segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Segunda musical

Amazônia - Sustentábilidade e mudanças climáticas

III Simpósio Amazônia: desenvolvimento sustentável e mudanças climáticas
7 de outubro de 2009
Local: Auditório Nereu Ramos - Anexo II
Câmara dos Deputados



A Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional (CAINDR) e a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS)
da Câmara dos Deputados promovem, no dia 7 de outubro (quarta-feira), o III Simpósio “Amazônia: Desenvolvimento Sustentável e Mudanças Climáticas”. O evento conta com a parceria do Sistema CNC/SESC/SENAC e do Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília CDS/UnB).

O I Simpósio “Amazônia e Desenvolvimento Nacional”, realizado em novembro de 2007, resgatou o Plano Amazônia Sustentável (PAS), trazendo para o Parlamento o debate em torno da Amazônia. Já o II Simpósio “Amazônia: o Desafio do Modelo de Desenvolvimento”, realizado em novembro de 2008, abordou questões como transportes, ciência e tecnologia, com consideráveis avanços nessas áreas.

Neste III Simpósio, serão enfatizadas as diversas experiências práticas de desenvolvimento sustentável, com propostas concretas para otimizar essas ações na região amazônica, levando em conta as mudanças climáticas. Como
etapas preparatórias do evento, estão sendo realizados encontros regionais, durante os meses de agosto e setembro:

 Belém (PA), Boa Vista (RR), Cuiabá (MT), Macapá (AP), Manaus (AM), Palmas (TO), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC) e São Luís (MA).

O novo modelo de desenvolvimento da Amazônia deve ter como primado o respeito e a valorização da potencialidade de seu imenso patrimônio natural e sociocultural. Desenvolver a região, deter o processo de desmatamento tornando economicamente viável a preservação dos ecossistemas e da floresta em pé, são enormes desafios para nós, brasileiros, somente alcançáveis
com a participação de todos: governos federal, estadual e municipal, lideranças políticas, setor produtivo, academia e sociedade civil. Já é tempo de transformar todo o potencial da região em medidas concretas que possam reverter a situação de miséria da maioria dos 25 milhões de habitantes da Amazônia, preservando a sua grande diversidade ambiental e
suas ricas tradições. Isso é o que esperam as futuras gerações e este III Simpósio, que será, com certeza, mais uma valiosa contribuição nesse sentido, priorizando a Amazônia no
projeto de construção nacional.


09h30 - Abertura
  • Presidente da República
  • Ministros de Estado
  • Presidente da Câmara dos Deputados
  • Presidente da Comissão da Amazônia, Integração
  • Nacional e de Desenvolvimento Regional (CAINDR)
  • Presidente da Comissão de Meio Ambiente e
  • Desenvolvimento Sustentável (CMADS)
  • Governadores e presidentes das Assembleias
  • Legislativas dos Estados da Amazônia Legal
  • Lideranças políticas
  • Presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC) e
  • do Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade
  • de Brasília (CDS/UnB), entidades apoiadoras do evento.
10h30 Palestra Inaugural: Desenvolvimento Sustentável e Mudanças Climáticas

 Expositores:
  • Daniel Barcelos Vargas, ministro de Estado, chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República
  • Gilberto Câmara, diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE
  • Armando Dias Mendes, professor aposentado da Universidade Federal do Pará
Debates (12h)

  I Painel- A Amazônia na 15ª Conferência das Partes sobre Mudança do Clima/ONU - COP 15

Coordenador/moderador: deputado membro da Comissão do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

Tema: Potencial dos Mercados de Carbono e Outros Serviços Ambientais

 Expositores:
  • Carlos Eduardo Frickmann Young, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
  • Leopoldo Brandão, consultor do SESC
Tema: Pagamento por Serviços Ambientais

Expositor:
  • Virgílio Viana, diretor- geral da Fundação Amazonas Sustentável.
Debates (15h)

II Painel - Produtos Florestais e Aquáticos Coordenador/moderador: deputado membro da Comissão da Amazônia, Integração Nacional e do Desenvolvimento Regional

Tema: Água - desenvolvimento e sustentabilidade

 Expositor:
  • Altemir Gregolin, ministro da Aquicultura e Pesca Tema: Floresta - desenvolvimento e sustentabilidade
Expositores:
  • Donald Sawyer, professor do Centro de Desenvolvimento Sustentável, da Universidade de Brasília (UnB/CDS)
  • Ary Vieira de Paiva, professor da Universidade Federal do Acre
Debates (16h30)

17h - III Painel - Uso Sustentável da Terra, dos Recursos Minerais e Energéticos

Coordenador/moderador: deputado Silas Câmara, presidente da CAINDR deputado Roberto Rocha, presidente da CMADS

Tema: Terra - desenvolvimento e sustentabilidade

 Expositores:
  • Antônio Cláudio Barbosa Rabello, pesquisador do Laboratório de Geografia e Planejamento Ambiental, da Universidade Federal de Rondônia
  • Alfredo Homma, pesquisador da Embrapa/PA Tema: Recursos minerais e energéticos - desenvolvimento e sustentabilidade
Expositor:

