segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Economia - Pequenas e micro empresas: os desafios do Brasil (Parte I)

As pequenas e micro empresas: desafios e oportunidades
do empreendedorismo no Brasil
Gonzalo Enríquez

No Brasil, as PME’s vêm assumindo um papel crescente. Em conseqüência desta reconhecida importância, esta categoria de empresas tem recebido grande atenção, por parte de especialistas, bem como ocupado maior espaço na agenda do governo e da iniciativa privada.
Contrastando com essa importância, verifica-se que apenas três, de cada dez novos empreendimentos classificados como PME’s, chegam ao quinto ano de criação. Considerando-se apenas o 1º ano de atividade, a taxa de mortalidade das PME’s chega a 40% do total de empresas (Sebrae).
Essa situação, em grande parte, reflete a falha da política industrial, especialmente focada para a problemática das PME’s, que prevaleceu no Brasil, no passado recente. Já é consensual a percepção de que as políticas do passado, anteriores à década de 90, premiaram a grande empresa e as políticas macro. Foram muito poucas as ações orientadas às PME’s e às políticas micro, no sentido de intervir diretamente nessas empresas. Nos anos 90, apenas os grandes oligopólios (como a indústria automotiva, por exemplo) conseguiram sobreviver ao processo de abertura. Poucas foram as políticas especialmente voltadas para o micro-produtor, que foram deixados à sua sorte.

As PME’s enfrentam diversas dificuldades, principalmente, no acesso às informações, aos sistemas de financiamento, ao mercado, à aquisição de competências de gestão e à adoção de práticas de cooperação. Alta carga tributária, dentre outros problemas, é um verdadeiro obstáculo ao desenvolvimento, gerando um clima de vulnerabilidade que pode levá-las ao desaparecimento, seja pelo elevado índice de mortalidade, por conta dos problemas já identificados, seja pelos processos de fusão ou aquisição por uma outra grande empresa.

Como alternativas a essa vulnerabilidade, estão emergindo novas formas de organização, de cooperação e de iniciativas, que contribuem para que as PME’s consigam consolidar-se e ganhar competitividade. Dentre estas, destacam-se os diferentes processos de integração que ganharam força em algumas regiões pouco desenvolvidas, como o caso dos distritos industrias do norte da Itália, definidos como sistemas produtivos locais, caracterizados por um grande número de empresas de pequeno, ou muito pequeno, porte, especializados em diferentes produtos.
No Brasil, os chamados arranjos produtivos locais (APLs), existentes e potenciais, procuram encontrar um caminho, a partir de experiências já difundidas, para organizar as competências e capacidades de empresas e empresários e ganhar competitividade.

Nesse contexto, no Brasil, os diversos estudos buscam de uma taxonomia, a partir das evidências empíricas. A questão principal de uma tipologia adequada à países em desenvolvimento e incorporar os mecanismos que podem afetar a transição de APLs em direção a sistemas produtivos dinâmicos. Uma outra refere-se à inadequação de uma visão estritamente setorial para tratar o problema. De uma maneira sintética, é necessário um entendimento sobre como ocorrem os processos de coordenação das atividades ao longo da cadeia produtiva e de que maneira se pode induzir a sua transformação.
O problema nesse ponto é que, por um lado, os estudos disponíveis com relação aos países desenvolvidos não se concentram muito nesta última questão (transição de aglomerados geográficos para arranjos e sistemas produtivos dinâmicos), limitando-se a analisar, ex-post, as diversas razões que levaram sistemas produtivos locais ao sucesso. Por outro lado, as análises disponíveis com relação aos países em desenvolvimento, apesar de incorporarem importantes elementos sobre a coordenação das atividades ao longo das cadeias, ainda são extremamente reducionistas, no sentido de que geralmente limitam as possibilidades de transformação dos aglomerados locais a uma quase inevitável integração à globalização via exportação de commodities.

No âmbito micro, destacam-se as sociedades de financiamento de inovações, os fundos de investimentos de risco, de capital-risco, entre outros, como por exemplo, as finanças de proximidade (ABRAMOVAY 2003).

