sábado, 21 de fevereiro de 2009

BRAZIL, AMAZÔNIA - EX-MINISTRA DO MEIO AMBIENTE MARINA SILVA PARTIU PARA A BRIGA - Die ehemalige Umweltministerin Marina Silva, die für den Kampf

Ex-ministra do Meio Ambiente (de 2003 a maio de 2008), a senadora Marina Silva (PT-AC) quer reduzir no Congresso o tamanho das áreas que o governo Lula pretende legalizar na Amazônia.

Segundo a senadora, a MP (medida provisória), assinada pelo presidente no encontro nacional com prefeitos na semana passada, permite legalizar ocupações na Amazônia feitas por grileiros associados à violência e ao desmatamento.

Lula incluiu a MP no chamado "pacote de bondades" a prefeitos. A meta do governo é atingir 436 municípios da Amazônia. A MP prevê regularização de 296,8 mil áreas, cada uma com até 1.500 hectares (nove vezes o tamanho do parque Ibirapuera em São Paulo).

Na terça-feira, a senadora apresentou emenda à MP para reduzir o limite de 1.500 para 400 hectares. Na prática, a emenda de Marina exclui a regularização de 13.218 áreas. O Ministério do Desenvolvimento Agrário informa ainda não saber o tamanho somado dessas propriedades.

Ainda na MP, Lula dispensou a necessidade de que seja feita uma vistoria prévia para a regularização de até 400 hectares. O governo alega que é inviável mandar um funcionário a cada área para fazer vistorias, bastaria o georreferenciamento, ou seja, a elaboração de um mapa preciso por uma empresa contratada. Marina quer, no entanto, vistoria como exigência para a legalização de propriedades entre 101 e 400 hectares.

A intenção da ex-ministra é verificar se os posseiros já exploravam as áreas antes de dezembro de 2004, como prevê a MP, e de forma pacífica. "Sem esses requisitos, corremos o risco de legalizar grilagens e não regularizar ocupações", diz a assessoria da senadora.

Em outro ponto da MP, o governo define que não haverá licitação para vender a posseiros áreas da União de 101 a 1.500 hectares. A senadora quer a dispensa de licitação só para áreas de 101 a 400 hectares.

"É um grande problema estabelecer o preço da terra na Amazônia, onde o mercado [imobiliário] é em grande medida ilegal com contratos de gaveta e escrituras falsificadas", diz a assessoria de Marina. A licitação, segundo a senadora, resolveria o problema.

Procurado, o ministério não se manifestou sobre as propostas. O governo diz que a MP visa concluir em 120 dias processos que demoram até cinco anos e travam a regularização fundiária. A meta é legalizar 67,4 milhões de hectares, ou quase três vezes a cidade de São Paulo.

Além de Marina, a Comissão Pastoral da Terra na Amazônia também critica a MP. Para o coordenador João Batista, de Marabá (PA), a regularização fundiária de áreas com até 1.500 hectares favorece grandes grileiros de terras. (Fonte: Hudson Corrêa/ Estadão Online)

Brazil, Amazonia - Conflitos armados ameaçam pontos ricos em biodiversidade - Konflik bersenjata mengancam poin kaya keanekaragaman hayati

Armed conflicts threaten points rich in biodiversity.

Em um resultado surpreendente, um novo estudo publicado pela revista cientifica Conservation Biology descobriu que mais de 80% dos maiores conflitos armados do mundo, de 1950 a 2000, ocorreram em regiões identificadas como as mais biologicamente diversas e ameaçadas do planeta.

Intitulado Warfare in Biodiversity Hotspots, o estudo realizado por cientistas especializados em conservação ambiental comparou grandes zonas de conflito com 34 pontos ecológicos importantes identificados pela Conservação Internacional (CI). Esses pontos são considerados prioridades de conservação porque contêm as populações inteiras de mais de metade de todas as espécies de plantas e de pelo menos 42% dos vertebrados, e estão altamente ameaçados.

"Essas conclusões - de que os locais mais ricos em vida da Terra são também as regiões de maiores conflitos humanos - nos diz que essas áreas são essenciais tanto para a conservação da biodiversidade quanto para o bem estar dos homens", disse Russell A. Mittermeier, presidente da CI e autor do estudo. "Milhões das pessoas mais pobres do mundo vivem nesses pontos e dependem de ecossistemas saudáveis para sua sobrevivência, então há uma obrigação moral - assim como uma responsabilidade política e social - de proteger esses locais e todos os recursos e serviços que eles fornecem."

O estudo determinou que mais de 90% dos grandes conflitos armados - definidos como aqueles que resultaram em mais de mil mortes - ocorreram em países que tinham um dos 34 pontos importantes de biodiversidade, enquanto 81% se deram em pontos específicos. Um total de 23% pontos passaram por guerras durante os 50 anos estudados.

Entre os exemplos desses conflitos está a Guerra do Vietnã, durante a qual o uso do chamado Agente Laranja destruiu florestas. Também tiveram problemas a República democrática do Congo, o Camboja e a Libéria, que tiveram suas camadas de florestas devastadas.

Além disso, refugiados de guerra precisam caçar, fazer fogueiras e construir acampamentos para sobreviver, aumentando a pressão por recursos. Mais armas significam mais caça, o que pode dizimar as populações selvagens - como os 95% dos hipopótamos mortos no Congo.

"As consequências vão muito além da guerra em si", disse o autor Thor Hanson, da Universidade de Idaho. "As preparações de guerra e os derivados pós-guerra também têm implicações importantes para os pontos ricos em biodiversidade e para as pessoas que lá vivem."

