quarta-feira, 18 de março de 2009

BRASIL, AMAZÔNIA - RESULTADOS DE PESQUISA DE CAMPO - BIOINDÚSTRIA (2)

Pesquisa, bioindústria e agregação de valor

A questão da bioindústria foi o centro de referência mais importante, tanto de empresários como das comunidades. Percebeu-se que o apoio de parte dos órgãos governamentais para a capacitação tecnológica dos produtores e comunidades da biodiversidade é insuficiente. Entretanto se é implementado apoio de forma regular, as condições de produção melhoram, e o beneficiamento dos produtos naturais adquire qualidade e opções de mercado.

Dessa forma, o fortalecimento da bioindústria é uma das questões fundamentais para que a floresta consiga produzir para uma demanda cada vez mais crescente de produtos da biodiversidade. A maioria das respostas dos empresários e comunidades se encontra, precisamente, na necessidade de realizar inovações tecnológicas nos produtos naturais para superar uma fase que caracteriza, ainda, a região amazônica – ser fornecedora de matéria-prima.

A agregação de valor supõe o uso de uma adequada tecnologia. Cresce exponencialmente ao longo da cadeia e é maximizada em seus elos finais. Fora da região, portanto, as comunidades ficam com a menor parte dos lucros da cadeia produtiva. O maior desafio para as comunidades que dependem da biodiversidade consiste em criar capacitação tecnológica para inovar e, na medida do possível, agregar valor nas próprias localidades.

Entretanto, a capacidade científica e tecnológica dos atores envolvidos nas atividades extrativistas e de aproveitamento da biodiversidade ainda é extremamente frágil, fragmentada e pouco consolidada. São poucos os convênios e parcerias entre comunidades e centros de pesquisa, para realizar inovações tecnológicas. Convênios de bioprospecção realizados são escassos e, nos que foram registrados pela pesquisa de campo, a tecnologia transferida ao produto e a agregação de valor foi realizada pela empresa e, normalmente, fora da Amazônia.
Apesar da importância da área de biotecnologia para transformar os produtos da biodiversidade em produtos com alto valor agregado, aparentemente ainda não é possível pensar na biotecnologia de ponta. O que pode ser implementado, inicialmente, são processos biotecnológicos de menor intensidade que agreguem valor aos produtos, somados à realização de melhores práticas nas cadeias produtivas, para criar as condições de uma melhoria substancial de produtos.

Dessa forma, os extrativistas e o governo devem estar alertas e preparados para possíveis demandas a respeito de substituição dos produtos naturais pelos sintéticos, pelo fato de – como já foi analisado na tese – o ciclo de vida dos produtos da biodiversidade ser curto. Apesar de existir uma tendência de procurar o natural, pelo preço e pelos poucos efeitos colaterais negativos, também o processo pode ser inverso: uma tendência a reproduzir de forma sintética os princípios ativos da biodiversidade.
Gonzalo ENRÍQUEZ, 2008.

BRASIL, AMAZÔNIA - RESULTADOS DE PESQUISA DE CAMPO - ÁREAS PROTEGIDAS E MODELO EXTRATIVISTA (1)

A seguir algumas conclusões de uma pesquisa de campo que foi realizada nos Estados do Amapá, Amazonas e Pará. a pesquisa demorou 8 meses, começou a meados de 2007 e foi concluida em março de 2008. as conclusões da pesquisa foram divididas em duas partes uma primeira sobre aspectos gerais dos desafios da sustentabilidade e a segunda parte sobre aspectos mais específicos e alternativas concretas de um modelo sustentável para a Amazônia.

Foram discutidos tópicos como: as noções sobre o desenvolvimento e alternativas para a sustentabilidade da Amazônia; a importância da biodiversidade e a bioindústria, bem como os mecanismos para o aproveitamento dos recursos gerados pela floresta; o importante papel das áreas preservadas sob o modelo extrativista e sua contribuição ao desenvolvimento sustentável e, finalmente, a valorização da floresta em pé, como alternativa para sua conservação e aproveitamento da sua riqueza de forma sustentável.

Primeira parte

Áreas protegidas e modelo extrativista

As áreas preservadas sob a forma de reservas extrativistas e reservas de desenvolvimento sustentável estão passando por um processo de transformação importante. A visão da comunidade revelou que quando a comunidade se localiza em reservas extrativistas, não apenas melhora suas condições de vida como ficam mais conscientizadas sobre a necessidade da conservação da biodiversidade.

As modalidades de reservas extrativistas e de desenvolvimento sustentável não podem ser vistas como empreendimentos rentáveis que vão solucionar por si só a vida das comunidades. A análise econômica neoclássica, que se utiliza de instrumentos da economia tradicional para analisar a trajetória do extrativismo, não é instrumento que contribua positivamente, de forma decisiva, para avaliar as comunidades da floresta amazônica, já que estas são mais complexas e não dependem, exclusivamente, dos mecanismos de mercado para se desenvolver. Dessa forma, nas comunidades pesquisadas foi constatado que não podem ser apenas as regras do mercado as que dinamizem as economias locais. É necessária a intervenção do Estado, para fortalecer as cadeias produtivas, melhorar a competitividade, por meio de assistência técnica, capacitação tecnológica, educação e gestão, ao longo da cadeia produtiva.

A pesquisa confirmou que o apoio do Governo Federal, por meio dos diversos programas voltados para a Amazônia, é imprescindível para a manutenção das comunidades e para o processo de produção e beneficiamento da biodiversidade.

De maneira geral a pesquisa revelou, igualmente, a necessidade de ampliar o apoio às áreas preservadas, na medida em que, de forma comprovada, essas comunidades conseguem conservar e explorar a floresta de forma sustentável. Dessa forma, é fundamental mudar o foco das políticas públicas na Amazônia. Por exemplo, de um lado, suspender o crédito e outros tipos de apoio aos pecuaristas e plantadores de soja, que, também comprovadamente, impactam sobre o desmatamento da Amazônia, e de outro, ampliar a assistência técnica e o leque de outras formas de apoio às comunidades extrativistas.

Constata-se que, para a conservação da floresta em pé, a exploração dos produtos da biodiversidade deve-se realizar de forma extrativa. O cultivo de produtos da biodiversidade, em áreas de floresta aberta, termina por derrubá-la paulatinamente.

Assim, se a estratégia de sustentabilidade da Amazônia passa, necessariamente, pela conservação da floresta em pé, um dos núcleos da política não pode ser outro que não as comunidades extrativistas, articuladas ao mercado por meio de cadeias produtivas de empresas pequenas, médias e grandes.

No debate sobre as contribuições do modelo extrativista, a tese procurou desmistificar a idéia de que as reservas extrativistas e o extrativismo em geral representariam uma proposta de preservação da miséria e que seriam incapazes de incorporar progresso técnico. Também contesta a idéia de que o modelo extrativista não se poderia adaptar a um sistema de alta escala de produção e produtividade (até porque esse não é seu objetivo) ou ainda, da sua impossibilidade de gerar uma rentabilidade média compatível com os padrões estabelecidos na região pelas outras atividades, principalmente a pecuária. Dessa forma, o extrativismo estaria condenado ao desaparecimento ao meio ou longo prazo.

Precisamente, a tese reforça as novas alternativas para o extrativismo ser o elemento central do modelo de sustentabilidade da Amazônia. Pela sua importância no na manutenção da floresta em pé, pelas novas possibilidades de incorporação de tecnologia e criação de bioindústrias, a partir dos produtos da biodiversidade e, em geral pelo fortalecimento de cadeias produtivas da biodiversidade que contem com políticas públicas adequadas para não deixar às comunidades extrativistas abandonadas à sorte do mercado. A sustentabilidade da Amazônia não passa pelas mesmas receitas de mercado dos outros setores da economia brasileira e para as comunidades extrativistas não poderia ser diferente.
Gonzalo ENRÍQUEZ, 2008

França: estudantes secundaristas protestam contra reforma educacional -France: étudiants protestent contre la réforme de l'éducation

Veja como são as coisas. Em alguns países da américa Latina a educação é tão ruim ou não existe, que os secundaristas nem protestam por reformas. O QUE ELES QUEREM É EDUCAÇÃO!!!!!!!

Estudantes secundaristas protestaram por toda a França na quinta-feira contra uma reforma das escolas planejada pelo ministro nacional da Educação, Xavier Darcos. O dia escolhido para a mifestação, 18, era também em solidariedade aos estudantes gregos, que fizeram um chamado por manisfestações em toda a Europa para o mesmo dia.