As experiências de microfinanças examinadas recentemente pela OCDE (1998:14-15) mostram que o sucesso de empreendimentos econômicos em regiões pauperizadas depende da alquimia – o termo exprime bem o caráter ainda incipiente do conhecimento a respeito do assunto – de dois aspectos: por um lado, da mobilização das forças vivas do meio local, capazes de produzir e realizar coletivamente um projeto de desenvolvimento que inclua as preocupações ligadas à qualidade de vida e à inserção social; por outro lado, é fundamental encontrar os recursos técnicos e financeiros necessários a que os projetos sejam não só concebidos, mas executados plenamente, o que supõe um conjunto de instrumentos que permitam: a) produzir as condições de emergência de idéias inovadoras pela concertação dos atores locais e aproveitando os talentos dos empreendedores do próprio meio em que se está atuando; b) dispor dos recursos, dos contatos, para levar estas idéias adiante por meio de assessoria técnica consistente e c) terem acesso a financiamentos adequados.

Nesse sentido, é importante resgatar as experiências e trajetórias das pequenas empresas, cobrindo uma grande lacuna no debate sobre o tema, analisando as evidências empíricas, em detalhe e verificando como estas rebatem em termos de desenvolvimento regional e sustentável.
Estudos devem também avaliar os esforços públicos que tem sido feitos para a promoção da capacidade tecnológica nas PMEs brasileiras, enfocando, particularmente, as mudanças na lógica e operação dos programas de fomento, depois das reformas econômicas efetuadas nas décadas de 80 e 90. Por sua tarefa em identificar as dificuldades, enfrentadas pelas PME’s brasileiras, para absorver e adotar inovações tecnológicas e melhorar sua inserção no heterogêneo quadro macroeconômico, das últimas décadas, de forma a aumentar sua competitividade, ilustrando com o caso das empresas que atuam na área de produtos naturais e biotecnologia.

Política - No lugar certo no momento certo, competência e juventude o signo da época

Competência, sorte e até alguns constrangimentos marcam o caminho de jovens autoridades que chegaram rapidamente ao poder no funcionalismo

Flávia Foreque
Edson Luiz
Do Correio 27/09/2009

A indicação de Antonio Dias Toffoli para o Supremo Tribunal Federal (STF) causou polêmica entre parlamentares do Congresso, responsáveis pela aprovação do nome para a corte. Além do histórico de advogado do Partido dos Trabalhadores, a pouca idade do advogado-geral da União também foi alvo de críticas. Toffoli tem 41 anos — três a mais que Alexandre Padilha, que assumirá a Secretaria de Relações Institucionais no lugar de José
Múcio Monteiro, agora ministro do Tribunal de Contas da União (TCU).
A pouca idade, na verdade, não é tão incomum em altos postos do Executivo. Um exemplo é o titular da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Daniel Barcelos Vargas, 30 anos, no cargo há cerca de três meses, após a saída de Roberto Mangabeira Unger. O perfil do novo ministro provocou certa mudança na rotina da pasta.

Quando Daniel participa de algum evento com colegas da Esplanada,toma o cuidado para que o cerimonial da secretaria se antecipe à sua chegada, para evitar constrangimentos. Desde que assumiu interinamente a pasta no lugar de Mangabeira Unger, o mineiro de Patos de Minas perdeu as contas de quantas vezes teve o acesso impedido, ainda que por poucos segundos, à área restrita às autoridades. Em viagens ao interior do Brasil, também já

Já perguntaram a Daniel Vargas até mesmo se ele tinha carteira de motorista
perguntaram, em tom de brincadeira, se o jovem ministro tinha
carteira de motorista.

Após concluir a faculdade de direito, Daniel aprofundou os estudos em mestrado na universidade e, depois, em Harvard, onde ingressou no doutorado. E foi na renomada instituição dos Estados Unidos que conheceu Mangabeira Unger, cujo convite o fez voltar ao Brasil e dar início à carreira que, em dois anos, o levaria ao posto de ministro.

“Para mim, foi uma sucessão de acasos. Um pouco de sorte, um pouco de mérito”, avalia. Quando Unger precisou voltar aos Estados Unidos para não perder a licença de professor, o então subchefe executivo imaginou que ficaria no máximo dois dias com o título de ministro. Mas a interinidade já dura três meses.

Política - Médicos confirmam que Dilma etá curada do Cancer


Sai hoje (28.set.2009) de manhã, por volta de 9h, uma nota oficial dos médicos responsáveis pelo tratamento a que a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) se submeteu desde abril contra um câncer linfático. No comunicado, ficará explicitado que o tramento está encerrado e que a pré-candidata do PT a presidente da República está sem a doença.