No total, esses pontos abrigam 1,2 bilhão das pessoas mais pobres do mundo, que se apoiam em recursos naturais para sobreviver. (Fonte: Estadão Online)

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

DEPOIS DO CARNAVAL ESTAREI DE VOLTA PLENAMENTE - POR ENQUANTO FIQUEMOS COM A MÚSICA DE SERRAT E SABINA

MOMENTO DA MÚSICA COM O CANTOR E POETA JOAN MANUEL SERRAT- CAMINANTE NO HAY CAMINO, SE HACE CAMINO AL ANDAR DE ANTONIO MACHADO ( POETA ESPAÑOL)

A FLORESTA NO LIMITE - A FOREST IN LIMIT - Δάσος των οριακών - hutan dalam batas - 森林限额


Redução de chuvas elimina árvores de grande porte e diminui capacidade de absorção de carbono na Amazônia

Pesquisa FAPESP -
© Jennifer Balch/NCEAS

A paisagem que Paulo Brando encontrou em outubro passado na Floresta Nacional do Tapajós em Belterra, município no oeste do Pará, é bem distinta da que o encantou em sua primeira viagem à região seis anos atrás. As árvores mais altas e imponentes tinham muito menos folhas que o normal e já não se abraçavam no topo da floresta como antes. Várias estavam secas e mortas e por entre os vãos da copa deixavam espiar o céu. Quase sempre inacessíveis a quem caminha pela mata, os raios de sol chegavam à camada de folhas no solo, deixando-a mais seca e propensa a pegar fogo.

Felizmente a transformação observada pelo engenheiro florestal paulista se restringe – ao menos por enquanto – a uma pequena área da Amazônia que na última década vem servindo de laboratório natural para pesquisadores brasileiros e norte-americanos interessados em descobrir o que pode acontecer com a mais vasta floresta tropical do mundo caso, como previsto, a temperatura do planeta continue aumentando e as chuvas diminuam na região.

No interior dessa reserva ambiental às margens do rio Tapajós, a 67 quilômetros ao sul de Santarém, Daniel Nepstad, ecólogo do Centro de Pesquisas Woods Hole, nos Estados Unidos, e fundador do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), criou no final dos anos 1990 um elaborado experimento a céu aberto. Selecionou um hectare de vegetação nativa – o correspondente a um quarteirão com 100 metros de lado – no qual simulou secas intensas semelhantes às causadas de tempos em tempos no leste da Amazônia pelo El Niño, o aquecimento anormal das águas superficiais do oceano Pacífico.

Durante cinco estações chuvosas seguidas, cerca de 30 pesquisadores e auxiliares da equipe de Nepstad instalaram um pouco acima do solo 5.660 painéis plásticos de 3 metros de comprimento por 0,5 metro de largura, recolhidos ao final de cada período de chuvas. Como uma espécie de guarda-chuva sobre a floresta, os painéis desviavam as águas vindas do céu para um sistema de calhas que as conduziam para longe dali.

Os efeitos desse experimento complexo e dispendioso – foram medidos gases emitidos para a atmosfera, umidade do solo, crescimento das plantas, entre outros fatores – começaram a se tornar mais claros recentemente com a publicação de artigos científicos detalhando os danos causados por cinco anos de uma seca experimental severa que reduziu de 35% a 40% o volume de água que chegava ao solo (o índice médio de chuvas na região de Santarém é de 2 mil milímetros por ano, concentrados de dezembro a junho).
Leia a reportagem completa aqui: http://www.revistapesquisa.fapesp.br/?art=3772&bd=1&pg=1

AMAZÔNIA - INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS PERVERSAS - LIVRE JOGO DO MERCADO - technological innovations - free market - 亚马逊-技术创新-自由市场

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Senado convocará Seffer e irmão de Ana Júlia - Senate will convene Seffer and brother of the governor Ana Júlia to testify for crimes of pedophilia


A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia, instalada pelo Senado Federal, decidiu convocar para depor o deputado estadual Luiz Affonso Seffer (DEM) e o irmão da governadora Ana Julia, João Carlos Vasconcelos Carepa, ambos acusados de crimes sexuais contra meninas . No total, oito pessoas deverão depor durante a visita da CPI a Belém, no dia 4 de março, e em Brasília.


Nos requerimentos aprovados hoje, Seffer e Carepa foram convocados por denúncias de participação em crimes de abuso sexual contra adolescentes. Para depor na condição de testemunhas foram convocados a menina envolvida no escândalo de Sefer, a delegada Maria do Perpétuo Socorro Maciel, da Divisão de Atendimento ao Adolescente (DATA) da Polícia Civil do Pará; e o médico Estélio Guimarães, do município de Mocajuba, que teria tratado de crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual.


Foram convidados a depor na qualidade de testemunhas a coordenadora do pró-Paz, Eugenia Sandra Pereira Fonseca; Sandra Maria Carreira dos Santos; e o bispo do Marajó, D. Luiz Ascona. As denúncias do bispo foram responsáveis pela instalação da CPI da Assembléia Legislativa do Pará que investiga crimes sexuais contra crianças e adolescentes.A maioria dos convocados e convidados pela CPI será ouvida em Belém. Se o tempo for insuficiente, os depoimentos que faltarem serão tomados em Brasília

Japão demite seus funcionários de origem brasileira - 日本起源のブラジル人従業員から抜け出し

Philippe Mesmer
Em Tóquio

Os empregados de meio-período são os primeiros a serem atingidos pelas reduções de funcionários nas empresas japonesas. Aqueles de origem estrangeira, principalmente os brasileiros, são afetados de forma particular.

Contratados para fazerem tarefas muitas vezes ingratas, chamadas de "3K" no Japão - kitsui (duras), kitanai (sujas) e kiken (perigosas) -, eles formam uma mão-de-obra complementar para as indústrias que os recrutam por intermédio de agências especializadas e os abandonam na primeira dificuldade que surge.

Sua chegada na ilha data de 1989. Na época, o Japão vivia um período de forte crescimento. O envelhecimento da população e os primeiros déficits de mão-de-obra estimularam o governo a conceder, fato inédito no arquipélago, vistos de trabalho a pessoas não qualificadas. Essa legislação é reservada aos descendentes de japoneses que imigraram para a América do Sul a partir de 1908. Chamados de nikkeijin, muitos deles agarraram essa oportunidade. Em 1990 eles eram em 4 mil, e hoje, 316 mil. Depois dos anos 1990, que foram marcados por tensões com tons de xenofobia, eles foram beneficiados pelo crescimento entre 2002 e 2008. Alguns deles trouxeram sua família.