As estimativas da imprensa sobre o número de manifestantes vão de 80.000 a 160.000, números extraordinariamente altos para uma manifestação de secundaristas. Isto reflete o crescente inconformismo social, impulsionado pelas grandes perdas financeiras e industriais decorrentes da atual crise econômica e pela erupção dos protestos de massa anti-governo na Grécia.

A reforma de Darcos criou uma grande oposição geral porque resultará em 13.500 demissões na área educacional e diminuirá o número de horas de diversas matérias, como história e geografia.
Darcos anunciou no dia 15 de dezembro que adiará a aprovação da lei na Assembléia Nacional, onde o partido conservador UMP tem maioria suficiente para assegurar a aprovação.
Os estudantes estão amplamente cientes de que, apesar do adiamento, o governo ainda planeja implementar a reforma Darcos. Eles também se opuseram à convocação de uma greve geral e um dia nacional de mobilização somente em 29 de janeiro. Tal proposta foi amplamente negada, pois em seu entendimento ela visou quebrar o movimento nas ruas, atrasando em mais de um mês a próxima grande manifestação.

Discursando na quarta-feira ao Conselho dos Ministros, o presidente Nicolas Sarkozy disse: "O trabalho das reformas irá continuar. [...] Xavier decidiu, como vocês sabem, conceder a si mesmo o tempo para explicar o motivo pelo qual as escolas precisam ser reformadas e como isso deve ser feito. Eu aprovei essa proposição porque acredito firmemente que a reforma é essencial para a nossa juventude e precisa ser implementada".
Leia repostagem completo aqui: http://helioaraujosilva.spaces.live.com/

BRASIL, RIO DE JANEIRO - ÚLTIMO SEGUNDO ESPECTACULAR AÇÃO DA POLÍCIA.....


Apenas para colocar na cadeia um ator global, que descumpriu instruções do Juiz, de não se aproximar (250m) da sua ex-esposa, também actriz global.

INDIGNAÇÃO.

Gastam dinheiro público, equipamentos e ocupam o tempo de trabalho da polícia. Por enquanto, os bandidos correm soltos, os assaltos se sucedem cada 10 segundos, e as crianças são estupradas e violentadas, e a polícia nem sequer se preocupa, justificando-se pela falta de recursos, de pessoal, de orçamentos, etc.

Aí estão em carros de luxo passeando a um ator, que de aqui a pouco será solto.

Se concorda com esse despilfarro de dinheiro público em ações de marketing da TV globo, fique onde está, caladinho.

BRASIL, AMAZÔNIA - BIODIVERSIDADE CONTRABANDEADA, OS LUCROS DA BIOPIRATARIA (2) - biodiversity smuggled and profits of biopiracy

As fronteiras da Amazônia são importantes áreas de retirada dos animais, facilitada ainda pela ausência de fiscalização. A Documentação é "esquentada" e podem ser comercializados sem problema para laboratórios, circos, zoológicos ou milionários que desejam bichinhos de estimação exóticos.

QUEM VENDE:
•Brasil, Peru, Argentina, Venezuela, Paraguai, Bolívia, Madagascar, Kenya, Senegal, Camarões, Guiana, Colômbia, África do Sul, Zaire, Tanzânia, Indonésia, India, Vietnã, Malásia, China, Rússia.

QUEM COMPRA:
EUA (maior consumidor de vida silvestre do mundo), Alemanha, Holanda, Bélgica, França, Inglaterra, Suiça, Grécia, Bulgária, Arábia Saudita, Japão.
Gonzalo ENRIQUEZ (comparecimento CPI Biopirataria)

BIODIVERSIDADE CONTRABANDEADA - OS LUCROS DA BIOPIRATARIA (1) - biodiversity smuggled and profits of biopiracy

•Por nossas fronteiras secas, rios e ares vão embora cada ano 38 milhões de animais silvestres;
•vivem presos em casas e apartamentos 20 milhões de bichos tirados com brutalidade de seu hábitat ;
•No mundo, este crime movimenta de U$10 a 20 bilhões por ano, e hoje, é a terceira maior atividade ilícita do planeta. No Brasil, representa algo em torno de U$ 1 bilhão e 500 milhões.

•O tráfico de animais silvestres movimenta de U$10 a 20 bi por ano no mundo, terceira maior atividade ilícita do planeta;
•No Brasil, representa perto de U$ 1 bilhão e 500 milhões, e calcula-se que todo ano são contrabandeados cerca de 38 mi de animais silvestres;
•Uma jararaca custa U$ 1 mil; uma aranha-marrom, U$ 800; sapos amazônicos, de U$ 300 a U$ 1.500; besouros, de U$ 450 a 8 mil.

•A maior parte é levado para fins de biopirataria. Venenos de serpentes, servem de princípios ativos a remédios hipertensivos, fabricados e patenteados fora. E quanto mais novos medicamentos e cosméticos surgem, mais atraente torna-se buscar aqui o que falta lá.
•Às vezes são pequenos laboratórios privados, às vezes, grandes indústrias farmacêuticas financiadas por corporações do Japão, Inglaterra, EUA e outros países da Europa“ -Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais.
Gozalo ENRIQUEZ (comparecimento CPI Biopirataria)

BRASIL, AMAZÔNIA BIOPIRATARIA - Governo age para barrar ONGs estrangeiras na Amazônia, diz Tuma Jr

O governo brasileiro está se preparando para expulsar entidades não-governamentais internacionais que sejam consideradas uma ameaça à segurança nacional e vai restringir o acesso de estrangeiros a propriedades na Amazônia, disse em entrevista à Reuters o secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior.

ONGs estrangeiras tiveram que fornecer ao governo, até o início de fevereiro, detalhes de suas operações e efetuar seus registros junto a autoridades, incluindo a Polícia Federal. Apenas 90 entre centenas de entidades estrangeiras cumpriram as exigências.

"Estamos planejando uma atuação da Polícia Federal, fiscalizando estas organizações que não se cadastraram para ver se elas já estão saindo ou se permanecem na clandestinidade, e aí vão ser fechadas", disse o secretário de Justiça em entrevista na segunda-feira (9).O governo acusa alguns grupos de espionagem industrial, de prejudicar a cultura dos índios nativos e de biopirataria - roubo de plantas medicinais para uso farmacêutico.O secretário afirmou que a Polícia Federal tem provas de que ONGs estrangeiras desrespeitara a lei, mas não deu nenhum detalhe.

No passado, muitas já foram expulsas do país sem julgamento adequado, segundo ele.Para os que que criticam a medida, a ação do governo contra os estrangeiros seria uma reação à crescente pressão internacional para que o país reduza o desmatamento na Amazônia."A gente quer parcerias, quer sócios. Não queremos que alguém suponha que a terra não é nossa. Às vezes, nesses discursos, há pessoas que passam da conta - 'A Amazônia é do mundo, não é do Brasil não'", afirmou Tuma Júnior. "A Amazônia é do Brasil, a Amazônia é nossa.

"No ano passado, o comandante militar da Amazônia, general Augusto Heleno, afirmou que as fronteiras do país eram vulneráveis devido às demarcações de terras indígenas na região, onde muitas ONGs estrangeiras estão presentes.
Reuters

Uruguai autoriza doentes terminais a suspender tratamento

O Congresso uruguaio aprovou na terça-feira uma lei que reconhece o direito de doentes em estado terminal a opor-se à aplicação de procedimentos médicos que prolonguem a sua vida.
Em um acalorado debate que incluiu trocas de socos entre os legisladores, a Câmara de Deputados aprovou a lei por 44 votos de um total de 62 presentes. A norma -- que havia sido aceita pelos senadores -- deverá ser agora promulgada pelo Poder Executivo.
Com a lei, as pessoas consideradas aptas a decidir poderão dar antecipadamente seu consentimento para recusar tratamentos que dilatem a vida em detrimento da qualidade da mesma.
Ainda assim, se o paciente estiver inconsciente e não tiver expressado anteriormente sua vontade sobre o tema, serão os familiares que poderão autorizar a suspensão dos procedimentos.
O projeto foi promovido por um legislador do partido esquerdista do governo e por outro opositor, do Partido Colorado, de direita.
Agência Reuters.

