quinta-feira, 22 de julho de 2010

Economia - Como combatir a inflação sem produzir efeitos perversos...

Combate à inflação

(*) Amir Khair

O debate sobre cenário inflacionário deste ano está polarizado entre os que acham que a inflação vai subir devido ao superaquecimento da demanda e os que atribuem pressão inflacionária atípica por fatores estranhos à demanda no primeiro trimestre. Parece que a razão pende cada vez mais para a tese da atipicidade e, assim, as elevações da Selic não se justificariam, e os R$ 15 bilhões a serem gastos com a elevação da Selic neste ano seriam pagos indevidamente pelos contribuintes. Vamos aguardar. Desde 1945 até 1980 a inflação média anual medida pelo IGP-DI e IPC-Fipe foi de 31,7% e só em três anos ficou abaixo de 10%.

Entre 1983 e 1994, esteve acima de 100%, com média anual ao nível de 600%. O auge foi em 1993 com 2400%, ou 1% ao dia! O Plano Real, a partir de julho de 1994, sustou o processo inflacionário. Decorridos 16 anos, a inflação média anual caiu para 9,1% de 1995 a 2002 e 5,7% de 2003 a 2010, admitindo as previsões deste ano. São níveis compatíveis com os países emergentes, mas acima dos desenvolvidos, com 2%. Importa reduzir mais ainda nossa inflação.

Todos saem ganhando, especialmente a população de baixa renda. Com o avanço da globalização a concorrência aumentou e impôs redução na inflação dos países emergentes. Na década de 80 a média anual foi de 37%, na de 90 de 17% e de 2001 a 2009 de 7%. Em economias abertas a empresa não consegue impor seu preço ao mercado, à exceção dos monopólios, como no caso do minério de ferro no País. Nesses casos é necessário o controle de preços para não elevar a inflação e contaminar a economia. Isso ainda não está ocorrendo na forma desejável no Brasil.

No interesse geral, a forma de combate à inflação merece ser mais debatida. Fora o controle de preços sobre os monopólios, eis algumas questões para reflexão: 1) responsabilidade pela inflação; 2) inflação que independe do Banco Central (BC); 3) influência do crescimento na inflação; 4) a relação Selic e inflação.

1) Responsabilidade pela inflação – se for só do BC, ele deve dispor de todos os instrumentos para isso: possuir independência formal, influir sobre a demanda (das famílias e do governo), os meios de pagamento, o depósito compulsório e o câmbio.

Nessa hipótese ocorre a predominância da política monetária sobre a fiscal e o nível de despesas do governo fica dependente da orientação do BC. Se a responsabilidade for do governo, o BC atuaria como integrante da formulação e do processo decisional da equipe econômica. Entre essas opções, creio que a política econômica perde eficácia quando não são integradas as decisões que afetam as principais variáveis macroeconômicas, pois há forte inter-relação entre elas. Caso contrário, corre-se o risco de formar, em ocasiões críticas, um verdadeiro cabo de guerra, onde a política fiscal puxa para um lado e a monetária para o outro.

2) Inflação que independe do BC – preços de alimentos, commodities, preços administrados, preços internacionais, oferta de crédito, massa salarial, etc. Representam mais de 70% no peso da inflação, reduzindo a eficácia da política monetária e tornando precárias suas projeções de inflação. Assim, deixar o controle inflacionário à exclusiva responsabilidade do BC não parece ser a melhor estratégia. Isso reforça a opção de se usar políticas econômicas integradas, sob responsabilidade do governo, para permitir resultados mais efetivos de redução da inflação.

3) Influência do crescimento na inflação – várias análises defendem a oposição entre crescimento e inflação. Se ocorre crescimento forte da produção, acendem as luzes vermelhas do BC, que eleva os juros. Deveria ser o contrário, pois mais produção significa maior oferta de bens e serviços, pressionando os preços para baixo. Se o crescimento vem puxado pela expansão da demanda, essas análises usam como argumento para contê-la, a elevação dos juros, usando como justificativa velhos conceitos, como produto potencial, taxa de juros de equilíbrio, taxa mínima de desemprego e nível máximo de utilização da capacidade instalada. O pressuposto desses conceitos é que o atendimento à demanda é feito exclusivamente pelas empresas locais, sem contribuição da importação. Assim, perdem significado, especialmente em contexto de forte oferta internacional, como agora.
A partir de 2004, quando a economia pode experimentar níveis maiores de crescimento a inflação ficou sempre abaixo de 7%, com média de 5,1%. A lógica parece estar no fato de ocorrer redução na participação dos custos fixos nas empresas quando há maior produção. Ou seja, para uma mesma margem de lucro, é possível adotar preços mais baixos. Por outro lado, inflação baixa eleva o poder aquisitivo, ampliando a demanda e o crescimento. Assim, não parece haver conflito entre crescimento econômico mais robusto e inflação, e a política econômica adequada seria de estímulo à produção (ampliação da oferta) como melhor arma para o controle inflacionário.