Devem assinar a nota os médicos Paulo Hoff, Yana Novis e Roberto Kalil Filho. Há uma expectativa sobre se os médicos dirão que Dilma “está curada”. Em geral, nesses casos, eles sempre preferem afirmar que o tratamento está encerrado e não há mais indícios da doença. Para todos os efeitos, o comunicado terá o efeito público de anunciar a cura da ministra.

O comunicado de hoje terá como base exames realizados na última quinta-feira (24.set.2009), no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. A assessoria do hospital deve divulgar o documento.

O anúncio do fim do tratamento é considerado vital para que a ministra possa se dedicar mais à sua pré-campanha a presidente. A partir de agora, ela deve intensificar sua agenda de compromissos pelo pais.

Durante o tratamento, Dilma sofreu com alguns dos efeitos colaterais das sessões de quimioterapia e radioterapia. A partir da agora, ela vai passar por avaliações trimestrais pelos próximos 12 meses.

Leia mais no blog do Fernando Rodrigues da Folha

Aqui

sábado, 26 de setembro de 2009

Análise comparativo dos efeittos da crise nos países do G20



G-20 e a crise

Mudança climática - G-20 não dá prazo para fim de subsídios de combustíveis fósseis

Os países do Grupo dos 20 (G-20, que reúne as nações mais industrializadas e as principais potências emergentes do mundo) concordaram nesta sexta-feira (25) em eliminar gradativamente os subsídios para a produção e consumo de combustíveis fósseis e instruiu os ministros de Finanças a completar até novembro uma "variedade de amplas opções" para financiar as medidas para amenizar a mudança climática nos países em desenvolvimento, segundo uma cópia do comunicado do encontro de cúpula obtido pelo Wall Street Journal.

Contudo, o documento falha em produzir uma meta numérica para o financiamento de medidas para amenizar a mudança climática e controle. E também não inclui um prazo final para a eliminação gradual do subsídio.

Ao contrário, diante da oposição dos países que mais pagam subsídios, tais como a Rússia, o comunicado diz que o apoio do governo deve desaparecer "ao longo do médio prazo". Isso deixa o prazo final por conta dos países do G-20 e seus interesses individuais.

Apesar das expectativas de que o encontro do G-20 fosse um marco no caminho para uma conferência de mudança climática de dezembro em Copenhagen, até agora o grupo tem, em grande medida, adiado as decisões. A eliminação gradual dos subsídios de combustíveis fósseis tem sido apregoado por membros da administração dos presidente dos EUA Barack Obama como o ponto central da iniciativa ambiental. Mas sem um prazo final, não está claro quando isso vai acontecer.

"Teremos nossos ministros de Energia e Finanças, com base em suas circunstâncias nacionais, desenvolvendo a implementação de estratégias e prazos", segundo o texto do comunicado. O comunicado também vai pedir o fortalecimento da regulamentação sobre especulação com petróleo.

"Vamos instruir os órgãos reguladores relevantes a também coletar dados relacionados aos mercados de petróleo de balcão e adotar medidas para combater a manipulação do mercado que conduzam a excessiva volatilidade de preço", diz o documento.

Sob a sessão financiamento climático, os estados membros vão "instruir" os ministros de finanças a apresentar no encontro de novembro opções a serem consideradas em Copenhagen. Isso é mais forte que o rascunho inicial que somente "convidava" os ministros a agir.

"Isto pelo menos cria um processo antes de Copenhagen", disse Alden Meyer, diretor de estratégia e política da Union of Concerned Scientists, que está pressionando por uma ação mais forte para combater o aquecimento global.

O acordo para a proposta é uma vitória para o presidente dos Estados Unidos Barack Obama, anfitrião da reunião e que recentemente mostrou o desejo de alterar a postura do país em relação ao clima. Os Estados Unidos, vinham se mostrando reticentes a adquirir um compromisso firme na luta contra o aquecimento global, resistência que gerou atritos com seus parceiros europeus.

Simbolicamente o país escolheu realizar a reunião em um emblemático edifício ecológico no centro de convenções mais "verde" do país. O jardim botânico Phipps, sede do jantar, é um edifício de vidro de origem vitoriana construído em 1893, considerado o "coração verde de Pittsburgh" e um modelo de inovação ecológica.
Leia mais sobre o tema no Estadão Aqui

Crise diplomática em Honduras - Governo brasileiro esperava linguagem mais dura da ONU

O governo brasileiro ficou frustrado com a linguagem usada na declaração da presidente do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), Susan Rice, sobre a situação em Honduras, informa matéria de Sérgio Dávila publicada na Folha deste sábado (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).