No 1o discurso como ex-presidente, Bush é alvo de protestos

CALGARY, Canadá (Reuters) - Mais de cem manifestantes dirigiram gritos de "criminoso de guerra" e atiraram sapatos na terça-feira em Calgary, no Canadá, para protestar contra a presença na cidade do ex-presidente norte-americano George W. Bush, que fez ali o seu primeiro discurso desde que deixou a Casa Branca, em 20 de janeiro.
Pelo menos dois manifestantes foram detidos, enquanto 1.500 executivos dessa cidade petroleira esperavam durante uma hora em frente a um centro de convenções para passar pela rígida segurança e entrar no almoço, a um preço de 400 dólares canadenses por pessoa (315 dólares norte-americanos).
A imprensa foi barrada no evento, só para convidados, em que Bush deveria refletir sobre seus oito anos como presidente.
"Ele é um criminoso de guerra que travou uma guerra ilegal, e há quem diga que nunca foi eleito democraticamente, então há quem diga que deveria ser preso assim que chegar aqui", disse uma mulher, vestida como prisioneira de Guantánamo, que se identificou como Ivana Nomobush.

terça-feira, 17 de março de 2009

A voz da igreja é a voz de Deus. Segue a polêmica pelas declarações do arcebispo do KKK

La voce della Chiesa è la voce di Dio. Ne consegue la controverse dichiarazioni del arcivescovo di KKK

O presidente da Academia Pontifícia para a Vida, Rino Fisichella, criticou no domingo no jornal da Santa Sé o arcebispo brasileiro José Cardoso Sobrinho, que excomungou a mãe e os médicos que praticaram o aborto em uma menina de 9 anos grávida de gêmeos depois de ser violada por seu padrasto.
Em um artigo publicado em "L'Osservatore Romano", Fisichella critica a postura de Cardoso e defende os médicos. "São outros os que merecem a excomunhão e nosso perdão, não os que lhe permitiram viver e que a ajudaram a recuperar a esperança e a confiança", escreve, dirigindo-se à menina.
Segundo o arcebispo italiano, o padrasto que violou a menina é quem deveria ter sido excomungado. A menina, ele escreve, "deveria ser em primeiro lugar defendida", e "antes de pensar na excomunhão era necessário e urgente proteger sua vida inocente e devolvê-la a um nível de humanidade do qual nós, homens da Igreja, devemos ser peritos protetores e mestres".
Em todo caso, Fisichella justifica o mecanismo da excomunhão em caso de aborto e concentra suas críticas na posição do arcebispo. "O aborto não-espontâneo sempre foi e continua sendo condenado à excomunhão, que é automática. Não era necessário, na nossa opinião, tanta urgência em dar publicidade a um fato que ocorre de maneira automática.

"CredibilidadeA notícia chegou aos jornais "só porque o arcebispo de Olinda e Recife se movimentou apressadamente para declarar a excomunhão", diz Fisichella, acrescentando que, com o confronto entre o governo brasileiro e a Igreja Católica, "se ressentiu a credibilidade de nossa instrução, que para muitos pareceu insensível, incompreensível e privada de misericórdia".Giovanni Battista Re, estreito colaborador do papa Bento 16 e presidente da Comissão Pontifícia para a América Latina, declarou ao jornal "La Stampa" que "o verdadeiro problema é que os gêmeos concebidos eram pessoas inocentes, que tinham o direito inegável à vida".O presidente Lula somou-se aos protestos:
"Lamento que um bispo da Igreja Católica tenha um pensamento tão conservador como esse". Mas Sobrinho não cedeu: "Não me arrependo (...). É meu dever alertar a população para que tenha temor às leis de Deus".

UFPA cria primeira graduação da Amazônia em Biotecnologia - UFPA the Amazonian establishing the first graduate in Biotechnology

O segundo curso, já que o primeiro foi criado na UFAM - Universidade Federal do Amazonas.

Quem deseja ingressar na UFPA tem uma nova opção. O Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade (CONSEPE) aprovou a criação do primeiro curso de Biotecnologia sediado na Amazônia. As 30 vagas serão ofertadas em um Processo Seletivo Especial (PSE). O lançamento do edital está previsto para o mês de abril e o concurso deve acontecer nos meses de maio e junho.
A Biotecnologia é uma ciência antiga que caminha lado a lado com o futuro. Os processos fermentativos para a produção de vinhos e produtos derivados do leite, como manteiga, queijo e iogurte, o descobrimento da penicilina e de sua ação antibacteriana ou o desenvolvimento de insulina a partir de bactérias em laboratório para o tratamento de diabéticos são exemplos de pesquisas e descobertas da área, ou seja, são situações em que as células e moléculas atuam em benefício do homem.
O diretor do Instituto de Ciências Biológicas da UFPA (ICB), José Luiz Martins, explica o que é a Biotecnologia. “Os tecnólogos estudam como produzir moléculas ou isolar substâncias para gerar produtos que sejam úteis para a humanidade”, esclarece o futuro coordenador da Faculdade de Biotecnologia.
Leia mais: http://www.ufpa.br

A casa da mãe Joana

Até madereiros peruanos invadem as florestas na amazônia.

Veja como é fácil desmatar no Brasil:

O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) começou a realizar na semana passada ações contra o desmatamento, a caça e contra a invasão de madeireiros peruanos as terras brasileiras.

De acordo com o superintendente do órgão no Acre, Anselmo Forneck, a fiscalização foi iniciada no Juruá, chegando à Ponta do Abunã e à Boca do Acre.

"A ideia é voltarmos para Feijó, Tarauacá, verificando o rio Purus e a faixa de fronteira para impedir a invasão de madeireiros peruanos", falou o gestor.

Anselmo Forneck informou que as atividades estão sendo desenvolvidas de acordo com um planejamento realizado na sexta-feira que acabou sendo batizada de Arco Verde.
"Teremos as primeiras respostas referentes às fiscalizações a partir desta quarta-feira", informou o superintendente.

Dentro do calendário do Ibama acriano, está o apoio ao mesmo órgão de Rondônia que planeja uma operação ainda maior contra o desmatamento.
Durante a operação, o órgão pretende utilizar aviões e helicópteros para observações aéreas, além de garantir suporte aéreo para o transporte de fiscais para áreas isoladas.

O trabalho contará com o apoio de 14 ministérios, incluindo o do Trabalho e Emprego, que oferecerá auxílio-desemprego a pessoas que ficarem desempregadas com o possível fechamento de algumas empresas ilegais.
http://www.amazonia.org.br

PARECE, MAS NÃO TUDO É RUIM PELO PARÁ

Para quem esteve na origem da criação e implantação da Incubadora da UFPA (PIEBT) é uma enorme satisfação receber notícias como esta. Quando começamos com a implantação da incubadora, poucos acreditavam no nosso projeto.

Tinha alguns que até torciam contra, achavam que era uma empresa de fundo de quintal. Pensar na possibilidade de aproveitar comercialmente a biodiversidade não era motivo de preocupação pelos órgaõs do governo do estado. Mas, ninguém é profeta na sua terra....E foi primeiro fora do Pará onde recebemos os primeiros incentivos, da FINEP, das próprias instituições de C&T, de fora do Estado. Assim, a Incubadora foi crescendo e sendo conhecida nacional e internacionalmente. Por lá passaram as empresas: Chamma da Amazônia, Ervativa, Gota de Mel, Brasmazon, Chocolates da amazônia. Todas elas ganharam prêmios de Inovação Tecnológica da FINEP. Ainda há outras que continuam incubadas e esta Amazon Dreams que está também atuando no mercado internacional.

Parabens para a Incubadora e para os que ainda continuam acreditando na biodiversidade como insumo da sustentabilidade da Amazônia.

O Pará pode ser o primeiro Estado brasileiro a exportar antioxidantes naturais purificados para o mundo. A empresa Amazon Dreams, incubada na Universidade Federal do Pará (UFPA), desenvolveu uma tecnologia inovadora, que permite extrair isoladamente os agentes antioxidantes presentes em plantas naturais da Amazônia para ser utilizados em produtos da indústria cosmética e alimentícia. No próximo dia 18, a empresa vai assinar um contrato de financiamento com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para comercializar o produto em larga escala.

