDB.

O PSB é o segundo partido com o maior número de eleitos. São seis governadores da sigla (três eleitos no segundo turno).

O resultado para o PSDB é importante após o partido sair derrotado na eleição presidencial e perder cadeiras tanto na Câmara dos Deputados como no Senado.

Na Câmara, foram 53 deputados federais eleitos (contra 66 vitoriosos em 2006). No Senado, o partido perdeu cinco representantes (terá 11 senadores em 2011) e foi ultrapassado pelo PT.

O PT e o PMDB comandarão cinco estados cada um; o DEM, dois; e o PMN, um.

Veja a lista de todos os governadores eleitos:

AC -Tião Viana (PT)
AL - Teotonio Vilela (PSDB)
AM - Omar Aziz (PMN)
AP - Camilo Capiberibe (PSB)
BA - Jaques Wagner (PT)
CE - Cid Gomes (PSB)
DF - Agnelo Queiroz (PT)
ES - Renato Casagrande (PSB)
GO - Marconi Perillo (PSDB)
MA - Roseana Sarney (PMDB)
MG - Antonio Anastasia (PSDB)
MS - André Pucinelli (PMDB)
MT - Silval Barbosa (PMDB)
PA - Simão Jatene (PSDB)
PB - Ricardo Coutinho (PSB)
PE - Eduardo Campos (PSB)
PI - Wilson Martins (PSB)
PR - Beto Richa (PSDB)
RJ - Sérgio Cabral (PMDB)
RN - Rosalba Ciarlini (DEM)
RO - Confucio Moura (PMDB)
RR - Anchieta Junior (PSDB)
RS - Tarso Genro (PT)
SC - Raimundo Colombo (DEM)
SE - Marcelo Deda (PT)
SP - Geraldo Alckmin (PSDB)
TO - Siqueira Campos (PSDB)

Na vitória da Dilma teremos também novo Vice-Presidente, veja aqui

O presidente da Câmara dos Deputados e nacional do PMDB, Michel Temer (SP), candidato a vice-presidente na chapa da ex-ministra-chefe da Casa Civil Dilma Rousseff (PT), disse ao votar neste domingo, 31, que estava “bastante animado”.

“A primeira animação é com o exercício da democracia, a segunda animação é a perspectiva da vitória”, disse, ao chegar à Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), em Perdizes, na zona oeste de São Paulo, pouco depois das 10h30. Temer, no entanto, fez uma ressalva: “Vamos esperar as 17 horas para, se for o caso, comemorar.”

Ele disse ainda que falou com Dilma hoje.

“Conversei com a Dilma e ela está animadíssima.” Temer, no entanto, que não falou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Sobre o possível impacto do feriado prolongado de Finados no índice de abstenção, o presidente da Câmara dos Deputados afirmou que “tira votos na nossa chapa e na do outro candidato (José Serra, do PSDB)”. “É uma igualdade de perdas.” Temer informou ainda que, às 14 horas, segue para Brasília, onde acompanhará a apuração.

sábado, 30 de outubro de 2010

A magoa não é pouca, não foram só erros



No Pará é só magoa, no Brasil só esperança de um País mais justo e menos desigual, mais sustentável.


Agora, no Pará, é só mágoa e Ana Julia sabe disso.

Do outro lado, as pesquisas antecipam uma grande vitória do Simão Jatene, que já teve uma atitude digna quando cedeu o lugar a Almir Gabriel, no pleito de 2006, quando tinha mais de 70% de aprovação, aceitou ficar de escanteio. Almir Gabriel foi derrotado pela candidata Ana Julia. 

Agora o novo governador terá sua verdadeira vez. Já disse que o focvo do seu governo será Educação, Segurança e Saúde. No Plano econômico cobra importância sua proposta de aproveitar o aproveitamentpo da biodiversidade na mudança da base produtiva do estado, que continua baseada nos recursos primários. 


Chico Buarque tinha razão. só que ele não conheceu o Pará nem Ana Julia. 


sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Perdi minha aposta, mas os fundamentos estavam certos

Deu no Diário do Pará.

Veja a entrevista ao Candidato ao Senado Jader Barbalho (Extrato da entrevista).


Pergunta do Diário (DOL). 

