terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

ELEIÇÕES NA CÂMARA E NO SENADO FEDERAL - QUEM GANHOU E QUEM PERDEU?

Nas eleições para a renovação das mesas directoras do Senado e da Câmara houve vencedores, vencidos e os que ficaram sem pão nem pedaço. Entre mortos e feridos, entre traições declaradas ou veladas, todos ganharam, só o Brasil que continua sustentando uma verdadeira entelequia, obscura (no sentido aristotélico) que algúm dia foi que hoje não agrega mais valor ao Brasil, a não ser que se produza uma verdadeira renovação dos seus quadros que se perpetuaram no poder para fazer uso dele sem cumprir sua missão fundamental para o qual foi criado.

Quem, sem dúvida saiu como o grande vencedor, foi o PMDB que recebeu todo o apoio da maioria dos partidos da base aliada. Podem até dizer que eu não sei contabilizar votos, mas, essas eleições foram só para gringo ver. A verdadeiro composição se vêm formando desde faz muito tempo. Quando se confirmou que tudo estava sob controle só aí foram para a votação e mandaram ao Tião Viana a fazer a parte do processo para fingir democracia. Já era obvio que o elito seria Sarney, Viana fez o papel do Mc Cain.

Quem pariu a Mateus que o embale.

Informações, detalhes e análises excelentes, podem ser encontrados em dois blogs que acompanho e acho eles muito sérios e atualizados: Pelos corredores do Planalto faça um clic aqui http://blogdovalmutran.blogspot.com/ e no blog do Espaço aberto http://blogdoespacoaberto.blogspot.com/

A CRISE NA VISÃO DO ERIC HOBSBAWN


Do blog helioaraujosilva1952.spaces.live.com/

Filosofia e Questões Teóricas
Escrito por BBC

Hobsbawn: Estado terá papel maior na economia daqui por diante “A esquerda está virtualmente ausente. Assim, parece-me que o principal beneficiário deste descontentamento atual, com possível exceção nos Estados Unidos, será a direita”, disse o historiador Eric Hobsbawn, ao comparar o momento ao dramático colapso da União Soviética.

"Agora sabemos que estamos no fim de uma era e não se sabe o que virá pela frente”, afirmou ele.Hobsbawn diz não acreditar que a linguagem marxista, que lhe serviu de norte ao longo de toda sua carreira, será proeminente politicamente, mas intelectualmente “a análise marxista sobre a forma com a qual o capitalismo opera será verdadeiramente importante”.

Abaixo, os principais trechos da entrevista.Muitos consideram o que está acontecendo como volta ao estatismo e até do socialismo.

O senhor concorda? Bem, certamente estamos vivendo a crise mais grave do capitalismo desde a década de 30. Lembro-me de título recente do Financial Times que dizia: "O capitalismo em convulsão". Há muito tempo não lia título como esse no Financial Times.

Agora, acredito que esta crise está sendo mais dramática por causa dos mais de 30 anos de certa ideologia “teológica” do livre mercado, que todos os governos do Ocidente seguiram. porque, como Marx, Engels e Schumpter previram, a globalização - que está implícita no capitalismo -, não apenas destrói a herança da tradição como é incrivelmente instável: opera por meio de uma série de crises.

E o que está acontecendo agora está sendo reconhecido como o fim de era específica. Todos concordam que, de uma forma ou de outra, o Estado terá papel maior na economia daqui por diante.Qualquer que seja o papel que os governos venham a assumir, será empreendimento público de ação e iniciativa, que será algo que orientará, organizará e dirigirá também a economia privada. Será muito mais economia mista do que tem sido até agora.E em relação ao Estado como redistribuidor? O que tem sido feito até agora parece mais pragmático do que ideológico...Acho que continuará sendo pragmático. O que tem acontecido nos últimos 30 anos é que o capitalismo global vem operando de uma forma incrivelmente instável, exceto, por várias razões, nos países ocidentais desenvolvidos.

No Brasil, nos anos 80, no México, nos 90, no sudeste asiático e Rússia, nos anos 90, e na Argentina, em 2000: todos sabiam que estas coisas poderiam levar a catástrofes a curto prazo. E para nós isto implicava quedas tremendas do FTSE (índice da bolsa de Londres), mas seis meses depois, recomeçávamos de novo.Agora, temos os mesmos incentivos que tínhamos nos anos 30: se não fizermos nada, o perigo político e social será profundo e ainda mais depois de tudo, da forma com a qual o capitalismo se reformou durante e depois da guerra sob o princípio de “nunca mais” aos riscos dos anos 30.

O senhor viu esses riscos se tornarem realidade: estava na Alemanha quando Adolf Hitler chegou ao poder. O senhor acredita que algo parecido poderia acontecer como conseqüência dos problemas atuais?Nos anos 30, o claro efeito político da Grande Depressão a curto prazo foi o fortalecimento da direita. A esquerda não foi forte até a chegada da guerra. Então, eu acredito que este é o principal perigo.

Depois da guerra, a esquerda esteve presente em várias partes da Europa, inclusive na Inglaterra, com o Partido Trabalhista, mas hoje isso já não acontece.A esquerda está virtualmente ausente, assim, me parece que o principal beneficiário deste descontentamento atual, com uma possível exceção – pelo menos eu espero – nos Estados Unidos, será a direita.

O que vemos agora não é o equivalente à queda da União Soviética para a direita? Os desafios intelectuais que isto implica para o capitalismo e o livre mercado são tão profundos como os desafios enfrentados pela esquerda em 1989?Sim, concordo. Acredito que esta crise é equivalente ao dramático colapso da União Soviética. Agora sabemos que acabou uma era. Não sabemos o que virá pela frente.

A globalização, que está implícita no capitalismo, não apenas destrói uma herança da tradição como também é incrivelmente instável: opera por meio de uma série de crises.Temos um problema intelectual: estávamos acostumados a pensar até então que havia apenas duas alternativas: ou o livre mercado ou o socialismo. Mas, na realidade, há muito poucos exemplos de um caso completo de laboratório de cada uma dessas ideologias.Então eu acho que teremos de deixar de pensar em uma ou em outra e devemos pensar na natureza da mescla. E principalmente até que ponto esta mistura será motivada pela consciência do modelo socialista e das conseqüências sociais do que está acontecendo.

O senhor acredita que regressaremos à linguagem do marxismo?Desde a crise dos anos 90, são os homens de negócio que começaram a falar assim: “Bem, Marx predisse esta globalização e podemos pensar que este capitalismo está fundamentado em uma série de crises”.Não acredito que a linguagem marxista será proeminente politicamente, mas intelectualmente a natureza da análise marxista sobre a forma com a qual o capitalismo opera será verdadeiramente importante.

O senhor se sente um pouco recuperado depois de anos em que a opinião intelectual ia de encontro ao que o senhor pensava?Bem, obviamente há um pouco a sensação de schadenfreude (regozijo pela desgraça alheia). Sempre dissemos que o capitalismo iria se chocar com suas próprias dificuldades, mas não me sinto recuperado.

O que é certo é que as pessoas descobrirão que de fato o que estava sendo feito não produziu os resultados esperados.Durante 30 anos, os ideólogos disseram que tudo ia dar certo: o livre mercado é lógico e produz crescimento máximo. Sim, diziam que produzia um pouco de desigualdade aqui e ali, mas também não importava muito porque os pobres estavam um pouco mais prósperos.

Agora sabemos que o que aconteceu é que se criaram condições de instabilidades enormes, que criaram condições nas quais a desigualdade afeta não apenas os mais pobres, como também cada vez mais uma grande parte da classe média.Sobretudo, nos últimos 30 anos, os benefíciários deste grande crescimento temos sido nós, no Ocidente, que vivemos uma vida imensuravelmente superior a qualquer outro lugar do mundo. E me surpreende muito que o Financial Times diga que o que se espera que aconteça agora é que este novo tipo de globalização controlada beneficie a quem realmente precisa, que se reduza a enorme diferença entre nós, que vivemos como príncipes, e a enorme maioria dos pobres.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

CRISE É POSITIVA PARA O MEIO AMBIENTE, AFIRMA PESQUISADOR DO IPEA

Da Agência Brasil

A diminuição do volume de exportação dos recursos não-renováveis brasileiros resultou em ganhos ambientais para o país. A conclusão é do coordenador de Meio Ambiente do Fórum Mudanças Climáticas, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), José Aroudo Mota. Ele é responsável pela pesquisa Trajetória da Governança Ambiental, divulgada pelo Ipea durante o lançamento do Boletim Regional e Urbano.Em seu estudo, Aroudo apresentou uma série de dados sobre o que o Brasil deixou de exportar com a crise.