A Amazon Dreams é uma das 50 empresas do país - e a primeira empresa da região Norte - a ser contemplada pelo Fundo Criatec de Capital Semente - uma iniciativa inovadora do BNDES e do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) para investimentos de Capital de Risco no Brasil. O fundo conta com R$ 100 milhões para todo o país, com possibilidade de investir entre R$ 1,5 milhão e R$ 5 milhões num único projeto, na tentativa de levar a empresa ao Mercado de Capitais (Bolsa de Valores).

“A empresa submeteu o processo para aprovação, passou por um criterioso processo de seleção e agora recebemos a resposta positiva do BNDES de financiar o produto. A formalização do contrato será no dia 18. Para nós, é muito importante, porque a empresa é formada por ex-alunos da UFPA, que desenvolveram a tecnologia na incubadora, mas não tem capital na mão para entrar na indústria desta forma. Com o investimento do Criatec, vamos encurtar prazos para lançar o produto no mercado”, afirmou o professor da UFPA, Hervé Rogez, que participa da coordenação do projeto.

Diferencial - O grande diferencial do produto criado no Pará, a partir de plantas naturais abundantes da região - como o açaí, o muruci e o ingá -, é o processo de purificação a que os agentes antioxidantes são submetidos. “Hoje, os produtos antioxidantes naturais que são vendidos vêm com muitos extratos. Graças à tecnologia desenvolvida aqui, isolamos o princípio ativo, conseguindo assim um grau de pureza dos antioxidantes de 75%, o que ainda não foi conseguido em nenhum outro lugar do Brasil. A utilização de antioxidantes naturais tem grande mercado, principalmente na Europa, mas poucas empresas fazem isso”, explicou.

O princípio ativo antioxidante de plantas é muito disputado no mercado cosmético e alimentício, principalmente por conter elementos essenciais para retardar o envelhecimento da pele e na prevenção de doenças cardiológicas, inflamatórias e cancerígenas.

A pesquisa começou a ser desenvolvida na UFPA em 2002 e deve começar a produzir os primeiros produtos já a partir de abril. Os antioxidantes naturais das plantas serão comercializados na forma de pó em tonéis de 20 litros exclusivamente para a indústria. “A capacidade produtiva é de 200 kg por mês. E já temos encomendas até o final do ano, inclusive, em maio, teremos uma reunião na Secretaria de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Sedect) com empresários de outros Estados interessados neste tipo de produto”, afirmou Rogez.

O fundo Criatec, instituído no ano passado, tem cinco núcleos em todo o Brasil, um deles no Pará, escolhido pelos investimentos do Governo do Estado, por meio da Sedect, em ciência, tecnologia e inovação: a meta é investir R$ 440 milhões no quadriênio 2007-2010.
Texto: Irna Cavalcante - Sedect

PESSOAS INCONVENIENTES


Por por Pedro Luso de Carvalho 9Blog do quadrantes)

Todos nós conhecemos uma ou mais pessoas que estão sempre prontas a dar-nos conselhos, embora não tenhamos a intenção de recebê-los; para que comecem as sessões de aconselhamento, basta um simples comentário sobre este ou aquele assunto, feito por quem não está preparado para defender-se do inconveniente assédio; essa situação é agravada pelo fato de que essas pessoas acreditam que ouviremos atentamente as suas recomendações e que as cumpriremos, o que certamente não vai ocorrer.
À primeira vista o incômodo que causam esses conselheiros compulsivos pode parecer de pouca importância, e que com paciência poderemos ouvir tudo o que têm a dizer, e que logo tudo passará; mas, infelizmente, isso não ocorrerá; somente param de falar depois de terem dito tudo o que, para eles, deve ser dito ‘para o nosso bem’; damo-nos conta, no entanto, a certa altura da ‘conversa’, que nossa paciência sumiu, e que a ansiedade passou a ser o nosso sentimento predominante; pior ainda, sentimo-nos desesperados por desconhecermos um meio eficaz para administrar essa situação, e, então, somos tomados de incontrolável fúria, que só não transparecerá com esforço sobre-humano, se tivermos força para isso..
Depois de tantos aborrecimentos, de noites insones, do uso de calmantes para amenizar a fúria da qual fomos acometidos quando estávamos na frente de um deles, que insistia que ficássemos atentos às suas opiniões, agarrando-nos pelo colarinho para evitar nossa distração, e dizendo que gosta de falar olhando nos olhos de quem o ouve, a alternativa que temos é a adoção de medidas preventivas contra esse abominável assédio, como, por exemplo, colocar os seus nomes num pequeno caderno, que fique ao nosso alcance para que possamos identificá-los; o passo seguinte é a fuga do algoz, que está à nossa espreita qual uma serpente pronta para o bote..
Essa medida preventiva contra a ação desses aconselhadores não pode ficar restrita ao caderno no qual constam os seus nomes, já que outros tantos, que ainda não conhecemos, andam por aí sôfregos à procura de alguém para dar a sua ‘sábia’ orientação de vida, para dizer o que devemos fazer nesta ou naquela situação; e, pobre de nós se tentarmos convencê-los que devem deixar que cada um resolva os seus problemas nos limites de suas possibilidades: premidos pela incontrolável compulsão de aconselhar, doença que pensam tratar-se de qualidade de caráter, dão início a uma interminável explicação sobre os motivos que os levam a ter esse comportamento em relação às pessoas que o cercam, concluindo que devemos saber ouvir os bons conselhos, sem falar no diagnóstico que poderão fazer sobre nossa saúde mental.

DO EXTRATIVISMO AO ECOLOGISMO DOS POBRES

Segundo Martínez Alier, autor do livro: Ecologismo dos Pobres, o movimento ecologista ou ambientalista global permanece dominado por duas correntes principais: a do culto ao silvestre (ou do "mundo selvagem") e de forma mais enfática, pelo credo da "ecoeficiência". Não obstante, uma terceira corrente, conhecida como "justiça ambiental", "ecologismo popular" ou "ecologismo dos pobres" está em crescimento no mundo, como uma das correntes do ecologismo.

EXTRATIVISMO NA AMAZÔNIA - OS DESAFIOS DA SUSTENTABILIDADE (I I I) - Extrativismo in the Amazon - the challenges of sustainability

COMARURDS/COMARU. Foto: G. Enríquez, 2007.
A análise convencional ressalta que o setor extrativo é formado por um ciclo econômico que abrange três fases distintas:

Na primeira fase verifica-se um intenso crescimento na extração, estimulada pelo crescimento da demanda, com a transformação dos recursos naturais em recursos econômicos. Na segunda fase, o limite da capacidade produtiva é alcançado e não há mais possibilidade de se aumentar a oferta, por causa dos estoques disponíveis e do aumento no custo da extração, uma vez que as melhores áreas tornam-se cada vez mais difíceis de acessar.
Na terceira fase, inicia-se o processo de declínio na extração, por causa da sobreexploração decorrente do aumento na demanda, o que pode induzir o início de plantios domesticados, desde que a tecnologia de domesticação, iniciada nos quintais e nas instituições de pesquisa, esteja disponível e seja economicamente viável. A expansão da fronteira agrícola, a criação de novas alternativas econômicas, o aumento da densidade demográfica, o processo de degradação, o aparecimento de produtos substitutos são também fatores indutores desse declínio.

Quanto à extração de recursos naturais renováveis na Amazônia, os que discutem o extrativismo, destacam que a domesticação (cultivo), a descoberta de substitutos sintéticos para a borracha, a expansão da fronteira agrícola, o crescimento da população e da demanda (variáveis diretamente relacionadas com a dinâmica do extrativismo) direcionam esse sistema de produção para o desaparecimento a médio e longo prazo. Dessa forma, a proposta das reservas baseada nessa economia seria inviável.

Em síntese, a análise conclui que as reservas extrativistas e o extrativismo em geral representam uma proposta de preservação da miséria. As RESEX, assim, seriam incapazes de incorporar progresso técnico; teriam uma inadaptabilidade natural a um sistema de alta escala de produção ou, ainda, de impossibilidade de gerar uma rentabilidade média compatível com os padrões estabelecidos na região.
ENRÍQUEZ, 2007

EXTRATIVISMO NA AMAZÔNIA - OS DESAFIOS DA SUSTENTABILIDADE (II) - Extrativismo in the Amazon - the challenges of sustainability

Aqui já foram discutidos alguns dos desafios do extrativismo como parte de um modelo de sustentabilidade da Amazônia. O papel do extrativismo para um processo de sustentabilidade ficou claro. Agora se discutem também alguns dos pontos fracos do extrativismo.
Argumentos contrários ao extrativismo.