O Itamaraty esperava que a principal instância da ONU, presidida atualmente por Rice, embaixadora dos EUA, se pronunciasse de forma mais dura contra o conflito, chamando atenção de todo o mundo sobre ele.

Rice, no entanto, defendeu em seu pronunciamento que Washington acredita que seria a OEA (Organização dos Estados Americanos), e não o Conselho de Segurança, a instituição mais capacitada a lidar com uma crise regional como esta.

O secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, concorda com o ponto de vista e afirma não ver razão para o envolvimento da instância maior da ONU, já que não se trata de um conflito armado.

Leia a reportagem completa na folha Online Aqui

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Eleições - PMDB não esconde apoio a Lula, diz Dilma


Diante do avanço das negociações para atrair o PMDB para 2010, Dilma Rousseff afirmou que não tem dúvidas sobre a disposição de líderes da sigla de apoiar o presidente Lula, assim como seu sucessor. "As lideranças não escondem o apoio ao governo Lula e também não escondem o apoio à sucessão do presidente", disse. Ela evitou o rótulo de candidata e disse que só pode assumir candidatura depois que o PT decidir. A ministra aproveitou sua passagem pela capital paulista para se submeter a exames médicos no Hospital Sírio-Libanês, região central da capital.

Aliado do PMDB paulista, José Serra disse que a política local tem peso importante nesse cenário de alianças. "As relações locais com os partidos são um ingrediente que a gente costuma esquecer e que na hora H tem uma presença muito forte", afirmou. "Relações com o PMDB sempre são importantes", emendou o tucano.

Governador paulista é volta ao passado, diz Ciro

Embalado pelas últimas pesquisas, o deputado e pré-candidato à Presidência Ciro Gomes (PSB-CE) tentou ontem abafar as especulações sobre racha na base aliada em 2010 e preferiu criticar o principal nome do PSDB na disputa, o governador paulista, José Serra. "O meu único adversário neste momento se chama volta ao passado. E este passado se chama Serra. Ele foi ministro do Fernando Henrique Cardoso e eles construíram uma agenda perversa para o País", declarou Ciro, em entrevista coletiva na Assembleia Legislativa de Santa Catarina.

O deputado frisou que a base governista deve se unir em defesa do lançamento de dois candidatos à Presidência e ressaltou que não está em antagonismo com o projeto político do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Sobre a última pesquisa CNI/Ibope, em que chega a aparecer à frente da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, ele frisou que é um cenário de momento. "Eu vejo estes números preliminares com gratidão, porém quase nada tem a ver com o que ainda vai acontecer", ponderou.

Leia a reportagem na íntegra no estadão

Aqui

HONDURAS - LULA: "Vocês vão ter que acreditar num golpista ou em mim"



"Intromissão" brasileira

Na quinta-feira (24), a administração Micheletti acusou o governo brasileiro de "promover" a volta do presidente deposto, Manuel Zelaya, ao país e afirmou que a embaixada do Brasil em Tegucigalpa se transformou "em uma concentração de pessoas armadas que ameaçam a paz e a ordem pública em Honduras".

Em um comunicado divulgado pela Secretaria de Relações Exteriores, o regime interino de Honduras acusou o Brasil de "intromissão nos assuntos internos" do país e de saber com antecedência que Zelaya se abrigaria na missão diplomática brasileira em Tegucigalpa.

"Sendo a presença do senhor Zelaya na missão do Brasil em Tegucigalpa um ato promovido e consentido pelo governo do Brasil, recai sobre ele a responsabilidade pela vida e segurança de Zelaya e por danos à integridade física das pessoas e propriedades derivadas", diz o texto.

"Vocês vão ter que acreditar num golpista ou em mim", rebate Lula
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desmentiu rumores de que o Brasil tenha tido qualquer envolvimento no regresso do presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, a seu país ou em abrigá-lo na Embaixada do Brasil na capital hondurenha, Tegucigalpa.

"Vocês vão ter que acreditar num golpista ou em mim", disse o presidente Lula, em Pittsburgh, pouco antes de partir rumo ao jantar oferecido pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para os chefes de Estado e de governo que participam da reunião do G20, que está sendo realizada na cidade americana.