"Ela [a crise] resultou em impactos ambientais positivos, apesar de externalidades negativas como a perda de empregos e o impacto que teve nos níveis de crescimento econômico de determinadas regiões", disse o pesquisador.Segundo ele, o trabalho buscou mensurar os principais impactos causados pela crise em indústrias como a de alumínio. "O que deixamos de exportar, entre os 32 produtos pesquisados, representa uma economia de aproximadamente 562 mil kilowatts de energia, a partir do consumo evitado. Isso daria para abastecer uma cidade de 25 mil pessoas", acrescentou, referindo-se à exportação de alumínio.

A indústria do aço, segundo ele, deixou de exportar 740 milhões de quilos de aço bruto. "Isso significa uma redução de mais de 1 bilhão de toneladas em emissões de carbono, o que para o processo climático no Brasil é extremamente positivo", avaliou Aroudo."Na indústria de veículos, o Brasil deixou de exportar em dezembro 62,1 mil carros, e isso também implica em redução do consumo de energia e de aço. Ainda estamos mensurando o quanto, mas é evidente - e isso pode ser afirmado tendo por base dados oficiais de 2008 - que o meio ambiente teve ganho substancial em função da não-exploração de recursos naturais, tanto renováveis quanto não-renováveis".Aroudo disse que estão sendo preparados outros estudos, abordando as madeiras e o cimento brasileiros.

"Quando certificada, a madeira encontra dificuldades para entrar na Europa por decorrência da crise internacional", adiantou.

José Aroudo Mota, é prof. Doutor em Desenvolvimento Sustentável e Mestre em Administração financeira pela UnB. Professor do centro de Desenvolvimento Sustentável da UnB e pesquisador do IPEA, tem publicado diversos livros e artigos sobre o tema do mio ambiente, biodiversidade e mudanças climáticas. Um dos livros importantes é "O Valor da Natureza: economia e política dos recursos naturais" da editora Garamont.

BRASIL - JOSÉ SARNEY NOVO PRESIDENTE DO SENADO FEDERAL

Os candidatos a presidente do Senado e da Câmara evitaram se comprometer com temas polêmicos. Embora prolixos, detalham pouco suas propostas para comandar o Congresso e mostram conservadorismo na área de costumes.

Nenhum dos dois candidatos a presidir o Senado nem dois dos três que disputam o mesmo cargo na Câmara, por exemplo, acham necessário uma lei que garanta integralmente o direito de pessoas do mesmo sexo se casarem.

José Sarney (PMDB-AP), 78 anos, favorito na disputa no Senado, diz acreditar que a lei atual já garante "os direitos de companheiros". Cita o fato de ser possível a adoção de crianças por homossexuais. Tião Viana (PT-AC), 47, também na corrida para presidir os senadores, não vê necessidade de uma legislação específica para um "assunto que só diz respeito à individualidade de cada um".

Na Câmara, as respostas são igualmente ambíguas. A discussão "deve ser enfrentada pelos legisladores", diz Ciro Nogueira (PP-PI), 40. Para Aldo Rebelo (PC do B-SP), 52, "a lei deve proteger os direitos dos cidadãos, independentemente de sua orientação sexual".

Foram formuladas perguntas de temas controversos e as respostas foram muito gerais. Veja abaixo.

Apesar de uma certa aversão à objetividade, às vezes alguns candidatos foram meticulosos em trechos de seus comentários. Foi caso da pergunta a respeito de qual seria a opção eleitoral de cada um na eleição presidencial de 2010.

José Sarney enviou sua resposta em duas etapas. Primeiro, veio uma afirmação direta: "Já tornei pública a minha simpatia pela ministra Dilma Rousseff (PT)".

Em seguida, chegou um adendo. O ponto final virou uma vírgula, seguida do complemento: "Ao mesmo tempo que reconheço a competência dos governadores Aécio Neves e José Serra (ambos do PSDB)".

Tião Viana disse apenas que seguirá a orientação de seu partido, o PT. Ciro Nogueira acha que "definitivamente" não é o momento de discutir 2010. Aldo Rebelo afirmou que ainda está indefinido.

Quando o assunto é se são a favor de uma lei para acabar com as restrições ao aborto no Brasil, há uma unanimidade conservadora. Nenhum defende a descriminação da prática.

Em definitiva a eleição do presidente do senado foi ganha pelo Senador José Sarney.

A ELEIÇÃO MAIS PARECEU UMA VELHA VINGANÇA DE VELHOS ALIADOS DO QUE UMA DISPUTA DEMOCRÁTICA.

FORAM MUITOS ANOS DE TRAIÇÕES ENTRE O PMDB E O PSDB E OS RESTANTES PARTIDOS SALTELITES. ASSIM, A ELIÇÃO FOI TOTALMENTE POLUÍDA PELA HISTÓRICA DESAVENIÊNCIA DOS GRUPOS DE PODER E DOS OLIGARCAS DE PLANTÃO.

NÃO TEVE DEBATE, NEM COMBATE FORAM DUAS CHAPAS SEM NENHUMA PROPOSTA INOVADORA, OUSADA PARA TRANASFORMAR AQUILO QUE JÁ FOI TANTAS VEZES DENUNCIADO COMO UMA INSTITUIÇÃO APÊNDICE DO PODER.

FICAM AS PERGUNTAS SOBRE OS RESULTADOS DA ELEIÇÃO E O NOVO PRESIDENTE.

QUE SERÁ DAS REFORMAS PROPOSTAS PARA O SENADO? SÓ DEUS SABE QUE NÓS SIMPLES MORTAIS JÁ NÃO ACREDITAMOS NESSES INSTITUIÇÕES.

PORTUGAL - BRASIL UM POUCO DE MÚSICA

Foi um verdadeiro presente ao nosso espírito a apresentação dia sabado 31 de janeiro em Brasília do espectáculo do conjunto de música portugués "Madredeus" com suas novas cantoras.

O grupo de Pedro Ayres Magalhães, agora denominado Madredeus & Banda Cósmica, se apresentou pela primeira vez sem Teresa Salgueiro, que abandonou o grupo em 2007, e com duas novas vozes femininas, as cantoras Mariana Abrunheiro e Rita Damásio. Foi o início da sua turne internacional.

"Metafonia", o nono álbum mais vendido na última semana em Portugal, é um duplo disco com 19 temas, entre inéditos e canções do repertório mais antigo dos Madredeus.

Da formação anterior do grupo mantêm-se o guitarrista Pedro Ayres Magalhães, o mentor e compositor principal, e o teclista Carlos Maria Trindade.

A eles juntam-se Jorge Varrecoso (violino), Ana Isabel Dias (harpa), Ruca Rebordão e Babi Bergamini (percussão e bateria), Sérgio Zurawski (guitarra eléctrica) e Gustavo Roriz (baixo).

CAMPANHA CONTRA O AQUECIMENTO GLOBAL DO GREENPEACE - SÃO 30seg. VALE A PENA VER

BRASIL, AMAZÔNIA, PARÁ - ANALISE SOBRE A VIOLÊNCIA - LÚCIO FLAVIO PINTO

Do Jornal Pessoal
Lúcio Flavio Pinto


Mais uma vez mudam as pessoas e os discursos, só não deverá mudar a realidade. O governo parece acreditar na sua propaganda, da “terra de direitos”, Por enquanto, o mais acatado é o direito do bandido. O cidadão sofre

Quando pressionado a dar uma resposta sobre a escalada da violência, Almir Gabriel saiu-se com uma das pérolas da verborragia do tucanato, que inundou o Pará durante os 12 anos de hegemonia política do PSDB no Estado: as pessoas achavam que a criminalidade crescia por estarem acometidas de uma “sensação de insegurança”, diagnosticou o médico-governador.

Todos debocharam então da fraseologia oca, os petistas mais do que todos. O PT, por estar na oposição, abusava das bravatas, conforme reconheceria depois o seu grande líder. Mas quando Lula sucedeu a FHC e, na sua onda vitoriosa, Ana Júlia Carepa veio bater no Palácio dos Despachos, a sede do governo estadual, o feitiço se voltou contra o feiticeiro mais uma vez.