4) A relação Selic e inflação – o uso da Selic como principal instrumento de controle inflacionário pelo BC é problemático. Seu nível historicamente elevado atua como desestímulo à oferta, sem afetar a demanda das famílias e aumenta a demanda do governo. O desestímulo à oferta ocorre pela decisão empresarial de preferir aplicar seus recursos em títulos federais, com bons lucros, sem risco e liquidez imediata, ao invés de arriscar em investimentos na produção.
A Selic não afeta a demanda das famílias, pois as taxas de juros ao consumidor se descolaram dela e o comércio soube adequar as prestações ao alcance do bolso do consumidor. A elevação da Selic aumenta as despesas do governo federal com juros, ou seja, aumenta a demanda do governo. Pode-se argumentar que a Selic cumpriria o papel de orientar as expectativas dos agentes econômicos. Não parece, pois o BC ao sinalizar a possibilidade de elevação da inflação para daqui a doze meses, os consumidores podem antecipar compras e as empresas remarcar preços.

Finalmente poder-se-ia argumentar que a Selic por ser elevada, atrai dólares na busca de ganhos fáceis pelo investidor estrangeiro e com isso aprecia o real, reduzindo os preços dos produtos importados (âncora cambial). Ocorre que essas aplicações especulativas de estrangeiros têm dupla mão: entra X e sai X mais os juros, ou seja, acaba saindo mais dólares do que entrou, o que leva à depreciação do real, causando inflação no médio prazo. Além disso, há dano ao País, pois o BC cria uma bomba de sucção de recursos públicos para o exterior. Diante disso tudo, o que fazer?

Seguem algumas sugestões.

1) A meta de inflação deve ser definida para horizontes de doze meses e não por ano, como é hoje, e a responsabilidade por cumpri-la é do governo (equipe econômica e BC).

2) Ampliar as políticas de estímulo (fiscais e creditícios) à produção industrial e agropecuária para aumentar a oferta.

3) Reduzir o preço ex-refinaria, margens de distribuição e eliminação da CIDE para o óleo diesel e isenção/redução de pedágio para transporte de carga. Isso rebaixa custos de locomoção e de fretes

4) Estimular a criação de centros de abastecimento para comercialização direta entre produtores e consumidores de produtos agrícolas. Existem experiências exitosas em prefeituras.

5) Criar programa permanente de orientação aos consumidores via internet e mídia para facilitar decisões de compras a preços mais acessíveis.

6) Controlar os preços dos monopólios.

7) Reduzir/eliminar a tributação sobre produtos e serviços de consumo popular.

8) Usar alíquotas/quotas para importação e exportação em casos de majorações indevidas de preços internos. Exemplo: minério de ferro.

 9) Reduzir a Selic ao nível internacional e controlar a oferta de crédito ao consumo via ajuste nos depósitos compulsórios e/ou alteração na relação capital sobre empréstimos às instituições do setor financeiro.

10) Apresentar relatórios bimestrais sobre as ações adotadas para o controle inflacionário e seus resultados. Finalmente é sempre bom ressaltar o peso sobre a demanda das despesas com juros, que atingiu nos últimos doze meses encerrados em maio R$ 179,4 bilhões ou 5,42% do PIB! A taxa básica de juros atual, excluída a inflação é de 5,2%, mais do dobro do segundo colocado com taxa mais alta que é a China com 2,4%. Enquanto não for resolvida essa anomalia será impossível por em ordem as finanças públicas e o desenvolvimento de forma sustentada.

O País não pode se dar ao luxo de desperdiçar 5,4% do seu PIB com taxas anormais de juros. Creio que esse será um dos principais desafios imediatos do próximo governo. Usando um conjunto amplo e integrado de ações, a possibilidade de sucesso na redução da inflação é superior ao uso duvidoso e exclusivo da Selic.

(*) Estadão

Eleições 2010 - Marina a menos estatizante

Candidata faz hoje sua primeira apresentação ao mercado financeiro internacional
Valor Eonômico online
Alex Ribeiro, de Nova York
22/07/2010

A candidata a Presidência pelo PV, Marina Silva, tentará mostrar hoje em Wall Street, na sua primeira apresentação aos mercados financeiros internacionais, que defende ideias econômicas diferentes dos seus dois principais adversários, José Serra e Dilma Rousseff.