  •  Edson Farias Mello, coordenador de Economia Mineral, do Ministério de Minas e Energia Debates (18h)
Encerramento (18h30)

Para mais informações ligue (61) 3216-6434/3216-6438
ou envie e-mail para:simposioamazonia@camara.gov.br /
caindr.decom@camara.gov.br / imprensa.caindr@camara.gov.br

Empreendedorismo - As pequenas e micro empresas: desafios e oportunidades para Brasil (Parte IV fina)


No Brasil, o SEBRAE tem definido sua política de apoio às PME’s colocando como eixo de atuação os Arranjos Produtivos Locais*. Em tal sentido define os APLs como “sendo Arranjos produtivos são aglomerações de empresas localizadas em um mesmo território, que apresentam especialização produtiva e mantêm algum vínculo de articulação, interação, cooperação e aprendizagem entre si e com outros atores locais tais como governo, associações empresariais, instituições de crédito, ensino e pesquisa”.

“Um Arranjo Produtivo Local é caracterizado pela existência da aglomeração de um número significativo de empresas que atuam em torno de uma atividade produtiva principal. Para isso, é preciso considerar a dinâmica do território em que essas empresas estão inseridas, tendo em vista o número de postos de trabalho, faturamento, mercado, potencial de crescimento, diversificação, entre outros aspectos. Por isso, a noção de território é fundamental para a atuação em Arranjos Produtivos Locais”. (SEBRAE 2002). Essa renovação nas estratégias de organização das agrupações de PME’s é de particular importância, porque estão sendo amplamente discutidas no Brasil e no mundo. Nos últimos anos, estão relacionadas com as novas posibilidades de geração de emprego e renda e de uma melhoria na inserção das pequenas empresas no tecido sócio-produtivo e, também, porque é uma maneira de recolocar na agenda de discussões brasileiras a questão do desenvolvimento regional, local e sustentável. Tratando-se, no entanto, de uma forma nova de se encaminhar a discussão do desenvolvimento regional, agora de uma maneira mais endógena.

Nesse sentido, hoje se faz necessário revisitar de forma crítica os chamados agrupamentos e redes de PME’s, tais como arranjos produtivos locais (APLs), clusters, distritos industriais, sistema produtivo, arranjo produtivo, etc.). Identificando sua trajetória, instrumentos, políticas, interrelacionamento com os distintos aspectos do desenvolvimento sustentável.

Consistirá na análise dos diversos exemplos teóricos de organização e agrupamento das PME’s dentre os que destacam os consórcios das regiões italianas do Norte, os distritos industriais, a realidade dos chamados clusters que proliferaram nos Estados Unidos e no Brasil, os sistemas locais de inovação tecnológica e mais recentemente, os Arranjos Produtivos Locais APLs, tanto os já existentes quanto os potenciais, constituídos apenas como aglomerações em processo de estruturação.

Constitui parte necessária do debate um aspecto também macro e fundamental, o debate sobre as políticas públicas e os mecanismos de fomento e de apoio às PME’s. Os mecanismos de fomento têm requerido atualidade por sua fundamental importância para a reorientação dos processos de desenvolvimento regional.

Segundo Monsalves (2002), o sistema público de fomento às PME’s pode ser descrito como um conjunto de instrumentos e subsídios. Sem considerar o regime de incentivos comerciais, estes instrumentos são:
-fomento, destinados a apoiar melhoras na gestão empresarial;
- apoio à inovação tecnológica;
- destinados a facilitar o acesso ao financiamento.
- favorecer o desenvolvimento de regiões em crise ou sub-desenvolvidas. Geralmente trata-se de subsídios para a instalação de empresas e contratação de mão-de-obra.

Num outro âmbito de análise, a inovação tecnológica cobra importância devido a que é considerado um dos fatores decisivos para criar competitividade.
Maculam (1996) verifica que até a algum tempo as pequenas empresas não eram consideradas exemplos significativos de firmas inovadoras, participando apenas da difusão de tecnologia, sem capacidade para geração própria de novas tecnologias ou para o desenvolvimento de produtos inteiramente novos. Do ponto de vista tecnológico, as atividades de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) eram realizadas apenas por empresas de grande porte, que contavam com acesso a amplos recursos técnicos, humanos e financeiros para assumir os custos e riscos do processo de inovação. A presença dessas empresas de grande porte nos mercados internacional garantia maior apropriação dos resultados econômicos advindos dos avanços tecnológicos gerados internamente.

Com as mudanças no ambiente econômico mundial, muitas das grandes empresa passaram a enfrentar dificuldades e entraram em crise optando por reduzir seus quadros profissionais e técnicos através de processos de terceirização. Além disso, avanços tecnológicos em áreas emergentes, como telecomunicações, biotecnologia e informática abriram oportunidades para a criação de novas empresas. Houve ainda, o interesse de governos locais de promover o desenvolvimento econômico regional através do apoio crescente às pequenas empresas implantadas em incubadoras de empresas, de negócios, condomínios empresariais, etc (Maculam, 1996).

Essas mudanças verificadas na economia mundial e a conseqüente readaptação das empresas à nova realidade de competitividade global também geraram a necessidade de inovação nas PME’s. Segundo Maculam (1996) as PME’s devem ser apoiadas por políticas públicas adequadas que permitam a elas superar suas limitações estruturais de modo a fortalecer e ampliar sua capacitação tecnológica.