A sensação de insegurança ficou mais forte, se tornou epidêmica. Sem oferecer qualquer tipo de medicamento eficaz para a praga da violência, o governo do PT decidiu abolir a estatística da criminalidade, que se tornou assunto sigiloso. Como o desnorteado marido traído, a administração petista resolveu jogar fora o sofá, no qual fora praticado o adultério. Os personagens, porém, permaneceram na sala. Os crimes continuaram a se multiplicar. As mortes são ainda mais freqüentes.

A sensação de insegurança seria paranóia se cada família não contabilizasse seus casos de assalto, seqüestro ou assassinato. É possível até que o medo se tenha tornado maior do que a sua causa real. Ou que a insegurança impeça o cidadão de avaliar com objetividade o problema, induzindo-o a exigir panacéias impossíveis diante da acumulação dos problemas ao longo de tanto tempo de ineficiência do poder público. Não há soluções instantâneas nem amplas e muito menos definitivas ao alcance. Mas pode haver uma retração da criminalidade se algumas medidas forem adotadas para impor respeito e reprimir a ousadia dos criminosos. Para ler mais clic aqui http://www.lucioflaviopinto.com.br/

BRASIL - AMAZÔNIA PARÁ CPI DA PEDOFILIA COM MIL CASOS A APURAR

Diário do Pará

BELÉM (PA) - No último dia de palestras no Fórum Social Mundial, a União Geral dos Trabalhadores (UGT) aprovou moção a ser encaminhada à Assembleia Legislativa do Pará para que crimes contra crianças e adolescentes sejam investigados e apurados em toda a sua extensão. “Nada tem que ser abafado. Crime contra criança e adolescente é um dos mais hediondos que existem”, disse o presidente estadual da central sindical, José Francisco Pereira, ao lembrar denúncias de que autoridades e parentes de autoridades do Estado estariam envolvidos em casos como esses. “Se fosse com um trabalhador, com certeza já teria sido punido”, disse.

A discussão sobre o assunto foi feita pelo Seminário “Enfrentamento às violências sexuais contra crianças e adolescentes”, promovido pela UGT, dentro da tenda “Mundo do Trabalho”, na Universidade Federal do Pará, um dos territórios do FSM. Em palestra, o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito de Abuso e Exploração Sexual de Criança e Adolescentes, deputado estadual Arnaldo Jordy (PPS) desenhou um quadro da situação de violência contra menores no Estado. Ele informou que, em pouco mais de um mês da abertura da CPI, já foram recebidas mais de mil denúncias de violência contra crianças e adolescentes, muitas da quais envolvendo prefeitos, vereadores, deputado, conselheiros de tribunais, empresários, policiais e parentes de pessoas importantes do Estado. “A maioria desses inquéritos estava dormindo em berço esplêndido. Há uma rede de poder grande”.

A CPI foi aberta na AL a partir de denúncias de violência sexual com crianças e adolescentes da região do Marajó. Para Jordy, se na época o caso do deputado Luiz Seffer, acusado de abusar de uma criança, já tivesse vindo à tona, talvez o debate sobre o assunto nem existisse. Uma audiência pública sobre o tema será realizada no próximo dia 04, às 14 horas, no auditório João Batista, na AL. (Diário do Pará)

BRASIL, BELÉM, PARA, AMAZÔNIA - FÓRUM SOCIAL MUNDIAL TERMINA SEM TEXTO FINAL, LAMENTÁVEL

Da Agência Estado de São Paulo

São Paulo - O Fórum Social Mundial foi encerrado ontem em Belém, no Pará, sem nenhum documento final com as conclusões do encontro ou qualquer sugestão a respeito da crise econômica mundial. Na assembleia geral, realizada ontem ao ar livre, foram lidos documentos sobre um conjunto de 22 questões pontuais, variando da preservação da Amazônia aos problemas enfrentados por migrantes ao redor do mundo, a demarcação de terras indígenas, a questão palestina e outros.

Apesar da ausência de um documento global, os comentários dos organizadores e participantes ao final do evento tinham quase sempre dois pontos comuns. O primeiro é a ideia de que o fórum aponta na direção certa com seu lema “um outro mundo é possível”. Ideia que a crise econômica mundial serviu para fortalecer. O segundo ponto é que o fórum precisa ampliar seu raio de ação, atraindo mais entidades da Ásia, Leste Europeu, África e de outras regiões do mundo. Neste ano, das 5.808 entidades participantes, 4.193 eram da América do Sul.

“Davos acabou. Nós somos o futuro”, comentou Candido Grzybowski, do Conselho Internacional do Fórum Social Mundial e diretor do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), referindo-se à cidade suíça que abriga anualmente um fórum com a elite do pensamento capitalista. Por toda parte ouviam-se expressões desse tipo. No próximo ano o fórum será descentralizado, com vários encontros ao redor do mundo. Em 2011, porém, ele volta a concentrar todas as entidades e regiões num só local - que poderá ser definido amanhã, durante o encontro do conselho internacional, em Belém. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

COLÔMBIA, BOGOTÁ - Farc libertam reféns em operação apoiada pelo Brasil e obstaculizada pelo ejercito colombiano

Conforme foi anunciado neste blog, na Quinta-feira, 29 de Janeiro de 2009 (NOVAS NEGOCIAÇÕES COM AS FARC DA COLÔMBIA LIBERARÁ MAIS REFENS NESTE FINAL DE SEMANA) neste domingo libertaram quatro integrantes das forças de segurança colombianas mantidos sequestrados por meses.

A maior dificuldade para a libertação nem foram as FARC e sim o próprio governo que utilizando símbolos da Cruz Vermelha realozou enfrentamentos com os membros das FARC o que naturalmente obstaculizou a operação de resgate.

Veja a nota da Agência Reuters
Por Luis Jaime Acosta

BOGOTÁ (Reuters) - As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) libertaram no domingo quatro integrantes das forças de segurança colombianas mantidos sequestrados por meses. Foi a primeira entrega de reféns unilateral feita pela guerrilha em quase um ano, informou a Cruz Vermelha Internacional.

Com a libertação, as Farc buscam ganhar espaço político e melhorar sua imagem internacional após receber uma série de golpes do governo do presidente colombiano, Alvaro Uribe, e do Exército, como a morte de líderes de alto escalão da guerrilha e o resgate de reféns importantes, como a política Ingrid Betancourt.


Os três policiais e o soldado, que formavam parte de um grupo de reféns que as Farc tentavam trocar por 500 rebeldes presos, foram entregues em um local na selva do sul do país a uma missão humanitária liderada pela senadora colombiana Piedad Córdoba e que teve apoio logístico do Brasil.


"Em uma área rural do Departamento de Caquetá, as Farc-EP entregaram para membros da Comissão de Colombianos e Colombianas pela Paz e para delegados do Comitê Internacional da Cruz Vermelha Alexis Torres Zapata, Juan Fernando Galicia e José Walter Lozano, membros da Polícia Nacional, e o soldado William Giovanni Rodríguez", disse a Cruz Vermelha em comunicado.


A libertação foi antecedida por um confuso incidente que, segundo integrantes da missão humanitária, aconteceu por conta de sobrevoos realizados por aviões militares antes da entrega. Essa versão foi negada pelo governo por meio do alto-comissário para a paz, Luis Carlos Restrepo.


Ao anoitecer de domingo, os quatro reféns e a comissão humanitária chegaram ao aeroporto de Villavicencio, onde foram recebidos com aplausos.


"Temos que lutar por todos os companheiros que continuam nessa selva", disse o policial Torres, enquanto comemorava a libertação em frente às câmeras de televisão e de fotógrafos junto com os demais libertados.

sábado, 31 de janeiro de 2009

BRASIL - AMAZÔNIA PARA SEMPRE!

BRASIL - Como funciona a Amazônia (2) a maior floresta tropical do mundo

A maior floresta tropical do mundo

A Amazônia é a maior floresta tropical em área contínua da Terra. São cerca de 7 milhões de quilômetros quadrados divididos entre o Brasil, Venezuela, Suriname, Guiana, Guiana Francesa, Equador e Colômbia. Nela também está a maior bacia hidrográfica do mundo com o maior rio do planeta, o Amazonas. Ficam no Brasil cerca de 80% da floresta.A maior parte do ecossistema amazônico fica em terra firme numa grande planície de 100 a 200 metros de altitude que segue até as montanhas onde inicia a Cordilheira dos Andes. Esta grande planície é fruto dos sedimentos deixados pelo lago Belterra, que existiu na região se formou a 1,8 milhão de anos atrás e desapareceu há 25 mil anos.