Para a economia neoclássica, mantendo o atual padrão tecnológico do extrativismo vegetal, essa atividade fatalmente será extinta, resultando em enormes dificuldades para a sobrevivência das comunidades e de seu hábitat. Esta é a principal hipótese da economia neoclássica. Reforçando esses argumentos, destaca-se que a domesticação (cultivo), a descoberta de substitutos sintéticos, a expansão da fronteira agrícola, o crescimento da população e da demanda (variáveis diretamente relacionadas com a dinâmica do extrativismo), direcionam esse sistema de produção para o desaparecimento em médio e longo prazo desse modelo, defendido hoje por mais e mais pessoas. Assim, a proposta das reservas seria inviável.

Visto desde o ponto de vista da economia convencional, do mercado, os economistas neoclássicos estão totalmente certo.

A economia convencional registra que nos últimos 60 anos, houve uma profunda mudança na economia extrativa, na qual a Amazônia estava inserida desde os primórdios de sua ocupação. Vários desses ciclos extrativos se expandiram, estagnaram ou desapareceram. Outros, estimulados por políticas públicas, tentam renascer novamente, “cujos seguidores acreditam que serão permanentes”.

Dessa forma, “a economia amazônica tem sido uma sucessão de ciclos extrativos: cacau, seringueira, pau-rosa, guaraná, castanha, babaçu, madeira, pesca, caça, entre outros. Com a implantação do Programa Grande Carajás, em 1980, a economia da Amazônia mudou do extrativismo vegetal para o extrativismo mineral”. Assim, se destacam dois tipos de extrativismo: 1) o de coleta, que conserva a floresta em pé, e 2) o extrativismo por extração ou desmatamento (aniquilamento), em que a planta objeto do interesse econômico é destruída.
Veja mais aqui: ENRÍQUEZ,G. (2008).

segunda-feira, 16 de março de 2009

EL SALVADOR - UM DIA VOLTAREMOS E SEREMOS MIL

Um fantasma recorre América Latina,o fantasma da justiça e da esperança.

Uma esquerda que ressurge do fundo das demandas e anseios populares do continente. Foram muitos os mortos, assassinatos, cárceres, exílio e destruição da cidadania, e do País, para chegar finalmente a coroar a vitória, pela via pacífica, de uma das mais longas lutas de resistência da América latina. O Salvador, o "Pulgarcito" assim chamado pelo seu tamanho, conta com pouco mais de 7 milhões de habitantes e será mais um país governado pela esquerda em Centro América, o outro país da mesma região é Nicaragua, governado pelo Frente Sandinista de Lebertação Nacional.

Depois de décadas de guerrilhas, luta militar, clandestina, luta política aberta. O Frente Farabundo Martí para a Libertação Nacional se consolida como a primeira força política do País, elegendo o jornalista Maurício Funes, candidato à presidência do Salvador pela esquerdista Frente Farabundo Marti para a Libertação Nacional (FMLN), é o novo presidente do país. Com mais de 90% das urnas apuradas, Funes tem 51,27% dos votos contra 48,73% do candidato direitista Rodrigo Ávila, da Aliança Republicana Nacionalista (Arena).

domingo, 15 de março de 2009

PENSAMENTO DE RUI BARBOSA

"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver crescer as injustiças, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus. O homem chega a desanimar-se da virtude, a rir da honra, e ter vergonha de ser honesto".
Rui Barbosa

CIÊNCIA - Mapeamento de genes ligados diretamente ao infarto

Com o avanço dos estudos, será possível identificar pessoas com mais chances de sofrer ataques cardíacos e atuar na prevenção. Mais informações em UOL Ciência e Saúde.
Leia aqui: http://cienciaesaude.uol.com.br/

Assista aqui:

Fotógrafo conta casos de pessoas com problemas na Justiça

Fotógrafo recolhe histórias de pessoas que deixam tribunal de Justiça nos EUA e publica seus depoimentos impressionantes e inusitados em um blog.

Clara Rojas, ex-refém das Farc, relata momentos da sua vida


A advogada colombiana Clara Rojas, ex-refém das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), declara que a angústia de não ver o filho, nascido em cativeiro, durante três anos "foi enorme", em entrevista concedida à Agência Efe. Após quase seis anos nas mãos das Farc, Clara Rojas, de 45 anos, finalizou o livro de sua vida em cativeiro, cujo título não quer revelar, mas adianta que será publicado em abril. Reportagem: EFE

A BIODIVERSIDADE E O PERIGO DA SUA EXTINÇÃO

Os trópicos são o suporte da diversidade biológica do planeta por sua incomparável multiplicidade de ecossistemas. E a maioria dos países do Terceiro Mundo está situada precisamente nos trópicos. Mas, a diversidade biológica enfrenta um processo de rápida destruição, devido, entre outras coisas, a megaprojetos, financiados com recursos internacionais, como a construção de represas, diques e rodovias, a exploração de minas ou a criação de empreendimentos destinados à piscicultura. Também contribuem a ofensiva tecnológica e econômica para substituir a diversidade pela homogeneidade na silvicultura, agricultura, pesca e pecuária, e fundamentalmente, o desmatamento.

A biodiversidade é um recurso das pessoas. Enquanto o mundo industrializado e as sociedades ricas voltam as costas para a biodiversidade, os pobres no Terceiro Mundo continuam dependendo dos recursos biológicos para sua alimentação e nutrição, para o cuidado com a saúde, para a energia, vestimenta e moradia. A biodiversidade não é, como a atmosfera ou os oceanos, um bem comum no sentido ecológico. Ela existe em países específicos e é usada, também, por comunidades específicas. É global apenas em seu papel de matéria-prima para as corporações multinacionais.
Vandana Shiva

sábado, 14 de março de 2009

Segue polêmica sobre arcebispo de Recife - O vaticano o "excomulgou"

Esse Arcebispo nem levantou a voz quando centenas de padres foram denunciados por pedofilia e hoje promove a excomunhão aos familiares e médicos que operaram a minina de 9 anos que corria risco de vida após ser violentada sexualmente.

"Antes de pensar em excomunhões seria necessário e urgente salvaguardar sua vida inocente, devolvendo a ela um nível de humanidade", disse o presidente da Pontifícia Academia para a Vida, monsenhor Salvatore Rino Fisichella, em artigo publicado pelo jornal vaticano L'Osservatore Romano com data de domingo, 15/3.

As declarações de Fisichella contrastam com a decisão do arcebispo de Olinda e Recife, Dom José Cardoso Sobrinho, que dias após o aborto da menina anunciou a excomunhão de sua mãe, dos médicos e dos integrantes de ONG's envolvidos no caso.

"A terrível historia da violência cotidiana" da qual a menina foi vitima, sofrendo abusos frequentes por parte de seu padrasto, "teria passado despercebida com a intervenção do bispo", observa o presidente da Pontifícia Academia para a Vida.

Para o representante do Vaticano, a menina brasileira "deveria ter sido defendida antes de tudo", mas "não foi feito isto, lamentavelmente, prejudicando a credibilidade de nossas instruções que, para muitos, parecem marcadas por insensibilidade, incompreensão e falta de misericórdia".

A criança, admite o prelado no artigo, "levava dentro de si outras vidas, tão inocentes quanto a sua, embora frutos da violência, e que foram suprimidas, mas isso não era suficiente para fazer um julgamento que pesa como um machado".

O caso da menina ganhou destaque na mídia internacional, em meio a protestos contra a decisão de Dom José. A repercussão se tornou ainda maior pela postura da Igreja Católica em um Estado laico, interferindo diretamente nas decisões judiciais, e porque o padrasto, acusado de violentar a menina de 9 anos e sua irmã, de 14, não foi excomungado.

No fim de semana passado, comunidades eclesiais de base italianas afirmaram que a decisão do arcebispo brasileiro demonstram, "mais uma vez, o sentido de distanciamento radical entre a 'Igreja do Poder' e os dramas humanos".

Em uma nota emitida na ocasião, as comunidades também criticaram o Vaticano por sua postura, afirmando que a Santa Sé teria apoiado a postura de Dom José.

Brasil, Rio de Janeiro - Severn Suzuki a minina que silênciou ao mundo por 6 minutos e 32 segundos

Vale a pena assistir este vídeo da ECO-92

Biotecnologia, o novo negócio dos laboratórios

São Paulo, O fechamento do negócio entre a suíça Roche e a norte-americana Genentech ontem, por US$ 46,8 bilhões, após oito meses de negociação intensa, é um bom indicador da importância que os medicamentos biotecnológicos recebem hoje por parte da indústria farmacêutica.