Mas há uma norma pela qual o candidato responsável por provocar uma nova eleição não pode concorrer. O sr. vai aguardar as eleições de 2014 para disputar o Senado novamente?

Resposta do Jader (JFB) . Neste caso, o agente causador da nova eleição não serei eu. O responsável é o deputado José Eduardo Martins Cardozo que, se fosse candidato no Pará, não poderia disputar. Foi ele quem causou a inelegibilidade porque a questão da renúncia ao mandato não estava na proposta popular da Ficha Limpa.

Se a eleição para senador do Pará for anulada, hoje, não é porque o candidato fraudou, comprou votos ou cometeu abuso de poder econômico. Eu não dei causa à nulidade da eleição.

(DOL). O sr. está dizendo que a culpa é do deputado do PT José Eduardo Martins Cardozo?

(JFB). O único responsável por isto é ele, o coordenador da campanha da Dilma Rousseff a presidente. Foi ele quem colocou uma encomenda do PT do Distrito Federal na lei da qual foi relator. Os radicais comunistas, fascistas e nazistas têm um ponto em comum: não respeitam as regras democráticas.

(DOL). Se o seu problema foi causado pelo coordenador da campanha da Dilma e o sr. obteve 1,8 milhão de votos, o sr. vai dar o troco na eleição do Pará e votar no candidato tucano José Serra?


(JFB). Meu voto é secreto. Mas é certo que os petistas vão pegar pancada na briga pelo governo do Estado. Esta (eleição para o governo do Estado) já foi perdida (pela petista Ana Júlia Carepa) para o Simão Jatene (tucano que disputa o segundo turno com a atual governadora). No restante do território, (a disputa) é mais ampla.

Leia a entrevista completa no Diário do Pará.

Agora, vamos nivelar informações:

Eu tinha dito que o Jader aguardaria a decisão do TSF sobre a "Ficha Limpa" e, dependendo do resultado ele definiria seu voto. De ser favorável, apoiaria à candidata Ana Julia, sempre com o nariz torcido, claro, mas votaria nela. Da mesma forma que declarou, agora, que Ana Julia irá a Apanhar, teria declarado que Ana Julia ganharia neste segundo turno, embora seu voto continuaria secreto!.

Me equivoquei, ele não vota em Ana Julia, mas também, não houve o esperado perdão para ele.
Assim as coisas. Não declara voto em Ana, mas prognostica uma grande derrota do PT no Estado.

Se confirmado esse prognóstico, como parece ser, já que dificilmente Ana Julia conseguirá uma virada de 20%, -está conseguindo 10%, falta muito e o tempo passa rápido-, não termos um culpado e sim vários. Mas o principal será a própria Ana Julia.

Como disse uma tia, quem pariu mateus que o embale.

Agora minha gente. Se Ana Julia consigue essa virada prometida ontem pelos dirigentes do PT para o público que estava no debate, o milagre se chamaria mesmo, Lula da Silva e militância do PT. Lula em suas idas ao Pará contribuiu com 7% e só foi uma vez, no segundo turno. O resto seria a militância do PT.

Entretanto, só aguardando os resultados da última urna.

Não comam ansias, que,

Eleição e mineração só depois da apuração.

Leia uma postagem anterior sobre a decisão do STF.



Indecisos são apenas 4%, e Dilma mantém 12 pontos de dianteira, diz Datafolha

Pesquisa Datafolha realizada ontem voltou a indicar estabilidade no quadro da corrida presidencial, com Dilma Rousseff (PT) mantendo liderança de 12 pontos sobre José Serra (PSDB).

A diferença agora é que o percentual de indecisos caiu de 8% para 4% em dois dias. Essa redução nesse grupo de eleitores indica que há cada vez menos espaço para mudanças na tendência de favoritismo da candidata do PT.

O levantamento do Datafolha, encomendado pela Folha, foi realizado ontem em 256 cidades e com 4.205 entrevistas. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Quando se consideram os votos válidos, Dilma manteve os mesmos 56% que obteve nos levantamentos de terça-feira (dia 26) e quinta-feira (dia 21). Serra também ficou com seus 44% registrados nas últimas duas sondagens.