Em evento organizado pela Bovespa BM&F, Marina irá se colocar como a candidata mais confiável quando o tema são três pilares macroeconômicos básicos, representado pelo câmbio flutuante, metas de inflação e superávits primários.

Também se apresentará como defensora de políticas favoráveis ao crescimento sustentado de longo prazo da economia. Vai defender mais livre mercado e menos governo, em contraponto ao suposto estatismo de Dilma, e lançar uma nova agenda microeconômica. Até agora, Marina vinha basicamente defendendo o chamado tripé da política econômica. Com esse discurso, era capaz de transmir confiança aos mercados financeiros, mas não conseguia se destacar muito de Serra e Dilma, que vão na mesma linha. A audiência não será das maiores.

Cerca de 150 investidores brasileiros e estrangeiros confirmaram a presença no evento da Bovespa BM&F, o que representa apenas um quatro dos presentes em apresentação semelhante de Dilma, em fins de maio. Marina e seus assessores econômicos não tiveram encontros individuais com o mercado, ao contrário dos auxiliares de Dilma, que cumpriram uma agenda paralela em Wall Street.

"Viemos aqui para mostrar que a Marina não é só uma líder ambiental", afirmou o economista Eduardo Giannetti da Fonseca, um dos autores do programa econômico de Marina, que ajudou a escrever o discurso que será feito hoje. Há dúvidas sobre qual será o poder de Giannetti num eventual governo Marina, já que ele insiste que não irá assumir cargos em Brasília. "Não consigo nem controlar as contas de casa", disse, em entrevista ao Valor.

Outros economistas com visões diferentes, como Paulo Sandroni, também trabalham no programa de governo - e podem assumir funções importantes. Pelo menos ontem, porém, Marina fez questão de prestigiar Giannetti como um interlocutor central em questões econômicas. "Quem fala sobre juros é o Giannetti", afirmou, durante a inauguração de um comitê domiciliar quando jornalistas pediram que comentasse a decisão sobre juros que o Banco Central tomaria algumas horas depois. Giannetti, depois de hesitar um pouco para começar a falar, mostrando desconforto com o papel, defendeu o BC.

"O BC pode ter exagerado aqui e ali no ajuste fino, mas sempre acertou a direção da política monetária." Ao Valor, Giannetti disse que Marina irá mostrar hoje a Wall Street que é mais confiável que Serra e Dilma quando o tema são os pilares macro. "Rejeitamos o artificialismo monetário e cambial, a ideia de que a ação voluntarista de um presidente possa atropelar a independência do BC", disse, referindo-se a uma das fragilidades de Serra aos olhos do mercado, já que ele é um crítico das políticas monetária e cambial. "Vemos também com certa preocupação a tendência estatizante desse último ano do governo Lula, que está muito identificado com a candidatura Dilma."

O mercado vê riscos na política fiscal de Dilma. Quando o assunto é a política monetária contemporânea, Giannetti está no grupo dos mais conservadores. Ele não concorda, por exemplo, com a leitura recente do mercado financeiro de que a inflação preocupa menos, depois que saíram dados que mostram fraca atividade econômica.

"O BC não pode basear as suas decisões nos dados de apenas um mês, que estão sujeitos a sazonalidades e influências de eventos como a Copa do Mundo", afirmou. "Estão usando essa oportunidade para forçar o BC a subir menos os juros." Giannetti vê o BC subindo os juros por vários meses, enquanto o mercado começa a apostar que a última alta simbólica será no proximo encontro, em setembro. Marina, no seu discurso, vai se vender a Wall Street como a candidata que pode fazer mais para garantir o crescimento sustentado da economia no longo prazo.

Giannetti afirma que, hoje, o Brasil cresce a taxas superiores a 7% apenas porque está numa recuperação cíclica. Ou seja, durante a crise, a economia cresceu pouco, e agora está como que recuperando o tempo perdido, ocupando a capacidade ociosa de produção. "Daqui a pouco vamos bater no nosso limite de crescimento", afirmou, referindo ao Produto Interno Bruto (PIB) potencial da economia, ou seja, o limite máximo de crescimento que não causa problemas como inflação e déficits externos insustentáveis. Segundo o economista, é muito difícil determinar qual é o PIB potencial, "mas esse número está mais perto de 4,5% do que de 7%".