Com a crise, as perdas de emprego se multiplicam. Esses trabalhadores não possuem seguro-desemprego e perdem a moradia, fornecida em sua chegada pela agência que os recrutou. Encontrar um novo emprego é difícil para eles, pois 90% deles falam mal o japonês.

No dia 18 de janeiro, 350 nikkeijn fizeram um protesto em Tóquio. Ruy Ramos, brasileiro ex-membro da equipe japonesa de futebol e estrela no arquipélago, lhes trouxe seu apoio. "Os residentes brasileiros levam sua contribuição à sociedade japonesa", ele afirmou. "Nós queremos que o governo tome medidas para proteger seus empregos, suas moradias e seu direito à educação".

ARGENTINA, TUCUMÁN - "O anonimato digital incentiva o jornalismo marrom", diz o escritor Tomás Eloy Martínez



Tomás Eloy Martínez (Tucumán, Argentina, 1934) passou por uma cirurgia delicada, submeteu-se a tratamentos longos, e enquanto isso, escreveu artigos, terminou um livro, "Purgatório", saiu para jantar, viajou para o México para celebrar o aniversário de seu amigo Carlos Fuentes, e ainda teve tempo para sair com amigos para discutir sobre absolutamente tudo e para continuar sendo um membro bastante ativo da Fundação Novo Jornalismo, presidida por outro amigo seu, Gabriel García Márquez.Este é o seu caráter.

Tornou-se jornalista cedo, sempre quis contar histórias, e no dia em que não contar nenhuma (verdadeira ou ficcional) deixará de ser Tomás Eloy Martínez, o jornalista. Entrevistei-o em sua casa em Buenos Aires (ele tem outra em Nova Jersey, onde é professor da Universidade de Rutgers), em meio a uma dessas oscilações de saúde que enfrentou e enfrenta como um bravo entre o fechamento de um jornal, ou a conclusão de um romance, antes de viajar à Espanha para falar sobre seu último livro.

Se perguntarmos em qualquer lugar da Argentina quem é o jornalista símbolo da paixão pelo ofício, um mestre na profissão, a maioria das pessoas responde seu nome. Ainda que tenha sido incentivado a abandonar o jornalismo por conta dos prêmios que recebeu por seus livros, o ofício continua sendo sua paixão; que exerceu na revista Primera Plana, no jornal diário La Nación; no exílio, que o salvou das lutas da ditadura militar argentina, trabalhou como jornalista na Venezuela e no México; neste último, em Guadalajara, fundou um jornal diário. Ainda que tenha dirigido redações, sua paixão sempre foi a reportagem, e a coletânea de seus artigos "Lugar común, la muerte", é um exemplo dessa dedicação.

Depois de conversarmos em Buenos Aires, ele falou a alguns jornalistas argentinos sobre a essência dos seus dois ofícios, o de escritor de ficção e o de jornalista: 'A literatura, se não é desobediência, não é literatura'. Assim como o jornalismo, a literatura é essencialmente um ato de transgressão, uma maneira de olhar para um pouco mais além dos nossos limites, dos nossos narizes. Tudo o que escrevi na vida são atos de busca da liberdade. Nada me dava mais prazer - quando publicava meus primeiros artigos em La Gaceta de Tucumán - que ouvir minha mãe dizer às minhas irmãs: 'Temos que ir à missa rezar pela alma de Tomás, que está totalmente perdida'.

Entre seus ideais, disse certa vez, está a verdade, enquanto jornalista, e a mentira, enquanto escritor. "O jornalista tem a obrigação de ser fiel à verdade, aos leitores e a si mesmo. O escritor, por outro lado, só tem de ser fiel a si mesmo". Fiel à sua alma dupla, de escritor e jornalista, Tomás Eloy Martínez disse que o jornalismo permitiu que ele ganhasse a vida com dignidade. Com esta alma "totalmente perdida", tratamos de juntar os pedaços do jornalismo de ontem e hoje.
Leia mais http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/elpais/2009/02/15/ult581u3051.jhtm

COMO ENFRENTAR A CRISE?


COM CALMA.......


BRASIL - ECONOMIA - RESURREIÇÃO DO KEYNESIANISMO

De PAUL SINGER - Tendências e debates, Folha de São Paulo.

Os governos reconhecem que esta crise não pode mais ser contida apenas pela redução de juros e apelam para o arsenal keynesiano

DESDE a inesquecível crise de 1929, a presente é a primeira a ser combatida com políticas retiradas do arsenal teórico keynesiano. Em 1929, quando o estouro da Bolsa de Wall Street deu início à mais longa e arrasadora crise da história do capitalismo, era consenso que os governos deveriam manter austeras suas políticas monetária e fiscal, por temor de uma possível inflação, induzida pela recuperação do consumo e da inversão.

O que houve, porém, foi uma deflação infindável que perpetuou a retração da demanda efetiva, o desemprego em massa e o empobrecimento da maioria da população. Diante do desastre, alguns governos (entre os quais o brasileiro e o sueco foram dos primeiros) jogaram o consenso conservador fora e passaram a usar o crédito e o orçamento público para fomentar diretamente o consumo, a inversão e a substituição de importações, tendo em vista incrementar a qualquer custo a atividade econômica nacional.

Essas políticas, movidas pela coragem do desespero, lograram fazer com que o mundo emergisse de uma crise que parecia não ter fim.

Leia mais:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz1702200908.htm

BRASIL, AMAZÔNIA - REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA - Brazil, Amazonas - ADJUSTMENT GROUND

Em até 1.500 ha. MP transfere posse de terra na Amazônia para seus ocupantes

A Câmara analisa a Medida Provisória 458/09, que autoriza a transferência sem licitação de terrenos da União, com até 1,5 mil hectares, na Amazônia Legal, a quem esteja em sua posse antes de dezembro de 2004. Pessoas jurídicas, servidores públicos e estrangeiros não são beneficiados.Ficam de fora do processo as terras da União reservadas às forças militares, as florestas públicas, as que tenham edificações e outras benfeitorias do governo federal, as ocupadas tradicionalmente por índios ou por comunidades quilombolas e as que forem objeto de interesse público ou social a cargo da União.

O secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Daniel Maia, avalia que o processo de regularização de posse, que hoje normalmente demora de um a dois anos, será abreviado com as novas regras. "Nossa expectativa é que esse prazo seja reduzido para cerca de 120 dias", disse.

Por sua vez, o ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Mangabeira Unger, explica que a diretriz da MP é simplificar "drasticamente" as regras e procedimentos da titulação das terras. "Com isso, poderemos regularizar cerca de 80% das posses em um prazo de três ano", calcula.

Requisitos e condiçõesAs propriedades com até um módulo fiscal serão repassadas gratuitamente, com algumas condições e sem licitação e vistoria, que só será exigida para áreas com mais de quatro módulos.

As porções com área superior a um módulo, desde que não ultrapassem 15 módulos, serão escrituráveis em nome do titular da posse, sem licitação, mediante o pagamento de um valor a ser determinado em regulamento, baseado em valor mínimo definido em "planilha referencial" de preços. Áreas acima de 15 módulos fiscais também poderão ser transferidas, mas por meio de licitação, reservado ao posseiro o direito de preferência. A Constituição sujeita a alienação de áreas públicas com mais de 2,5 mil hectares à prévia autorização do Congresso Nacional.

O valor do imóvel poderá, em qualquer caso, ser parcelado em até 20 anos, com prazo máximo de três anos para o pagamento da primeira parcela e correção monetária conforme índice definido pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

As empresas, porém, não poderão regularizar terras ocupadas irregularmente na região com base na medida provisória. Para terem o direito de registrar a área, o produtor terá que explorar, de maneira efetiva, sozinho, com sua família, ou com o apoio eventual de empregados, a área a ser titulada; não poderá ter outro imóvel rural no País, nem beneficiário de programa de reforma agrária ou de regularização fundiária em área rural.Por outro lado, os posseiros que adquirirem a titularidade de terras de acordo com as regras da MP, por dez anos ou até a quitação final do financiamento, não poderão negociá-las. Perderão o direito à terra se nesse prazo deixarem de aproveitá-la de maneira adequada, infringirem a legislação ambiental ou direitos trabalhistas.

Áreas urbanasA medida provisória abre caminho para a regularização fundiária também nas cidades ao repassar, por meio de doação ou de concessão de uso, as terras da União em áreas urbanas consolidadas e de expansão urbana aos municípios, estas últimas apenas aos municípios que já tenha plano diretor aprovado.

Os municípios deverão promover a regularização fundiária nas áreas recebidas. Os lotes de até mil metros quadrados serão doados aos que os estivessem ocupando antes da edição da MP e que esteja na posse por pelo menos seis meses ininterruptos.

Os maiores, desde que com até 5 mil metros, poderão ser vendidos por meio de licitação, tendo o titular da posse preferência no processo.Os imóveis que não se enquadrarem nas condições anteriores só poderão ser alienados nos termos da legislação em vigor, com regular licitação.

TramitaçãoA MP passa a trancar a pauta da Casa onde estiver tramitando - Câmara ou Senado - em 28 de março.
Agência Cãmara

PORTUGAL - PODER - CÂMARA DOS DEPUTADOS

Uns atrapalham (Brasil) e os outros não fazem nada (Portugal)














BRASIL - PODER - CÂMARA DOS DEPUTADOS

Chile - Commodities - mineração - Exportações de cobre do Chile caem 53% -Chile - Commodities - Mining - Chile's copper exports fell 53%

Exportações de cobre do Chile caem 53% em jan/jan08, para US$ 1,49 bi

As exportações de cobre pelo Chile somaram US$ 1,49 bilhão em janeiro, uma queda de 53% em comparação com o montante de US$ 3,19 bilhões registrado em janeiro de 2008, informou o banco central do país. Em todo o ano passado, o Chile exportou US$ 34,12 bilhões em cobre, 9% a menos que o volume recorde de US$ 37,56 bilhões registrado em 2007.

As exportações chilenas do setor de mineração de forma geral - incluindo molibdênio, ferro, prata, iodo e lítio - caíram para US$ 1,71 bilhão em janeiro, de US$ 4 bilhões de igual mês de 2008. Em todo o ano passado, somaram US$ 39,48 bilhões, de US$ 43,12 bilhões de 2007. De acordo com a comissão estatal de cobre Cochilco, o preço do metal foi de US$ 1,46 a libra em média na London Metal Exchange em janeiro. O preço médio registrado em 2008 foi de US$ 3,15 a libra.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

G7 meeting in Rome - Japan's Minister of Finance Drunk?

Sem comentários.

ASIA, CHINA, PEQUIM, SEGREDO PARA O SUCESSO - 亚洲, ,北京,成功的秘诀 -Asien, China, Beijing, SECRET ZUM ERFOLG

De Raul Juste Lores Revista da Folha de domingo.

De milionárias recém-saídas das compras a migrantes rurais que nunca tiveram uma tevê na vida, centenas de pessoas se reúnem todas as noites para ver um espetáculo digital em Pequim. Um telão de 250 metros de comprimento por 30 de largura, suspenso a 25 metros de altura, é a maior atração do shopping The Place. O comprimento é mais que o triplo do vão do Masp e a tela tem 7.500 m2, 25 vezes maior que o telão que passava filmes há alguns anos no Jockey em São Paulo.


A atração de 250 milhões de yuans (R$ 83 milhões) foi inaugurada há pouco mais de um ano, mas o fenômeno que ela desencadeou continua a se repetir pela capital chinesa.

Em uma cidade que não tem a menor vocação para adotar uma campanha "Cidade Limpa", telões digitais estão se espalhando por todos os lados _ de elevadores de prédios residenciais até táxis e ônibus. Um dos motivos da popularização é que das telas que utilizam módulos LED (diodos que emitem luz) às planas de cristal líquido (LCD), tudo é produzido na China.