Nesse sentido, o estudo das políticas públicas de apoio às PMEs passa, necessariamente, pelo debate sobre o papel da inovação tecnológica como instrumento central da estratégia competitiva das empresas. Como conseqüência principal desse novo quadro, resultado da reestruturação econômica, Cassiolato (1998) ressalta a importância de que o Estado e as instituições com capacidade de gerar inovações aumentem os gastos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), através de subsídios e financiamentos especiais à indução de projetos cooperativos o suporte a reestruturação de setores econômicos e o fomento de condições sistêmicas benignas –articuladas por políticas de competitividade seria uma tendência deliberadamente perseguida pelos estados nacionais.

Em trabalho onde comprovaram que a ausência de suporte financeiro adequado e apoio tecnológico, gerencial e mercadológico podem restringir o processo de inovação nas pequenas empresas, Dodgson & Rothwell (1993) conceituaram inovação tecnológica como um processo que inclui as atividades técnicas de projeto, de fabricação, gerenciais e comerciais envolvidas na comercialização de um novo (ou significativamente melhorado) produto ou o primeiro uso comercial de um novo (ou significativamente melhorado) processo ou equipamento de manufatura.

Para os autores o processo de inovação pode ser pensado como uma complexa teia de caminhos de comunicação que unem várias funções que vai da empresa à comunidade científica, tecnológica e industrial, representando a convergência das capacidades tecnológicas e as necessidades de mercado, dentro do quadro de referencia da firma inovadora.

AGENDA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Segunda-feira
05 de outubro de 2009

Horário local de Bruxelas/Bélgica: mais 5h em relação a Brasília

09:45 - Massimo D’Alema
Hotel Sheraton Brussels

11:00 - Encontro com o Presidente do Senado da Bélgica, Armand de
Decker, e com o Presidente da Câmara dos Representantes da
Bélgica, Patrick Dewael
Parlamento Federal

12:00 - Encontro com o Rei da Bélgica, Alberto II
Palácio de Laeken

12:40 - Almoço oferecido pelo Rei da Bélgica, Alberto II

15:00 - Audiência com CEOs de empresas belgas
Hotel Sheraton Brussels

17:00 - Sessão de encerramento do Seminário Empresarial Brazil e
Bélgica: Novas Fronteiras de Negócios

18:40 - Partida para Estocolmo (Suécia)
Aeroporto Internacional de Bruxelas, Terminal Abelag

20:30 - Chegada a Estocolmo

Segunda-feira
5 de outubro 2009


10:00 - Despacho interno
Centro Cultural Banco do Brasil

11:00 - Wellington Dias
Governador do Piauí

11:30 - Evandro Costa Gama
Advogado-Geral da União interino

16:00 - Despacho interno

Fonte: Imprensa Planalto

domingo, 4 de outubro de 2009

Tantas vezes me mataram tantas vezes eu morri, entratanto estou aqui ressuscitando...A voz imortal de América

Aqui em Brasília


Música - A voz da América nos deixa




Senado dos EUA pode arruinar acordo sobre clima, diz WWF


O Fundo Mundial para a Natureza (WWF) advertiu nesta sexta-feira (2) que as negociações sobre a mudança climática fracassarão, se os Estados Unidos não se mostram mais ambiciosos em suas propostas para reduzir as emissões de gases do efeito estufa.

"Estados Unidos estão fazendo progressos notáveis, mas se não avança mais em suas propostas, muitos países se verão desmotivados para chegar a um acordo", manifestou a Efe Keya Chatterjee, responsável de WWF-Estados Unidos na reunião sobre mudança climática que Nações Unidas celebra em Bangcoc.

Uma nova lei apresentada pelo Partido Democrata no Senado americano, estabelece um corte em 2020 de 20% das emissões a respeito de 2005, em comparação a 17% proposto anteriormente.

"Estes níveis não são suficientes para mitigar os efeitos da mudança climática, WWF exige um diminuição nos Estados Unidos de 25% em relação com os níveis de 1990", assinalou Chatterjee, que considera possível que a Administração de Barack Obama adote uma direção nesse sentido.

"Temos a capacidade e a tecnologia, só é preciso vontade política", disse o responsável do grupo ecologista.

No entanto, Chatterjee lembrou que o esforço que pode fazer Estados Unidos é limitado devido a "oito anos nos quais não se trabalhou para reduzir as emissões de carbono".

As emissões dos Estados Unidos se encontram neste momento em 15% acima dos níveis de 1990, enquanto na União Europeia estão abaixo de 6%, levando em conta os 15 países mais industrializados, e 10,7% se incluem os 27 membros.

Algumas delegações criticaram que Washington, que não assinou o Protocolo de Kyoto, condicione as decisões em nível internacional às políticas nacionais aprovadas por seu Parlamento.

Lumumba Di-Aping, presidente do grupo dos países em vias de desenvolvido e conhecidos por G-77 mais China, criticou à delegação americana por aprovar uma legislação em prol de seu "interesse nacional", sem levar em conta ao resto do mundo.