Para crescer mais, afirma, serão necessárias algumas reformas. A tributária, afirma, será fundamental para que o governo, que arrecada o equivalente a 36% do PIB e toma emprestado outros 3% por meio de seu déficit nominal, deixe espaço para o setor privado crescer. A reforma fiscal, afirma, também abriria espaço para mais investimentos privados. "Precisamos terminar essa história de economia em marcha forçada", afirma Giannetti, referindo-se à política adotada pelo regime militar nos anos 1970, com o Estado forte puxando a economia.

Outra frente para aumentar o crescimento potencial, afirma, são reformas microeconômicas como no mercado de trabalho e no campo regulatório para infraestrutura. Essa é uma agenda, segundo o assessor economico de Marina, que foi adotada no principio do governo Lula, mas depois abandonada. Outros temas, como educação e meio ambiente, também vão integrar o discurso.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Curiosidades - Para bandido ou assassino famoso sobram advogados defensores, agora, para o pobre....

O ministro Hamilton Carvalhido, presidente interino do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou habeas corpus ao goleiro Bruno Fernandes das Dores de Souza, à Dayanne Rodrigues do Carmo de Souza, ex-mulher do jogador, e a Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão.

A decisão foi tomada na última sexta-feira, e ainda não foi publicada no Diário Oficial da União. O pedido foi impetrado pelo advogado Marcos Rogério Baptista, inscrito na OAB do Pará. Na inicial, o advogado - que não representa os três presos - baseou-se apenas em recortes de jornais para pedir a soltura dos presos.

Além disso, o goleiro foi identificado apenas como Bruno. Dayanne e Macarrão tiveram apenas parte do nome citados. Esta é a segunda vez no Caso Bruno em que o autor de um pedido de habeas não é o advogado constituído nos autos.

No último dia 14, o militar aposentado João Carlos Augusto Melo Moreira, de 53 anos, enviou à Vara do Tribunal de Júri de Contagem, por e-mail um pedido de habeas corpus para o goleiro Bruno. “Não existe a prova do crime.

O que existem são presunções”, disse o militar à reportagem, na ocasião. O pedido foi negado pela juíza Marixa Rodrigues, que alegou que o e-mail não tinha assinatura digital e que, por isso, não era possível comprovar a veracidade dos dados do autor do habeas corpus.

(Com informações do jornal Extra)

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Vestibular e Educação, as melhores e piores escolas do Brasil

Veja o resultado do Enem 2009 Colégio Vértice teve o melhor desempenho no exame em 2009.

Escola na Zona Sul de São Paulo cobra mensalidade de R$ 2.756 ao mês.

Rede pública tem só duas escolas entre as 20 melhores do Enem 2009

Entre as 20 piores, 19 são estaduais e uma é municipal.

As escolas públicas bem colocadas são o Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa (UFV), em Minas Gerais, no 7º lugar, e o Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira (CAP-Uerj), que funciona na Universidade do Estado do Rio de Janeiro e ficou na 17ª posição.

Clique Aqui para visualizar o ranking das melhores e piores escolas(*) por estado.

(*)Os nomes das escolas foram publicados de acordo com o informado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep)

Esquerda - Teses equivocadas sobre América Latina e o mundo (em espanhol)


Artigo de Emir Sader

Algumas teses equivocadas sobre a América Latina (e do mundo)

A atual crise marcou o fim do neoliberalismo , a hegemonia E.U. e levar até o fim do capitalismo.
"O grande erro dessa visão é considerada como um sistema modelo de hegemonia ou fins sociais , sem que seja recolhido e substituído por outro quando o Sul global, ou um outro bloco - propor alternativas e ser capaz de construí-los. O neoliberalismo não acabou, é moderado por níveis de apoio do Estado.

Pode e deve mudar o mundo sem tomar o poder .
"O projeto de transformação profunda da sociedade "fundo" , não levando à alteração das relações de poder não leva a um verdadeiro processo de transformação das sociedades latino-americanas . Em contrapartida, os movimentos sociais, tais como as forças bolivianas -social que transformou em uma força política , são os verdadeiros protagonistas dos processos de mudança no mundo.

O Estado nacional tornou-se elementos conservadores .
"Os governos progressistas da América Latina estão sendo vale a pena o Estado deve regular a economia , para induzir o crescimento econômico, para desenvolver políticas sociais, entre outras funções. governos neoliberais são aqueles que desprezam o Estado e suas funções se tornam mínimas, deixando espaço aberto para o mercado. processos de integração regional e as alianças nos países do Sul são também os Estados como atores essenciais.

A política se tornou irrelevante.
" afirmação falsa . Os governos latino-americanos progressistas resgatou o papel da política e do Estado. Se eles não tivessem feito isso, não poderia reagir como eles fazem para a crise.