O barateamento da tecnologia facilitou a propagação.

A grande dificuldade que existe no Brasil para alcançar modelos que sejam exemplos a inovação tecnológica é que aqui se fala muito e se faz pouco. Na academia se publica sobre ciência, tecnologia e inovação e lá fora se aplicam as experiências bem sucedidas.

O telão do The Place virou símbolo da Pequim digital. Ele vai de uma rua a outra, ocupando um quarteirão inteiro e é cercado pelas duas metades do shopping-center de cinco andares. O melhor vídeo a passar no telão reproduz em computação gráfica a vida em Pequim no século 18, intercalado com cenas de filmes de época. Muita gente aplaude as projeções.
A idéia é que ele funcione como arena no ar _ ali são exibidos de peixinhos gigantes em aquários (peça obrigatória na decoração chinesa) a planetas, estrelas cadentes, flores. O criador do telão e de boa parte das animações é o designer Jeremy Railton, nascido no Zimbábue e radicado nos EUA. Para se ter uma idéia de seu estilo, ele foi responsável pelas imagens nos telões dos últimos shows de Barbra Streisand e Cher.

Ele criou o maior telão do mundo em Las Vegas, o único maior que o de Pequim. Railton até tentou levar a empresa que o desenvolveu para a China. Não deu. "Do prefeito ao dono da construtora, reparei que havia uma pressão enorme para que a tecnologia fosse desenvolvida na China. Tivemos que desenvolver tudo lá", diz, referindo-se à longa tela coberta de vidro e aos painéis LED. Cinco telas individuais formam o comprido telão, que podem mostrar de imagens de TV a games.

No elevador
Telas digitais LCD e luminosos estão por toda a parte e se espalham mais rapidamente que as luzinhas de Natal no Brasil produzidas na China. Em Xangai, 15 mil táxis têm essas telinhas. Outros 20 mil táxis em Pequim, Guanghzou e Shenzhen já têm a novidade.
"O passageiro está sozinho e fica em média 17 minutos de monotonia sentado no banco traseiro. Ele pode ficar teclando a tela, mudando de canais, descobrindo novos produtos", diz a gerente da Touchmedia, Tina Han. Na telinha, há um cardápio com nove opções, de músicas a campanhas filantrópicas, mas, em todas, 80% do tempo será com propaganda. Há um botão de "mudo" para silenciar tanta informação.

A publicidade chinesa não perdoa nem durante o calmo trajeto no elevador. A empresa Framedia instalou 300 mil telas em elevadores de edifícios residenciais e comerciais em 40 cidades chinesas. As telas passam anúncios continuamente.

Em 1724 academias de ginástica chinesas, há telas espalhadas. "As telas se aproveitam dos momentos de solidão e tédio de muitas pessoas em elevadores ou no táxi, mas há risco de se criar uma exaustão total do receptor", diz o publicitário Jeremy Sy, da agência Leo Burnett. A prefeitura de Xangai estuda a regulamentação dos painéis. Há clientes reclamando que eles são irritantes.

Nos últimos meses, várias ruas dos bairros de Chaoyang e Sanlitun estão ganhando telões do tamanho de um ponto de ônibus, à altura do pedestre, que exibem propagandas. À noite, no frio de alguns graus negativos do inverno pequinês, pode-se se escutar os telões ecoando sozinhos enquanto ninguém se atrave a caminhar.

Os primeiros outdoors em Pequim que não tinham obrigação de passar mensagens comunistas de união proletária ou de ódio à burguesia só apareceram nos anos 80, após a abertura econômica da China. Até meados dos anos 90, boa parte das ruas e avenidas da cidade ficavam às escuras após às 22h por racionamento.

BRASIL, AMAZÔNIA, PARÁ - Empresa da Indonésia quer produzir biodiesel no Pará - Perusahaan Indonesia atau produksi biodiesel di Pará


A governadora Ana Júlia Carepa recebeu nesta quarta-feira 11, o embaixador da Indonésia no Brasil, Bali Moniaga que estava acompanhado do cônsul da Indonésia em São Paulo, Paulo Camiz de Fonseca e do diretor do Salim Group, Ossy Tirta, que anunciou o interesse do grupo empresarial, o maior da Indonésia na produção de alimentos, de investir no plantio e beneficiamento da palma (dendê) por meio da subsidiária Indofood Agri Resource Ltda.

A escolha do Pará, segundo a comitiva, é por sua localização estratégica e proximidade com a Linha do Equador, assim como a Indonésia, que junto com a Malásia são os maiores produtores de palma do mundo. Moniaga disse que seu país quer ampliar a produção de óleo de palmas, tanto para a indústria de alimentos como para o biodiesel, por isso escolheu o Pará pela semelhança com a Indonésia, sobretudo de clima. A idéia é instalar uma refinaria para a produção de alimentos, como margarina e outros derivados da palma.

Embora em valores totais a Indonésia tenha quase o tamanho do Brasil, com uma população de 240 milhões de habitantes, o país possui pouco mais de 25% de terras contínuas. O país possui 17 mil ilhas, daí a dificuldade de expandir a produção da palma.

De acordo com Ossy Tirta, o projeto pretendido pela Indo Agri, apenas para a produção de palma é de 500 mil hectares. A idéia é iniciar o investimento com o plantio de 200 mil hectares e investimentos de U$ 1 bilhão em um período de cinco anos, quando a palmácea começa a produzir.
Geração de empregos - A governadora explicou que a legislação brasileira não permite a concentração de um volume de terras como este nas mãos de uma única pessoa ou empresa, e sugeriu que seja adotado o modelo de produção em parceria com agricultores de pequeno porte.