O sequenciamento genético e as numerosas possibilidades oferecidas pela biotecnologia abriram as portas para que os laboratórios encontrassem uma boa saída para as dificuldades de criar novas patentes na mesma velocidade da perda dos direitos das que expiram. Além disso, garantem mais receita, já que a complexidade da nova forma de obtenção dos remédios reduz bastante a possibilidade de desenvolvimento de genéricos.

O que pouco se fala, no entanto, é sobre as diferenças entre um medicamento sintético e um biotecnológico. Enquanto no primeiro os efeitos colaterais incluem desde alergias até um choque anafilático, ainda há poucas referências sobre o segundo. Por lidar com células vivas, um remédio biotecnológico pode causar até uma reação autoimune, segundo pesquisadores.

Deborah Crespo, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Hepatologia, diz que esta é uma grande evolução, mas exige dos países organização maior na regulação e controle, em função da responsabilidade com a saúde pública. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também está preocupada com a mudança na indústria, mas informa que o Brasil já possui testes de imunogenicidade para esse tipo de produto. Leia mais aqui: www.gazetamercantil.com.br

BRASIL, RECIFE - CRUZADA CONSERVADORA DO ARCEBISPO "DOM DEDÉ"

É uma garotinha do Brasil. Para protegê-la, a justiça proíbe que se divulgue sua identidade. Vamos chamá-la de V. "V" de vítima. "V" de violentada. Ela tem 9 anos, mas mal parece ter essa idade: 33 kg para 1,36 m.
É o que mostra a única foto que se tem dela, com o rosto censurado, pequena e franzina, segurando a mão de sua mãe. É uma criança do Nordeste. Ela vive em Alagoinha, perto de Recife, a capital do Estado do Pernambuco.
No final de fevereiro, V. começou a se queixar de dores no ventre, de tonturas e de enjoos. Sua mãe a levou a um médico. Seu diagnóstico foi assustador: a menina estava grávida de 15 semanas, esperando gêmeos. Um fato raríssimo.
O padrasto de V, de 23 anos, trabalhador agrícola, confessou seu crime à polícia. Ele abusava havia três anos da menina e de sua irmã mais velha, de 14 anos com deficiência. Ele pode ser condenado a 15 anos de prisão. V. contou seu drama.
O homem se aproveitava da ausência de sua companheira para estuprar a garota. Ele a ameaçava: "Se você contar, mato sua mãe". De vez em quando ele lhe dava uma moeda de um real.No Brasil, a interrupção voluntária de gravidez (IVG) continua sendo proibida, exceto em caso de estupro ou de risco para a vida da mãe. Essa dupla exceção se aplica a V. No hospital público de Recife, o dr. Sérgio Cabral recomendou que fosse feito um aborto imediato. A interrupção foi bem-sucedida."A criança estava anêmica, certamente desnutrida", explica o médico. "Seus órgãos mal estavam formados. Era preciso agir rapidamente. Esperar demais a faria correr um risco de morte".
Esperar? É justamente o que queria o pai biológico de V., separado de sua mulher havia três anos. Ao saber da situação de sua filha alguns dias antes do aborto, ele procurou a justiça. Avisado sobre o caso, entrou em cena um personagem importante: Dom José Cardoso Sobrinho, conhecido como "Dom Dedé", arcebispo de Olinda e de Recife. O monsenhor foi pessoalmente ao tribunal para se certificar, junto de seu presidente, que a intervenção não seria autorizada. Armado do direito canônico e brandindo o mandamento da Igreja ("Não matarás"), ele dispara: "O Brasil tem leis sobre o divórcio ou o aborto que vão contra a lei de Deus. Esta é superior à lei dos homens".
Uma vez interrompida a gravidez, o prelado excomungou a mãe de V. e toda a equipe médica. As vítimas desse castigo coletivo não poderão mais receber os sacramentos da Igreja. Só a menina e seu estuprador escapam da fúria de Dom Dedé. Ela, por ser menor de idade; ele, porque a jurisprudência católica não previu nada para puni-lo. "Ele cometeu um pecado muito grave", admite o arcebispo. "Mas, aos olhos de Deus, o aborto é um crime ainda mais grave".
Leia mais: http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/lemonde/2009/03/12/ult580u3606.jhtm

A HORA DA MÚSICA - UMA CRIANÇA.......

BRASIL, PARÁ, HORROR, NOVOS CASOS DE CRIMES DE PEDOFILIA CONTRA BEBES DE ZERO A 2 ANOS - Neue Fälle von Verbrechen gegen Kinder von Pädophilie

Impossível não denunciar crimens que deixam aterrorizadas a qualquer pessoa que tenha uma mínima concepção sobre o sentido da vida ou adquirido uma formação básica (educação, cultura, e costumes).

Não entraremos em detalhes dos casos, nem relatar os metodos utilizados pelos criminosos, para não contribuir com as páginas vermelhas dos jornais sensacionalistas. Tembém porque o foco deste blog não é particularmente esse tema nem quermos substituir um jornal e menos um jornal de notícias manchadas com sangue.

Entretanto, o que nós leva a denunciar os crimens horrorosos contra crianças indefensas é grande indignação e horror de saber que esses casos realmente existem e são práticas quase cotidianas em todos os segmentos sociais. E pior, ainda, conferir que muitos desses casos são pessoas com formação acadêmica, lideranças políticas, inclusive, profissionais da própria área da saúde, formados para cuidar da vida, os responsáveis pela morte de crianças inocentes e pobres.

Acreditamos, que nossas denuncias podem contribuir sensiblizar a mais políticos honestos a se sumarem ao combate a esses crimens.

O mais novo escândalo da pedofilia no Pará chocou o Presidente e o relator da CPI da Pedofilia, Adamor Aires e Arnaldo Jordy. Na visita ao Pró-Paz, os dois não escondiam a revolta com o estupro que mandou bebê de 1 ano para a sala de cirurgia da Santa Casa.

Com esse caso, já são duas as crianças internadas depois de submetidas a intervenções cirúrgicas em consequência de abusos sexuais. Lá, mais comuns do que se imagina, a sagressões sexuais provocam, por ano, em média, 45 cirurgias em crianças.

Na área policial, as estatísticas que contabilizam ataques de pedófilos a crianças na faixa etária de zero a dois anos indicam que, em 2007, houve 49 casos. Os dados foram revelados ontem aos dirigentes da CPI pela coordenadora do Pró-Paz, Eugênia Fonseca. Mas não foram só os relatos de crimes sexuais que escandalizaram os deputados da CPI na visita ao Pró-Paz, sediado na Santa Casa. Nos fins de semana, quando os casos se multiplicam, a falta de plantão para receber queixas elimina a chance de flagrantes.
Diário do Pará http://ee.diariodopara.com.br/

sexta-feira, 13 de março de 2009

85% DA FLORESTA?, NÃO É BRINCADEIRA - 85% de la forêt?, n'est pas une plaisanterie

O aquecimento global vai destruir qualquer possibilidade de salvar a floresta amazônica, diz um novo estudo que prevê que um terço das árvores serão mortas até mesmo por um modesto aumento de temperatura. A informação é do jornal inglês The Guardian.

A pesquisa, realizada por especialistas britânicos, mostra que mesmo cortes severos na emissão de gases de efeito estufa e no desmatamento não serão suficientes para salvar a floresta. Mais de 85% da Amazônia será perdida se o aquecimento global não for controlado e mesmo os cenários mais otimistas mostram que a destruição de grandes áreas da floresta é irreversível.

O estudo, anunciado no encontro sobre o clima em Copenhagen, na Dinamarca, por pesquisadores do Centro Hadley de climatologia, usa modelos matemáticos no computador como forma de investigar como que a Amazônia responderia ao aumento de temperaturas. Os pesquisadores concluíram que um aumento de 2ºC acima das médias pré-industriais, e que é considerado o cenário mais realista de mudanças climáticas, faria com que a Amazônia perdesse entre 20 a 40% de florestas em cem anos.