Até o momento, os países desenvolvidos se comprometeram a recortar entre 15% e 30% suas emissões em relação a 1990, abaixo dos 25% e 40% exigidos pelo Painel da ONU sobre Mudança Climática.

WWF foi mais longe e lembrou que os países ricos deverão reduzir suas emissões em 20% para 2020 em relação aos níveis de 1990 e 80% para 2050, com o objetivo de evitar que as temperaturas subam acima dos 2 graus Celsius, o que geraria graves danos ecológicos e humanos.

O dezembro próximo, durante a reunião de Copenhague os países presentes negociarão um acordo que substitua ao Protocolo de Kyoto, que expira em 2012. (Fonte: Estadão Online)

sábado, 3 de outubro de 2009

Arte - Mulher inspirada na obra de Gaudi




Descoberta de novos blogs - "En la diversidad está el gusto", decia el filósofo

Ontem, já muito tarde pelas tantas da madrugada, acessei o "Blog do Enriquez" para refletir por que o bafômetro da blitz, “familiar” não conseguiu detectar, nem a quantidade de cervejas ingeridas, nem menos ainda a marca. Claro elas pensaram que eram cervejas, quando na verdade era apenas uma meia dúzia de chopes, daqueles do Bar Brasília.

Lá estava eu com um dos autores de um blog muito interessante, que recomendo: o Blog do Flanar, assim mesmo Flanar. Ele, de entrada se define como diverso e vc confirma essa afinidade com o diverso, mas sempre com novas matérias e comentários inteligentes. Não podia ser de outra forma, Itajaí de albuquerque é quem alimenta o Flanar e nos oferece um momento de distração e um pouco de cultura, que nunca faz mal. Mas, o que significa Flanar? Veja o que outro blog o Blog Flanagem define esse verbo pouco aceito nos dicionários da língua da “Real Academia da língua Portuguesa” (se essa mesmo existe, como existe “La Real Academia de la Lengua Española”).

"Flanar! Aí está um verbo universal sem entrada nos dicionários, que não pertence a nenhuma língua! Que significa flanar? Flanar é ser vagabundo e refletir, é ser basbaque e comentar, ter o vírus da observação ligado ao da vadiagem. Flanar é ir por aí, de manhã, de dia, à noite, meter-se nas rodas da populaça, admirar o menino da gaitinha ali à esquina, seguir com os garotos o lutador do Cassino vestido de turco, gozar nas praças os ajuntamentos defronte das lanternas mágicas, conversar com os cantores de modinhadas alfurjas da Saúde, depois de ter ouvido dilettanti de casaca aplaudirem o maior tenor do Lírico numa ópera velha e má; é ver os bonecos pintados a giz nos muros das casas, após ter acompanhado um pintor afamado até a sua grande tela paga pelo Estado; é estar sem fazer nada e achar absolutamente necessário ir até um sítio lôbrego, para deixar de lá ir, levado pela primeira impressão, por um dito que faz sorrir, um perfil que interessa, um par jovem cujo riso de amor causa inveja...
É vagabundagem? Talvez. Flanar é a distinção de perambular com inteligência. Nada como o inútil para ser artístico. Daí o desocupado flâneur ter sempre na mente dez mil coisas necessárias, imprescindíveis, que podem ficar eternamente adiadas. Do alto de uma janela, como Paul Adam, admira o caleidoscópio da vida no epítome delirante que é a rua; à porta do café, como Poe no homem das multidões, dedica-se ao exercício de adivinhar as profissões, as preocupações e até os crimes dos transeuntes".

JOÃO DO RIO. A Alma encantadora das ruas. Crônicas. organização: Raúl Antelo. São Paulo: Companhia das Letras, 2008. pp. 31-32.

Na cultura chilena existe um princípio ético de reciprocidade entre os que se dedicam a esta absurda tarefa de alimentar um filho, chamado BLOG: "tu me lees, yo te leo".

Acesse o Blog Flanar aqui

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Música - Filho de Mercedes Sosa Filho confirma estado crítico de da cantora


A cantora argentina Mercedes Sosa continua em estado crítico, sedada e respirando com ajuda de aparelhos, confirmou hoje seu filho Fabián Matus, que disse que o momento é de "oração", mas sem "perder a esperança".

"Sentimos uma grande tristeza", assinalou Matus, que explicou que Sosa se mantém em estado crítico desde ontem, quando a família decidiu ligá-la a aparelhos que ajudassem na respiração.

Desde que, no começo da manhã, se conheceu a piora do estado de Mercedes Sosa, de 74 anos, milhares de seguidores começaram a postar mensagens de apoio em seu site oficial, que foi bloqueado depois das mais de 700 mil visitas.

"Ela viveu plenamente seus 74 anos, fez praticamente tudo o que quis, não teve nenhum tipo de barreira nem medo. Viveu uma vida muito plena, que foi dolorosa, pelo exílio", assinalou Fabián Matus.

Mercedes Sosa foi internada em meados de setembro em Buenos Aires vítima de um problema hepático que piorou com complicações pulmonares.

O hospital em que a cantora se encontra recebeu hoje a visita de artistas, políticos e amigos.