Se eleita, primeira viagem de Dilma será à África

Se eleita no domingo, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, já tem montada uma agenda de viagens internacionais em que desfilará de braços dados com o presidente Lula.

O comando da campanha dilmista começou a esboçar seus primeiros passos após a eleição. A tendência é que ela vá com a comitiva presidencial a Moçambique, África, em 9 de novembro, conhecer a fábrica brasileira de antiretrovirais.

A viagem começaria após os seis dias de férias que ela pretende tirar a partir do dia 2, caso seja eleita. Dilma encerra a campanha em Belo Horizonte, no sábado. No domingo, vota em Porto Alegre e deve acompanhar a apuração no Palácio da Alvorada, em Brasília, com Lula e ministros.

Na noite de domingo, a petista fará um pronunciamento em um hotel da cidade. Caso vença, segue para uma festa e concede entrevista na segunda. Segundo integrantes do QG dilmista e interlocutores de Lula, a ideia original era que o primeiro compromisso como eleita fosse a viagem a Seul, para a reunião do G-20. Dilma, porém, irá na comitiva de Lula que agendou a passagem por Maputo no caminho para a Coreia do Sul. A Presidência negocia a participação de Dilma no G-20.

Folha.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Japão oferece US$ 2 bilhões durante 3 anos para proteger biodiversidade


 O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, anunciou nesta quarta-feira (27) que o Japão doará US$ 2 bilhões nos próximos três anos aos países em desenvolvimento para proteger a biodiversidade, uma iniciativa saudada pelo Brasil, porta-voz dessas nações. 

“Vamos lançar uma iniciativa para apoiar os esforços dos países em desenvolvimento, para que elaborem suas estratégias nacionais e as apliquem”, disse Naoto Kan no discurso de abertura da sessão ministerial da 10ª Conferência sobre a Diversidade Biológica (CDB), que acontece em Nagoya. 

“Concederemos uma ajuda de US$ 2 bilhões, em três anos, a partir de 2010″, garantiu o premier japonês. A questão da ajuda financeira aos países em desenvolvimento é um dos pontos-chave da negociação que chegará ao fim na sexta-feira. Os outros temas cruciais são a instituição de metas globais para 2020 (percentual de áreas protegidas na terra e no mar, por exemplo) e a aprovação de um acordo sobre as condições de acesso das indústrias do Hemisfério Norte aos recursos genéticos dos países do sul. 

Os representantes de 193 países estão reunidos desde 18 de outubro em Nagoya para tentar concluir acordos sobre os três pontos. Extinção e conservação – Um amplo estudo sobre os vertebrados (mamíferos, aves, anfíbios, répteis e peixes) apresentado nesta quarta-feira em Nagoya mostra que apesar de 20% das espécies estarem ameaçadas, os cientistas têm agora provas indiscutíveis dos efeitos positivos dos esforços de conservação. 

Os cientistas identificaram 64 mamíferos, aves e anfíbios que tiveram o estado de conservação melhorado graças às medidas de proteção adotadas. Mas apesar dos delegados presentes em Nagoya afirmarem ter consciência da situação, as negociações estão bloqueadas pelas habituais disputas entre países ricos e pobres, que já frustraram em grande parte as discussões na ONU sobre a luta contra a mudança climática. 

Neste sentido, o anúncio do Japão acalmou os ânimos, mesmo sem a divulgação de detalhes sobre o destino do dinheiro e quanto consistirá em ajuda direta e quanto em empréstimos. O Brasil, que se tornou o porta-voz dos países emergentes, elogiou a oferta do Japão. “É uma boa notícia”, declarou à AFP a ministra brasileira do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. 

“Para nós, no Brasil, é muito importante destacar que novos fundos, dinheiro adicional, são absolutamente importantes para a nova fase (das negociações)”, acrescentou. A ministra afirmou na terça-feira que as negociações internacionais sobre a biodiversidade em Nagoya devem resultar imperativamente em um acordo para conter a biopirataria. Já a ONG Greenpeace, que faz parte da sociedade civil presente nas discussões, destacou que a oferta do Japão estimula as oportunidades de um acordo em Nagoya. 

“É um grande início que o Japão apresente números concretos para proteger a vida na Terra”, afirmou à AFP o diretor do Greenpeace Wakao Hanaoka.

(Fonte: G1)