Na foz da bacia hidrográfica no litoral brasileiro, o solo e a vegetação estão praticamente no nível do mar e, em algumas áreas abaixo, o que faz com que o mar invada o leito do rio, provocando um fenômeno chamado pororoca. Igarapés, estreitos riachos que cortam a mata, e igapós, extensas áreas com água cobrindo a vegetação mais baixa, são comuns na região. Uma das mais interessantes atrações turísticas da região, o encontro das águas em Manaus mostra outra característica da região: de um lado as águas escuras e ácidas do rio Negro, do outro as barrentas do rio Solimões se unem para formar o Amazonas.



Como todas as floretas tropicais, a maior parte do seu solo é pobre em nutrientes, formando uma grande biomassa na base das árvores, essa sim rica em nutrientes. Suas árvores como as samuameiras, castanheiras, mogno ou jatobá podem chegar a alturas entre 30 e 50 metros de altura. As palmeiras também são comuns na região. O açaizeiro, de onde sai o açaí - fruto utilizado na alimentação diária de boa parte da população tradicional da região, é um dos mais comuns.

A dimensão da rica biodiversidade amazônica ainda é uma incógnita, havendo as mais diversas estimativas para o número de espécies vegetais e animais presentes na floresta. Alguns animais aquáticos bem conhecidos como o pirarucu, boto e peixe-boi estão ameaçados de extinção graças a exploração desenfreada. O mogno, árvore cuja madeira pela sua maleabilidade é muito procurada, também está ameaçada.

A pressão econômica e social do homem tem sido a maior razão para a devastação amazônica. O chamado arco do desmatamento, área fronteiriça da floresta que abrange Rondônia, norte do Mato Grosso, sul do Pará e oeste do Maranhão, empurra a destruição cada vez mais para dentro da mata.

Degradação da floresta

Por ano, são desmatados, em média, cerca de 21 mil quilômetros da floresta no Brasil, o que significa dizer que a Amazônia perde o equivalente a um Estado de Sergipe anualmente. De 2004 até metade de 2007, houve uma queda acentuada nos índices de desmatamento, chegando a 14 mil quilômetros quadrados entre agosto de 2005 e julho de 2006. De agosto de 2006 a julho de 2007, foram desmatados 11,2 mil quilômetros quadrados. A situação, no entanto, começou a se inverter novamente. Nos últimos cinco meses de 2007, o desmatamento foi de 3.233 quilômetros quadrados, um número muito alto principalmente porque nos últimos meses do ano, com as chuvas fortes na região, a derrubada de árvores costuma ser pequena. Mas quais as razões para o desmatamento?

São várias as causas do desmatamento amazônico: aumento populacional, exploração de madeira, pecuária e agricultura extensiva, queimadas, extração mineral e ampliação da infra-estrutura da região, são as principais resposáveis do desmatamento da Amazônia.

BRASIL - Como funciona a Amazônia (1)


A Amazônia está na crista da onda. Seu futuro tem sido discutido, nos últimos anos, de maneira intensa pela comunidade científica, mídia, políticos e sociedade em geral tanto no Brasil quanto no resto do mundo. Não é para menos. Afinal é a maior área contínua de floresta tropical do mundo e já foi considerada o pulmão do nosso planeta na luta contra o aquecimento global, teoria hoje descartada. No entanto, sua importância continua sendo grande. Estudos mostram que o desmatamento poderá alterar, por exemplo, a dinâmica das chuvas no planeta, além de uma série de outros problemas. Além disso, a região é um fonte de recursos que enche os olhos de vários empresários, desde os madeireiros até a indústria farmacêutica.

­O maior rio do mundoEm julho de 2008, uma revisão das dimensões dos rios no mundo colocou o rio Amazonas como o maior rio do mundo, antes considerado o Nilo, no Egito. Antes, o Amazonas já era o maior rio em volume de água. Um levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) aumentou a extensão do rio. Assim, o Amazonas mede 140 km a mais do que o rio Nilo. Ou seja, o rio latino-americano mede 6.992 km contra os 6.852 km do africano.
Bibliografia.
Luís Indriunas. "HowStuffWorks - Como funciona a Amazônia". Publicado em 24 de agosto de 2007 (atualizado em 10 de julho de 2008) http://ambiente.hsw.uol.com.br/amazonia1.htm (30 de janeiro de 2009)

INTERNACIONAL CHILE - PEDRAS NO CAMINHO PARA EDUARDO FREI QUE ASPIRA NOVAMENTE À PRESIDÊNCIA DO CHILE

Aos 66 anos, com sua inscrição para as primárias da coalizão que governa o Chile desde 1990 de maneira ininterrupta, o senador democrata-cristão Eduardo Frei iniciou a corrida para suceder a Michelle Bachelet na presidência da República, cargo que ele já ocupou entre 1994 e 2000.Para voltar ao Palácio La Moneda, Frei deverá vencer dois obstáculos. O primeiro, que os analistas consideram mais fácil, é a batalha que poderá oferecer nas primárias governistas o senador e ex-ministro da Justiça José Antonio Gómez, presidente do Partido Radical Social-Democrata, a menor coletividade da Concertación (coalizão de partidos políticos chilenos onde confluem social-democratas e democratas-cristãos).

Eduardo Frei o Pai.

Eduardo Frei Montalva, foi presidente entre 1964 e 1970, encabeçou a oposição contra Salvador Allende e depois de apoiar inicialmente a ditadura liderou as forças contrárias ao general Augusto Pinochet, até sua morte em uma clínica privada onde foi operado. A justiça investiga se, como acreditam a família Frei e muitos no Chile, a ditadura mandou envenenar o ex-presidente. Os exames encontraram indícios de que foi assim e espera-se uma rápida resolução do juiz encarregado do caso.

Uma das pedras no caminho do Frei filho para ser novamente Presidente é José Antonio Gómez e muitos apostam que Gómez não conseguirá chegar até a última primária, a de Santiago, em 17 de maio, por falta de recursos para sustentar a campanha e porque depois da retirada do ex-presidente Ricardo Lagos e do secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza (de uma corrida na qual nunca entraram completamente), Frei chegou à disputa com o apoio de democratas-cristãos, socialistas e do Partido pela Democracia, três dos quatro maiores partidos da Concertación.Anteriormente, a senadora e ex-ministra Soledad Alvear se demitiu da presidência da Democracia Cristã (DC) e abandonou a competição pela presidência ao ver que não subia nas pesquisas, assim deixando o caminho livre para Frei.

O principal obstáculo que ele tem pela frente é o empresário Sebastián Piñera, o representante da direita, cuja fortuna é estimada em US$ 1,3 bilhão, que depois de ser derrotado por Bachelet em 2005 começou imediatamente a corrida para a eleição presidencial de dezembro de 2009 e que agora tem uma grande vantagem em todas as pesquisas sobre seu rival democrata-cristão.Por enquanto, a Concertación só pede a Frei para forçar um segundo turno, apesar do esperado impacto da crise econômica internacional, que se traduzirá no Chile em maior desemprego e menor crescimento, para então tentar derrotar Piñera.

Entretanto, a direita aspira a ganhar sem chegar à recontagem de votos.Com um período presidencial de quatro anos sem reeleição, os chilenos deverão se acostumar à repetição de rostos nas eleições para La Moneda. Logo haverá vários ex-presidentes e candidatos derrotados que podem aspirar a uma segunda oportunidade. De fato, a batalha de dezembro de 2009 será entre um ex-presidente e um ex-candidato presidencial. A própria Bachelet fica situada como candidata para a eleição de 2013, depois de se recuperar nas pesquisas e de estar se transformando em uma figura querida pelos chilenos.

Frei, um engenheiro civil e hidráulico e empresário, também tem como desvantagem a forma como terminou seu governo, em meio a uma recessão provocada pelo ajuste diante da chamada crise asiática, que quase custou a vitória a Lagos contra Joaquín Lavín, e obscureceu os primeiros anos de crescimento e modernização de seu mandato.Mas o sobrenome Frei é quase uma marca na política chilena. Seu pai, Eduardo Frei Montalva, foi presidente entre 1964 e 1970, encabeçou a oposição contra Salvador Allende e depois de apoiar inicialmente a ditadura liderou as forças contrárias ao general Augusto Pinochet, até sua morte em uma clínica privada onde foi operado. A justiça investiga se, como acreditam a família Frei e muitos no Chile, a ditadura mandou envenenar o ex-presidente. Os exames encontraram indícios de que foi assim e espera-se uma rápida resolução do juiz encarregado do caso.