O embaixador disse que seu país já adota esse sistema, beneficiando 50 mil pequenas propriedades, e que a idéia e utilizá-lo também no Brasil. Segundo ele, uma das principais vantagens dessa parceria é a geração de centenas de empregos.
O investidor se compromete a pagar ao produtor envolvido todos os custos de manutenção da lavoura até o início da produção, que se dá a partir do quinto ano.
A governadora deixou claro que nenhum investidor pode derrubar floresta para produzir palma, mas apontou que o Pará possui inúmeras áreas degradadas, concentradas na borda leste do estado, indicadas para esse tipo de investimento. Ela citou o programa Um Bilhão de Árvores para a Amazônia, que fomenta a restauração florestal com viés econômico, com o plantio de floresta para geração de energia, celulose, biodiesel, alimento e outros.

A governadora relacionou ainda os incentivos financeiros e fiscais destinados aos investidores, mediante critérios como a preservação ambiental, geração de emprego, inovação tecnológica e fortalecimento da economia local.

A comitiva se reuniu ainda com representantes das secretarias de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Meio Ambiente, Agricultura e Instituto de Terra do Pará. O grupo empresarial pretende iniciar nos próximos dias pesquisas de solo e clima em algumas áreas possíveis para receber o investimento.

BRASIL, POLÍTICA - Em resposta a Jarbas, PMDB nada responde...

do Blog do Noblat
Nota oficial que acaba de ser distribuída pela Comissão Executiva Nacional do PMDB:
"Em face da entrevista do senador Jarbas Vasconcelos, a Comissão Executiva Nacional do PMDB declara que não dará maior atenção a ela em razão da generalidade das alegações. Não aponta nenhum fato concreto que fundamente suas declarações. Ademais, lança a pecha de corrupção a todo sistema partidário quando diz “a corrupção está impregnada em todos os partidos”. Trata-se de um desabafo ao qual a Executiva Nacional do Partido não dará maior relevo."

Veja entrevista dia 14.04.2009, neste mesmo blog.
http://blogdoenriquez.blogspot.com/search?updated-max=2009-02-15T00%3A39%3A00-03%3A00&max-results=8

UM MODELO DE PESQUISA QUE NÃO COLOQUE COMO FOCO A BIODIVERSIDADE DA AMAZÔNIA E SUAS POTENCIALIDADES NÃO SERÁ UM MODELO SUSTENTÁVEL

Gonzalo ENRÍQUEZ
A Amazônia talvez seja uma das regiões do planeta mais cobiçada, menos conhecida, e muito mal explorada, sujeita a muita especulação e seriamente ameaçada. No entanto, é praticamente consensual que os diversos ciclos de uso e exploração de seus recursos naturais e ambientais pouco contribuíram para a construção de uma sociedade justa, economicamente dinâmica e ambientalmente sustentável.

Tradicionalmente, as atividades relacionadas ao aproveitamento da biodiversidade estão ligadas à exploração dos recursos naturais, apenas como matéria-prima e com pouca contribuição para a manutenção da floresta e para o dinamismo econômico da região.

Durante anos, na tentativa de elevar a produtividade regional, as instituições de fomento estimularam atividades ambientalmente predatórias – como a pecuária, a indústria madeireira e a soja- que embora tenham, de certa forma, elevado a renda regional, todavia, não promoveram a eqüidade social desejada e desvirtuaram a idéia da construção de um modelo de sustentabilidade para a Amazônia e harmonize o crescimento econômico com o a sustentabilidade da região.

Da mesma forma, outras atividades de grande vulto – como a mineração e os empreendimentos hidrelétricos – tem contribuído muito mais com os indicadores econômicos nacionais e internacionais do que para a solução dos sérios problemas da pobreza e exclusão da sociedade local.

Assim a rica biodiversidade amazônica vem sendo espoliada e subaproveitada, ao longo dos tempos. Especialistas concordam que o momento atual é especialmente favorável para o seu aproveitamento comercial em bases eqüitativas, ambientalmente sustentáveis e economicamente dinâmicas.

A maioria dos estudos ressalta o papel estratégico que deverá desempenhar a biodiversidade na construção de um novo modelo de sustentabilidade para a Região Amazônica. Destaca-se também, a importância do debate teórico sobre um novo modelo de sustentabilidade, bem como, a realização de pesquisas sobre o uso comercial da biodiversidade e seus diversos usos no processo de adensamento da bioindústria.

Desde o ponto de vista social, as pesquisas já conhecidas apontam que na Amazônia, vivem mais de 25 milhões de brasileiros e a região não pode seguir sendo considerada apenas uma fonte de trabalho barata, a Amazônia deve ser pensada, no bom sentido, como uma fábrica de engenho e de inovação que qualifique a maioria trabalhadora e empreendedora dos trabalhadores e comunidades que estão havidas de serem parte da construção do novo modelo de sustentabilidade dessa Região.

Brasil, Amazônia, Pará - Rede de Pesquisa do Pará vai impulsionar projetos em cinco áreas estratégicas - Network Research Pará will boost projects in