Leia a reportagem completa no UOL Notícias Aqui

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Mais uma batalha e uma nova vitória




Após mais uma sessão de quimioterapia, o presidente da República em exercício, José Alencar, deixou na manhã de hoje o Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. De acordo com a assessoria do hospital, Alencar chegou às 10 horas, fez a quimioterapia e deixou o hospital em seguida. Ele luta contra um câncer há 12 anos. A equipe que o acompanha é coordenada pelos médicos Paulo Hoff e Roberto Kalil Filho.

Minc nega ter respondido na mesma moeda a governador do MS

O ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) negou que tenha respondido "na mesma moeda" às críticas do governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB). E disse que espera uma posição dos eleitores, parlamentares e da Justiça local sobre o episódio. "Não foi na mesma moeda de forma alguma. Ele usou uma carga negativa pra falar da homossexualidade. Eu não, eu tenho leis sobre isso. Como ele declarou que ia me estuprar, eu falei que essas leis poderiam beneficiar até a ele próprio."

Na última terça-feira (22), Puccinelli chamou o ministro do Meio Ambiente de "veado". Disse que o "estupraria em praça pública" se Minc fosse a Campo Grande. O ministro rebateu dizendo que o governador deveria "tratar com mais carinho o homossexualismo que existe dentro dele próprio".

A senadora Marina Silva (PV-AC), ex-ministra do Meio Ambiente, comentou, nesta quinta-feira, a polêmica, reprovando a troca de ofensas e dizendo que Minc "não poderia responder na mesma moeda".

Debate de ideias
Ao ser questionado se havia ficado assustado com a reação do governador de Mato Grosso do Sul, Minc afirmou "não ter se intimidado de forma alguma". "Eu estou mais acostumado com o embate político de ideias e não fujo deles. Isso não é debate possível, é ameaça de crime. É uma coisa muito chocante".

"Espero que os eleitores, parlamentares, a Justiça local tome posições em relação a isso. Eu eu acho que uma pessoa que usa essas expressões não está capacitada pra governar um Estado", finalizou.

Educação - Censo escolar aponta queda de 2,1% nas matrículas da educação básica

As matrículas na educação básica do país tiveram uma queda de 2,1% entre 2008 e 2009. O total de alunos que estudam em escolas das redes pública e privada passou de 53,2 milhões para 52 milhões, segundo dados do Censo Escolar, divulgados ontem pelo Ministério da Educação.

Para o ministro Fernando Haddad, entretanto, essa redução não significa que há menos crianças na escola. "O que ocorre é que a metodologia do nosso censo está muito mais apurada do que no passado e evita a dupla contagem", explica. Segundo o ministro, dados da Pesquisa Nacional por amostra de Domicílios (Pnad/IBGE) mostram que a taxa de atendimento cresce a cada ano. Em 2008, 97,5% das crianças entre 6 e 14 anos frequentavam a escola.

Antes de 2007, a escola era obrigada a informar o número de alunos e por essa razão uma mesma criança poderia ser contada duas ou até três vezes. Agora, os estabelecimentos de ensino precisam enviar ao MEC o nome de cada um dos estudantes, o que reduz a chance de erros.

Os dados divulgados ontem ainda são preliminares. A partir da publicação dessas informações, Estados e municípios têm 30 dias para solicitar correções. O número de matrículas é utilizado para calcular os valores que serão repassados, via Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), para as redes estaduais e municipais. Quem não corrigir os dados pode ficar com menos verba do que deveria receber.

Veja a matéia na íntegra na Agência Brasil, de Brasília
24/09/2009 Aqui

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Política - Governador fala em estuprar em praça pública a Ministro do Governo Lula


O governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), membro da base aliada do Governo do Presidente Lula disse que gostaria de estuprar o Ministro Carlos Minc a quien chamou de viado e maconheiro.

Assim fala o governador, com alegria e descontraído, de estuprar um Ministro que segndo ele é homossexual. Aca entre nós, ou já teve algúm caso com ele, gostaria ter, ou já estuprou alguém na sua vida. Sendo assim, se declarou que teria relações homossexuais é porque ele já experimentou.

Quiem mais deve ter celebrado a vontade do governador deve ser a Senadora (rainha do desmatamento) que sua representante política em esse campo da destruição da floresta.