Quarto de sete irmãos, Eduardo Frei Ruiz-Tagle se dedicou tardiamente à política. Considerado sério, de oratória frágil e até aborrecido, sua falta de loquacidade é mais atribuível à timidez, porque em particular tem senso de humor. Para esta campanha mudou seu estilo. Hoje está mais desenvolvido e seguro de si. Saiu em último lugar nas preferências das pesquisas, mas começou a ganhar terreno na medida em que seus adversários da Concertación se retiravam. Flertou até com a esquerda e depois propôs uma nova Constituição para o Chile em 2010, no bicentenário da independência, a mais sólida que fez algum dos candidatos.Declarou estar disposto a abrir espaço parlamentar para os comunistas, que 19 anos após a volta da democracia ainda não conseguiram eleger um deputado ou senador, pelo sistema eleitoral criado pela ditadura. A rigor, segundo indicam as pesquisas, sem esses votos não poderia vencer Piñera. De todos os possíveis candidatos da Concertación, Frei é o que mais pode evitar a drenagem de votos do centro para Piñera, que votou contra o ex-ditador Pinochet no plebiscito de 1988.Frei já teve uma disputa eleitoral direta com Piñera, em 1989, o último ano do governo Pinochet, para chegar ao Senado. Na época Frei quase duplicou os votos de Piñera, com 41% contra 21,9%, obteve primeira maioria nacional e ambos chegaram à Câmara Alta. Mas então a Concertación não sofria o desgaste de 19 anos de governo. Frei superou esse registro ao ser eleito presidente com 57,9%, a maior votação já obtida por um candidato ao cargo.É católico, casado com a orientadora familiar Marta Larraechea, uma mulher simpática e brincalhona, com quem tem quatro filhas. Ao se inscrever para as primárias, Frei afirmou que "esta é uma etapa, um caminho, que há alguns meses parecia escuro. Vamos ganhar em dezembro e vamos continuar construindo um país mais humano, mais justo".

Mas, nas águas da coalição do governo ou base aliada (como se diz no Brasil) não estão tão calma assim como parece. Novas pedras surgiram e dificuldades maiores surgiram do próprio interior da coalição governista. a esquerda, que já leva 16 anos no poder está extremamente, por assim dizer, cansada e existem correntes importantes dentro do partida da presidenta que lutam por uma maior expressão no exercício do poder e é, reiteradamente, obstaculizada sua maior participação no governo.
É a velha guarda que viveu o retorno à democracia e que usufruiu do poder por estes 16 anos. a idade dos principais principais líderes, se somadas, alcançariam cerca de 800 anos.

De muita experiência e de pouca vontade de inovar. Não gostam da transparência das ações do governo, não gostam de caminhar pelas ruas e recorrer seus distritos eleitorais. Na eleições´, apenas aparecem em cartazes com suas fotos maquilhadas, como se fossem, ainda jovens maduros. E ainda querem continuar governando. Já disse uma amigo que o poder, até de sindico, é motivo de briga e de ambição.

Logo veremos em detalhe esse novo panorama da política chilena. Os jovens também querem participar dos destinos do país. eles representam cerca de 3 milhões de votos que não se registraram e não voraram nas últimas eleições.
Hoje contam com representantes que querem entrar nessa briga, desde dentro da consertação.
Quens são? quais são suas propostas. Em outra matéria analizaremos detalkhes de essa luta que recem começa no Chile e seguramente se expandirá para outros países.

DAVOS - A CRISE ACENDE O DEBATE PELO PROTECIONISMO ECONÔMICO

En el Foro de Davos, el premier británico se opuso a medidas que hagan retroceder la globalización y una reducción del comercio; la ministra de economía francesa afirmó que es "un mal necesario"; India advirtió medidas similares; Lula da Silva cree que "sólo puede agravar la situación"; polémica por la cláusula Buy American.

El crack financiero internacional y la necesidad de disciplinar a los mercados pusieron sobre el tapete una vieja discusión, en torno del proteccionismo económico. El debate entre potencias, entre sí, y con los países en vías de desarrollo, recrudece frente a la crisis.
¿Cuál es la mejor receta para afrontar la crisis? ¿Cerrarse al mundo para ordenarse en las cuestiones domésticas? ¿Hasta dónde? ¿Hasta cuándo? ¿Cómo será el nuevo capitalismo que emerja de esta debacle?

Los interrogantes están abiertos y admiten diferentes respuestas alrededor del mundo.
Algunos, ya tejen estrategias. El presidente norteamericano, Barack Obama, incluyó en su paquete de medidas económicas una cláusula conocida como "Buy American" (Compre productos estadounidenses) para la adquisición de acero, incluida en el proyecto de estímulo de 825.000 millones de dólares, lo que irritó a algunos socios comerciales de Washington. La Cámara de Representantes aprobó la medida esta semana.

Artigo completo aqui ftp://www.lanacion.com.ar/nota.asp?nota_id=1095079

INTERNACIONAL - A PRESIDENTA CHILENA MICHELLE BACHELET FOI CONVIDADA A ESTADOS UNIDOS POR BARACK OBAMA


La Presidenta de Chile Michelle Bachelet recibió una invitación telefónica del Mandatario estadounidense Barack Obama para que visite el país del norte durante los próximos meses.

La evolución de la crisis económica internacional, en particular los alcances que tendrá ésta para el continente, y la importancia de la Cumbre de las Américas que se llevará a cabo en abril, fueron los temas que se abordaron en la conversación.

Durante el diálogo, Obama valoró muy positivamente los avances alcanzados por Chile en materias sociales.

Asimismo, Bachelet conversó con la nueva secretaria de Estado Hillary Clinton, en la que la Mandataria chilena felicitó a la ex primera dama por su designación en el gabinete del primer afroamericano que gobierna Estados Unidos, según se informa desde la Presidencia de la República.

Durante su discurso de investidura el pasado 20 de enero, Obama se refirió a la futura relación de la principal potencia del mundo con América Latina, situación que se abordaría en la eventual reunión bilateral que sostendrán ambos presidentes.
Fonte: Jornal "La Tercera"

FÓRUM SOCIAL MUNDIAL - UM OUTRO MUNDO, APENAS UM MUNDO MELHOR do Deputado Fernando Gabeira

Na insurreção estudiantil de maio de 1968, na França já foi lançada uma bela frase de impacto "sejamos realistas peçamos o impossível".

Hoje em Belém do Pará, Amazônia, Brasil, a consigna do dia, que estava em todas as declarações e discuros era "um outro mundo é possível"!

Aí está Gabeira, líder do Partido Verde, que não perdoa deslize, com um dos seus artigos que faz sentido para o momento.


FERNANDO GABEIRA (da Folha de São Paulo)

Outro mundo

RIO DE JANEIRO - Quando estava preso, Affonso Romano me visitou e disse que achava que nossa visão revolucionária tinha muito de religioso. Naquele momento, estranhei. Mais tarde, lendo a conferência de George Steiner, "Os Sonhadores do Absoluto", percebi que havia afinidades. Sobretudo nessa certeza em determinar o sentido do homem, em sonhar com um mundo completamente novo, inclusive com um homem novo.No meio da década de 60, no bar Degrau, disse para Bolívar Lamounier que, como Sartre, achava o marxismo o horizonte intelectual insuperável de nosso século. "Bobagem do Sartre", respondeu diante do copo de chope. Também estranhei. Sartre era o filósofo.Tinha muitas reações de estranheza diante dos livros de Isaiah Berlin. Ele escreveu numa revista "Encounter" financiada pelo governo americano. Era considerado da CIA. A qualidade de sua obra me conquistou. Além de entender a Revolução Russa, achou bem no romantismo alemão as raízes revolucionárias.

Homem novo? Sentido da história? Todas essas grandes ideias passam por sua análise fria, liquidificadora.Leio agora sobre a Europa. Deu um grande salto no pós-Guerra. Um a um, os partidos social-democratas se livraram das certezas da história, contentando-se com o aumento do poder de consumo, a maior liberdade das pessoas, uma estabilidade democrática.

