quarta-feira, 28 de julho de 2010

Mitos da austeridade

PAUL KRUGMAN – O GLOBO

Quando eu era jovem e ingênuo, acreditava que pessoas importantes tomavam decisões baseadas em cuidadosa consideração das opções. Sei mais hoje. Muito do que as pessoas sérias acreditam se baseia em preconceito, não em análise.

E esses preconceitos são sujeitos a manias e modas. O que me traz ao assunto desta coluna. Nos últimos meses, temos assistido, com espanto e horror, à emergência em círculos políticos de um consenso em favor de imediata austeridade fiscal. Isto é, de alguma forma tornou-se senso comum que agora é tempo de cortar gastos, apesar de as principais economias mundiais permanecerem profundamente deprimidas. Esse senso comum não se baseia em evidência ou análise cuidadosa.

Em vez disso, repousa no que poderíamos caridosamente chamar de completa especulação, e menos caridosamente, de fábula na imaginação da elite política — especificamente, na crença no que passei a chamar de “vigilante invisível de títulos” e de “confiança imaginária”. Os vigilantes de títulos são investidores que tiram da tomada governos que percebem ser incapazes de pagar suas dívidas.

Não há mais dúvida de que países podem entrar em crise de confiança (veja a Grécia). Mas o que os advogados da austeridade argumentam é que: a) os vigilantes de títulos estão para atacar os EUA, e b) gastar qualquer coisa a mais em estímulo à economia vai fazer com que ataquem.

Que razão temos para acreditar que algo disso seja verdadeiro? Sim, os EUA têm problemas orçamentários de longo prazo, mas o que fizermos para estimular a economia nos próximos dois anos não terá quase impacto sobre nossa capacidade de lidar com esse problema. Conforme Douglas Elmendorf, diretor do Escritório Orçamentário do Congresso, disse recentemente, “não há contradição intrínseca entre prover estímulo adicional hoje, enquanto o desemprego é elevado e muitas fábricas e escritórios estão subutilizados, e adotar restrições fiscais vários anos mais tarde, quando a produção e o emprego estiverem provavelmente perto de seu potencial”.

Apesar de tudo, quase a cada mês somos informados que os vigilantes dos títulos chegaram e que precisamos impor austeridade agora, agora e agora, para aplacá-los. Há três meses, uma leve alta nos juros de longo prazo foi recebida com algo próximo da histeria: “Temor sobre dívida faz juros subirem”, foi a manchete do “Wall Street Journal”, embora não houvesse prova real de tais preocupações, e Alan Greenspan tenha considerado a alta um “canário na mina”.

Desde então, os juros de longo prazo caíram. Longe de fugirem dos títulos da dívida americana, os investidores evidentemente os veem como a aposta mais segura numa economia cambaleante. Ainda assim, os defensores da austeridade continuam garantindo que os vigilantes dos títulos vão atacar a qualquer momento se não cortarmos os gastos imediatamente. Mas não se preocupe: corte de gastos pode doer, mas a confiança imaginária levará a dor embora. “A ideia de que medidas de austeridade possam provocar estagnação é incorreta”, disse Jean-Claude Trichet, presidente do Banco Central Europeu, recentemente. Por quê? Porque “medidas que aumentem a confiança vão ajudar, e não pre judicar, a recuperação da economia”.

Qual é a base para a crença de que a contração fiscal é de fato expansionista porque aumenta a confiança? (Por falar nisso, esta é precisamente a doutrina exposta por Herbert Hoover, em 1932.) Bem, houve casos históricos de cortes de gastos e aumento de impostos seguidos de crescimento econômico. Mas, tanto quanto eu possa afirmar, cada um desses exemplos prova, num exame mais cuidadoso, que os efeitos negativos da austeridade foram ofuscados por outros fatores, de pouca relevância hoje. Por exemplo, a era de austeridade com crescimento na Irlanda, nos anos 80, dependeu de uma drástica inversão de déficit para superávit comercial, estratégia que não pode ser adotada por todos ao mesmo tempo.

Os atuais exemplos de austeridade são tudo, menos encorajadores. A Irlanda foi um bom soldado nesta crise, implementando cortes de gastos selvagens. Sua recompensa foi um tombo em nível de Depressão — e os mercados financeiros continuam a tratar o caso como um sério risco de calote. Outros bons soldados, como Letônia e Estônia, foram ainda mais longe nas medidas restritivas — e, acredite ou não, sofreram tombos maiores em produção e emprego do que a Islândia, que foi forçada, pela escala de sua crise, a adotar medidas menos ortodoxas. Desta forma, da próxima vez que você ouvir pessoas sérias explicando a necessidade de austeridade fiscal, tente analisar seu argumento.