Veja a declaração do Governador.

Hoje, num evento com empresários, Puccinelli disse que Minc era "viado e fumava maconha". Afirmou ainda que iria correr atrás de Minc e estuprá-lo se o ministro aparecesse no Estado. "Se ele viesse [participar da maratona Volta das Nações], eu ia correr atrás dele e estuprar em praça pública", disse Puccinelli.

Veja uma notícia que explica, em parte a declaração do Govenador.

O governador André Puccinelli (PMDB) acredita que a BAP (Bacia do Alto Paraguai) ainda possa ser excluída da região onde o projeto de zoneamento agroecológico do governo federal vetou o cultivo da cana-de-açúcar.

A questão gerou polêmica, pois o governo do Estado apresentou projeto à Assembleia Legislativa onde permite o plantio de cana. “O [projeto] federal sempre se sobrepões ao estadual. Mas quem anda no Brasil, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso vai excluir a BAP, que nada tem a ver com o bioma Pantanal. Usina no Pantanal, só se matar o André”, afirmou durante entrevista ao jornal Bom Dia MS, da TV Morena.

Puccinelli defende que o projeto de zoneamento elaborado pelo governo do Estado tem apoio de 92 entidades, como a WWF Brasil e a ONG Ecoa. O governador ainda reclama da postura do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. “Nos últimos 20 dias, para obter o Selo Verde, quis incluir a BAP, que nada tem a ver com o bioma Pantanal. Nos entregaram ao capital internacional”.

O projeto do governo federal ainda será votado pelo Congresso Nacional.

Amazônia - Brasil debate o valor da floresta em pé


País não fechou proposta climática, mas estuda formas de medir preservação

Catarina Alencastro escreve para "O Globo":

O governo brasileiro ainda não fechou propostas climáticas para apresentar hoje na reunião de clima da ONU, mas negocia, internamente, uma forma de incluir o REDD (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal) no mercado de carbono. Duas ideias estão em fase de elaboração e deverão ser divulgadas no dia 14 de outubro, quando o governo anunciará a proposta a ser levada a Copenhague, segundo o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc.

Na primeira, o país apresentaria a queda na elevação das emissões de CO2 e demonstraria que uma redução ainda maior poderia ser alcançada se os ricos ajudassem. A "ajuda" seria na forma de financiamentos de projetos de redução do desmatamento, manejo florestal e de conservação da floresta em pé.

O segundo modelo é sugerir aos ricos que apresentem metas adicionais de redução de CO2 a serem atingidas a partir do mecanismo de REDD. Por exemplo: o Japão anunciou recentemente que cortará 25% de suas emissões até 2020.

Em cima disso, o Brasil proporia que o país reduzisse 30%, sendo que esses 5% adicionais seriam obtidos com créditos gerados por projetos de REDD.

- A ideia é que o REDD entre para aumentar a ambição dos países desenvolvidos - resumiu Branca Americano, diretora do Departamento de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente.

Mas outros setores do governo que participam da negociação do clima não concordaram com a proposta do Ministério do Meio Ambiente. A introdução do mecanismo de REDD no mercado compensatório é problemática, segundo negociadores, porque o Brasil não estaria preparado para garantir que uma quantidade determinada de CO2 está sendo reduzida. Um dos gargalos é justamente o monitoramento do desmatamento.

Até hoje, somente o desmatamento da Amazônia é medido regularmente, através de imagens de satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Os demais biomas, embora também sofram perdas florestais significativas, não contam com um sistema que apure com precisão o montante que vira fumaça e dióxido de carbono.

O Cerrado, por exemplo, já teve 48% de sua vegetação suprimida. A Caatinga é outro bioma que tem sido rapidamente convertido em carvão vegetal.

Um estudo recente do Ibama revelou que entre 2002 e 2008 a derrubada do Cerrado causou a emissão de 350 milhões de toneladas de CO2, montante equivalente ao emitido pela queima da Amazônia no mesmo período.

Para que o Brasil consiga emitir certificados de redução de emissões, precisaria assegurar que não há vazamento de emissões por desmatamento em todo o território nacional, algo que hoje não tem condições de fazer.