Vista retrospectivamente, foi uma extraordinária conquista.Nesse momento de crise, em vez de outro mundo, peço um mundo melhor. É o caminho para abordar a economia e a degradação ambiental. Uma vez foi tentada uma conferência entre os dois fóruns, Davos e Porto Alegre. Um caos. Cada um falava a sua língua. Não conseguiram se entender. Se houver outro mundo, ou, mais modestamente, um mundo melhor, dependerá mesmo de fóruns como esses?

CAPA DE ALGUNS PRINCIPAIS JORNAIS E RÁDIOS DO BRASIL

RÁDIOS
BandNews
Reajuste do funcionalismo público pode ser revisto
Segundo a rádio BandNews, o Ministério do Planejamento anunciou que, em caso de agravamento da crise financeira mundial, os reajustes concedidos a servidores públicos podem ser revistos.

CBN
Celso Amorim critica protecionismo norte-americano
Jovem Pan
Abimaq faz acordo com CUT para garantir empregos

JORNAIS
Folha de S. Paulo
Governo quer comprar e revender casa popular
Por meio de licitação, o governo quer comprar casas de construtoras para refinanciá-las pela Caixa Econômica Federal. A medida é parte de pacote que deve ser fechado na semana que vem. Os financiamentos beneficiariam quem tem renda mensal entre R$ 1.200 e R$ 2.200. O governo quer a construção de 1 milhão de moradias até 2010 em todo o pacote habitacional.

O Globo
BNDES dará socorro direto a montadoras
Jornal do Brasil
Juros do BC devem cair a 9% este ano

TELEJORNAIS
Rede Globo- Jornal Nacional
Presidente Lula critica protecionismo ao aço americano
Para Lula, a proposta do presidente Barack Obama de só utilizar aço produzido nos Estados Unidos nas obras financiadas pelo governo americano é prejudicial para o comércio entre os países.

Rede Record- Jornal da Record
Salário mínimo passa a valer R$ 465 a partir de domingo
TV Brasil - Repórter Brasil Noite
Apoio do PSDB à candidatura de Tião Viana tumultua as eleições no Congresso

COMO DISSE UM GRANDE ECONOMISTA: A ECONOMIA É BURRA, CRESCEU ESTÁ ÓTIMO, NÃO CRESCEU ESTÁ RUIM

Previsões econômicas para o crescimento da economia brasileira

Todo início de ano o governo, e as instituições econômicas, fazem as suas projeções de crescimento.

Abaixo estão as 10 projeções mais confiáveis para o crescimento da economia brasileira em 2009:

01. Governo - 4%
02. Banco Central - 3,2%
03. Banco Mundial - 2,9%
04. UNCTAD - 2,9%
05. BIS - 2,8%
06. CNI - 2,3%
07. Boletim Focus - 2%
08. Cepal - 2,1%
09. FMI - 1,8%
10. Banco Morgan Stanley - 0%

O governo pode ter exagerado, mas, o Morgan Stanley, com certeza, aloprou.

Não obstante, segundo os feiticeiros, entre o 0% e o 4% estão em jogo 5 milhões de empregos.

Portanto, mesmo dando coluna do meio, não há como o país não ficar preocupado com a retração dos postos de trabalho causada por uma taxa de crescimento que se apure menor que a projeção do Banco Central.

Olha que as previsões para o crescimento da América Latina são de 0,5%.

Fonte: http://www.parsifal.org/

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Floresta Amazônica está cada vez mais devastada (do Le Monde) Estes dados não contam nos arquivos do IMAZON?.

Recentemente, como foi comentado neste blog, a ONG IMAZON divulgou a queda do desmatamento da Amazônia em mais de 80%. No artigo abaixo do Jornal Le Monde a versão que se da é diferente. Confira.


Laurence Caramel

Melhor que qualquer discurso, um número resume a dimensão do choque ao qual se submete a Amazônia: 17% da floresta foi destruída em cinco anos, entre 2000 e 2005. É o que afirma o Programa das Nações Unidas pelo Meio Ambiente (PNUMA), no relatório sobre o "Meio ambiente na Amazônia", que será publicado e que provavelmente constitui o trabalho mais completo sobre o assunto em dez anos.

Essa cifra mostra a dimensão, no nível dos oito países que dividem a maior massa florestal do planeta (Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname, Venezuela), de uma desordem que na maior parte do tempo só é percebida através do prisma do gigante brasileiro. No decorrer desse período, 857 mil quilômetros quadrados de árvores - o equivalente à superfície da Venezuela - viraram fumaça ou foram cortadas sobre uma área de 5.148 quilômetros quadrados que correspondem à definição mais rígida da Amazônia. Aquela que, segundo os especialistas, atendem aos critérios hidrográfico, ecológico e político.

A maior parte do arroteamento foi feito no Brasil, mas os outros países, com exceção do Peru e da Venezuela, também se depararam com um rápido desaparecimento da cobertura vegetal. "O avanço das frentes pioneiras na Amazônia e das transformações que elas introduzem é tão grande, que o movimento de ocupação dessas últimas 'fronteiras do planeta' parece irreversível", constatam os autores.

Por trás do desflorestamento, acontece uma grande corrida para a apropriação das gigantescas reservas de terra e matérias-primas da região. "A dinâmica econômica, em resposta à demanda dos mercados estrangeiros, alimenta uma forte pressão sobre os recursos naturais. O modelo de produção dominante, que não leva em conta nenhum critério de desenvolvimento sustentável, leva à fragmentação dos ecossistemas e à erosão da biodiversidade", eles lamentam, denunciando um sistema predatório. A exploração florestal, muitas vezes ilegal, conquista novas terras para a pecuária ou para as culturas voltadas à exportação como a soja, extração mineral e petroleira, construção de estradas e infraestruturas....

A colonização da Amazônia é acompanhada por uma multiplicação dos conflitos com as populações locais dentro de um contexto em que os direitos de propriedade continuam indefinidos. O PNUMA não condena a exploração da Amazônia somente pelo desastre ecológico ao qual ela conduz. Ele também estigmatiza um modelo de desenvolvimento deplorável do ponto de vista social, uma vez que a população - concentrada nas cidades - ultrapassa os 33 milhões de habitantes, contra 5 milhões nos anos 1970 e que aumenta mais rápido que no resto dos países da zona. "A renda per capita mostrada por certas localidades não deve mascarar uma situação geral de grande pobreza. A riqueza extraída da exploração dos recursos naturais, na maioria das vezes, não é reinvestida no local", adverte o relatório. No Equador, nas cidades petroleiras de Orellana e Sucumbíos, a renda per capita ultrapassa US$ 25 mil por ano, oito vezes mais que a média nacional, mas os indicadores de desenvolvimento humano continuam piores do que em outros lugares. O relatório também destaca o impacto da degradação do ambiente, da poluição das águas sobre o crescimento das carências alimentares ou a propagação de certas doenças como a dengue ou a malária. O desaparecimento de certas espécies, que funcionam como predadores naturais dos agentes de transmissão dessas doenças, facilita a propagação das epidemias.

Diante desse quadro devastador, existem iniciativas para introduzir um desenvolvimento mais sustentável. Mas elas permanecem em segundo plano. Os planos de desenvolvimento sustentável adotados pela maior parte do país e a classificação como zonas protegidas de cerca de 15% do território amazônico também não parecem, aos olhos do PNUMA, razões suficientes para se tranquilizar quanto ao futuro. Um futuro para o qual a instituição da ONU enxerga quatro cenários possíveis. De uma exploração controlada até o desaparecimento do paraíso verde: todas as opções são consideradas, exceto aquela que consistiria em transformar a Amazônia em uma gigantesca reserva natural.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

AS EXTERNALIDADES POSITIVAS E NEGATIVAS DO BURACO NEGRO - BOA NOITE!

CADA ESCOLHA É UMA RENÚNCIA

Desmate cresce 52% em 14 cidades das líderes de lista

Um ano após a entrada em vigor do plano emergencial para combate ao desmatamento nos 36 municípios que mais devastavam a Amazônia, dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) mostram que, embora tenha havido redução média de 7% no desmate, em 14 dessas cidades as derrubadas cresceram 52%.

Em janeiro de 2008, o governo suspendera as licenças para desmatamento no grupo de municípios --a maioria no Pará e em Mato Grosso.
Em Nova Ubiratã (MT), o total de áreas abertas subiu de 19,7 km2 entre agosto de 2006 e julho de 2007, para 143,2 km2 no período posterior, um aumento de 624%. Em Marcelândia (MT), campeã de desmate segundo o Ministério do Meio Ambiente, o aumento foi de 132%.
Nos outros 22 municípios, a redução média foi de 32%, com destaque para Porto Velho (RO), que registrou a maior redução em termos de área, e Brasil Novo (PA), com maior redução proporcional.