Quase certamente, descobrirá que o que soa como realismo repousa numa fantasia, na crença de que os vigilantes invisíveis vão nos punir se formos maus e a confiança imaginária vai nos recompensar se formos bons. E a política do mundo real — que prejudicará as vidas de milhões de famílias de trabalhadores — está sendo feita sobre essa fundação. Somos advertidos que os “vigilantes invisíveis de títulos” preparam ataque aos EUA

terça-feira, 27 de julho de 2010

Eleições 2010 - Pará - Agenda dos candidatos ao Governo do Estado, Quarta feira 28

Agenda dos candidatos para esta quarta-feira

Domingos Juvenil (PMDB)
Reúne-se com a assessoria de campanha durante o dia , à noite, participa de carreata e comício na cidade de Castanhal.

Fernando Carneiro (PSOL)
Às 9h, caminhada no bairro do Jurunas, em Belém. À noite, às 20h o candidato vai prestigiar as eliminatórias do II Festival de Música Popular Paraense, em Belém.

Ana Júlia (Coligação Frente Popular Acelera Pará/ PT, PTB, PR, PP, PSC, PHS, PTN, PT do B e PTC, por PDT, PSB, PC do B, PRB e PV)
À partir de 9 horas, caminhada pelo bairro da Terra Firme. No final da tarde, às 17horas, Ana Júlia vai ao bairro de Canudos.

Simão Jatene (coligação Juntos com o Povo/ PPS, PMN, PRP, PSDC e PRTB)
Pela manhã, participa de reuniões com líderes políticos de Bragança e Castanhal. À tarde, reúne-se com onze pastores de diferentes denominações evangélicas. às 18:28:00 Postado por RS 0 comentários

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Eleições 2010 - Veja a Campanha à presidência do Brasil - Aguardem, em outras postagens seguem as campanhas do Pará.

Dilma Rousseff (PT) Coladinhos os dois que estão na frente José Serra (PSDB). Marina Silva (PV)

Esporte - Parabens pela indicação do Ganso

O Prédio onde Ganso Mora, em Belém. Bonita vista.




domingo, 25 de julho de 2010

Internacional - Diga ao Fidel que o amo.....Diego (Maradona)


O Treinador do futebol da Argentina , Diego Armando Maradona, enviou Seu amigo Uma Mensagem ao e líder cubano Fidel Castro, dizendo que Ele ama "e "amor" para ver ao visitar Cuba MÊS VOCÊ los um, ou um sábado, informou DECISÃO Neste site
Cubadebate.

"Eu diga ou amor Fidel ", em Maradona SUA Mensagem postada Chamou Através do portal digital ou não Qual o ex-presidente cubano cerca de 84 anos e é em julho capaz de fazer aposentou 2006 Uma Doença , artigos de Publicou notícias.

Maradona, que enfrentam o tratamento Uma visita à Venezuela do presidente Hugo Chávez " vai viajar para Havana, em 30 dias e , obviamente, gostariam de ver Fidel ", ou portal. Durante Uma quinta - feira com Chávez Reunião Palácio de Miraflores , ou o ídolo argentino que Tinha visto Disse nd Televisão Castro Muito lúcido, Muito Bem eles ou contra quem você American Quereme morto Quereme ver o quê. " Ou isso ou Jogador acrescentou o líder Cuba " está vivo e me encarar Muito bem . "


Veja Uma Matéria completa no " El Mercurio "do Chile

 Aqui

Economia - Pará, produção mineral dobra em dois anos, mas sem valor agregado

O  Pará segue sendo uma economia exportadora de matéria prima, assim tem sido desde o Século IX, nada mudou, só matéria prima sem valor agregado, sem internalizar os lucros das exportações dos recursos naturais.

Ainda se pensa que os recursos naturais são infinitos e não esgotáveis e que dependem do mercado, isso é economia neoclassica, que privelegia a análise de mercado no seu processo produtivo.
A pergunta é quem paga os efeitos e externalidades negativas da exploração dos recursos?.

Veja a matéria do Diário do Pará.

A produção mineral do Pará alcançou no ano passado o valor geral de comercialização de R$ 11,656 bilhões. Na comparação com o ano anterior, houve um ligeiro decréscimo, da ordem de 5,95%. Em 2008, o valor geral de comercialização alcançara a casa R$ 12,394 bilhões, de acordo com dados fornecidos pelo Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM), órgão vinculado ao Ministério de Minas e Energia.