(O Globo, 22/9)

Amazônia - Primeiros projetos do Fundo Amazônia receberão financiamento até novembro

Comitê criará estoque de produtos que serão contemplados com as parcelas da doação

Os primeiros projetos beneficiados pelo Fundo Amazônia deverão receber financiamento ainda este ano. A previsão do representante do BNDES (Gestor do Fundo), Sérgio Vieira, que participou, nesta segunda-feira (21/9), da 5ª reunião do Comitê Orientador do Fundo Amazônia (Cofa), é que entre o final de outubro e início de novembro o dinheiro seja liberado para que os projetos comecem a ser desenvolvidos. Atualmente, o BNDES conta com 83 projetos em fase de avaliação.

Para o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, ter projetos em andamento é a oportunidade do Brasil apresentar aos participantes da 15ª Convenção do Clima (COP 15), que se realizará em dezembro em Copenhague (Dinamarca), o que é o Fundo Amazônia na prática.

"É preciso mostrar o Fundo, a natureza dele e o que se espera do projeto. Isso vai mostrar para o mundo e para os doadores o que se pretende com o Fundo e as doações começarão a acontecer", ressaltou Minc.

O Fundo conta com 110 milhões de dólares doados pela Noruega, como parte de um montante de 1 bilhão de dólares que serão aportados até 2015.

Para garantir a agilidade da implementação dos projetos, os membros do Cofa decidiram que o BNDES terá um estoque de produtos, que já estão enquadrados e aptos para receber o recurso do Fundo. A ideia é que caso haja mais demanda do que o recurso disponível, seja criado um banco com projetos que serão contemplados assim que entrar uma nova parcela da doação.

Para esse estoque de projetos, será desenvolvido um sistema de pontuação que vai definir quais são os projetos prioritários na lista. Para Minc, isso garante agilidade e rigor para a escolha dos projetos do fundo.

O Cofa acatou a proposta de alguns setores de financiar atividades com fins lucrativos. Para isso, foram definidos os critérios para conseguir o recurso. Um deles é que o projeto tem de envolver atividades que não aplicam uma linha de crédito normal pelo risco de atividades, como explicou o consultor do MMA Tasso Azevedo. Ainda ficou definida a contrapartida de 10% a 50% e a garantia que o projeto visa o benefício coletivo.

O site do Fundo Amazônia vai disponibilizar todos os dados das entidades e dos projetos enviados ao BNDES, como recursos solicitados e público que será trabalhado. O endereço é Fundo Amazônia

A próxima reunião do Cofa acontecerá no final de novembro em Belém (PA).

(Informações da Assessoria de Comunicação do MMA)

Saúde - Acredite se quiser, use quando puder


CURA DO CÂNCER

Um médico italiano descobriu algo simples que considera a causa do câncer. Inicialmente banido da comunidade médica italiana, foi aplaudido de pé na Associação Americana contra o Câncer quando apresentou sua terapia. O médico observou que todo paciente de câncer tem aftas. Isso já era sabido da comunidade médica, mas sempre foi tratada como uma infecção oportunista por fungos - Candida albicans.

Esse médico achou muito estranho que todos os tipo de câncer tivessem essa característica, ou seja, vários são os tipos de tumores mas têm em comum o aparecimento das famosas aftas no paciente.


Então, pode estar ocorrendo o contrário - pensou ele. A causa do câncer pode ser o fungo. E, para tratar esse fungo, usa-se o medicamento mais simples que a humanidade conhece: bicarbonato de sódio.Assim ele começou a tratar seus pacientes com bicarbonado de sódio, não apenas ingerível, mas metódicamente controlado sobre os tumores. Resultados surpreendentes começaram a acontecer. Tumores de pulmão, próstata e intestino desapareciam como num passe de mágica, junto com as Aftas.

Desta forma, muitíssimos pacientes de câncer foram curados e hoje comprovam com seus exames os resultados altamente positivos do tratamento.

Mas foi notícia nos EUA e nunca chegou por aqui. Bem que o livro de homeopatia recomenda tratar tumores com borax, que é o remédio homeopático para aftas. Afinal, uma boa notícia em meio a tantas ruins.

De novo, a pergunta que não quer calar: por que a grande imprensa não dá a menor cobertura a isso? Nem na TV, nem nas rádios, nem nos grandes jornais....

Absolutamente nada. Quem os proíbe de noticiar? O médico teve que construir um site, para divulgar o seu trabalho de curar o câncer (ou, pelo menos, várias das suas formas), usando apenas solução de bicarbonato de sódio a 20%. Imaginem! Bicarbonato de sódio, coisa que a gente encontra até no boteco da esquina.