Considerando apenas os 36 municípios da lista, as derrubadas caíram de 5.246 km2 para 4.897 km2.
da Agência Folha,
em Campo Grande,
Belém e SP

Aquecimento global pode ser irreversível, diz estudo

Uma equipe de cientistas especializados em meio ambiente nos Estados Unidos fez um alerta de que muitos dos efeitos das mudanças climáticas podem ser irreversíveis. Em artigo publicado na revista "Proceedings of the National Academy of Sciences", os cientistas afirmam que as temperaturas na Terra podem se manter altas por até mil anos, mesmo se as emissões de gás carbônico (CO2) fossem eliminadas hoje.
Segundo os pesquisadores, se o nível de CO2 na atmosfera continuar a subir, vai chover menos em áreas que já são secas no sul da Europa, na América do Norte e em partes da Ásia e da Austrália. Eles também afirmam que, atualmente, os oceanos estão desacelerando o aquecimento global ao absorver calor, mas que em algum momento vão liberar este calor de volta à atmosfera.

Mudanças nos EUAA divulgação das conclusões dos ambientalistas coincide com o pedido feito pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para que a Agência Americana de Proteção Ambiental reveja as regras de emissão de gás carbônico por veículos de passageiros. Vários Estados americanos, liderados pela Califórnia, querem introduzir leis para obrigar as montadoras a melhorar drasticamente a eficiência do uso de combustíveis. A medida encontrou oposição de vários setores, que argumentam que essa decisão poderia derrubar a demanda por novos carros neste período de recessão. Os cientistas envolvidos na nova pesquisa dizem que políticos precisam agir imediatamente para contrabalançar os danos já provocados ao meio ambiente.

Rajesh Mirchandani
De Los Angeles para a BBC News

Em Belém, os antiglobalistas se reorganizam em torno do combate ecológico


Onde foram parar os antiglobalistas? Apesar de a crise financeira ter abalado as certezas dos liberais mais fervorosos, aqueles que há quase dez anos se impunham como uma força ascendente de oposição à globalização liberal, no estardalhaço do primeiro fracasso da OMC em Seattle (EUA), estão ausentes dos debates sobre a reforma do capitalismo, que faz parte da agenda das grandes potências e principalmente do Fórum de Davos, que acontece esta semana.


Oito anos após sua primeira edição em Porto Alegre, o Fórum Social Mundial (FSM) foi aberto na terça-feira (27 de janeiro) para cinco dias em Belém, às portas da Amazônia, voltando para o Brasil após desvios pela Ásia e pela África e um ano "em branco" em 2008, durante o qual o Fórum deu lugar a uma jornada de ação mundial que passou praticamente despercebida. Quase 100 mil pessoas são esperadas na capital do Estado do Pará, sinal da atração que esse espaço único de encontros e debates continua a exercer sobre os movimentos da sociedade civil.

Os antiglobalistas ficaram de fora? "

O Fórum Social Mundial é movimentado por uma renovação permanente de organizações que querem se juntar novamente ao processo", garante Catherine Gaudard, do Comitê Católico contra a Fome e pelo Desenvolvimento (CCFD), ao mesmo tempo em que reconhece que o movimento perdeu visibilidade.Nem todos compartilham desse otimismo.

"O movimento se difundiu na América Latina, pois coincidiu ali com uma onda progressista; na Europa, ele logo perdeu o fôlego, e em outros lugares ele não pegou", considera Gustavo Marin, da Fundação para o Progresso Humano, que além disso julga severamente a "produção" do FSM: "Na prática, ela se resume a três documentos""."Os mais pobres são as primeiras vítimas do desajuste climático"De fato, para que a reunião não se limitasse a um grande grito de protesto, em 2005 foram redigidos cadernos de propostas. Mas a iniciativa não foi em frente. "Não haverá uma única voz antiglobalização que nos dê um novo modelo ideal de sociedade. A crise atual nos faz ver com mais clareza o absurdo de certos mecanismos perversos do capitalismo. Mas o outro mundo no qual acreditamos se construirá na diversidade", explica o brasileiro Chico Whitaker, um dos fundadores do Fórum.

Ele lembra que a regulamentação mais rígida dos mercados e o controle dos paraísos fiscais são ideias que foram trazidas pelos antiglobalistas.Se a crise financeira está no centro dos debates, o Fórum 2009 assume, entretanto, uma coloração nova, com a posição concedida à mudança climática e à crise ecológica. "Esse sinal é muito importante. A mudança climática não é simplesmente uma questão ambiental, é com urgência que os movimentos sociais devem tomar conta dela.

As populações mais pobres serão as primeiras vítimas do desajuste climático", explica Kátia Maia, da Oxfam International, que vê ali uma oportunidade de reforçar os laços entre ONG de proteção ambiental e movimentos sociais.É o que também espera Cândido Grzybowski, diretor do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase): "Aqueles que quiserem preservar o ambiente deverão levar em conta o destino das populações". Luta contra o aquecimento, agrocombustíveis e segurança alimentar, acesso aos recursos naturais, dívida ecológica... Não faltam assuntos onde se cruzam o meio ambiente e as lutas sociais. A Amazônia é o melhor símbolo disso, e o Fórum realmente espera ter um peso no debate internacional.Belém também será a ocasião para se fazerem ouvir milhares de indígenas, representantes desses povos nativos tão pouco considerados nas discussões internacionais. A sobrevivência deles depende de decisões que os Estados tomarão ou não para preservar os grandes ecossistemas planetários.

Laurence Caramel
Enviado especial a Belém
Le Monde

O CLIMA E O VALOR DA BIODIVERSIDADE COLOCOU AMAZÔNIA NA AGENDA MUNDIAL (1)


Com o aumento da preocupação mundial com o aquecimento global e com o futuro do planeta, cresceu também atenção internacional sobre a Amazônia.
Algumas das razões fundamentais que explicam por que a região é estratégica para o resto do mundo.
Primeira razão: a floresta exerce um papel fundamental no ciclo de carbono que influi na formação do clima mundial.
Aquecimento global
Cerca de 200 bilhões de toneladas de carbono são absorvidas por vegetação tropical em todo o mundo, dos quais cerca de 70 bilhões apenas pelas árvores amazônicas.
Hoje, estima-se que a Amazônia absorva cerca de 10% das emissões globais de CO2 provenientes da queima de combustíveis fósseis em carros e fábricas, por exemplo.
Por outro lado, as altas taxas de desmatamentos fazem com que mais carbono se converta em dióxido de carbono, seja no momento em que as árvores são queimadas para 'limpar' áreas de floresta, seja mais lentamente através da decomposição de madeira não-queimada.
Estima-se que cerca de 20% das emissões globais de gases que causam o efeito estufa provêm da derrubada de florestas tropicais em todo o mundo.
E, segundo o IPPC – Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática da ONU – o aquecimento global está ligado diretamente à concentração de CO2 na atmosfera.
De acordo com o relatório Stern sobre a economia da mudança climática encomendado pelo governo britânico e divulgado em 2006, a perda de bosques naturais contribui mais que o setor de transporte para as emissões.

O mesmo documento alertou que, sozinha, a destruição de mata tropical pode lançar nos próximos quatro anos mais carbono na atmosfera que todos os vôos do inicio da aviação até 2025.

O desmatamento – e não a queima de combustíveis fósseis – explica por que o Brasil figura entre os cinco maiores emissores de gases que causam o efeito estufa.
Com informações da BBC Brasil

O CLIMA E O VALOR DA BIODIVERSIDADE COLOCOU AMAZÔNIA NA AGENDA MUNDIAL (2)

A segunda razão é o potencial da região amazônica para agir como o que os cientistas denominam 'ponto de inflexão' para o clima global neste ano.

Um estudo divulgado em fevereiro deste ano por uma equipe de cientistas da Universidade de Oxford, do Instituto Potsdam e de outros centros de pesquisa concluiu que a floresta amazônica é a segunda área do planeta mais vulnerável à mudança climática depois do Oceano Ártico.

A idéia central é que a seca da Amazônia e/ou o aumento no desmatamento poderiam gerar um ciclo vicioso: a grande redução na área de floresta amazônica geraria um aumento significativo nas emissões de CO2, que por sua vez elevariam as temperaturas globais, que assim causariam a seca da Amazônia.