Na nossa sociedade há milhões de " impróprios para o trabalho. "
"Esta declaração , original de Fernando Henrique Cardoso , procurou a justificação para os governos oligárquicos , que sempre governar apenas para uma parte da sociedade , excluindo os mais pobres, agora sob o pretexto de um suposto "desemprego tecnológico ", que dispensa grande parte do trabalhadores. Associado governos progressistas relançar o desenvolvimento económico com o aumento constante do emprego formal eo aumento do poder de compra dos salários.

Os movimentos sociais devem manter sua autonomia em relação à política .
" Os movimentos sociais que respondem a essa visão vai abandonar a luta para a construção de hegemonias alternativas , isolando , se não desaparecer da cena política, quando se deslocam a partir da fase de resistência à construção de alternativas. Lembre-se que os movimentos indígenas da Bolívia formaram um partido MAS- primárias e lutaram eleito seu líder como o presidente. Em outros países , os movimentos sociais que participam nos blocos de forças de apoio de governos progressistas para manter a sua autonomia , mas a participação directa na luta pela construção de uma nova hegemonia política.

Veja o artigo completo na Revista Punto Final, do Chile.

Aqui

sábado, 17 de julho de 2010

Cinema - Encontro explosivo, e coloque EXPLOSIVO sem mais nada

Comentário um....

A Fox desperdiçou U$ 117 milhões de dólares nesta tolice reciclada que não convence como ação nem como comédia romântica: apesar da sintonia entre a dupla central, não há humor e muito menos amor.
E se o objetivo do longa era ser uma sátira aos filmes de aventura a la James Bond, acaba cansando pela insistente repetição de carros explodindo, tiroteios onde os bandidos são péssimos de mira e o mocinho, mesmo desarmado, acaba matando todos os seus inimigos sem dificuldade.
Comparado com os fracos blockbusters que saíram em 2010 até agora, o filme fica acima da média. Se você nunca assistiu a “Missão Impossível”, “A Trilogia Bourne”, “True Lies” ou “Sr. & Sra Smith”, “Encontro Explosivo” pode parecer um pouco melhor. Desde, claro, que você ache engraçado ver gente caindo morta que nem mosca ou sendo atropelada ou jogada pelos ares. Por via das dúvidas, lembre-se de desligar o cérebro na entrada do cinema.

Comentário dois...

“Encontro Explosivo” era esperado como o retorno triunfal de Cruise ao topo das bilheterias norte-americanas depois das recepções mornas de “Missão Impossível III” (2006), “Leões e Cordeiros” (2007) e “Operação Valquíria” (2008). Mas o filme naufragou nos EUA (a bilheteria final não deve ultrapassar US$ 80 milhões) e tudo indica que o prestígio do astro está mais abalado do que ele imagina, depois das presepadas no programa da Oprah e as declarações polêmicas sobre a Cientologia.
Os produtores agora apostam no carisma dos protagonistas no mercado internacional. Aliás, este é o motivo dos atores terem participado de estreias mundo afora (inclusive no Brasil), o que costuma acontecer quando algo vai mal na terra do Tio Sam.
A produção caprichou nas locações internacionais (Áustria, Jamaica, Espanha, EUA), investiu em efeitos visuais, chamou um diretor razoável (James Mangold de “Johnny & June”) e escalou dois grandes astros, Tom Cruise e Cameron Diaz. Só esqueceu de um detalhe: o roteiro. O trabalho do estreante Patrick O’Neill (um ator figurante) é tão cheio de furos que mais parece um queijo suiço.

Veja mais em...

 Pipoca Moderna

TRAILER........

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Energia - O Brasil não teria competência técnica para explorar o Pre-Sal

Recebi de um especialista em meio ambiente, leitor do Blog.

Veja aqui.

Uns dias atrás, passei um dia com a equipe de reportagem da Newshour, da Public Broadcasting System dos EUA, discutindo a opção brasileira pelo Pré-Sal, considerando os riscos de perfuração a profundidade expostos pelo desastre ambiental do Deepwater Horizon no Golfo do México. Ontém, finalmente conseguiram colocar uma tampa no buraco no Golfo, mas ao que me parece, mudou a percepção do risco associado a este tipo de empreendimento para sempre.

O programa que foi ao ar no dia 01 de julho destaca os riscos de perforação off-shore em grande profundide, e questiona a capacidade do Brasil realizar este desafio sem acidentes semelhantes.


Assista a reportagem completa na Newshour Aqui