Empreendedorismo - As pequenas e micro empresas: desafios e oportunidades para Brasil (Parte III)



As vantagem de ser pequeno.

Hoje em dia, é difícil para uma empresa estar isolada e ser competitiva, as redes entre as PME’s permitem combinar as vantagens do grande e do pequeno e assim contribuir para superar as dificuldades e incorporar novas fortalezas.

Estas redes podem ser estabelecidas entre produtores e usuários, entre PME’s semelhantes, inclusive competidores locais, nacionais e, como característica da globalização, podem ser trans-fronteiras, tudo aquilo para alcançar formas de cooperação que possibilitem, tanto as economias de escala coletivas, bem como a união de ativos complementares (PEREZ, 2002).
Em 1973, Shumacher publicou seu livro Small is Beautiful que rapidamente se transformou em um dos ícones dos movimentos alternativos dos anos 1960 e 1970.

O grande sucesso alcançado por esse livro mostrou que o autor não estava sozinho. Sua tese central girava em torno do “problema da produção”, cujo argumento era de que a produção capitalista não tinha resolvido seu problema de produção, não por falta de capacidade intelectual ou tecnológica, mas porque o sistema industrial moderno, de grande escala, devorava sua própria base de sustentação, os recursos naturais e humanos. Entre as várias alternativas oferecidas pelo autor, estava aquela de que “o negócio era ser pequeno”, sobretudo em escala, produzindo com tecnologias alternativas e apropriadas, menos agressivas ao meio ambiente (AMARAL 199)
Amaral (1999), ressalta que embora, na época, o autor não tenha recebido maior atenção, nas últimas décadas o mundo assistiu a um forte ressurgimento da importância das pequenas, micro e médias empresas, a multiplicação de registro de abertura de empresas e de geração de empregos por parte dessas não pararam de crescer, enquanto do lado das grandes corporações os postos de trabalho declinaram continuamente e o processo de fusões e incorporações se aprofundou.

Segundo Amaral (1999), a certeza de que “ser grande é muito vantajoso”, mudou, principalmente por causa das vantagens proporcionadas pelas economias internas de escala das grandes companhias privadas. Foram as grandes transformações, especialmente da década de 90, as que levaram ao aparecimento das PME’s no cenário nacional e internacional. Ele menciona cinco fatores importantes que permitiram que as pequenas empresas ocupassem o cenário internacional. Entretanto, em vez de associá-los diretamente à desestabilização da grande empresa, Amaral (1999) associa esses fatores às oportunidades que abriram para os pequenos empreendimentos.

Nas duas últimas décadas assistiu-se, em nível mundial, ao ressurgimento da importância das micro, pequenas e médias empresas, tanto na sua multiplicação numérica quanto na geração de emprego por parte dessas empresas. Esse fenômeno está associado às transformações estruturais pelas quais passou o capitalismo contemporâneo, cujos eventos mais marcantes foram (i) a crise do planejamento e da intervenção regionais centralizados; (ii) a reestruturação do mercado; (iii) a megametropolização, seguida por megas problemas urbanos; (iv) a globalização e a abertura econômica e (v) o uso intensivo da tecnologia da informação e da telecomunicação Amaral (1999).

“Esses eventos, conhecidos como patrocinadores da passagem do regime de produção fordista para o regime de produção pós-fordista, exigiram das empresas novas formas de organização, comandadas pela necessidade de maior flexibilização das estruturas. A resposta das empresas resultou em dois processos: um, de desintegração vertical efetuado pelas grandes empresas e, outro, de integração horizontal, operado pelas PME’s. Ambos os processos passaram a valorizar as empresas e empreendimentos de pequeno porte, porque estas revelaram ser mecanismos de estabilização e de absorção de riscos dentro do novo ambiente econômico e institucional. No segundo processo, chamaram atenção as estratégias exitosas de organização das PMEs baseadas nos agrupamentos territorizalizados, funcionando com base na especialização flexível. Dessas estratégias, as mais conhecidas são os clusters americanos e os distritos industriais italianos”.

Pyke, Becattini & Sengenberger (1990), agregam que qualquer definição de “distrito industrial” não estará livre de controvérsia. No entanto, os autores definem esse conceito como sendo um sistema produtivo local, caracterizado por um grande número de firmas que são envolvidas em vários estágios, e em várias vias, na produção de um produto homogêneo.
Um forte traço desse sistema é que uma grande parcela das empresas envolvidas é de pequeno ou muito pequeno porte. Muitos desses “distritos” foram encontrados no Norte e no Nordeste da Itália, chamada Terceira Itália, especializados em diferentes produtos: Sassuolo, na Emilia Romagna, especializada em cerâmica; Prato na Toscana, em têxtil; Montegranaro na Marche em sapatos; móveis de madeira especialidade de Nogara, em Veneto; etc.

Uma outra forma de organização das PME’s são as clusters. Segundo ROSENFELD (1996) cluster é “uma aglomeração de empresas (cluster) é uma concentração sobre um território geográfico delimitado de empresas interdependentes, ligados entre elas por meios ativos de transações comerciais, de diálogo e de comunicações que se beneficiam das mesmas oportunidades e enfrentam os mesmos problemas”.