Neste endereço, CANCER FUNGUS e Somoncine o médico italiano mostra a evolução do tratamento até a completa cura em 4 casos. Lá estão os métodos utilizados para aplicação do bicarbonado de sódio sobre os tumores. Quaisquer tumores podem ser curados com esse tratamento simples e barato. Parece brincadeira, né?

Se está cura for efetiva , vai acabar a farra dos lucros dos laboratórios que ganham sacos de dinheiro a custa dos pobres mortais.

Mineração - Governo deve ficar atento a tributos à mineração, alerta Ministro das Minas e Energia Edson Lobão


Ministro pede cuidado na formação do novo marco regulatório para evitar que a área seja muito onerada

BELO HORIZONTE - O ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, disse nesta segunda-feira, 21, que o governo federal deverá ter todo o cuidado na formação do novo marco regulatório do setor mineral para evitar que a área seja muito onerada. "Os royalties são muito baixos, mas temos de ter todo o cuidado na formulação de uma nova política tributária para o setor mineral, pelo fato de ser altamente exportador", afirmou Lobão, que participou da abertura do 13º Congresso Brasileiro e a Exposição Internacional de Mineração (Exposibram), em Belo Horizonte.

De acordo com ele, a ideia do governo é criar um novo código que "não tumultue" o setor, mas que faça ajustes na legislação que "já está obsoleta e precisa ser renovada". Segundo Lobão, hoje pela manhã, ao vir para Belo Horizonte, ele leu anteprojeto do setor mineral, mas ressaltou que ainda se trata de um primeiro esboço, que ainda não está acabado. "Ajustes têm de ser feitos", afirmou.

Ele lembrou que o governo fará uma série de consultas junto ao setor de mineração, autoridades e governo estaduais e a expectativa é de que o projeto seja encaminhado ao Congresso ainda este ano. Lobão adiantou que um dos pontos fundamentais vai ser o tempo de exploração das minas. "Seguramente isso vai se estabelecido", afirmou. Outro ponto importante são os períodos de concessões para as pesquisas de lavras. O ministro afirmou que Departamento Nacional de Pesquisa Mineral se transformará numa agência reguladora.

Internacional - Brasil alvoroça ordem mundial, diz 'El País'


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chega a Nova York para participar da abertura da Assembleia Geral da Onu em situação "que não poderia estar melhor", segundo reportagem publicada nesta terça-feira pelo diário espanhol El País.

Lula deve pedir reformas nas instituições financeiras internacionais, um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU e deve defender a intervenção do Estado na economia para evitar excessos financeiros, diz o jornal.

Lula "falará com a autoridade de quem chega com os deveres de casa muito bem feitos", afirma a reportagem, destacando que a crise financeira "não passa de uma lembrança no Brasil".

"O Brasil se recuperou com rapidez e dinamismo e provavelmente vai fechar o ano com crescimento bastante superior ao do resto dos países membros do G20." O presidente também deve pedir aos 192 países participantes da Assembleia Geral que não baixem a guarda diante da recente recuperação econômica e coloquem em prática as medidas anticrise que vêm sendo discutidas desde a cúpula do G20 em Washington, em novembro passado.

"Quando a crise mundial alcançou seu ápice, o Brasil anunciou um empréstimo ao FMI no valor de US$ 10 bilhões e, desta maneira, passou a formar parte do seleto grupo de sócios doadores da instituição", diz o jornal.

O jornal diz que Brasília considera a estrutura de órgãos como o Banco Mundial e o FMI está hoje totalmente obsoleta e não é representativa dos países emergentes.

"Desta maneira, o Brasil enfrenta uma semana de ofensiva diplomática para consolidar sua condição de líder regional sul-americano e novo ator de transcendência no panorama internacional." O Brasil, "que há anos assume o papel de porta-voz oficioso dos países em vias de desenvolvimento", também deverá reclamar um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, "orgão onde se tomam as verdadeiras decisões", diz o jornal.

Para o Brasil, o assento seria uma forma de fazer com que os interesses do Terceiro Mundo sejam levados em conta "verdadeiramente".

Como argumento, o país conta com a indiscutível liderança na América do Sul, "esta supremacia se assenta em uma sólida economia que, segundo os analistas, já representa 57% do capital sul-americano".

Leia o UOL Aqui