Forám cinco as áreas estratégicas selecionadas para a realização de projetos de pesquisa que serão financiadas pelo Governo do Pará:
A Secretaria de Desenvolvimento Ciência e Tecnologia (Sedect) apresentou nesta quarta-feira, 11, no Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, as linhas de pesquisa que estão contempladas no programa Rede de Pesquisa Induzida do governo do Pará.
As contempladas: Áreas de pesca e aqüicultura; tecnologia da informação e comunicação; engenharia biológica; energias renováveis; eficiência energética e biomassa florestal.
Pouco se sabe quais forram os critérios para essa escolha das áreas e ainda a divisão de duas áreas que poderiam ser uma só (energias renováveis e eficiência energética) e ter deixado de fora uma das áreas mais importantes da Amazônia, como é a BIODIVERSIDADE. O aproveitamento econômico e social da biodiversidade está sendo uma das preocupações do PAS e de outros projetos estratégicos do governo Federal.
Ao todo estão sendo investidos R$10 milhões em projetos científicos, tecnológicos e de inovação que contribuam para o desenvolvimento econômico e social do Estado.Nesta primeira fase, a Rede de Pesquisa está estruturada a partir de cinco áreas consideradas estratégicas: pesca e aqüicultura; tecnologia da informação e comunicação; engenharia biológica; energias renováveis; eficiência energética e biomassa florestal.
Os projetos são resultado de articulações entre o governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Sedect), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará (Fapespa) e da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa).
Durante o encontro, foram expostos, pelos coordenadores de cada projeto, os resumos das cinco redes de pesquisa. Além de informações sobre a execução de cada projeto, recursos, além de informações do repasse de bolsas aos pesquisadores.
"Estas pesquisas irão contribuir decisivamente para dinamizar a economia do Estado, diminuído a dependência do extrativismo e agregando valor aos produtos através de investimentos em tecnologia. Além disso, a Rede de Pesquisa será fundamental para elaboração de políticas públicas que visem não só o aspecto econômico, mas social, da população", explicou o gerente da Diretoria Científica e Tecnológica da Sedect, Cláudio Conde.
Um exemplo disso são as pesquisas desenvolvidas, dentro da rede de Tecnologia da Informação e Comunicação, que vai produzir alternativas para ampliar o alcance do programa Navegapará para os municípios mais afastados do Estado. Ou ainda, os investimentos em pesquisas sobre novas fontes bioenergéticas, ou o estudo sobre a fusariose que afeta a produção de pimenta do reino.
De acordo com o secretário-adjunto da Sedect, João Weyl, as linhas de pesquisas foram definidas a partir das prioridades levantadas pelos mais diversos órgãos no Estado. E os projetos serão articulados ao trabalho já desenvolvido nos parques tecnológicos que estão sendo implantados no Pará."Investir em pesquisa é uma ação fundamental para consolidação do Sistema Paraense de Inovação, que ao lado dos parques tecnológicos, vai criar a condição e a infra-estrutura necessária para promover o desenvolvimento do Estado", afirmou.
Mais de 270 pesquisadores e profissionais integram a Rede de Pesquisa, financiada pelo governo do Estado, por meio do edital nº 014/2008 - Seleção Pública de Redes Cooperativas de Pesquisa Científica, Tecnológica e de Inovação em Áreas de Interesse do SIPI, cujo prazo inicial termina em 2011. As redes serão coordenadas por Comitê Gestor que além de avaliar o desempenho dos trabalhos, vai acompanhar os indicadores de qualidade."Este modelo de inovação que está sendo implantado pela Sedect está permitindo o desenvolvimento tecnológico e de biotecnologia como nunca se viu neste Estado", afirmou o professor da Universidade Federal do Pará (UFPA), Artur Silva.
(Assessoria de Comunicação da Sedect/PA).

Moral da crise - do Rubens Ricupero

Interessantes reflexões do artigo de Rubens ricupero

AS ANÁLISES da crise financeira falam de tudo, menos de moral e de política. Dão a impressão de que o problema se limita a aspectos técnicos, sem vinculação com os valores éticos e independentes das relações de poder.

Joseph Stiglitz foi o único a observar que a crise teria sobre o fundamentalismo de mercado o mesmo efeito que teve a queda do Muro de Berlim sobre o comunismo. Poderia ter acrescentado que a ligação dos dois eventos não é só comparativa. O fim do socialismo foi um maremoto político. O vácuo ideológico e o desequilíbrio de forças conseqüentes tornaram possível aquilo que era antes inconcebível: a absoluta hegemonia dos mercados financeiros e os excessos responsáveis pelo colapso atual.
Nos Estados Unidos, o setor financeiro saltou de 10% do total dos lucros corporativos em 1980 para 40% em 2006, apesar de gerar apenas 5% dos empregos! Não se avança sobre quase metade dos lucros da economia sem contar com a cumplicidade do sistema político. A mudança de poder que abriu o caminho à hegemonia financeira foi, nesse período, a "revolução" neoconservadora de Reagan e de Thatcher, consolidada por Clinton e pela "terceira via" de Blair. Sua ideologia era a mistura de globalização com liberalização. Globalização entendida como unificação em escala planetária dos mercados, sobretudo para as finanças. Liberalização no sentido de eliminar tudo que pudesse limitar as oportunidades de negócios. A fiscalização ficaria por conta da suposta capacidade auto-regulatória dos mercados.
Nesse clima, poucos ganharam muito, mas a desigualdade explodiu, o emprego se tornou precário, o salário real estagnou, multiplicaram-se as fusões
com cortes de milhares de vagas, os melhores empregos industriais foram terceirizados para países de baixos salários.
O apodrecimento moral desse fim de reino era já perceptível em 2002, durante os escândalos da Enron, da WorldCom e de outras empresas que ocasionaram ao índice Nasdaq a perda de três quartos do seu valor, cerca de US$ 5 trilhões! Na época, o banqueiro Felix Rohatyn escreveu que o dano causado ao capitalismo norte-americano era de tal gravidade que nem Lênin teria feito melhor!
Exagero, pois tudo se esqueceu: o papel dos bancos de investimento como o Goldman Sachs e o Merrill Lynch, a desmoralização das agências de avaliação de risco e de auditoria, todos novamente co-autores do desastre de agora. A lei Sarbanes-Oxley, as normas mais rigorosas de transparência contábil, nada foi capaz de evitar a repetição da catástrofe em dimensão maior. Alegava-se que o sacrifício dos seres humanos e da moral era o preço a pagar pela eficiência e pela racionalidade impostas pela globalização. Contudo, longe de ganhar vigor e competitividade, o setor produtivo norte-americano parece um campo de ruínas.
A autodestruição econômica a que assistimos foi prevista por Emmanuel Mounier, meio século atrás: "Por mais racional que seja, uma estrutura econômica baseada no desprezo das exigências das pessoas contém os germes de sua própria condenação".
Da mesma forma que no New Deal dos anos 1930, só uma nova correlação de forças políticas que devolva sentido moral à economia e a recoloque a serviço do interesse do maior número salvará o modelo norte-americano de recaídas periódicas e de inelutável declínio em competitividade produtiva e adesão dos cidadãos.