Outros sugerem que as diversas abordagens utilizadas pela literatura para analisar o fenômeno de aglomerações produtivas não apenas é diverso, mas é conceitualmente difuso, apresentando diferentes taxonomias que se relacionam.

Dessa forma, alguns autores sugerem tipologias específicas. Por exemplo, Amin (1993) propõe a distinção entre três tipos de aglomerações: Aglomerações industriais em setores tradicionais ou artesanais como aqueles produtores de sapatos, mobiliário, confecções, metalurgia. Os casos de sucesso nesta categoria ilustram a importância da cooperação, especialização da produção e arranjos sociais e institucionais informais; Complexos hi-tech (como o Vale do Silício). Neste caso, os exemplos sugerem a necessidade de altos orçamentos de P&D, importância de venture-capital e excelência na produção de bens sofisticados; aglomerações baseadas na presença de grandes empresas (como em Baden-Wurttenburg na Alemanha) mostrariam a importância de suporte institucional regional via treinamento de alta qualidade, educação, P&D e infraestrutura de telecomunicações.

Porter, (1998,1999).define Clusters como concentrações setoriais e/ ou geográficas de empresas interrelacionadas as quais competem e colaboram em ambientes de favorecimento de negócios. No que se refere a indústrias baseadas em conhecimento e tecnologia, tais ambientes possuem densidade tecnológica e de negócios, isto é, favorecem de modo especial à competitividade dinâmica pela existência de qualificações educacionais apropriadas, instituições de pesquisa e desenvolvimento, “infra-estruturas tecnológicas” (incubadoras e parques tecnológicos), associações comerciais e industriais, entidades de qualidade e padronização, investidores de risco e, enfim, organização e recursos capazes de fortalecer a interação, sinergia, colaboração e competição entre os diferentes atores em cena.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Mineração - Setor estratégico discute o plano Duo-decenal (2010-2030)


As diretrisez do Plano Dua-decenal estão sendo discutidas e o setor mineral emerge como um dos setores estratégicos que contribuirá com maiores recursos para investimentos produtivos para o Brasil nos próximos anos.

O secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral (SGM) do Ministério de Minas e Energia (MME), Cláudio Scliar, participou, nesta quinta-feira (1), da reunião do grupo de trabalho (GT) que discute as diretrizes que servirão de base para a elaboração do Plano Duo-decenal (2010-2030) de Mineração.

Para Cláudio Scliar, “essa discussão é de extrema importância, já que se trata da concretização de uma ferramenta estratégica de planejamento importante para o país”. O plano duo-decenal (2010-2030) de mineração é uma forma de planejamento, baseado em projetos que consolidam estudos de especialistas do setor.

O objetivo do encontro era debater as principais questões relacionadas à atividade mineral sustentável, priorizando a preservação e a proteção ambiental. No debate, também foram discutidas as necessidades e os desafios da mineração, levando em consideração os pontos positivos e negativos e as conseqüências em relação à mineração em áreas de preservação permanente (APPs), em unidades de conservação sustentável e de ordenamento territorial.

A reunião contou com a participação de representantes do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), do Ministério do Meio Ambiente (MMA), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e de empresas do setor. Esse foi o primeiro de um total de nove encontros que acontecerão no mês de outubro.

Para maiores informações sobre o plano duo-decenal (2010-2030) acesse o arquivo Aqui
Leia mais notícias sobre o tema no site da Geologia, Mineração e Transformação Mineral (SGM) do Ministério de Minas e Energia (MME), Aqui

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Trabalho - Alei do simples e as melhorias para microempreendedores



A Lei Complementar nº 128 de 2008 inseriu na Lei do Simples uma nova categoria de microempresa, correspondente à figura do Microempreendedor Individual (MEI). Essa lei facilita a abertura da empresa pelos indivíduos que preencham os requisitos de qualificação, além de simplificar o recolhimento de tributos e contribuição previdenciária. A previsão é que, com isso, sejam formalizados dez milhões de trabalhadores brasileiros que atuam na informalidade como autônomos.

No entanto, esse imenso contingente ainda carece de proteções sociais complementares – principalmente seguro-desemprego e FGTS – como as garantidas aos trabalhadores submetidos ao Regime da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).

Para resolver isso, a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) sugere a criação da Conta Especial para o Microempreendedor Individual (Cemei), que receberia contribuições compulsórias por parte de pessoas jurídicas contratantes de MEIs para a prestação de serviços ou fornecimento de bens. Assim, a pessoa jurídica que tomar serviço de um profissional autônomo deve fazer a contribuição previdenciária quando do pagamento de seus serviços.

Paralelamente, propõe-se também uma série de incentivos para que os microempreendedores organizem-se em torno de associações para a defesa coletiva de seus interesses. Entre eles, a isenção de impostos na compra dos instrumentos de trabalho do microempreendedor afiliado à associação de classe.

Outro incentivo à instrumentalização do MEI é a possibilidade de intermediação pela associação da celebração de contratos entre o MEI e pessoa física ou jurídica que deseje tomar seus serviços ou comprar bens por ele produzidos. A associação também poderá contratar, com instituições financeiras, a administração de planos de previdência complementar ou a administração de ativos financeiros de seus associados.