Um aumento de 3ºC elevaria a porcentagem para 75% e, se a temperatura chegasse a 4ºC a mais do que os níveis pré-industriais, 85% da floresta seria destruída.
Os resultados foram anunciados no segundo dia de debates em Copenhagen. Em dezembro, também em Copenhagen, autoridades de todo o mundo devem negociar um novo acordo de combate ao aquecimento global, que substitua o atual Protocolo de Kyoto.
http://www.amazonia.org.br

OS VERDADEIROS DONOS DO PLANETA por Nurit Bensusan de Rede Globo

Pelo menos as vezes algo bom escrevem na Rede Globo.

Há, certamente, mais biodiversidade entre o céu e a terra do que nossa vã filosofia - e arrogante ciência - pode imaginar. Só o mundo dos besouros deixa qualquer um perplexo: calcula-se que, na copa de uma única árvore em uma floresta tropical, vivem mais que 160 espécies diferentes de besouros e que, se essa estimativa fosse ampliada para a quantidade de espécies que temos nessas florestas, haveria mais de 8 milhões de besouros tropicais.

Isto é, apesar da ilusão da humanidade - e desse blog - esse planeta é definitivamente mais dos besouros do que nosso.
No momento, é possível identificar pelo menos três diferentes tendências para lidar com essa enorme variedade. A primeira é a mais conhecida de todos nós: trata-se de acabar com ela. Os dados de desmatamento das florestas tropicais, como a Amazônia, não deixam dúvidas sobre tal tendência.
Além disso, cada vez mais, acumulam-se provas de que a floresta, mesmo regenerada, não recupera a diversidade perdida (Por exemplo: http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=61771).

A segunda tendência é aumentar a biodiversidade "criando" novos organismos. Esses podem ser os já conhecidos transgênicos ou os resultados de uma das mais recentes modas: a biologia sintética. Trata-se, esta, de desenhar e construir novas partes ou sistemas biológicos que não existem na natureza, por meio da combinação de pequenas partes de DNA, como se fossem peças de "lego" que podem se encaixar de mil e uma formas, e até mesmo da criação de novas "peças" para futuro encaixe. (Para conhecer melhor o assunto, Visite: http://syntheticbiology.org/FAQ.html.

A terceira tendência é a procura de novas formas de vida pelo planeta afora, privilegiando microorganismos de lugares inóspitos, como desertos e profundezas dos oceanos. A idéia é que, nesses locais, poderia haver formas de vida que se desenvolveram paralelamente às que conhecemos e que funcionam de maneiras significantemente diferentes. No caso de descobertas desse tipo, a biodiversidade aumentaria, assim como as possibilidades de encontrar vida fora da Terra. (recente abordagem desse Tema: http://www.newscientist.com/blogs/shortsharpscience/2009/02/how-to-hunt-for-shadow-life.html#more).

Resta saber como os verdadeiros donos do planeta, os besouros, vão reagir a essas tendências... e resta, também, saber como nós, pobres mortais, seremos impactados... se sobrevivermos...

OS CARTÕES DE CRÉDITO, MAIS UMA EFEITO DA CRISE


Kenneth Lewis, Presidente do Bank of America, segundo maior administrador de cartões de crédito dos EUA, afirmou, em depoimento no Congresso estadunidense, que o desemprego e a retração orçamentária doméstica, estão levando os americanos a não honrarem as faturas do cartão de crédito.
Para analistas, isto pode ser um índice de que a próxima bolha a estourar será a inadimplência no setor, que poderá chegar a US$100 bilhões em 2009.
Os bancos, já combalidos com a crise das hipotecas, não agüentariam mais este calote, sem, novamente, o Tio Sam meter a mão nos bolsos para socorrê-los.

EM ÉPOCA DE JUROS CAINDO, OS JUROS DO BANCO REAL SUBEM MAIS AINDA - CUIDADO COM O USO DE CHEQUE ESPECIAL OU CHEQUE PARCELADO

Notícia kafkinana do Banco Real.

Por um erro emiti um cheque por R$ 225,00, utilizei, por erro meu, uma das três últimas folhas do talão que o BANCO REAL "OFERECE" cortesia de cheques parcelado, em 12 vezes. Quando conferi os jurus que teria que pagar ao ano por essa brincadeira fiquei chocado. R$ 144,32 de de juros, equivalentes a 61% do cheque que erradamente emiti. Por isso todo cuidado é pouco com os bancos que descontam nos clientes a perda do seu valor de Mercado.

Segundo falou o Ministro Mantega (palestra já postado no Blog http://www.fazenda.gov.br/portugues/documentos/2009/p050309-CDES.pdf) o valor de mercado dos bancos americanos passou de 1,4 trilhões US$, para 300 bilhões US$, ou seja uma perda no mercado de 1,100 trilhões US$. Deu para sentir o tamanho do rombo?.

EXTRATIVISMO NA AMAZÔNIA - OS DESAFIOS DA SUSTENTABILIDADE (I)

(entrevista na Reserva de Desenvolvimento sustentável do IRATAPURU).

O extrativismo,é uma atividade social e econômica relevante para a conservação da floresta amazônica, sempre e quando tenha como base social uma categoria de extrativistas não subordinados ao sistema tradicional de latifúndio ou fazenda, que predominou na região no passado e que ainda predomina, no presente, em diversas regiões.
O “extrativismo" é o nome dado para a remoção de produtos florestais não-madeireiros, tais como látex, resinas e castanhas, que têm perspectivas excelentes de uso sustentável. Para o autor, o estabelecimento de Reservas Extrativistas na Amazônia Brasileira se converteu em uma possibilidade concreta de assegurar áreas substanciais de floresta para comunidades residentes. As primeiras reservas extrativistas (RESEX) foram decretadas no estado do Acre em 1988; depois outras foram propostas em Rondônia, Amazonas e Amapá. Se essa opção destina-se a obter um impacto significativo sobre os padrões de uso da terra na Amazônia no futuro, afirma o autor, precisa‑se de rapidez na demarcação e legalização das reservas, além de se restringir a construção de estradas em áreas vizinhas.

Pó outro lado, uma economia extrativa é, no sentido básico, uma maneira de produzir bens na qual os recursos naturais úteis são retirados diretamente da sua área de ocorrência natural, em contraste com a agricultura, o pastoreio, o comércio, o artesanato, os serviços ou a indústria. A caça, a pesca e a coleta de produtos vegetais são os três exemplos clássicos de atividades extrativas. A combinação dessas três atividades sustentou, com exclusividade, um número desconhecido de sociedades humanas, por centenas de milhares de anos, por vezes associadas com diversas formas de agricultura e/ou pecuária itinerante. Elas só deixaram de ser decisivas – embora sem desaparecer – com o aparecimento da agricultura temperada permanente que a literatura arqueológica e antropológica associa à revolução neolítica ocorrida há apenas alguns milhares de anos.

Uma das alternativas para pensar o desenvolvimento sustentável pode ser o modelo extrativista, considerando-se as enormes mudanças tecnológicas, a importância crescente da biodiversidade e a urgente necessidade de conter o avanço do desmatamento na região amazônica. Para ela, o extrativismo não pode ser visto apenas com a visão tradicional do passado. Assim, é de fundamental importância conhecer quais têm sido os diversos enfoques sobre os modelos de exploração dos recursos naturais da região amazônica e, sobretudo, desmistificar a visão da economia neoclássica tradicional sobre o modelo extrativo da Amazônia, visão que coloca como centro do desenvolvimento os mecanismos do mercado.

Até entrada a década de 1990, as idéias sobre as políticas de exploração da floresta amazônica centravam-se em duas orientações, por um lado, a adoção de tecnologias de uso sustentável para a derrubada de árvores e, por outro, o estabelecimento de áreas de conservação que limitaram ou racionalizaram o uso de recursos da floresta. Foi flagrante a falta de mecanismos de controle e os conflitos gerados pelo governo, quando incentivou atividades econômicas que não eram compatíveis com a cultura e o clima da região.