Crise de vento em popa; governos a remo Crisis of wind in poop, government at rowing

Nesta crise, os governos parecem estar sempre atrás da curva. Enquanto ela já virou a esquina e desceu a ladeira, os formadores de políticas estão amarrando os cadarços ou escolhendo o tênis mais apropriado para tentar alcançá-la.

Até agora, nenhum país encontrou a solução mais adequada para o centro da crise: a falência do sistema de crédito e dos bancos. Embora não exista 'bala de prata' para matar esse lobisomem, tampouco as armas forjadas até aqui parecem minimamente eficientes.
Leia mais: http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/fernandocanzian/ult1470u504329.shtml

Economia do Japão recua para o pior nível em 35 anos - 日本の経済を35年で最悪のレベルに -Japan's economy back to the worst level in 35 years


O PIB (Produto Interno Bruto) do Japão recuou 12,7% entre outubro e dezembro de 2008 frente ao mesmo período do ano anterior, segundo anunciou o governo japonês nesta segunda-feira. A queda, a maior em 35 anos, é resultado da pior crise no país desde o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), disse o ministro da Economia do país, Kaoru Yosano.
A queda é a terceira redução trimestral consecutiva, o que coloca a segunda maior economia do mundo --atrás apenas dos Estados Unidos-- em um cenário de aprofundamento da recessão.
Entre abril e junho, o país registrara contração de 3% em seu PIB, enquanto de julho a setembro a economia havia recuado 0,4%. Em todo o ano 2008, a economia japonesa caiu 0,7%, pela primeira vez em nove anos.
Após a declaração sobre o PIB, o ministro defendeu a aprovação parlamentar da segunda ampliação orçamentária para as contas do anos fiscal 2008 que termina em abril.

Pacote
O Japão prepara um novo pacote de estímulo econômico para combater a profunda recessão que afeta o país. Alguns integrantes do governo defendem uma ajuda que poderia chegar a US$ 109 bilhões.
O primeiro-ministro, Taro Aso, encarregará nesta segunda-feira o Partido Liberal Democrata (LDP) a iniciar os trabalhos para apresentar em abril um orçamento adicional ao Parlamento, com o objetivo de financiar o terceiro plano de reaquecimento desde o fim de 2008, informaram o jornal "Yomiuri Shimbun" e o canal de TV público NHK.
O pacote definiria o financiamento de grandes projetos públicos, como a reconstrução de aeroportos e outras obras de infraestrutura, ao mesmo tempo que estimularia o desenvolvimento de empresas com projetos ecologicamente corretos.
Segundo pesquisa, a recuperação da economia japonesa só chegará no último trimestre de 2009, quando os analistas consultados estimam que crescerá 0,97% após seis trimestres consecutivos de contração.

A pior recessão no Japão durou 36 meses, no início dos anos 80, quando a economia do país foi atingida pelas consequências dos choques do petróleo.
da Folha Online

China: terremoto de Sichuan teria sido precipitado por uma represa 中国:在四川地震已沉淀大坝 -le tremblement de terre au Sichuan ont été précipités par un barrage


Teria uma grande obra-de-arte desencadeado um dos terremotos mais devastadores das últimas décadas? A pergunta é feita a sério há várias semanas por cientistas chineses e ocidentais, que apontam a responsabilidade de uma represa hidroelétrica no tremor de terra de Sichuan que provocou a morte de quase 88 mil pessoas em maio de 2008.
O suspeito, neste caso, é a barragem de Zipingpu. Ela está instalada a alguns quilômetros do epicentro do terremoto e a menos de um quilômetro da principal falha que o provocou. "O ponto crucial é que os inquéritos geológicos e as sondagens geofísicas mostram que todo um sistema de falhas - entre elas a de Beichuan e Yingxiu, ao longo da qual houve o terremoto de 12 de maio de 2008 -, bem como a falha Jiangyou-Guanxian e mais uma série de falhas menores se encontram sob o reservatório", escreve Fan Xiao, responsável pelas investigações geológicas do Serviço de Mineração e Geologia de Chengdu (Sichuan), em uma longa carta às autoridades divulgada no fim de janeiro, pela ONG Probe International.
Há muitos anos Xiao tenta chamar a atenção das autoridades para os riscos causados pelas construções de barragens sobre os rios dessa província junto ao Tibete. Em 2003, ele fazia parte de um grupo de trinta cientistas e intelectuais chineses que se mobilizaram, em vão, contra a construção da barragem de Zipingpu, em razão dos riscos geológicos e ambientais.

Leia mais: http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/lemonde/2009/02/13/ult580u3562.jhtm

VENCE O SIM NA VENEZUELA - Chávez vence referendo e conquista reeleição ilimitada - Chavez wins referendum and wins reelection indefinitely

De acordo com o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), com mais de 92% das urnas apuradas, a opção do "não" obteve 45,63% dos votos deste domingo. A abstenção até este momento foi de 32,95 %. Simpatizantes do governo já festejavam nos principais Estados do país, antes mesmo do anúncio oficial dos resultados.

Logo depois de votar no referendo, na tarde deste domingo, Chávez disse que o resultado das urnas definiria seu "futuro político". E foi com este clima que os venezuelanos compareceram às urnas. De um lado os chavistas que defendiam a "continuação da revolução bolivariana" sob a liderança de Chávez e de outro, opositores que rejeitavam o que consideram como uma medida para a "perpetuação do presidente no poder". Antes do pleito, o presidente venezuelano que governa o país há uma década, anunciou que se saísse vitorioso aprofundaria as mudanças rumo à consolidação de uma revolução socialista na Venezuela.
Com a vitória, Chávez interpretará o resultado como um "categórico" respaldo a seu projeto de governo, na opinião do sociólogo Edgardo Lander, professor da Universidade Central da Venezuela. "O que ainda não podemos prever é que tipo de medidas de radicalização tomará o presidente. Estamos em meio a uma crise financeira, não seria o momento adequado para desencadear crises políticas internas", afirmou Lander à BBC Brasil.