Cientistas e especialistas que trabalham em modelos de clima discordam em relação a quando este ponto de inflexão poderia ocorrer, até em relação à possibilidade de que ocorra.
O britânico Centro Hadley vê como "muito provável" que a Amazônia seja duramente afetada pela mudança climática nas próximas décadas.
Outras estimativas levando em conta todos os modelos recentes sugerem uma probabilidade de 10% a 40%.

Por baixa que seja a probabilidade, entretanto, as mudanças na Amazônia devem ter "alto impacto" no clima mundial.




Biodiversidade

A terceira e mais importante. A Amazônia é importante pela sua biodiversidade.

É a maior porção de floresta tropical, com o maior reservatório biológico da Terra – cerca de 30% das espécies terrestres de todo o mundo.
A região dá ao Brasil o título de país com maior biodiversidade do mundo, com mais de 50 mil espécies catalogadas de plantas, 1,7 mil espécies de aves e entre 500 e 700 tipos – por categorias – de anfíbios, mamíferos e répteis.

Tão grande é sua biodiversidade que um único arbusto na Amazônia pode contar mais espécies de formigas que todas as Ilhas Britânicas, enquanto um só hectare de floresta pode ter mais de 480 espécies de árvores.

Toda esta rica biodiversidade está ameaçada pela combinação destrutiva de desmatamento com mudança climática.

Mesmo com tantos pontos de interrogação sobre o futuro da Amazônia e seu efeito no clima mundial, cientistas concordam que, por causa de sua diversidade genética e o papel crucial da região na definição do clima do planeta, é urgente encontrar a melhor combinação política para conservar suficiente da floresta.

Com Informações da BBC Brasil

NOVAS NEGOCIAÇÕES COM AS FARC DA COLÔMBIA LIBERARÁ MAIS REFENS NESTE FINAL DE SEMANA




Farc devem libertar reféns no domingo, diz senadora colombiana Piedad Córdoba (na foto).

As Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) devem libertar alguns de seus reféns no próximo domingo, de acordo com a senadora colombiana Piedad Córdoba.
A senadora, que já auxiliou nas negociações para a libertação de outros reféns, afirmou nesta quarta-feira que foram dadas a ela as coordenadas exatas do local do resgate."Eu já tenho as coordenadas, a operação está a caminho e a primeira liberação acontece no domingo, depois acontecerão três entregas sucessivas", disse a senadora a repórteres.Segundo ela, dois políticos locais e quatro membros das forças de segurança colombianas que estão em poder da guerrilha devem ser libertados.
Fonte: BBC Brasil

AS MANCHETES DESTA QUINTA FEIRA, 29 DE JANEIRO


MANCHETES DE ALGUNS DOS PRINCIPAIS JORNAIS DO BRASIL NESTA QUINTA FEIRA
Globo: Lula amplia Bolsa Família um dia após cortar o Orçamento

- Folha: Lula amplia Bolsa Família e dá merenda para jovens

- Estadão: FMI derruba previsão de crescimento para o Brasil

- JB: O choque da violência

- Correio: Debate sobre praça chega ao Planalto

- Valor: Distribuição de lucros cresce em plena crise

- Gazeta Mercantil: CVM quer mais transparência nas assembléias
- Diário do Pará : Benefício Federal - Governo amplia a Bolsa Família
Acesse aqui maiores os detalhes das informações dos jornais

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Y AGORA COMO É QUE FICA? QUEM PAGA A CONTA DA FARRA FINANCEIRA?

FMI reduz previsão de crescimento do Brasil para 1,8% em 2009

A economia do Brasil poderá crescer somente 1,8% em 2009, segundo previsão divulgada nesta quarta-feira pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). A nova previsão significa uma revisão para baixo em relação à previsão feita em novembro pelo FMI, de um crescimento de 3% para o Brasil neste ano.

nova previsão significa uma revisão para baixo em relação à previsão feita em novembro pelo FMI, de um crescimento de 3% para o Brasil neste ano.

O relatório do fundo prevê ainda um crescimento mundial de 0,5% em 2009, no nível mais baixo desde a Segunda Guerra Mundial.Em novembro, o FMI havia previsto um crescimento global de 2,2% em 2009. Em um relatório divulgado nesta quarta-feira, a entidade explica a revisão argumentando que as dificuldades financeiras no mundo continuam agudas, apesar das várias políticas de incentivo adotadas recentemente em vários países, e que isso está atrapalhando a economia. "Uma recuperação econômica sustentável não será possível até que a funcionalidade do setor financeiro seja restaurada e o mercado de crédito seja desobstruído", diz o documento. Recuperação Ainda assim, o FMI prevê que a economia mundial deve passar por uma recuperação gradual em 2010, com crescimento máximo projetado para 3%.

DE VOLTA A KEYNES - E SCHUMPETER?

Reproduzo literalmente (leia neste blog, se não é assinante da Folha ) um artigo de Delfim Netto, tão criticado quando Ministro da ditadura e hoje, respeitado e ouvido, quando a crise da economia mundial toca as portas do Brasil.
Refere-se o ex-ministro da utilização de forma indiscriminada, entretanto de forema positiva, de conceitos e idéias de economistas que foram a base de propostas de modelos econômicos. Aí estão: Smith, Marx, Walras, Marshall e Keynes.
Da minha conta e risco acrescento o Joseph Alois Schumpeter (1883-1950) que foi um dos mais importantes economistas do século XX. Suas teorias foram uma resposta ao enfoque neoclássico (tradicional) que colocava apenas no mercado a questão do progresso técnico, como fator fundamental para alcançar o crescimento econômico e acima de tudo o desenvolvimento, sem esquecer suas condicionantes para a transformação da economia (novas fontes energéticas, novas formas de gestão, novos mercados, empresários inovadores, etc.).

Por que Keynes?
Antonio Delfim Netto

OS ECONOMISTAS dão o nome de "bem público" aos bens ou serviços que gozam de duas propriedades: 1) ninguém pode ser excluído de seu uso e 2) o uso que cada um faz dele não diminui a quantidade disponível para os outros, como é o caso, por exemplo, da defesa nacional.

Existem pessoas cujo pensamento tem um vigor e uma originalidade (mas não clareza) que gozam das propriedades dos bens públicos: transformam-se em instituições. Alguns economistas de várias tribos (esta expressão já está na "Riqueza das Nações"), Adam Smith (1723-1790), Karl Marx (1819-1883), Leon Walras (1834-1910), Alfred Marshall (1842-1924) e John Maynard Keynes (1883-1946), assumiram esse "status".

Existe um Smith, um Marx, um Walras, um Marshall e um Keynes para cada um de nós. Seus pensamentos são tão vigorosos e originais que depois de nos atingirem nunca mais nos livramos completamente deles. Felizmente não são claros. É essa ambiguidade que permite que cada um deles possa ser o "nosso" sem que isso impeça que seja também dos "outros", cada um à sua maneira.Nenhum deles produziu uma "explicação" definitiva do "universo econômico". Todos, entretanto, viram alguns aspectos fundamentais da vida econômica (e de sua influência sobre a condição humana) que um dia, talvez, integrarão uma compreensão da contínua e crescente complexidade que a domina.

É por isso que hoje todos podemos ser um pouco smithianos, marxistas, walrasianos, marshallianos e keynesianos, sem arrependimento, sem vexame e sem contradição.O que parece inegável é que a crise que estamos vivendo, produzida pela maléfica "autonomização" do sistema financeiro, encontra a sua melhor explicação em Keynes. Afinal isso não deveria ser surpresa: ele enxergou mais longe porque subiu nos ombros dos antecessores que, às vezes, finge ignorar. Com a sua teoria monetária da produção, ele colocou a moeda, o crédito, a demanda e a incerteza no coração do sistema.

Os macroeconomistas, em lugar de continuarem a cultivar uma teoria monetária obviamente estéril, e os economistas "financeiros", em lugar de procurarem distribuições "gordas" para justificar os "desastres" nos preços dos ativos, deveriam procurar desenvolver a intuição keynesiana sobre como funciona a economia tocada a crédito quando o futuro é rigorosamente opaco e imprevisível.É hora de aceitar que entre os modelos de equilíbrio geral (que fazem a "ciência" de alguns de nossos bons economistas) e a economia monetária da produção existe distância intransponível. Naqueles, a moeda e o crédito sempre serão fatores essencialmente estranhos.