Leia mais no site da SAE Aqui

Honduras - O Mundo no Avesso


Assim estão as coisas em Honduras, o verdadeiro mundo no avesso.

Quem pode ser julgado é a vitima do golpe de estado e não os golpistas, quem pode ir para a cadeia é a vitima do golpista e não os torturadores e repressores da cidadania.

O golpe foi dado para respeitar a constituição e foram fechados todos os órgãos de imprensa (rádio, tv e jornais), só os da oposição, Foi estabelecido o toque de recolher e o exército está nas ruas, reprimindo ás manifestações da sociedade civil e protegendo as manifestações dos grupos que apoyan a ditadura.

Foram convocadas eleições sobe o toque de recolher e todas as liberdades democráticas eliminadas.

Como disse o cantor:

O mundo já está no avesso, no avesso eu dou embalo
carneiro comendo leão e o pinto matando galo
cavaleiro vai por baixo, por cima vai o cavalo
é sapo engolindo cobra e o côco quebrando ralo
é mulher virando homen é homen virando mulher
ta do jeito que o diabo gosta ta do jeito que o diabo quer


Veja a Matéria do UOL/NOTÍCIAS.

O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, confirmou estar analisando uma proposta feita na terça-feira (29) por líderes empresariais que apoiaram sua deposição para que ele volte à Presidência, com poderes limitados e sob prisão domiciliar. Em entrevista ao Canal 11, Zelaya disse que a oferta é um "bom sinal" e que espera falar com os responsáveis por ela "nas próximas horas".

Para garantir o cumprimento do acordo, o plano prevê o envio de uma força de manutenção da paz das Nações Unidas, integrada por 3.000 militares do Canadá, México, Panamá e Colômbia. Um dos articuladores da proposta é o presidente da Associação Nacional das Industriais, Adolfo Facussé, cujo visto para entrar nos EUA foi cassado em represália pelo apoio dado ao golpe de Estado.

Na prática, o retorno de Zelaya ao poder seria apenas simbólico. Até o fim de seu mandato, em janeiro de 2010, Zelaya não teria comando sobre as Forças Aradas nem sobre o gabinete de ministros, de acordo com a proposta. Também ficaria impossibilitado de mexer no orçamento da nação ou despedir, contratar e transferir pessoal, entre outras ações, apontou o empresário.

"Basicamente, o que estamos propondo é ter um presidente de nome e um conselho de ministros mandando no período que falta para as eleições", programadas para 29 de novembro, disse Facussé a jornalistas. De acordo com o líder empresarial, Micheletti aceitaria a proposta com a condição de que Zelaya se submetesse ao julgamento.

Ao apresentar a proposta, Facussé disse desconhecer a opinião do presidente deposto sobre seu plano, que, segundo ele, põe "uma limitação precisa das faculdades que teria Zelaya" porque "o povo não confia que Zelaya vá a cumprir o que ele promete".
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terça-feira, 29 de setembro de 2009

Empreendedorismo - As pequenas e micro empresas: desafios e oportunidades para Brasil (Parte II)



Referencial teórico e analítico -principais conceitos e modelos
Gonzalo ENRÍQUEZ

Diversos estudos comprovam que o brasileiro é um empreendedor nato. Dados apurados pelo Global Entrepreneurship Monitor (GEM), instituição criada por três organismos mundiais de ensino: London Business School, Babson College de Boston e Fundação Kauffmanm, apontam o povo brasileiro como o mais empreendedor do mundo. Em 2001, Brasil se destacou como um dos cinco países mais empreendedores, com 14,2% de sua população adulta iniciando ou administrando uma nova empresa. Expresso de outra forma este resultado indica que 14 em cada 100 adultos estavam criando ou administrando uma nova empresa (GEM 2002).

Nos últimos cinco anos, 96% das novas ocupações foram geradas por pequenos negócios. Apesar do espírito empreendedor, a maior parte das iniciativas empreendedoras no Brasil acaba em quebra, por conta da PEM’s serem predominantemente formadas por empresas impulsivas e marcadas pela falta de planejamento.. De cada 10 empresas que abrem as portas, sete deixam de existir até o quinto ano de operação. A vida curta não faz jus ao espírito empreendedor tão característico do brasileiro.

Mas o fenômeno pode ser compreendido ao analisar o que leva um novo empreendimento a nascer neste País. O Brasil é campeão mundial de empreendedorismo "por necessidade", ao contrário do que acontece nos países desenvolvidos, onde as pessoas abrem negócios próprios por vocação, sonho ou "oportunidade de mercado". No Brasil - assim como em outros países pobres - a decisão é motivada por fome, miséria ou falta de alternativa no mercado de trabalho. O que significa que o empreendedorismo, mesmo que de forma espontânea e um tanto estabanado, acaba sendo a saída para essas pessoas driblarem o desemprego e garantirem o sustento de suas famílias.
Nesse contexto as pequenas empresas tornam-se um dos mecanismos mais importantes na geração de empregos no Brasil, daí que o interesse pelo estudo e desenvolvimento das (PME’s) está sendo cada dia mais importante.