Em 2008, ano da crise financeira global, as vendas não foram afetadas porque estavam em vigor os contratos de fornecimento firmados com antecedência. O efeito da crise se fez sentir no ano seguinte, com a queda observada no valor de comercialização das nossas commodities minerais. Esta é a explicação fornecida pelos técnicos do DNPM para o recuo de quase 6% observado no movimento financeiro de 2009.


Do total comercializado pelo Estado do Pará no ano passado, a maior parte – R$ 8,056 bilhões, o equivalente a 69% –, corresponde ao minério de ferro. Outros dois minerais com participação expressiva na receita do setor são a bauxita, com receita de R$ 1,361 bilhão (12% do total), e o cobre, cujo valor de comercialização alcançou R$ 1,069 (9%). O levantamento do DNPM mostra que os três produtos – ferro, bauxita e cobre – respondem, somados, por 90% do valor gerado pela comercialização de minérios em 2009.


De acordo com o economista André Luiz Santana, da Superintendência local do DNPM, o valor da produção mineral paraense quase que duplicou em apenas cinco anos, considerando-se o período de 2005 a 2009. Mantendo trajetória ascendente, ele saiu de R$ 6,553 bilhões em 2005 para R$ 7,724 bilhões em 2006 e chegou a R$ 8,301 bilhões em 2007. Em 2008, mesmo com a crise econômica mundial pelo meio, o valor da produção mineral do Pará alcançou o recorde histórico de R$ 12,394 bilhões.

Veja a matéria completa no Diário do Pará. AQUI

Gostaria que o nosso amigo andré fosse menos ufanista com relação à economia paraense. Ele precisa ler algo sobre a teoria da Maldição dos Recursos. Cómo transformar os Recursos Naturais em uma Bênção em vez de uma Maldição.

Recomendo!

Muitos países ricos em recursos naturais exploram e desperdiçam esses bens para enriquecer uma minoria enquanto a corrupção e o má administração empobrecem a maioria da população.

Romper este padrão é difícil. Devido à riqueza de recursos naturais, tais países não precisam tomar empréstimos de agências multilaterais, as quais insistem na transparência fiscal e em boas práticas orçamentárias.

As mais importantes democracias do mundo dependem da importação de petróleo, gás natural, ou minerais, e freqüentemente demonstram pouca disposição para utilizar pressões diplomáticas com o objetido de exigir melhores práticas fiscais dos países ricos em recursos naturais. Por sua vez, é pouco provável que as companhias de energia multinacionais, que dependem do bom relacionamento com os governos detentores de riquezas naturais para que possam continuar a extrair recursos, exijam desses governos uma boa gestão econômica.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Qualidade de vida - Informe PNUD revela Índices de Desenvolvimento Humano dos países da América Latina e o Caribe




Meio ambiente - Satélite aponta redução de 47% no desmate da Amazônia

Dados de satélite sinalizam que o desmatamento na Amazônia pode ter uma redução grande neste ano. Entre agosto de 2009 e maio de 2010, 1.567 km2 foram desmatados – uma redução de 47% em comparação com o período 2008/2009 (2.960 km2).

Esses números do Deter, o sistema de detecção em tempo real do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), porém, não são completos. Têm de ser confirmados pelo Prodes, o sistema mais preciso usado pelos pesquisadores do instituto.

Por não ser em tempo real, porém, o Prodes não aponta com agilidade novos focos de desmatamento para o Ibama. Ainda tem dados de 2010. O Deter, mesmo sendo ágil, sofre com a cobertura de nuvens (o Prodes fotografa só durante a seca), que varia mês a mês, barrando a visão dos satélites e tornando difícil estabelecer boas tendências de desmatamento. Nos últimos meses, Estados campeões de desmate, como o Pará, estavam encobertos.

Os números acima também não incluem junho e julho, em que tradicionalmente se desmata muito. Além disso, há um limitação de resolução do Deter, que só identifica desmates maiores do que 25 hectares (o Prodes vê áreas de até seis). Segundo Dalton Valeriano, que coordena os dois programas dentro do Inpe, como a proporção de desmatamentos grandes está diminuindo na Amazônia, é natural que os números do Deter encolham. Afirmar que o país está desmatando menos ainda é mera “especulação”, diz. “Hoje, o desmatamento pequeno representa até 60% do total. É muito mais fácil fiscalizar os grandes.” Em 2009, o Deter apontou cerca de 3 mil km2 de desmatamento na Amazônia. O Prodes encontrou 7.500 km2.

(Fonte: Ricardo Mioto/ Folha.com)