Nesse sentido, o extrativismo tem sido alvo de grandes debates por parte da comunidade científica, bem como de toda a sociedade. Muitos apontam as RESEX como alternativas econômicas e ecológicas para a região amazônica. Outros afirmam, entretanto, que este sistema de produção está superado e, portanto, não existiria mais viabilidade econômica para tal tipo de atividade. Assim, grande parte dos analistas questiona até que ponto o extrativismo vegetal, tendo em vista o atual padrão tecnológico, garante a manutenção das comunidades com a preservação do meio ambiente.
(GONZALO ENRÍQUEZ, maio, 2007)

quinta-feira, 12 de março de 2009

O CHICO MENDES DO AMAPÁ: OS DESAFIOS DO EXTRATIVISMO TRADICIONAL -challenges the traditional extrativismo

"Se a humanidade quer abreviar os dias dela, pode derrubar tudo, não tem problema. A natureza vai responder e a humanidade vai pagar por isso, mais cedo ou mais tarde" ( entrevista com Pedro Ramos, dirigente do Conselho Nacional dos Seringueiros 10.5.2007)


Um dos maiores desafios dos produtos do extrativismo tradicional consistem em agregar valores aos produtos atualmente comercializados apenas como matérias-primas.

Os produtores devem procurar novos nichos de mercado e aproveitar as novas tendências de uso dos produtos da biodiversidade. Nesse sentido, já existem grandes compradores incentivando comunidades a diversificar seus mercados, já que o ciclo de vida dos produtos da biodiversidade é muito curto, razão pela qual a constante inovação é o requisito principal, no sentido de evitar a saturação de mercado e queda dos preços dos produtos elaborados. Assim, essa nova oportunidade deve ser rapidamente aproveitada já que se o consumidor muda de gosto, a oportunidade também desaparece.

Existe também uma lacuna em termos de marcos regulatórios e regras pouco claras na cadeia produtiva, da extração na floresta até a exportação do produto final ou da matéria-prima.

Da mesma forma, a produção extrativa é um setor que recebe pouco apoio das agências governamentais de fomento, no que concerne a termos de planejamento, a crédito, a coordenação e a gestão dos interesses econômicos dos extrativistas, produtores e exportadores. Ou seja, o setor está exposto ao livre choque comercial da oferta e da demanda no mercado capitalista. (Gonzalo Enríquez, 2007).

Brasil, Brasília - Lucros com biodiversidade têm que ser divididos com populações tradicionais MMA


O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, defendeu nesta quarta-feira (11) durante a abertura da reunião do Grupo dos Países Megadiversos Afins, no Palácio do Itamaraty, a união das 17 nações em defesa da biodiversidade planetária e da criação, para 2010, do regime de Acesso e Repartição de Benefícios (ABS). O mecanismo, previsto pela Convenção sobre Diversidade Biológica das Nações Unidas na Cúpula Mundial do Rio - Eco-92, garante às populações tradicionais e povos indígenas parte dos lucros obtidos com a exploração da biodiversidade e dos conhecimentos produzidos por elas.

Minc pediu o engajamento das nações do grupo. "Devemos ousar e falar alto em prol da vida - e que o mundo ouça o clamor daqueles que, em seus países, preservam a maior parte da biodiversidade do planeta, da vida em todas as suas formas", disse.
A reunião integra os esforços do Brasil à frente do Grupo dos B-17 - que reúne as 17 nações mais ricas em biodiversidade do mundo , rumo à implantação de um Regime Internacional de Acesso a Recursos Genéticos e Repartição Justa e Equitativa dos Benefícios dos Recursos Genéticos durante a 10ª Conferência das Partes (COP-10) da Convenção a ser realizada em outubro de 2010 em Nagóia, no Japão.
http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=ascom.noticiaMMA&idEstrutura=8&codigo=4619
Grace Perpetuo
ASCOM MMA

Europeus discutem a castração dos criminosos sexuais - Européens de discuter de la castration des délinquants sexuels


Pavel recorda-se das violentas sudoreses noturnas que o acometeram dois dias antes do assassinato. Ele consultou-se com um clínico geral, que disse que o problema desapareceria espontaneamente. Mas ele conta que, após assistir a um filme de artes marciais de Bruce Lee, foi tomado por desejos sexuais incontroláveis. Ele convidou um vizinho de 12 anos de idade para ir à sua casa. A seguir, esfaqueou o garoto cinco vezes.

O psiquiatra de Pavel diz que o seu paciente obtém prazer sexual com a violência.

Mais de 20 anos se passaram. Pavel, que à época tinha 18 anos, passou sete anos na prisão e cinco em uma instituição psiquiátrica. Durante o seu último ano na prisão, ele pediu para ser cirurgicamente castrado. Segundo ele, a operação foi como a drenagem da gasolina de um carro preparado para uma colisão.

Um homem grande, de face redonda, ele é estéril e abriu mão do casamento, relacionamentos românticos e sexo. A sua vida gira em torno de uma instituição católica de caridade, na qual é jardineiro.

"Finalmente posso viver sabendo que não machucarei ninguém", disse ele durante uma entrevista em uma lanchonete McDonald's daqui, enquanto crianças brincavam barulhentamente nas proximidades. "Estou levando uma vida produtiva. Quero dizer às pessoas que existe ajuda".

Ele recusou-se a fornecer o seu sobrenome por temer ser perseguido.

A possibilidade de a castração poder ajudar a reabilitar criminosos sexuais violentos está passando por um novo escrutínio depois que, no mês passado, o comitê anti-tortura do Conselho da Europa afirmou que a castração cirúrgica é "invasiva, irreversível e mutiladora", e exigiu que a República Tcheca deixasse de oferecer a cirurgia a criminosos sexuais violentos. Outros críticos afirmam que a castração ameaça conduzir a sociedade a uma rota perigosa rumo à eugenia.

A República Tcheca permitiu que pelo menos 94 presidiários fossem castrados nos últimos dez anos. Este é o único país na Europa que utiliza esse procedimento, conhecido tecnicamente como pulpectomia testicular - uma cirurgia de uma hora de duração que envolve a remoção do tecido que produz testosterona. Psiquiatras tchecos que supervisionam o tratamento insistem que esta é a forma mais segura de conter o furor sexual em predadores perigosos.
Leia mais: http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/nytimes/2009/03/11/ult574u9215.jhtm

Céticos pressionam por provas dos benefícios do AÇAÍ


É difícil ignorar a badalação em torno do açaí, a fruta roxa que dá em árvores de 18 metros na floresta tropical brasileira e passou a ser ingrediente em bebidas "desintoxicantes" e cremes antienvelhecimento.

Basta verificar suas mensagens de e-mail ou as propagandas no Facebook para se ter uma idéia das alegações: "Perca peso com o segredo de dieta favorito de Oprah!" "Coma a fruta que o dr. Oz chama de 'superalimento Nº 1!

"Cinquenta e três novos alimentos e bebidas contendo açaí foram lançados nos Estados Unidos em 2008, em comparação a quatro em 2004. As vendas de produtos tendo o açaí como ingrediente principal ultrapassaram US$ 106 milhões no ano encerrado em 24 de janeiro, segundo a Spin, uma empresa de pesquisa de mercado especializada em produtos naturais.

A Naked (que é de propriedade da Pepsi) e a 180 Blue (Anheuser-Busch) oferecem bebidas com açaí. O dr. Nicholas Perricone, famoso dermatologista, vende o suplemento de açaí, e a fabricante de cosméticos Fresh tem um Sugar Açai Age-Delay Body Cream por US$ 65.As virtudes de uma bebida de açaí de uma empresa chamada MonaVie foram exaltadas pelo magnata da mídia Sumner Redstone, que disse à revista "Fortune" em 2007 que esperava que o suco, a cerca de US$ 40 a garrafa, o ajudaria a viver mais 50 anos. (Ele atualmente tem 85.)

Apesar da atenção, há pouco apoio às alegações extravagantes feitas em prol do açaí. Apesar de a fruta conter antioxidantes - moléculas que podem desacelerar os danos causados pela oxidação de outras substâncias no corpo - não há estudos de longo prazo provando que o açaí remova rugas ou, como alegam vários produtos de desintoxicação, limpe o corpo das toxinas. Também não há evidência que apoie as esperanças de uma fruta mágica daqueles que fazem dieta.

"Atualmente não há pesquisa científica que apoie a alegação de que o açaí contribua para perda de peso", disse Stephen T. Talcott, professor associado de química alimentar da Texas A&M University, que publicou vários estudos sobre a fruta. "Algumas empresas estão explorando o fato do açaí ser amplamente desconhecido do público em geral, sendo vendido como fruta de curas milagrosas vinda das profundezas da floresta Amazônica. Se trata apenas de uma exploração da ignorância do consumidor."
Leia reportagem completa do NYT AQUI:
http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/nytimes/2009/03/12/ult574u9218.jhtm

Música globalizada....

http://vimeo.com/moogaloop.swf?clip_id=2539741