As (PME’s) no Brasil respondem por aproximadamente 30% do Produto Interno Bruto, 12% das exportações e 60% dos empregos gerados.
Em 2000, havia 2,2 milhões de empresas com até 99 empregados (micro e pequenas empresas), assim distribuídas: 0,3% no extrativismo mineral, 10,7% na indústria de transformação, 0,25% nos serviços industriais de utilidade pública, 4,3% na construção civil, 37,6% no comércio, 35% nos serviços, 0,34% na administração pública e 11,5% na agropecuária.

Entre 1995 e 2000, cerca de 96% dos novos empregos foram criados por PME’s com até 100 empregados, o que demonstra sua importância, enquanto mecanismo de efetiva inclusão social que o Brasil tanto necessita.

As análises sobre o papel e importância das PME’s no conduzem a um mundo paradoxal no qual, nos setores de ponta, a geração de emprego nem sempre acompanha aos aumentos da produção, criando uma estranha pobreza nascida no centro da prosperidade.

Outra cara dessa realidade é que a participação dos setores modernos aa economia debilita-se continuamente, isto provoca o crescimento explosivo do setor informal, formado por trabalhadores por conta própria, familiares não remunerados, domésticos por horas, dentre outros, etc. Setor que atrai quantidade crescente de pessoas que, quando expulsos do setor formal, são deslocados para a “economia popular”, dentro das quais ressaltam as pequenas unidades de produção ou de serviços, as microempresas. Mais estruturadas e formalmente organizadas encontram-se também as pequenas empresas.

Com o propósito de conhecer o comportamento das PME’s têm-se realizado inúmeros estudos demonstrando suas debilidades e fortalezas. A experiência revela que é fácil entrar no mundo das pequenas empresas. O capital requerido para gerar um emprego no setor informal é muito menor que o setor formal. Entretanto, também é difícil crescer nele, sua localização à margem dos circuitos financeiros faz com que seja mais difícil a obtenção de recursos necessários para expandir a capacidade produtiva e conseguir capital de trabalho, dentre outros inúmeros obstáculos.
Nesse sentido as PME’s têm se convertido na fonte principal de empregos insatisfatórios, entretanto, tanto quanto às condições de remuneração como quanto às condições de trabalho. Sua reduzida produtividade se reflete nos baixos salários e as poucas alentadoras expectativas de crescimento, são inferiores às taxas dos trabalhadores do setor formal, o que amplia o diferencial salarial, aumentando a desigualdade na distribuição da renda.

Entretanto, além desse reduzido horizonte, há também as inúmeras possibilidades e potencialidades do setor das PME’s. Existem outros indicadores para se avaliar as perspectivas dessas empresas já que, além de aumentar a taxa de ocupação e contribuir a aliviar a pobreza, como já foi dito, elas apresentam a potencialidade de integração estrutural em setores formais, em redes e agrupações locais - onde promovem negócios sustentáveis - dinamizando recursos e tecnologias nacionais, dentre outros aspectos que revelam seu importante papel na dinâmica social.
É conhecido o fato de que apesar da publicidade e marketing, acerca das corporações multinacionais e transnacionais e dos conglomerados que geram bilhões de dólares, mais pessoas estão localizadas nos pequenos negócios do que nos grandes.

Segundo Perez (2002), para serem competitivas as PEM’s precisam apropriar-se das práticas gerenciais disponíveis em forma de modelos, métodos, técnicas, ferramentas e estratégias que, conforme com a experiência internacional, são acessíveis e aplicáveis com sucesso no contexto das empresas PEM’s.

As PEMs “necessitam ser pequenas e competitivas, conciliar a rentabilidade com a produtividade, qualidade e bom serviço para competir com sucesso”, entendendo como competitividade a não agressividade e ferocidade para destruir adversários, mas sim sendo as melhores, respondendo às exigências dos mercados, locais, nacionais ou internacionais.

Perez (2002) destaca três elementos essenciais para que as pequenas empresas ganhem competitividade: o primeiro é o processo de melhoramento contínuo de todos seus membros, que contribui ao aprendizado organizacional da empresa, onde todos seus membros são parte do capital humano que se incrementa, através da capacitação, observação dos processos de forma que cada empregado identifica problemas a resolver, encontra soluções e gera inovações incrementais. Isto pressupõe a valorização e capacitação das pessoas, estimulando sua criatividade, o que vai promover nas pessoas um processo constate de absorção e domínio crescente, tanto das tecnologias que já utiliza, bem como das novas que adquire e produz.

Um segundo fator consiste na estratégia de especialização, que permite à empresa identificar suas fortalezas e debilidades, bem como analisar o leque de opções de segmentos de mercados onde poderia competir em cenários mundiais cada vez mais diferenciados*, para saber selecionar e definir bem o mercado aonde a empresa vai a concorrer, Isso deve ter em consideração que a economia em escala não é a única alternativa, hoje já existem nichos aonde para o usuário pode ser mais importante a qualidade, a oportunidade da entrega ou o serviço (PEREZ 2OO2) .

O terceiro elemento colocado por Perez (2002) é a participação em redes de cooperação com sócios que as complementem, tomando consciência de que a competitividade e cooperação não são dois conceitos opostos e aprendendo que as redes de apoio e cooperação são características das empresas mais bem sucedidas no mercado mundial.